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Venezuela – História
Nome Oficial: República Bolivariana de Venezuela (República Bolivariana da Venezuela)
Capital: Caracas
Independência: Desde o dia 24 de Maio de 1822, libertando-se do domínio espanhol. (CIA Fackbook de 2001)
Constituição: De 10 de Agosto de 1998
Tipo de governo: Republica Parlamentar
Idioma Oficial: Espanhol
Moeda: Bolivar Venezuelano
Área: 916 445 km²
Principais Cidades: Caracas, Valencia, Barquisimeto
Dia Nacional: 05 de julho (Proclamação da Independência de 1811)
O território da Venezuela de hoje foi originalmente habitada por vários grupos indígenas, incluindo o, Caribe e Arawak Cumanagatos.
Cristóvão Colombo foi o primeiro explorador a chegar à área em 1498, após o que os espanhóis começaram a colonizar as ilhas e zonas costeiras em 1520.
O primeiro assentamento de importância foi a de Caracas, em 1567. A região foi nomeada Venezuela (Pequena Veneza), provavelmente por causa das casas beira-mar que foram construídas sobre palafitas.
Até a criação do Vice-Reino de Nova Granada, em 1717, o território que agora está em território venezuelano foi dividido em Vice-Reino do Peru e Audiência de Santo Domingo.
Então, em 1777, o país foi erguido em Capitania Geral e a economia da região se desenvolveu, com base nas fazendas de café, cacau, tabaco e algodão, e o comércio desses produtos.
A história da guerra da independência contra a Espanha colocou dois personagens predominantes: Simón Bolívar e Francisco de Miranda, que assumiu a cabeça dos movimentos separatistas.
As revoltas começaram no início do século XIX e independência foi proclamada oficialmente 5 de julho de 1811, seguido em 1819 pela proclamação da Federação da Grande Colômbia (incluindo a Venezuela, o Equador , o Panamá e Colômbia ). Anos de luta se seguiram antes que as forças armadas lideradas por Bolívar vencessem a batalha de Carobobo em 1821.
O início da história da independência da Venezuela foram caracterizados por revoluções e contras-revoluções.
De 1830 a 1848, o poder foi realizada pelos conservadores antes de se tornar uma ditadura sob a dinastia de Monagas.
O General José Antonio Páez governou por 18 anos, entre 1858-1870, a Venezuela foi assolado por uma guerra civil.
De 1870 a 1888, Antonio Guzmán Blanco governou o país de forma autoritária.
A política foi direcionada a uma secularização do Estado e a modernização da economia.
Seu governo foi seguido por várias ditaduras militares, incluindo o de Cipriano Castro.
Em 1902, opôs-se a Grã-Bretanha e Alemanha, que bloquearam portos venezuelanos por causa de dívidas não pagas pelo Estado venezuelano.
A disputa foi resolvida pelo tribunal de Haia, que decidiu em favor dos europeus, em 1904 e em julho de 1907, a Venezuela tinha cumprido as suas obrigações.
No ano seguinte, Castro foi deposto pelo general Juan Vicente Gómez, que permaneceu no poder de 1908-1935. Sob seu regime começou a exploração de campos de petróleo, descoberto em 1840, e promoveu o desenvolvimento econômico do país.
Em 1945, após a derrubada da ditadura do general Medina Angarita, Rómulo Betancourt, o Partido de Ação Democrática (AD), tornou-se presidente da Venezuela, e estabeleceu um processo democrático. Uma nova constituição foi promulgada em 1947, instituiu o sufrágio universal, por voto secreto. Mais tarde nesse ano, após a primeira eleição democrática na Venezuela, os Gallegos escritor Rómulo foi eleito presidente, mas ele foi derrubado por uma revolta do exército.
Em 1953, Pérez Jiménez governou o país através da criação de uma nova ditadura.
Em 11 de abril de 1953, após três meses de deliberações, a Assembléia Constituinte deu a aprovação final para uma nova Constituição, que foi promulgada em 15 de abril. O país foi oficialmente chamado Estados Unidos da Venezuela desde 1864, adotou o nome de República da Venezuela.
Em janeiro de 1958, Pérez Jiménez foi derrubado e substituído pelo ex-presidente Betancourt, membro da AD, que seguiu uma política de reforma e modernização da agricultura e da indústria. Mas ele teve de enfrentar a agitação social que levou tumultos durante todo o ano de 1961. Estes foram fomentado tanto pela oposição de direita e os revolucionários cubanos.
Em 1964, um outro membro do DA, Raúl Leoni, conseguiu Betancourt. Você não tem uma maioria no Congresso, ele formou um governo de coalizão.
Em dezembro de 1968, Rafael Caldera Rodríguez, dirigente da COPEI (Social Partido Cristão), obteve uma vitória estreita em eleição Leoni e foi instalado na cabeça do país em março de 1969.
A Venezuela entrou para a OPEP em 1960 e, em 1973, juntou-se ao crescimento do Pacto Andino.
Em 1974, o poder voltou para o AD, com Carlos Andrés Pérez. Ele tentou melhorar as relações com a Venezuela vizinha, mas seguiu uma linha de mais independente vis-à-vis os Estados Unidos. Ele expressou abertamente sua hostilidade para com a ditadura do Chile e renovadas relações diplomáticas com Cuba. Finalmente, seu programa econômico foi caracterizado pela nacionalização do setor de ferro e aço em 1975, e da indústria do petróleo em 1976.
A alternância entre o AD e COPEI cristão democratas permitiu uma partilha de poder entre os dois maiores partidos. Assim, a eleição de 1978 foi vencida pelo COPEI e seu candidato presidencial, Luis Herrera Campins.
Os anos 1980 foram caracterizados por uma crise econômica e o retorno ao poder do AD: Jaime Lusinchi (1984-1989) e novamente Carlos Andrés Pérez.
Em fevereiro de 1989, o aumento acentuado dos preços no consumidor em um programa de austeridade e medidas de austeridade provocou fortes protestos em Caracas. Este descontentamento continuou vis-à-vis a política do governo se tornou uma realidade durante as eleições maciças abstenções locais de 1989.
Em 1992, dois tentaram golpe militar foram esmagados, mas o poder permaneceu frágil. Perez foi suspenso do cargo em maio de 1993, depois que o Senado havia decidido fazer julgamento estande por peculato e desvio de fundos públicos.
Em dezembro de 1993, Rafael Caldera foi novamente eleito para a presidência. Ele suspendeu as garantias constitucionais, a fim de conter a crise econômica e acabar com a inquietação.
Em 1998, duas eleições (presidenciais e legislativas) têm lugar na Venezuela. Os partidos de esquerda reunidos em torno de Hugo Chávez, um soldado que teve no passado tentou um golpe contra Carlos Andrés Pérez, em 1992. Hugo Chávez é o fundador do Movimento Bolivariano Revolucionário 200, um movimento de inspiração socialista no exército.
A união da esquerda ganhou as eleições legislativas e Hugo Chávez ganha as eleições presidenciais de 1998 com 56% dos votos.
Chávez quer reformar profundamente Venezuela e obteve o apoio das pessoas para alterar a Constituição.
Após os ataques de 11 de setembro de 2001, o preço do petróleo vai inflamar e Venezuela tem uma colheita muito importante financeira que lhe permitirá embarcar em um grande projeto de reestruturação e de ajuda social para os mais pobres.
No entanto, Hugo Chávez, deve enfrentar os ataques da direita venezuelana que exigem a renúncia do presidente. Chávez continua forte e, apoiado por uma grande parte da população, ele frustra uma tentativa de assassinato planejado pelos Estados Unidos em 12 de abril de 2002.
15 de agosto de 2004, Hugo Chávez é confirmada em seu papel como presidente da república em um referendo a partir do qual ele venceu com quase 60% dos votos.
Chávez também recebe apoio de vários países latino-americanos, como Cuba, Argentina e Brasil , enquanto as tensões aumentam entre o presidente da Venezuela e os Estados Unidos.
30 de junho de 2005, Hugo Chávez assinou um acordo de óleo entre Venezuela e 13 países do Caribe. Outros acordos foram assinados mais tarde, com Cuba e do Mercosul, que inclui Argentina, Brasil, Paraguai e Bolívia.
Venezuela – Terra
A Venezuela é um país grande e tremendamente variado.
Ela é delimitada pela Colômbia, Brasil, Guiana e dois corpos de água: o Mar do Caribe e o Oceano Atlântico, com uma linha costeira combinada de cerca de 2.815 km. O território nacional inclui mais de 100 ilhas no Caribe, a maior das quais é Margarita, um importante centro de pesca e de pérolas.
A reivindicação da Venezuela ao território que se estende a leste da sua atual fronteira ao Rio Essequibo está sob disputa com a Guiana.
Apesar de todo o país estar na zona tropical, o clima da Venezuela é mais suave do que a sua posição geográfica poderia sugerir. Ventos alísios relativamente frios e secos sopram constantemente do nordeste a maioria do ano. A temperatura também varia com a altitude.
A área da planície costeira e os vales dos rios interiores são quentes e úmidos. As terras altas são geralmente quentes durante o dia e frias à noite. Para a maioria do país, a estação seca, ou verano (“verão”), normalmente começa no final de Outubro e dura até final de Abril ou início de Maio. O restante do ano é de época das chuvas, ou invierno (“inverno”).
As montanhas e planícies da Venezuela dividem o país em uma série de zonas geográficas distintas, cada uma com seu clima característico, uso da terra, e economia. A noroeste estão os Andes e montanhas adjacentes; a oeste está a zona costeira; ao sudeste espalham-se as planícies (llanos em Espanhol), que se estendem desde as montanhas do sul e leste do Rio Orinoco; e ao sul do Orinoco ficam os vastos Altiplanos da Guiana, chamados de Guayana, na Venezuela.
Venezuela – Cidades
Caracas, capital da Venezuela, está situada a cerca de 915 m acima do nível do mar em um vale ajardinado com vista para a Montanha Avila. O centro econômico, cultural, político e turístico da Venezuela, esta metrópole agitada quase dobrou de tamanho desde 1950. Desenvolvimentos de construção massiva transformaram a cidade velha, e Caracas agora se assemelha a muitas grandes cidades dos EUA ou da Europa.
A capital da Venezuela é rodeada pelas rodovias e entrelaçada com largas avenidas, e seu horizonte é uma silhueta de arranha-céus. Caracas tem um número de universidades, parques esplêndidos e bairros residenciais, e belas igrejas e edifícios públicos. Entre os muitos lembretes de Simón Bolívar, o Grande Libertador e filho mais ilustre da Venezuela, estão o Museu Bolívar, a Casa Natal (sua terra natal), e o Panteão Nacional, que contém o seu túmulo.
La Guaira, principal porto da Venezuela, está localizada cerca de 18 km de Caracas. As ruas estreitas e íngremes de La Guaira sobem acentuadamente do porto ocupado até as colinas verdejantes das faixas costeiras. O maior tráfego comercial do país passa por La Guaira.
Maracaibo é a segunda-maior cidade da Venezuela. Ela está localizada no noroeste da Venezuela, na margem ocidental do Lago de Maracaibo perto do Golfo da Venezuela, e deve a sua importância à indústria do petróleo. Antes que o fluxo de investimentos estrangeiros se seguisse à descoberta do petróleo, Maracaibo era muito menor do que é hoje.
Seu calor tropical e umidade e as águas hospedeiras de mosquitos do Lago de Maracaibo fizeram a cidade desconfortável e insalubre. Nos últimos 50 anos, Maracaibo foi transformada em uma metrópole limpa e próspera. A malária foi erradicada, e o ar-condicionado tornou a vida mais agradável.
Barquisimeto é um grande centro populacional e uma das cidades que mais cresce na Venezuela. Situada na parte noroeste do país na Rodovia Pan-Americana, Barquisimeto é um ponto importante na rede de comunicações da faixa costeira do norte. Sua localização no centro de uma região agrícola aumenta a importância econômica da cidade. As indústrias de Barquisimeto estão se desenvolvendo rapidamente, e ela é conhecida por uma série de produtos, entre eles, redes, bolsas e sandálias, cerâmica e cimento.
Maracay, originalmente uma cidade pitoresca e sonolenta de casas coloniais Espanholas, é hoje uma cidade importante. Ela é o centro de uma rica região de café e canavieira e tem indústrias variadas.
Venezuela – Rios e lagos
Apesar de mais de 1.000 rios fluirem através da Venezuela, o país é dominado pelo Orinoco, uma das vias mais importantes do mundo. Com suas centenas de afluentes, o Orinoco drena quase 80% da Venezuela. Desde a sua origem na fronteira do Brasil, o rio flui principalmente para o norte e, finalmente, para o leste ao Oceano Atlântico em um amplo delta sul de Trinidad.
O Lago de Maracaibo, um lago de água doce aberto ao mar, é uma grande e importante via naveguável na Venezuela. Setenta e cinco por cento da enorme riqueza petrolífera do país estão localizados sob o lago, que encrespa-se com milhares de torres de petróleo.
Venezuela – Localização Geográfica
Venezuela ocupa a parte setentrional da América do Sul, em plena zona tropical. Com uma extensão de 916.445 km quadrados, tem fronteiras no norte com o mar Xaribe, no oeste com Colombia, no sul com Brasil e no leste com Guyana. No país distingue-se 6 zonas bem diferenciadas.
A zona da costa do Caribe, que vai desde o lago de Maracaibo até a península de Paria, seguido da região do Delta do orinoco, nas costas do oceano Atlântico. A região de Los Andes, no oeste e noroeste, formada pelos sistemas montanhosos de Perijá (no percurso da fronteira com Colombia) e Mérida, onde levanta-se o Cume Bolívar, o mais alto. Prevalecem as paisagens de montanhas, cascatas e rios.
A região úmida do lago de Maracaibo, importante reserva petroleira e com clima extremadamente quente. A região de Los Llanos, na zona central do país, ocupando perto do 35% do território nacional, que distingue-se pelas extensas pradarias e por ser a principal zona de gado.
A grande Savana do Caroní, no sudeste do país, uma sucessão de terras povoadas de florestas, rios caudalosos e cascatas. Nesta zona encontra-se o Parque Nacional de Canaima, que alberga o Salto do Anjo, a queda da água mais alta do mundo e, finalmente, a região entre Los Llanos e a Costa, onde predominam os campos de produção agrícola.
Quanto aos rios, Venezuela é sinônimo de potencial hidráulico, graças aos rios que encontram-se na chamada Bacia Atlântica. Entre todos eles destaca o orinoco, o terceiro rio em comprimento da América do Sul, que atravessa completamente Venezuela. É muito caudaloso, graças à aportação dos numerosos afluentes, o que possibilita a sua navegação. Detacam também os rios São João, Guanipa, Caroní, Tocuyo e Catatumbo, pertecentes à Bacia do Caribe.
Venezuela – Geografia
Rodeado pelo mar do Caribe ao norte eo Oceano Atlântico, na costa nordeste, a Venezuela é um país onde reina a floresta (metade do país).
A Venezuela tem quatro regiões geográficas distintas. Noroeste e norte são as terras altas da Venezuela, que incluem o ponto mais alto do país, Pico Bolívar (5.007 m) na cadeia de Mérida.
Para o oeste da montanha é uma grande depressão, com colinas e planaltos baixo incluindo o Lago de Maracaibo, que é ligado ao Golfo da Venezuela. Os Llanos, uma região de planícies aluviais são na zona norte Central é desfavorável agricultura (com excepção dos bovinos) e pouco povoada.
Por fim, a massa das Guianas, que atinge altitudes de mais de 2.700 m, fica no sul-leste e sul e inclui as correntes da Serra e da Serra Parima Pacaraima, que fazem parte do fronteira com o Brasil.
A parte costeira dos Llanos se estende até o Oceano Atlântico e é banhada pelo eixo Orinoco rio do país, que se estende 2,360 km e drena cerca de quatro quintos do total da área de países.
Seus afluentes percorrem todo: o Apure, o Meta Rio Negro e Rio de Janeiro. A Angel Falls (Salto del Angel), uma das cachoeiras no maior do mundo, localizado no planalto oriental.
O clima é tropical Venezuela nos Llanos e ao longo da costa, temperado pela altitude em regiões montanhosas. As temperaturas médias em Caracas e Maracaibo, respectivamente, chegar a 18 ° C e 27 ° C em janeiro e 21° C e 29° C em julho.
Venezuela – Governo e Política
A Venezuela é uma república com um sistema presidencial, governou com uma Constituição aprovada em 1961. O executivo-chefe é o presidente, que é eleito por sufrágio universal para um mandato de cinco anos. O Congresso Nacional é composto de um Senado de 45 eleitos (presidentes mais antigos, que são membros vida) e uma Câmara de Representantes de 204 membros. Todos os cidadãos com idade acima de 18 podem votar.
Cada Estado da Venezuela é dirigida por um governador nomeado pelo presidente e os representantes do Poder Legislativo são eleitos por sufrágio universal.
No início de 1990, dominantes da Venezuela partidos políticos eram o Social Cristão Comité do Partido ou organização política dos eleitores independentes (COPEI), Ação Democrática (AD) e Convergência Nacional.
Outras organizações políticas incluída entre outros, o Movimento ao Socialismo (MAS) ea Causa Radical (La Causa R).
Venezuela – Independência
Durante todo o período colonial, a Venezuela foi governada por agentes da Coroa Espanhola. Burocratas da realeza ocupavam os cargos de topo do governo, e os clérigos Espanhóis os cargos mais altos da igreja. Os criollos, ou Crioulos (brancos Americanos-nascidos), tinham a propriedade de suas terras e controlavam a política e a religião, mas apenas a nível local.
Os mestiços eram mantidos em uma posição inferior pela pequena elite branca. Os Índios viviam no interior, completamente à parte da vida social e cultural Europeia, enquanto os negros eram empregados como escravos nas plantações costeiras das Caraíbas. Fora do descontentamento de ambos os crioulos ricos e os muito pobres veio um movimento pela independência.
O desejo de auto-governo ganhou força depois do sucesso das revoluções nos Estados Unidos em 1776 e na França em 1789. O fim da era colonial finalmente chegou em Abril de 1810, com a queda da Espanha a Napoleão Bonaparte. Os Crioulos Venezuelanos removeram o governador Espanhol em Caracas do cargo e formaram uma junta para assumir o governo.
A independência foi proclamada em 5 de Julho de 1811, e a Venezuela foi constituída uma confederação. A declaração detonou uma década de lutas entre os patriotas Crioulos e as forças monarquistas, que terminou com uma vitória decisiva para os patriotas na Batalha de Carabobo em 24 de Junho de 1821. Com essa vitória, a Venezuela rompeu os laços que a mantinham à Espanha.
As duas figuras heróicas que dominaram a luta pela independência da Venezuela foram o Caracas-nascido Simón Bolívar, o grande soldado-estadista da América do Sul, e Francisco de Miranda, o pai do movimento da independência. Bolívar foi o libertador, não apenas de seu próprio país, mas também da Colômbia, Equador, Peru e Bolívia.
Das repúblicas da Venezuela, Nova Granada, Equador e o que é hoje a República do Panamá, ele forjou a República da Gran Colômbia. Mas o sonho de Bolívar de uma confederação poderosa desses países não era para ser realizado. Os países não puderam concordar entre si, e em 1830 a Venezuela se retirou e definiu-se como uma república independente.
Venezuela – Economia
As principais culturas são cana-de-açúcar, banana, milho, arroz, café, sorgo, mandioca, laranja e coco. A pecuária é praticada principalmente no Llanos e leste do Lago de Maracaibo, o rebanho é composto principalmente de bovinos e suínos.
O setor da pesca é predominante. A partir de uma perspectiva de negócios, as maiores capturas são o atum, camarão e sardinha. Pesca de pérolas grandes estão fora da ilha de Margarita.
Petróleo, localizado na bacia do Lago de Maracaibo e no leste, ocupa o primeiro lugar na economia venezuelana. Petróleo bruto e refinado, é a principal fonte de renda no país e fornece a maioria das receitas de exportação. A Venezuela é um dos maiores produtores de petróleo. Venezuela é membro fundador da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). O país também é um grande produtor de gás natural.
Venezuela usa energia hidrelétrica: uma fábrica perto da represa de Guri sobre o Caroní rio.
Venezuela – Cultura
A cultura de um país é influenciado por sua história e este anéis fato verdadeiro no caso da Venezuela também.
A cultura da Venezuela é uma combinação das culturas dos índios, Caribe, espanhóis, italianos e dos escravos africanos trazidos durante a colonização espanhola.
Arquitetura
Infelizmente, Venezuela é um dos poucos paises de América Latina que carece da tradição artística pré-colombiana de outros países. No período colonial prevaleceram as variantes arquitetônicas européias da época e, durante o século XVII construiram-se diversos prédios barrocos, dos quais ficaram poucas mostras, entre os que destacam-se a Catedral, o Templo de São Francisco e a Candelária em Caracas.
Quanto as edificações coloniais de caráter civil, desenharam-se de acordo aos padrões importados de Andalucía, quer dizer, portões ornamentados em pedra lavrada e gelosias de madeira. Durante a segunda metade daquele século e graças á bonanza econômica construiram numerosos casarões e fazendas, de acordo com os estilos europeus, assim como predios públicos de estilo neo-clássico, sobre tudo no centro de Caracas.
As condições geográficas da Venezuela têm sido uma das principais causas, as quais muitas construções desapareceram, pelos frequentes terremotos. Nos princípios do século XX, o país experimentou um reflorescimento da arquitetura e construiram vários edifícios de estilo eclético. Porém, nos anos 60 e 70, devido ao boom do petróleo e por iniciativa de arquitetos nacionais e estrangeiros, o país viveu uma revolução na sua arquitetura.
Este período caracterizou-se pela indiscriminada derrubada dos antigos centros urbanísticos, substituindo-os por desenhos vanguardistas. Muitos edifícios coloniais sem uso, não mais suportaram o esquecimento e a indiferença e, optaram por derrubar-se. Hoje, não pode-se negar que Venezuela conta com os melhores exemplos da arquitetura moderna no continente.
Arquitetos como Vegas (Teatro do Leste), Oscar Niemeyer (Museu de Belas Artes) ou Gio Ponti, mudaram o rosto das principais cidades. Porém, foi Raul Villanueva quem mais aportações realizou. Entre suas propostas salientam a Galeria de Arte Nacional e o complexo da Universidade Central de Venezuela.
Entre as últimas edificações, destacamos a Basílica de Nossa Senhora de Coromoto, em Maracaibo, o Conjunto Residencial El Conde e a Praça de Touros de Valencia.
Música
Sobre a música pré-colombiana da região tem-se muita pouca ou nenhuma informação. Com a chegada dos espanhóis e, posteriormente, com a incorporação de rítmos de origem africana e influênciasnativas, foi sendo criado a nova identidade musical do país.
O rítmo mais característico é o “joropo”, que tem a sua origem nos Llanos, mas aos poucos conquistaram o resto do país. Para a sua execução utiliza-se a harpa, ou quatro � pequenas guitarras de quatro cordas � e os maracás, sem esquecer das divertidas letras das canções.
No Leste do país, dependendo da região, encontram-se rítmos tão variados como o estribilho, polo, margaritenho, folias ou jotas, enquanto no Oeste prevalece a gaita zuliana. rítmo típico do Maracaibo � e o bambuco, popular na zona dos Andes. Nas costas centrais são os rítmos de influência africana os que marcam o padrão. Caracas, como capital, tem absorvido todos os rítmos do país.
Nos anos 30 fundou-se a Orquesta Sinfônica da Venezuela e posteriormente, a Orquesta Filarmônica de Caracas, entre outras muitas. É frequente que nas praças, igrejas e parques sirvam de cenário para estas orquestras.
Artes Plásticas
Muito antes da chegada dos espanhóis existiam, como na música, manifestações pictóricas. Os trabalhos que sobreviveram o passo do tempo são, óbvio, os petroglifos que encontrn-se en numerosas rochas ao longo do país todo. Os mais impressionantres localizan-se na região da costa central, entre Barquisimeto e Caracas a ao longo do Rio Orinoco e o rio Caroní. Um dos melhores exemplos é o Cerro Pintado, perto do Porto de Ayacucho.
Quanto as manifestações da época colonial, pintores e escultores dedicaram-se a reproduzir motivos religiosos importados pelos missionários espanhóis.
Em meados do século XIX surgiu um movimento acadêmico de pintura, impulsionado por pintores venezuelanos formados na França e na Itália. Entre eles detacam-se Martín Tovar y Tovar, lembrado pelo seu esplêndido trabalho no Capitólio Nacional de Caracas.
Este movimento extendeu-se até princípios do século XX, quando surgem propostas mais agressivas que tentam quebrar aquele domínio, liderado pelos pintores Armando Reverón, Carlos Otero, Rafael Monasterios e Marcos Castillo.
Depois destes movimentos, fizeram aparição pintores pós-impressionistas, entre os que destacarm-se Alcántara e Poleo. Depois da criação da Escola das Belas Artes, a pintura venezuelana foi virando-se, cada vez mais, para a abstração geométrica e a arte cinética.
Quanto aos escultores, Francisco Narváez é considerado como o primeiro escultor moderno. Pode ser dito que a escultura teve as suas origens tardiamente, que dizer, a princípios do século XX.
Venezuela – Flora e Fauna
As diferentes condições climáticas favorecem uma grande variedade de flora e fauna. Nas zonas elevadas com alta umidade, como é o caso da bacia amazônica e do Delta do Orinoco, predominam as selvas densas de origem equatorial, enquanto na zona da Guyana setentrional, mais seca, carateriza-se pelos sobrales e a vegetação de transição entre a selva tropical e a savana arbórea e arbustiva.
A zona de Los Llanos está formada por uma superfície de relva, onde aparecem algumas raras espécies de árvores, franqueando os rios. Nas regiões onde a precipitação pluvial é pouca, a vegetação é do tipo xerófila e nas outras, as paisagens são quase pré-desérticas. Na zona dos Andes, a qualidade da flora será conforme a altitude.
Até os 1.500 m extende-se a selva úmida que vai desaparecendo conforme for ganhando altitude, ficando o limite da vegetação arbórea nos 3.000 m, momento em que faz sua aparição, a vegetação típica de arbustos, quer dizer, a flora própria dos páramos, que extende-se até os 5.000 m, até chegar nas neves perpétuas.
Quanto à fauna venezuelana, existem mais de 1.250 espécies de aves de rico colorido. As melhores zonas para observar as aves é a região de Los Llanos e algumas áreas das costas. Destacam �se as araras, loros, tucanos, ibices, garças, pelicanos, beija-flores ou flamingos. Entre as espécies mais raras encontra-se o guácharo, ave noturna que alimenta-se só de frutos e que habita as grutas. O turpial, de penas amarelas, brancas e pretas, sendo a ave nacional.
Quanto aos mamíferos tem sido registradas mais de 250 espécies. Como em muitos países da América Latina, a onça, um dos animais mais enigmáticos, habita na Venezuela. Infelizmente, o felino encontra-se em perigo de extinção. Em troca, predominam os chiguire ou capivaras, o maior roedor do mundo, preguiças, diversas qualidades de macacos, tatus, tamanduás, pumas, porcos-do-mato, ocelotes ou antas.
Os répteis tem no jacaré o seu melhor representante. Existem cinco espécies como são o baba ou jacaré do Orinoco. No país pode-se ver também jibóias, iguanos, cobras cascavel ou mapanares.
Venezuela – Clima
O clima é tropical: quente e úmido, com estação seca de dezembro a abril ea estação chuvosa, de maio a novembro.
Altitude, o clima pode ser mais frio, e nas terras baixas, mais úmido e chuvoso.
Venezuela – Locais Turísticos
Para conhecer Venezuela temos dividido o país em 7 zonas. Iniciaremos o percurso por Caracas e arredores, para continuar pelo arquipélago dos Roques e Ilha Margarita. Daqui, viajaremos pelos estados do litoral.
Depois desenvolveremos a zona da Guayana, para continuar pelos Llanos. Finalmente, viajaremos para a região dos Andes.
Venzuela é um bom lugar para os amantes da boa comida. Embora seja um dos paises mais americanizados da América do Sul, com sua boa rede de restaurantes “fast-food”, oferece especialidades regionais que são uma verdadeira delícia.
O desjejum serve-se cedo e consiste em una xícara de café, bolo e, as vezes, ovos fritos. Este é o melhor momento para esperimentar os sucos de frutas. Tem de banana, mamão, laranja, goiaba, maracujá, morango, etc.
Na hora da comida é conveniente ter preparado o estomago e o paladar para desfrutar ao máximo. Igual ao resto dos paises de América Latina, o milho é a base da alimentação. A maior parte dos pratos vão acompanhados de arepas, o pão dos venezuelanos. Trata-se de uma espécie de omelete baseada na farinha do milho e cozinhada diretamente em cima de uma placa (do jeito mexicano).
Em muitas zonas encontrará os locais chamados “areperas”, onde serve-se arepas recheadas de queijo, presunto, carne, abacate, molho ou ovo. A cachapa, outra qualidade de arepa, serve-se com queijo ou presunto de porco, enquanto o casabe, muito mais magra e com farinha de mandioca amarga, faz as vezes do pão nas áreas rurais e na região da Grande Savana.
Entre os pratos mais típicos aconselhamos-lhe à começar com alguma das variadas sopas como são a olleta de galo ou de vaca, os cruzados, a pizca andina, a sopa de tartaruga, o caldo de chipi-chipi, ao que atribui-se virtudes afrodisíacas ou o fervido, um caldo de carne ou frango com verduras.
Para sopas e pratos mais consistentes recomendamos-lhe degustar o popular sancocho, um cozido de verduras, mandioca, pedaços de peixe e carne de frango ou vaca. O mondongo, outra das especialidades do país, preparado com vísceras de vaca cozidas com milho tenro, batata doce e verduras.
De segundo prato anime-se com o pabilhão crioulo, o prato nacional, preparado com carne, arroz, feijão preto e queijo. Outra alternativa são os churrascos de carne ou peixe. De origem argentina. Costumam ser acompanhados de sashichas, picante, abacate, pedaços de mandioca e hallaquitas, uma pasta do milho embrulhada na folha da mesma planta. O leitão consiste em porco ensopado e assado, acompanhado de arroz.
Se você é dos que preferem os tira gostos pergunte pelas empadas feitas com milho e recheadas com queijo branco, carne e feijões, ou então, por um tequenho, queijo branco em pasta frita.
Quanto aos produtos do mar, a lista pode ser interminável, especialmente na Ilha Margarita, com excelente reputação. Rica variedade de crustáceos e peixes é preparada, geralmente, à prancha ou em sancocho. Os mais comuns são o pargo e o mero, porém, também pode-se encontrar lisas, robalos, salmonetes e coro-coros, o peixe-papagaio.
Entre os crustáceos destacam-se, sobre tudo, os lagostinos, deliciosos camarões gigantes chamadas jumbos em certos lugares, e camarões preparados no alho. Não esqueça de esperimentar uma boca lagosta e o cangueirejo.
Pera terminar uma deliciosa sobremesa. Esperimente o doce de quesillo, o bienmesabe, o mousse de parchita e as tortas de tojoto, queijo e guanabana.
Ilha Margarita
Quanto à Margarita, os índios guaiqueríes foram os seus primeiros povoadores, quem batizaram-na com o nome de Paráguachoa, pela abundância de peixe nas suas águas.
O dia 15 de agosto de 1498, Colombo chegou na ilha e batizou-a com o nome greco-latino de Margarita, que significa Pérola. Tanto a lenda quanto a fábula vieram para acrescentar a presença de piratas na procura de pérolas. Esta mesma riqueza tinha permitido aos espanhóis obterem até 373 quilos de pérolas por mês e, empregá-las como valor monetário até o século XVII.
Durante a guerra da Independência, Margarita teve um papel destacado pelo heroísmo dos sesus povoadores. Nesta ilha, junto as de Coche e Cubágua receberam o nome de Nova Esparta, sendo uma das sete províncias que assinariam a Ata da Independência em 1811.
Llanos
As amplas planícies, ou llanos, cobrem quase 33% do território nacional, dos Andes no oeste ao delta do Rio Orinoco no leste, formando uma vasta área plana de cerrado com manchas de floresta ao longo dos córregos. Alguns desses córregos são muito grandes, apesar de lentos por causa do achatamento da terra. O clima da região é caracterizado pelo contraste entre as estações úmida e seca.
Na estação chuvosa, há chuvas torrenciais que causam o transbordamento dos rios e a inundação de enormes áreas. O gado procura refúgio nas terras altas, e viajar por terra pode se tornar muito difícil. Durante a estação seca, o vento sopra continuamente, e os rios, exceto para os maiores, secam. Procurando por água, o gado sedento deve muitas vezes caminhar lentamente através da grama seca e os bosques magros de árvores sem folhas.
Os llanos são uma região que desperta a imaginação dos naturalistas. Os rios e lagoas estão cheios de peixes exóticos – enguias elétricas que podem paralisar um cavalo; os caribes, peixes pequenos mas ferozes que atacam em grandes cardumes; e o enorme peixe-gato. Curiosas espécies de animais – como o tamanduá-bandeira; o chigüire, um grande roedor, javalis selvagens; e os crocodilos – são característicos das planícies.
A paisagem de palmeiras está cheia de pássaros – o chenchena, ou cigano, cujos filhotes parecem lagartos; o corocoro, ou ibis escarlate; garças, que vão desde a pequena garça – anteriormente morta aos milhares por sua plumagem, mas agora protegida por leis de caça – à garça grande “soldado”; e patos de todos os tipos.
Os llanos eram tradicionalmente o centro da indústria pecuária. Agora, no entanto, a tecnologia avançada colocou grandes áreas em outros usos agrícolas. A criação de gado também está sendo melhorada pelo uso do estado-da-arte de métodos científicos, novas variedades genéticas, e mais eficazes meios de controle de insetos.
Em alguns lugares, a tração nas quatro rodas de veículos substituíram os cavalos e reduziram muito o tempo necessário para trabalhar as grandes fazendas. Barragens e projetos de irrigação ajudam a controlar as inundações durante a estação chuvosa e os efeitos danosos da longa estação seca.
Guayana
A quarta e maior divisão geográfica da Venezuela é a Guayana. Ela compreende toda a região sul e leste do Orinoco mais as áreas de Casiquiare e do Río Negro na drenagem do Rio Amazonas. Densamente florestada e escassamente povoada, esta enorme área ocupa cerca de 45 por cento da superfície de terra da Venezuela e detém menos de 3 por cento da população. As duas principais cidades são Ciudad Bolívar e Santo Tomé de Guayana, chamada Ciudad Guayana.
Esta região é tão misteriosa e proibitiva que Sir Arthur Conan Doyle a escolheu como o local para seu fantástico romance de dinossauros e pterodáctilos, O Mundo Perdido. O escritor W. H. Hudson a fez a casa de sua heroína Rima, a menina que falava aos pássaros, em seu romance Green Mansions. As lendas da cidade de ouro do El Dorado mencionada por Sir Walter Raleigh em sua Descoberta da Guiana também foram associadas a esta área, e algumas dessas lendas quase que aconteceram.
Por alguns anos durante a década de 1870, a mina de ouro El Callao foi a mais rica do mundo, mas depois seu filão esgotou-se. Mesmo em tempos recentes, o ouro e os diamantes foram descobertos nas areias dos rios, trazendo uma prosperidade passageira para os mineiros afortunados e desencadeando novas séries de contos coloridos sobre a Guayana. A área tem muitos depósitos de minério de ferro de alto-grau, que são encontrados perto dos Rios Orinoco e Caroní.
Praticamente não há agricultura na Guayana, exceto por umas poucas fazendas de subsistência – os conucos dos Índios – e alguns ranchos de gado. Se os métodos econômicos pudessem ser encontrados para explorar as boas terras agrícolas na Guayana, esta área seria a parte lógica da Venezuela para absorver o grande aumento da população esperado dentro das próximas poucas gerações.
A Guayana é hoje uma das grandes esperanças da Venezuela para o futuro. Além do porto de águas profundas do Orinoco e da disponibilidade do gás natural de baixo-custo, a área tem grande potencial de energia hidrelétrica.
No canto sudeste da Guayana está a região da Gran Sabana, ou “grande savana”, uma vista bela e inesquecível. Montanhas espetaculares de topo achatado lembrando gigantes ruínas de castelos medievais sobem centenas de metros em direção ao céu. No coração da Guayana estão as Cataratas do Anjo, pensadas serem a maior cachoeira do mundo.
Maracaibo
No lado mais ocidental da Venezuela, no estado de Zulia, encontra-se Maracaibo, a segunda maior cidade da Venezuela e o seu mais importante centro petrolífero. Maracaibo está situada às margens do lago que leva seu nome e que foi descoberto em 24 de agosto de 1499 pelo marinheiro Alonso de Ojeda, companheiro de Colombo em sua segunda viagem.
A cidade de Maracaibo foi fundada em três oportunidades. A primeira, no ano de 1529, pelo alemão Ambrosio Alfinger que lhe deu o nome de Maracaibo ou Vila de Maracaibo. Esta povoação teve pouca atividade e como conseqüência em 1535, Nicolás Federmán ordenou sua evacuação e que sua população fosse transladada para o cabo de Vela, perto de Coro. Depois de uma segunda tentativa falida, por parte do capitão Alonso Pacheco, só em 1573 é que o Governador Diego de Mazariegos decidiu restabelecer o povoado, confiando-o ao capitão Pedro Maldonado. Assim, em 1574, foi fundada a nova Zamora de Maracaibo, em honra ao governador Mazariegos, nativo da cidade de Zamora, na Espanha. Desde esta época, Maracaibo começou a crescer e a se desenvolver como uma cidade em todos os sentidos.
A origem de seu nome se deve ao Cacique Mara, homem forte de mais de 25 anos, que vivia na Ilha de Providência e que opôs resistência aos alemães que atacavam a zona. Ele morreu em uma batalha contra os alemães.
Diz a tradição que que diante da morte do chefe, os índios gritava: “Mara-caiu”, e assim originou-se o nome da capital zuliana. Alguns pesquisadores afirmam que o local onde está a cidade era chamado em língua indígena de “Maara-iwo”, ou “lugar onde abundam as serpentes”.
Lago de Maracaibo e a ponte general Rafael Urdaneta
O lago de Maracaibo é uma das maiores bênçãos da natureza do estado de Zulia. Com uma área de 13000 km quadrados, ocupa o vigésimo terceiro lugar entre os grandes lagos do mundo. É a mais importante via lacustre da Venezuela e, para o Estado de Zulia, constitui-se em uma artéria de comunicação fundamental para as comunidades e o comércio.
A ponte General Rafael Urdaneta, estendida sobre o Lago de Maracaibo para unir o ocidente zuliano com o setor oriental e com o resto do país, é uma das mais importante e maravilhosas obras de concreto. Sua construção durou cinco anos com um custo aproximado de 350 milhões de bolívares. Seu comprimento é de 8678 metros e está composta por partes ou tramas de 235 metros de luz, em números de 5 e sustentada por seis pilares.
É uma faixa que se estendeu sobre as águas do lago para unir as duas partes do litoral que antes estavam a uma longa distância de ferry-boat, que fazia a travessia entre a parte mais estreita do lago, entre Maracaibo e o pequeno porto de Palmarejo, do lado oriente, dentro da jurisdição do distrito de Miranda.
Povoados Lacustres que ainda existem em Maracaibo
Atualmente ainda encontramos povoados que permaneceram nas águas do lago de Maracaibo, como é o caso das palafitas de santa Rosa, localizadas ao norte da cidade. Neste lugar é comum encontrar crianças com feições indígenas tomando banho nas águas do lago bem como várias canoas indo e vindo. As palafitas de Santa Rosa guardam, em sua estrutura, aquela recordação de nossos antepassados, tendo se tornado nos dias atuais em uma parada turística onde se pode degustar e desfrutar os mais ricos manjares, em um lugar exótico ao ar livre e sobre as águas do lago de Maracaibo.
Outro povoado remanescente pode ser encontrado na lagoa de Sinamaica.
Localizada ao norte do Estado de Zulia, esta lagoa é realmente uma fantasia: aqui não só se encontram pontos turísticos, como também dezenas de famílias, quitandas, farmácias e qualquer loja de comércio sobre as águas.
O sistema de comunicação interno é muito especial, realizado por canoas ou lanchas. Este majestoso povoado parece que foi plantado nas águas! Sua cultura, seus costumes e sua idiossincrasia converteram a Lagoa de Sinamaica em um dos lugares turísticos e de recreação mais importantes da região zuliana.
A Chinita (chinezinha), virgem padroeira deste povoado zuliano
A vida espiritual dos marabinos sempre girou em torno da devoção aos santos apóstolos Pedro e João de São Sebastião e à Virgem do Rosário de Chiquinquirá, devoção esta trazida por Don Juan Nieves de Andrade , nos fins do século XVII. Este homem piedoso levantou uma singela ermida de palha ao chegar a Maracaibo. Aí colocou um quadro da imagem da Virgem do Rosário de Chiquinquirá, cópia da imagem venerada na região de Santa Fé de Bogotá, em Nova Granada ( hoje Colômbia).
Com o tempo o quadro foi perdendo a pintura original, a figura da imagem foi apagada e, por isso, parou o interesse religioso sendo que o quadro foi passando de um lugar para o outro até cair no lago.
Em uma manhã de 1794, apareceu nas praias brancas do Lago de Maracaibo um pedaço de madeira, de pequenas dimensões, encontrado por uma senhora velhinha que, de joelhos, lavava roupa à beira do lago. A sombra da noite começava a dissipar-se nos clarões do alvorecer e por isso a senhora não percebeu direito o quadro e o levou para sua humilde casa junto com a roupa. Utilizou o quadrinho como tampa de um tigela qualquer.
Mergulhada na água, a virgem guardava seu segredo escondido em uma pintura borrada. Um dia, a boa senhora viu no pequeno quadro desgastado a silhueta da imagem sagrada e, de uso doméstico, o pedaço de madeira transformou-se em motivo de veneração, pregado à parede. Em 18 de novembro alguns movimentos incomuns transtornam a tranqüilidade da casinha.
Golpes e ruídos repetidos 3 vezes foram ouvidos. Quando procurou ver o que estava acontecendo, a velha senhora deparou-se com a visão do quadrinho misterioso iluminado por luzes que brilhavam sem cessar.
Ante tão majestosa aparição da Virgem, a velhinha mortificada caiu de joelhos diante da imagem de rosto tão doce, tez morena e olhos puxados, carregando em seus braços um lindo menino: era Nossa Santíssima Mãe, a Virgem de Chiquinquirá, que deixou de ser um quadro borrado para ser reconhecida novamente.
Milagre! Milagre! Exclama a velha senhora. Milagre! Exclamam os vizinhos que até aquele momento admiravam o quadrinho e, após este momento passaram a adorá-la. A modesta casa converteu-se em centro de peregrinação e agradecimento a Mãe de Deus.
Atualmente, no local onde existia a casa desta aparição foi erguido um majestoso templo, casa de nossa Santa Padroeira, na qual é celebrado o santo sacrifício da missa e, aquele quadrinho milagroso que tem refletida a imagem sagrada fica exposto orgulhosamente no altar, de onde podemos ver com grande clareza a indescritível e soberana aparição da Virgem de Chiquinquirá. A rua onde se situava a humilde casinha passou a ser chamada de Rua do Milagre.
Todo o ano, em 18 de novembro, é comemorada a festa em sua homenagem prestigiada pelos fiéis do povoado zuliano e de seus arredores sem que alguma lei eclesiástica ou civil tenha decretado dia santo.
Com música ao som da gaita, fogos de artifício que iluminam o céu marabino, com chimbangles que retumbam seus tambores e bandas de música que tocam ao longo da feira, a Virgem é acompanhada em procissão pela Rua do Milagre, e todos saem para saudar e bendizer sua deslumbrante figura!
Centro de artes de Maracaibo Lía Bermúdez
A sede do é hoje o Centro de Artes Lía Bermúdez (CAM-LB) serviu por mais de 40 anos como local do Mercado Principal da cidade. Sua história remonta ao final do século XIX, quando o velho mercado (edificado em 1866) foi consumido pelo em sua totalidade por um grande incêndio. Este sinistro deixou Maracaibo, em 21 de Julho de 1927, sem seu maior centro de compras.
O governo nesta época, presidido pelo General Vincencio Pérez Soto precisava buscar uma solução rápida para devolver ao marabino seu centro de compras e, depois de muitas propostas, decidiu que deveria ser erguida uma estrutura de ferro, muito em moda na França, Inglaterra, Alemanha e Estados Unidos. Da Inglaterra veio toda a estrutura totalmente desarmada, transportada em barco até o porto de Maracaibo. O tempo levado para que a construção fosse erguida durou de 1928 até 1930.
O novo mercado abriu as portas ao público em 9 de agosto de 1931 e permaneceu aberto até 7 de outubro de 1973, quando cessam suas atividades devido ao surgimento de outra infra-estrutura similar: o mercado das pulgas. Foi então decidida a sua remodelação e transformação em Centro Popular de Cultura, com o fim de promover as manifestações artístico-culturais próprias dos zulianos. Esta experiência durou até o mês de outubro de 1982, quando fecham suas portas mais uma vez.
Em 1979, a escultora Lía Bermúdez, trabalhando na Secretaria de Cultura, propõe ao governo nacional o remodelamento do prédio que já estava reestruturado. Em 7 de julho de 1990, depois de mais de uma década de espera, o governador do estado de Zulia, Oswaldo Alvarez Paz, mediante decreto, cria o Centro de Artes de Maracaibo Lía Bermúdez (CAM-LB), instituição que tem sua sede no edifício do antigo mercado principal.
Em 16 de outubro de 1990, mediante um novo decreto, é criada a Fundação de Estado para CAM-LB e, neste momento, iniciam-se as atividades e trabalhos de reestruturação. Em 4 de novembro de 1993, é inaugurada oficialmente a imensa estrutura de metal que se levanta em pleno centro da cidade. O Dr. José Antônio Abreu, Ministro da Cultura, declara o centro um museu, e o entrega para a Rede Nacional de Museus da Venezuela.
Praça Baralt, centro de compras dos Marabinos
Quando em 1615 chegou a Maracaibo a congregação dos franciscanos, foi construído um convento que serviu de morada para estes religiosos. Também foi erguido um templo a que deram o nome de São Francisco, em honra ao santo padroeiro da congregação.
Em frente ao templo de São Francisco existia um enorme terreno retangular que tinha como limite, ao sul, o porto. Tendo em conta a presença do mercado principal e as atividade do porto, esta área converteu-se em centro de atividades comerciais intensas da cidade de Maracaibo.
Em 9 de fevereiro de 1882, reuniram-se no número 10 da rua do Comércio os Srs. Manuel A . Lares, Alciro Villanueva, Adolfo Pardo, Julio Martinez, Julio C. Belloso, Marcial López, Nectario Finol, Ricardo Villalobos, Jesus Carruyo e José Parra com o objetivo de fundar uma sociedade que leva-se o nome de Baralt e cuja finalidade seria a levantar fundos para erguer um monumento ao literato zuliano Rafael Maria Baralt.
A sociedade escolheu como local para levantar esta obra, a pracinha em frente ao templo de São Francisco. Em 24 de outubro de 1888, às 5 da tarde, o monumento foi descerrado e o busto exposto ao público. Aquele terreno amplo que era conhecido como Bulevar Baralt passou a ser denominado, com o passar dos anos, de Praça Baralt.
Esta praça foi testemunha de muitos acontecimentos da cidade por sua característica comercial central e as edificações locais como casas, postos, linhas de ônibus foi se deteriorando. Na década de 70, tendo em vista a deterioração geral do lugar, foi criado um Plano de Renovação Urbana de Maracaibo, que incluiu um programa de remodelamento da Praça Baralt.
Atualmente esta praça é um centro de compras e de visitação pois passar por Maracaibo sem ir a Praça Baralt é como não ter passado pela cidade. Esta praça e seu arredores conservam gratas recordações da Maracaibo de outros tempos… aqui se sente o calor zuliano.
Fonte: portalsaofrancisco.com.br/www.rumbo.com.br/www.continent-americain.com/Internet Nations/www.buzzle.com
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