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Quem mora ou passeia pela cidade não pode deixar de conhecer o Vale do Anhangabaú. Além de ter muito a contar sobre a história paulistana, o lugar é com certeza um dos mais belos cartões postais de São Paulo.
Localizado no centro, entre os Viadutos do Chá e Santa Ifigênia, o Vale reúne o prédio da Prefeitura de São Paulo, o Teatro Municipal, a Escola Municipal de Balé, o Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e um campus universitário. É também rodeado por grandes edifícios.
O nome Anhangabaú é indígena e significa, em tupi, rio ou água do mau espírito. A história mais provável é que tenha sido batizado assim por conta de algum malefício feito pelos bandeirantes aos índios nas imediações desse rio, que hoje passa sob o asfalto no Vale.
Já no século 17, as pessoas usavam a água do rio para lavar roupas e objetos e até mesmo tomar banho. Até o ano 1822, a região era apenas uma chácara de propriedade do Barão de Itapetininga, onde os moradores vendiam chá e agrião. Para chegar ao outro lado do morro, era preciso atravessar a Ponte de Lorena, que em 1855 se transformou na Rua Formosa.
A urbanização só veio a partir do projeto de construção do Viaduto do Chá, em 1877, que resultou na desapropriação das chácaras que ficavam ali. Depois de um período de descaso, o lugar foi jardinado, o rio, canalizado e, em 1910, tornou-se o Parque do Anhangabaú, dividindo a nova São Paulo da velha.
A primeira grande reforma do espaço foi nos anos 40 com a criação das ligações subterrâneas às Praças Ramos de Azevedo e Patriarcas – hoje conhecida como Galeria Prestes Maia.
O centro é lugar de grande agitação que cresceu tanto quanto a cidade. Preocupada com a revitalização da área, na década de 80, a Prefeitura de São Paulo organizou um concurso que resultou no novo visual do Vale. Jardins, esculturas e três chafarizes compõem o quadro charmoso do local.
Devido sua extensão, muitas manifestações culturais ocorreram nesse endereço. A mais significativa foi o Comício das Diretas Já, em 16 de abril de 1984. Cerca de 1,5 milhões de pessoas se reuniram para o maior comício público da história brasileira.
Atualmente, o Vale do Anhangabaú recebe eventos diversificados, incluindo muitas das atrações da Virada Cultural, maratona paulistana de 24 horas de cultura pelos quatro cantos da cidade. Quem passa por lá também pode eventualmente presenciar apresentações teatrais que às vezes são encenadas ali mesmo.
De fácil acesso pelo metrô, o Vale o Anhangabaú é um ponto de lazer, esporte e entretenimento aberto a todos.
Serviço
VALE DO ANHANGABAÚ: Metrô Anhangabaú e/ou metrô São Bento
Tatiane Ribeiro
Fonte: www.cidadedesaopaulo.com
Vale do Anhangabaú
Mas até 1822 a região não passava de uma chácara pertencente ao Barão de Itapetininga (depois da Baronesa de Tatui), onde se vendia agrião e chá. Lá, os moradores precisavam atravessar a Ponte do Lorena para chegar do outro lado do morro, dividido pelo rio. Como esse caminho era muito tortuoso, foi transformado em rua em 1855, era a Rua Formosa.
Por volta de 1877, começou a que pode ser considerada “urbanização” da área, com a idealização do Viaduto do Chá (inaugurado somente em 1892), a subseqüente desapropriação de chácaras no local e o projeto do engenheiro Alexandre Ferguson de construir 33 prédios de cada lado do vale para serem alugados.
Curiosidades
O nome Anhangabaú tem várias possíveis origens e alguns significados diferentes, confira:
Anhanga: o mesmo que anhã. Gonçalves Dias escreveu Anhangá, talvez por necessidade do verso
Anhangaba: diabrura, malefício, ação do diabo ou feitiço
Anhangabahú: anhangaba-y, rio do malefício da diabrura, do feitiço
Anhangabahy: o mesmo que anhanga-y, rio ou água do mau espírito.
No século XVII, as águas do Anhangabaú eram usadas para as necessidades caseiras: lavar roupas e objetos e até mesmo tomar banho. O rio hoje está canalizado mas suas nascentes estão ao ar livre, entre a Vila Mariana e o Paraíso, desaguando no Tamanduateí.
Depois de muito tempo de total descuido, em 1910, foi feito o ajardinamento do Vale do Anhangabaú, resultando na formação do Parque do Anhangabaú. Ele foi reformulado na primeira gestão do prefeito Prestes Maia(1938–1945), com a criação de ligações subterrâneas à Praça Ramos de Azevedo e a Praça Patriarca. Esta última passagem é hoje conhecida como Galeria Prestes Maia.
A Central dos Correios está localizada no Anhangabaú, mais precisamente na Avenida São João.
É impossível afirmar quando o Vale do Anhangabaú foi fundado, mas os primeiros registros mostram que, em 1751, o governo estava preocupado com um vale aberto por Tomé Castro na região entre o rio e um lugar onde se tratava a água chamado “Nhagabaí”.
Em 1991, foi construída uma alça de ligação no Parque do Anhangabaú para ligar as avenidas 9 de Julho e a 23 de Maio. Há hoje um túnel que permite a passagem dos veículos que atravessam o Centro no sentido norte-sul e vice-versa.
Fonte: www.sampa.art.br
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