História de SC
O reconhecimento do litoral catarinense
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Cartas geográficas de navegadores de várias nacionalidades, escritas desde o início do século XVI, mencionam pontos que correspondem ao litoral catarinense. O mapa de Juan de la Cosa, piloto da expedição de Alonso de Ojeda assinala “Sant´Ana”, uma parte que corresponde ao nosso litoral.
Pela sua importância, registra-se a expedição de João Dias Solis, em 1515, quando um único ponto da costa mereceu ser assinalado: a baía dos “perdidos”, que se refere às águas interiores entre a Ilha de Santa Catarina e o continente fronteiro (designação dada em virtude do naufrágio de uma embarcação da mesma esquadra).
A expedição de Sebastião Caboto, italiano a serviço da Espanha, chega ao litoral catarinense por volta de 1526 e, ao publicar seus mapas referentes àquela expedição, denominava a Ilha de Santa Catarina de “porto dos Patos”. Mas o nome de Santa Catarina – dado à ilha – aparece, pela primeira vez, no mapa-mundi de Diego Ribeiro, de 1529.
Há divergências quanto ao responsável pela denominação de Santa Catarina: alguns autores atribuem a Sebastião Caboto, que fizera a denominação em homenagem à esposa Catarina Medrano; outros querem que tenha sido em homenagem a Santa Catarina de Alexandria, festejada pela igreja em 25 de novembro. É, portanto, assunto que merece novas reflexões.
Em 1541, aporta, ao continente fronteiro à ilha, a expedição de D. Alvar Nunes Cabeza de Vaca, comandante que intitula-se “Governador de Santa Catarina”, dada a sua nomeação, pelo rei da Espanha, para tomar posse das terras da Coroa.
Entretanto, a Ilha de Santa Catarina não foi o único ponto do litoral mencionado pelos primeiros navegadores que aqui aportaram. Em 1527, no planisfério anônimo de Weimar, apareceu a designação de Rio de São Francisco, correspondente à baía de Babitonga, que banha a península da atual São Francisco do Sul.
Os primeiro povoadores: desterrados, náufragos e sacerdotes
O povoamento do território catarinense está intimamente ligado, nos seus primórdios, aos interesses de navegações portuguesas e espanholas, que tiveram o litoral de Santa Catarina como ponto de apoio para atingir, principalmente, a região do Rio do Prata (sem mencionar as expedições de outras nacionalidades).
Pelo fato de o litoral catarinense servir como ponto de apoio, constatou-se que os primeiros povoadores foram náufragos, como, por exemplo, os sobreviventes de uma embarcação da expedição de João Dias Solis, os quais integraram-se à comunidade indígena.
Outros aparecem, como os desertores, elementos que abandonaram a embarcação “San Gabriel” comandada por D. Rodrigo de Acuña, a qual fazia parte de uma expedição espanhola. Da mesma forma, da expedição de Caboto, em 1526, também apareceram desertores.
O povoamento vicentista
Portugal utilizou-se, largamente, do princípio jurídico do “uti possidetis”, o direito do primeiro possuidor, tendo em vista a política de ampliação de seu território e a constância das expedições espanholas no litoral catarinense e sul do Brasil no século XVI.
Após a “União Ibérica”, isto é, o fim dos laços que uniam Portugal e Espanha (1580-1640), os bandeirantes, cada vez mais, alargaram as fronteiras das terras portuguesas. São as bandeiras vicentistas (provenientes da Capitania de São Vicente), de caça ao índio, que atingem o Brasil meridional.
Desta forma, o litoral catarinense passou a ser percorrido e conhecido, crescendo o interesse pela posse, com conseqüente ocupação.
As fundações vicentistas
São Francisco
O povoamento efetivo do litoral catarinense tem início com a fundação de São Francisco, sob a responsabilidade de Manoel Lourenço de Andrade, que recebeu, de um herdeiro de Pero Lopes de Souza, procuração para estabelecer, mais ao sul, uma povoação que denominou de Nossa Senhora da Graça do Rio de São Francisco, em 1658, cuja data tem sido alvo de discussão.
Desterro
Na marcha da ocupação do Sul, segue-se a fundação da povoa de Nossa Senhora do Desterro pelo bandeirante Francisco Dias Velho, que partiu de São Paulo, em 1672, acompanhado de familiares e índios domesticados, com interesses agropastoris. Com a morte de Dias Velho e a conseqüente retirada de seus filhos, a povoa do Desterro quase desapareceu.
A partir de 1715, com a concessão de sesmarias a portugueses, como Manoel Manso de Avelar, passa-se a sentir a necessidade de povoamento da Ilha, como forma de se defender do assédio constante por parte de navios estrangeiros; isso é demonstrado pelos próprios moradores, através de uma petição ao governo português.
Laguna
A fundação da vila de Santo Antônio dos Anjos de Laguna, como o povoamento do litoral do Rio Grande do Sul, ocorrem em virtude da necessidade de apoio à Colônia do Sacramento e de estabelecer ligação entre a costa e as estâncias do interior.
Deve-se a Domingos de Britto Peixoto a fundação de Laguna, por volta de 1684, após a pacificação de indígenas ali existentes. É a partir desta povoação que os portugueses se lançam à conquista dos territórios mais ao sul, como é o caso dos Campos de Viamão.
A Capitania de Santa Catarina
A Capital de Santa Catarina foi criada quando a Coroa Portuguesa através da Provisão Régia de 11 de agosto de 1738, desincorporou os territórios da Ilha de Santa Catarina e o Continente do Rio Grande de São Pedro da jurisdição de São Paulo, passando-os para o Rio de Janeiro.
Desta forma, Santa Catarina ficou subordinada diretamente aos Vice-Reis do Brasil. Eram esses que concentravam em suas mãos a grande autoridade administrativa e judiciária aos quais se subordinavam os capitães-generais. Santa Catarina constituiu-se no posto avançado da soberania portuguesa na América do Sul.
As razões são principalmente de ordem política. Tendo-se em vista a recente fundação da Colônia de Sacramento e a conseqüente necessidade de dar-lhe cobertura estratégico-militar, foi implantado um sistema defensivo para o litoral, onde se incluía a Ilha de Santa Catarina e a barra do Rio Grande.
O povoamento Açoriano
A fundação das povoações “vicentistas” no litoral catarinense não fortaleceu o surto demográfico em toda sua extensão, mas tão somente criou três núcleos isolados, vivendo de sua subsistência como foi o caso de São Francisco, Desterro e Laguna. Posteriormente, ocorreu o quase total abandono da povoa de Nossa Senhora do Desterro, com a morte brutal de seu fundador e a fuga dos seus parentes e acompanhantes.
As ilhas do Arquipélago dos Açores, sofrendo abalos sísmicos terrestres ou submarinos, estimularam a saída de parte de sua população. Aliado a este fator estaria o precário desenvolvimento econômico da região, o desejo de lançar-se ao mar, mas principalmente o excesso populacional que em decorrência, provocava a escassez de alimentos em determinadas ocasiões.
O açoriano, embora desenvolva outras atividades de subsistência, mantém a continuidade da tradição pesqueira. Sua chegada coincide com a implantação e o desenvolvimento das “armações” de baleia. Assim, passa a desempenhar aquela atividade em alto-mar e, por conseqüência, surge a construção naval.
Como resultantes culturais, o elenco de manifestações da cultural popular inclui a tecelagem manual, técnicas de pesca, o folguedo “boi-na-vara”, os “pão-por-Deus”, danças (geralmente denominadas como fandangos), as festividades do ciclo do Divino Espírito Santo, além do substrato lingüístico.
O “Caminho do Sul”
A conquista do sul pelos paulistas foi efetuada inicialmente pelo litoral, através da ocupação desde São Vicente até Laguna, no século XVII.
Em 1720, Bartolomeu Paes de Abreu, sertanista, sugeriu ao Rei de Portugal, a abertura de um caminho que ligasse São Paulo ao atual Rio Grande do Sul. Referia-se às regiões de campos favoráveis à criação de gado, do qual o índio das missões foi o primeiro vaqueiro.
Na ocasião, muitos habitantes da região de Laguna, por determinação do Governador de São Paulo e atraídos pela criação de gado, dirigiram-se para as terras rio-grandenses, passando assim a povoar os “pampas”.
A necessidade de um caminho terrestre que interligasse o extremo sul até São Paulo ou Rio de Janeiro prendia-se ao interesse econômico de abastecer as regiões de mineração com alimento e animal de transporte e também como meio de defesa da Colônia do Sacramento, aquele reduto português na região platina.
A iniciativa da construção de uma via de comunicação pelo interior provocou desagrado aos comerciantes tanto de Laguna como da Ilha de Santa Catarina pelo prejuízo que tal caminho poderia causar-lhes já que a atividade comercial era exercida exclusivamente através dos portos.
A fundação de Lages
Entre os tropeiros que, constantemente, através do “caminho do sul”, demandavam aos campos de Viamão, em terras rio-grandenses, encontrava-se Antônio Correa Pinto, encarregado em 1766 de fundar uma povoação no sertão de Curitiba, num local que servia de paragem, chamada Lages. A determinação era de que a futura Vila deveria chamar-se Vila Nova dos Prazeres. Como argumento, dizia que havia a necessidade de proteção dos habitantes da região, mas também previa o desenvolvimento da agricultura e pecuária local e também como elemento estratégico, contra as investidas dos espanhóis.
Logo após a fundação de Lages, a Câmara da Vila de Laguna determinou a abertura de uma estrada ligando-a ao planalto, acompanhando o curso do rio Tubarão. Esta estrada, com melhorias no seus traçado é a que, hoje, se denomina “estrada do rio do Rastro”.
A invasão espanhola de 1777
Em meados do século XVIII, após a anulação do Tratado de Madri, agravaram-se os conflitos entre as duas nações ibéricas, Portugal e Espanha, com a Guerra dos Sete Anos, na qual combateram Inglaterra e Portugal contra França e Espanha.
Os reflexos dessa guerra fizeram-se sentir na América, imediatamente.
Tropas espanholas sob o comando de Cevallos, Governador de Bueno Aires, em 1762, invadiram a Colônia de Sacramento e regiões do atual Rio Grande do Sul.
Quando foi assinado o acordo de paz (Tratado de Paris) entra Portugal e Espanha foi devolvida a Colônia do Sacramento mas os espanhóis permaneceram no Rio Grande.
Diante dessa situação, o governo português, na pessoa do Marquês de Pombal, ministro do rei de D. José I, organizou um plano de expulsão dos espanhóis do Rio Grande, tendo como ponto de apoio a Ilha de Santa Catarina.
Com base nisso, inicia-se em 1774, o preparo da Capitania de Santa Catarina para as eventualidades de uma guerra no sul.
Para enfrentar as forças luso-brasileiras a Espanha organizou uma grande expedição cuja esquadra transportava um expressivo contingente (cerca de 9.000 soldados, além de mais de 6.000 elementos da marinha).
O governo português, além das fortificações já existentes na Ilha de Santa Catarina, preocupou-se em completar o sistema de defesa, através de instruções, recursos humanos, material bélico e embarcações. O forte da Ilha constituía uma força composta de 143 canhões.
2. A ocupação da Ilha de Santa Catarina
Em fevereiro de 1777 a força naval espanhola chega à enseada de Canasvieiras e dali invade com sucesso a ilha, provocando a retirada das autoridades e parte das tropas para o lado do continente.
Diante disso, alguns dias depois, é assinado o termo de capitulação e a entrega da Ilha de Santa Catarina a D. Pedro Cevalles, comandante da expedição.
A capitulação das tropas portuguesas fez-se de forma humilhante, com a fuga de uns e o embarque de outros em direção ao Rio de Janeiro.
O objetivo de dominar a Ilha evidenciou-se com a presença de inúmeros sacerdotes que, acompanhando a expedição, distribuíram-se pelas freguesias da Ilha.
3. O Tratado de Santo Ildefonso
As negociações de um tratado tiveram início após a morte de D. José I e a ascenção de D, Maria I.
Pelas cláusulas do contrato, assinado ainda em 1777, Portugal recebeu de volta a Ilha de Santa Catarina e ficou com quase todo o atual Estado do Rio Grande do Sul. Com respeito à Ilha o Governo português se comprometia a não utilizá-la como base naval nem por embarcações de guerra ou de comércio estrangeiros.
Alemães, italianos e eslavos
A Colonização Alemã
A primeira colônia européia em Santa Catarina foi instalada, por iniciativa do governo, em São Pedro de Alcântara, em 1829. Eram 523 colonos católicos vindos de Bremem (Alemanha).
Em 1829, a Sociedade Colonizadora de Hamburgo adquiriu 8 léguas quadradas de terra, correspondentes ao dote da princesa Dona Francisca, que casa com o príncipe, fundando a colônia Dona Francisca. Apesar das dificuldades do clima, do solo e do relevo, a colônia prosperou, expandindo-se pelos vales e planaltos e dando origem, em 1870, à colônia de São Bento do Sul. O núcleo dessa colônia deu origem à cidade de Joinville.
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A colônia de Blumenau (atual Blumenau), no vale do rio Itajaí-Açú, fundada, em 1850, por um particular, Dr. Hermann Blumenau, foi vendida, dez anos após, ao Governo Imperial.
Em 1893, a Sociedade Colonizadora Hanseática fundava o vale do Itajaí do Norte, a colônia de Hamônia (hoje Ibirama).
No vale do Itajaí-Mirim, a partir de 1860, começaram a chegar as primeiras levas de imigrantes, principalmente alemães e italianos, que dinamizaram a colônia de Itajaí, posteriormente denominada Brusque.
Na parte sul da bacia do rio Tijucas, apesar dos insucessos da colônia pioneira de São Pedro de Alcântara, novos intentos colonizadores foram alcançados por alemães, com a criação das colônias de Santa Tereza e Angelina.
A colonização italiana
O elemento de cultura italiana insere-se no contexto populacional catarinense em seis momentos:
1. Fundação da colônia Nova Itália (atual São João Batista) em 1836, no vale do rio Tijucas, com imigrantes da Ilha da Sardenha.
2. Em decorrência do contrato firmado, em 1874, entre o governo imperial brasileiro e Joaquim Caetano Pinto Júnior, foram fundadas, a partir de 1875, Rio dos Cedros, Rodeio, Ascurra e Apoiúna, em torno da colônia Blumenau; Porto Franco (atual Botuverá) e Nova Trento, em torno da colônia Brusque. Em 1877, funda-se a colônia Luís Alves no vale do rio Itajaí-Açú e implantou-se, no vale do rio Tubarão, os núcleos de Azambuja, Pedras Grandes e Treze de Maio: no vale do Urussanga, os núcleos de Urussanga, Acioli de Vasconcelos (atual Cocal) e Criciúma.
3. Fundação da colônia Grão Pará (atuais municípios de Orleans, Grão Pará, São Ludgero e Braço do Norte), por Conde D’Eu e Joaquim Caetano Pinto Júnior.
4. Efetivação do contrato da Companhia Fiorita com o governo brasileiro em 1891; fundação, em 1893, da colônia Nova Veneza (atuais Nova Veneza e Siderópolis), estendendo-se do vale do rio Mãe Luzia até o vale do rio Araranguá.
5. Expansão das antigas colônias do médio vale do Itajaí-Mirim em direção ao interior, no encontro de novas terras no alto vale do Itajaí (Itajaí do Sul e Itajaí do Oeste, assim como as do perímetro do Rio Tubarão).
6. Ocupação – a partir de 1910, com a vinda dos ítalo-brasileiros do Rio Grande do Sul – das áreas marginais dos vales dos rios do Peixe e do Uruguai e, paulatinamente, do Médio e do Extremo Oeste catarinense.
A colonização eslava
A partir de 1871, chegou a Brusque o primeiro grupo de poloneses, que mais tarde se transferiu para o Paraná. Em função do contrato com o governo imperial, já ocorria o ingresso de poloneses na então província de Santa Catarina, em 1882.
A partir de 1889, novas levas de imigrantes poloneses e russos chegavam ao Sul de Santa Catarina – nos vales dos rios Urussanga, Tubarão, Mãe Luzia e Araranguá – e outras levas se localizaram nos vales dos rios Itajaí e Itapocu e em São Bento do Sul e adjacências.
Nessa mesma época, os imigrantes que chegavam ao porto de Paranaguá0 foram encaminhados pelo Governo do Paraná para a vila de Rio Negro e daí para a colônia Lucena (atual Itaiópolis).
Em 1900, vão ingressar nas localidades de Linha Antunes Braga, em São Camilo e Braço do Norte, nas terras da antiga colônia Grão Pará, e nas localidades de Estrada das Areias, Ribeirão das Pedras, Pedras Warnow Alto e Vargem Grande, nas terras do então município de Blumenau.
Após a Primeira Guerra Mundial, tem-se novos ingressos na região do vale do rio do Peixe, Médio-Oeste Catarinense, em rio das Antas e Ipoméia (1926); no vale do rio Uruguai, nos tributários do Uruguai, em Descanso (1934); no vale do Itajaí do Oeste (1937); em Faxinal dos Guedes (1938) e alto vale do Itajaí do Norte (1939) entre alguns outros poucos lugares.
Com a Segunda Guerra Mundial, imigrantes poloneses dirigiram-se, em 1940, através do vale do rio Uruguai para Mondaí e, em 1948, do alto vale do Itajaí para Pouso Redondo.
O período republicano
A partir de 1870, o império passou a enfrentar dificuldades crescentes, motivadas pelas mudanças de ordem econômica, tais como: a expansão cafeeira, a substituição da mão-de-obra escrava pela assalariada, a expansão das atividades industriais, comerciais e dos transportes; alterações sociais como o crescimento da população urbana, aumento da classe média urbana, maior escolarização etc.
Além disso, a crescente oposição dos que defendiam a república, organizou um novo partido – o republicano. A campanha em defesa do regime republicano correspondia às aspirações políticas dos novos grupos sociais e dos seus interesses econômicos.
Os vários segmentos da sociedade – como os produtores de café, os militares, os funcionários públicos e os profissionais liberais – reagiram contra a monarquia, cujas críticas concentraram-se no Manifesto Republicano divulgado em 1870, um pouco antes da criação do partido republicano. Essas críticas referiam-se, dentre outros motivos: à estagnação da vida política causada pelos partidos existentes (liberal e conservador); à excessiva centralização política e administrativa, que impedia a autonomia das províncias; à manutenção do trabalho escravo.
Participação de Santa Catarina no movimento republicano
O Partido Republicano consolidou-se inicialmente em algumas províncias, como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Assim como o restante do país, Santa Catarina não participou do Manifesto de 1870 e da fundação do Partido Republicano, porém, não ficou à margem dos dois grandes temas da época, abolição da escravatura e idéias republicanas, manifestando-se em âmbito regional, com propagandas e movimentos sendo feitos através de clubes e jornais.
Foram fundados o Clube de Camboriú, em 1887, sob a presidência de Manoel Antônio Pereira, o “Clube Republicano Federalista” de Joinville e o “Clube Republicano Esteves Jr.”, no Desterro, sob a presidência do farmacêutico Raulino Júlio Adolfo Oto Horn, no mesmo ano, e tendo como vice-presidente Gustavo Richard.
Dentre os jornais que divulgaram as idéias republicanas, surgiu, no Desterro, a “Voz do Povo” que, inclusive, se considerava “órgão do partido Republicano”. Em 1886 surge outro, “O Independente”, em Tijucas e também “A Folha Livre”, que foi o jornal republicano de Joinville. Ainda apareceram “A Evolução” na capital e o “Blumenauer-Zeitung”, em Blumenau.
A proclamação e a adesão à República
No dia 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca, à frente de um grupo militar apoiado por outros grupos republicanos, proclamou a República no Rio de Janeiro. No mesmo dia, foi organizado o governo provisório, chefiado pelo próprio Marechal.
Logo após o recebimento da notícia da proclamação, os associados do Clube Republicano do Desterro e os oficiais da Guarnição Militar aclamam um triunvirato destinado a assumir o governo catarinense. Essa Junta Governativa foi composta por Raulino Horn, pelo Coronel João Batista do Rego Barros (comandante da guarnição militar) e pelo Dr. Alexandre Marcelino Bayma, médico da referida guarnição.
A substituição do Presidente da Província, Dr. Luís Alves Leite de Oliveira Bello, pelo novo governo, foi feita de forma pacífica, com a adesão dos deputados monarquistas presentes. Ao proclamar-se a República, já existia, em território catarinense, uma Câmara Municipal totalmente republicana: a de São Bento do Sul.
Um a um, os demais municípios catarinenses vão aderir ao novo regime, que fortalece as lideranças regionais e Santa Catarina passará a ser governada por seus filhos, com a condução dos negócios públicos de acordo com os anseios da comunidade catarinense.
O primeiro governo republicano
Para o governo de Santa Catarina, foi escolhido o Tenente Lauro Severiano Müller, que chegou ao Desterro em 1889.
Suas primeiras atitudes foram no sentido de fazer o congraçamento da população catarinense através de visitas aos vários municípios. Após a dissolução das Câmaras Municipais, criou as Intendências Municipais.
O novo governo federal convocou, de imediato, uma Assembléia Constituinte e, em 1890, foram realizadas as eleições. Desta maneira, com a saída de Lauro Müller, o governo do Estado ficou sob a responsabilidade de Gustavo Richard, que era o 2o vice-governador.
Em 24 de fevereiro de 1891, foi promulgada a Constituição Federal que estabeleceu, no Brasil, a República Federativa, correspondente à união dos estados autônomos.
Alterou bastante a organização do Estado, como por exemplo, o Presidente da República seria eleito pelo povo: senadores e deputados também seriam eleitos pelo povo, cujo direito de voto caberia aos cidadãos homens, maiores de 21 anos e alfabetizados; as províncias passariam a ser Estados, com maior autonomia política e administrativa etc.
Em seguida, estabeleceram-se as eleições para a Assembléia Constituinte Estadual. A Constituinte de Santa Catarina foi instalada a 28 de abril de 1891 e, no mês seguinte, elegia para governador o mesmo Lauro Müller e, para primeiro e segundo vices, Raulino Horn e Gustavo Richard, respectivamente. Em junho, os constituintes davam, ao Estado, a sua primeira Constituição.
A partir daí, foi efetiva a participação política de Lauro Müller, galgando os mais altos postos, como: governador do Estado, senador, ministro da viação e obras públicas e ministro das relações exteriores.
Os ideais liberais e a Revolução Farroupilha
O período regencial caracterizou-se por uma série de agitações de ordem social e política. Ocorrência de revoltas em vários pontos do país, muitas das quais colocaram em perigo a unidade nacional, motivadas pelas dificuldades econômicas e pelo descontentamento político.
A república foi proclamada em 1836, na Câmara Municipal de Piratini e a pretensão de estendê-la a outras províncias fez com que chegasse até Santa Catarina.
As idéias liberais em Santa Catarina
O desenvolvimento das idéias liberais em Santa Catarina pôde ser visto através das publicações de Jerônimo Francisco Coelho e das atividades da “Sociedade Patriótica”. Ao romper a Revolução Farroupilha no Rio Grande do Sul, desenvolveu-se ainda mais o espírito liberal nas terras catarinenses.
A eclosão daquele movimento encontrou na Presidência da Província de Santa Catarina, Feliciano Nunes Pires. Logo, em seguida, foi substituído pelo Presidente José Mariano de Albuquerque Cavalcanti. Ao tomar conhecimento das manifestações surgidas na laguna em favor dos farroupilhas, tentou abafá-las.
Em Lages, encontrou-se outro grande defensor da causa farroupilha, na pessoa do seu pároco, o Padre João Vicente Fernandes. É interessante destacar a intensa pregação liberal praticada pelo clero naquele período.
As tendências liberais propagadas pela província catarinense provocaram a constante substituição dos seus presidentes.
Tendo assumido a presidência, o Coronel José Joaquim Machado de Oliveira realizou uma política de conciliação, pois, não lhe era estranha à adesão dos catarinenses aos ideais farroupilhas. Isto provocou sua substituição em outubro de 1837, pelo português Brigadeiro João Carlos Pardal.
O Brigadeiro Pardal exerceu suas funções com despotismo e muita arbitrariedade, o que provocou ainda o descontentamento dos catarinenses. Quando de sua administração deu-se à tomada de Laguna pelos farroupilhas aumentando o foco liberal no litoral da Santa Catarina. Entre os principais defensores das idéias liberais pode-se destacar, na Capital da Província, João Antônio Rodrigues Pereira, Francisco Duarte Silva, João Francisco de Souza Coutinho, Joaquim Cardoso e João José de Castro.
A República Catarinense e Anita Garibaldi
Além da receptividade quanto aos ideais liberais, a investida dos farroupilhas à Laguna, levou em consideração o seu valor como centro abastecedor das tropas e por ser um porto de mar à disposição, no momento em que estavam sem saída para o mar, no Rio Grande do Sul. Daí o interesse de incorporá-la à República de Piratini.
A tomada de Laguna foi feita pela ação conjugada das forças farroupilhas, as de mar sob comando de Giuseppe Garibaldi e as de terra tendo à frente Davi Canabarro.
Assim, a 22 de julho de 1839, estava Laguna em poder dos farroupilhas. Deram-lhe o nome de “Cidade Juliana de Laguna” e instalaram o Governo Provisório da “República Catarinense”, sob a presidência de Davi Canabarro. Propôs o mesmo, que se organizasse de forma democrática, a nova república e, para tal, ordenou que a Câmara Municipal procedesse à eleição provisória do Presidente da “República Catarinense”.
A extensão das forças liberais no litoral catarinense exigiu, por sua vez, que o Governo Central colocasse na Presidência da Província um elemento com larga experiência; tratava-se do Marechal Francisco José de Souza Soares Andréa, militar de relevantes serviços à causa legalista. Imediatamente foi organizada a repressão, ocasionando a derrota farroupilha.
A derrota naval dos farroupilhas ocorreu no final de 1839 e a eles, só restou, como alternativa, marchar por terra em direção ao planalto sob o comando do Coronel Joaquim Teixeira Nunes e de Garibaldi.
É nesse trajeto que muitos deles são aprisionados, entre eles Ana de Jesus Ribeiro (Anita Garibaldi) que consegue fugir e reunir-se a Garibaldi em Lages, para seguirem logo após para o Rio Grande do Sul.
Em março de 1840 desaparece a efêmera república em Santa Catarina. Entretanto, apenas em 1845 finaliza a Revolução Farroupilha quando o Governo Imperial aceita muitas das reinvindicações dos gaúchos.
Anita Garibaldi
A catarinense Ana Maria de Jesus Ribeiro tornou-se legendária nas lutas liberais dos dois lados do Oceano Atlântico — quer nas terras brasileiras, quer nas da península italiana — e, por isso, foi denominada de “Heroína dos Dois Mundos”, com o nome de Anita Garibaldi.
A presença de Garibaldi na Laguna fez com que Anita se envolvesse com a causa farroupilha participando da reação contra as forças imperiais e acompanhando os revolucionários na retirada da Laguna em direção ao planalto.
Em janeiro de 1840, Anita foi feita prisioneira quando os farroupilhas são atacados de surpresa, em local próximo ao rio Marombas. Entretanto, consegue fugir e, embora grávida, vai reunir-se a Garibaldi em Lages e dai seguem para o Rio Grande do Sul. A partir daí, sofreu todos os contratempos que uma revolução possa trazer, sempre acompanhando o seu Garibaldi.
Em 1841 partem para o Uruguai onde lutam em favor da preservação da república uruguaia, com a “Legião Italiana de Montevideo”, onde Anita continua como enfermeira dedicada aos companheiros do marido.
Acompanha Garibaldi, em 1848, quando este retorna à terra natal para prosseguir na luta pela unificação da Itália. Neste mesmo ano Anita veio a falecer em território italiano.
A Guerra e a Questão do Contestado
A disputa travada entre as províncias do Paraná e Santa Catarina, pela área localizada no planalto meridional entre os rios do Peixe e Peperiguaçu, estendendo-se aos territórios de Curitibanos e Campos Novos era antiga, originada antes mesmo da criação da província do Paraná, em 1853, permanecendo em litígio até o período republicano.
Em 1855, o governo da província do Paraná desenvolvia tese de que a sua jurisdição se estendia por todo o planalto meridional. Daí em diante, uma luta incessante vai ter lugar no Parlamento do Império, onde os representantes de ambas as províncias propunham soluções, sem chegar a fórmulas conciliatórias.
Depois de vários acontecimentos que protelaram as decisões – como a abertura da “Estrada da Serra” e também a disputa entre Brasil e Argentina pelos “Campos de Palmas” ou “Misiones” – o Estado de Santa Catarina, em 1904, teve ganho de causa, embora o Paraná se recusasse a cumprir a sentença.
Houve novo recurso e, em 1909, nova decisão favorável a Santa Catarina, quando, mais uma vez, o Paraná contesta. Em 1910, o Supremo Tribunal dá ganho de causa a Santa Catarina.
A Guerra do Contestado e as operações militares
A região contestada era povoada por “posseiros” que, sem oportunidade de ascensão social ou econômica, como peões ou agregados das grandes fazendas, tomavam, como alternativa, a procura de paragens para tentar nova vida.
Ao lado desses elementos sem maior cultura – mas fundamentalmente religiosos, subordinados a um cristianismo ortodoxo – vão se congregar outros elementos como os operários da construção da Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande, ao longo do vale do rio do Peixe.
Junto a esta população marginalizada, destaca-se a atuação dos chamados “monges”, dentre os quais o primeiro identificado chamava-se João Maria de Agostoni, de nacionalidade italiana, que transitou pelas regiões do Rio Negro e Lages, desaparecendo após a Proclamação da República.
Após 1893, consta o aparecimento de um segundo João Maria, entre os rios Iguaçu e Uruguai. Em 1987, surge outro monge, no município de Lages. Em 1912, em Campos Novos, surge o monge José Maria, ex-soldado do Exército, Miguel Lucena de Boaventura, que não aceitava os problemas sociais que atingiam a população sertaneja do planalto.
O agrupamento que começou a se formar em torno do monge, composto principalmente de caboclos saídos de Curitibanos, se instala nos Campos do Irani. Esta área, sob o controle do Paraná, teme os “invasores catarinenses” e mobiliza o seu Regimento de Segurança, pois esta invasão ocorre, justamente, naquele momento de litígio entre os dois Estados.
Em novembro de 1912, o acampamento de Irani é atacado pela força policial paranaense e trava-se sangrento combate, com a perda de muitos homens e de grande quantidade de material bélico do Paraná, o que fez desencadear novos confrontos, além do agravamento das relações entre Paraná e Santa Catarina.
Os caboclos vão formar, pela segunda vez, em dezembro de 1913, uma concentração em Taquaruçu, que se tornou a “Cidade Santa”, com grande religiosidade e, na qual, os caboclos tratavam-se como “irmãos”. Neste mesmo ano, tropas do Exército e da Força Policial de Santa Catarina atacam Taquaruçu, mas são expulsas, deixando, ali, grande parte do armamento.
Após a morte de outro líder, Praxedes Gomes Damasceno, antigo seguidor do monge José Maria, os caboclos se encontram enfraquecidos. No segundo ataque, Taquaruçu era um reduto com grande predomínio de mulheres e crianças, sendo a povoação arrasada.
Outros povoados, ainda, como Perdizes Grandes, seriam formados e diversos outros combates, principalmente sob a forma de guerrilhas, se travariam até que o conflito na região realmente terminasse.
A Evolução dos Municípios até 1967
O primeiro município a ser criado na Capitania de Santa Catarina foi o de Nossa Senhora da Graça do Rio São Francisco do Sul, hoje São Francisco do Sul, no ano de 1660; em 1714, era criado o segundo município, Santo Antônio dos Anjos da Laguna, atual Laguna.
Em 1726, desmembrava-se de Laguna o município de Nossa Senhora do Desterro, hoje Florianópolis.
Pelos caminhos de Lages foram se fixando povoações em direção ao Rio Grande do Sul e, em 1770, Lages emancipava-se da Capitania de São Paulo, anexando-se à Capitania de Santa Catarina.
Por volta de 1832, emancipavam-se de Florianópolis: Porto Belo, São Miguel (hoje Biguaçú) e São José. Após 27 anos, Porto Belo perdia sua autonomia, retornando-a em 1925. Em 1859 foi a vez da emancipação de São Sebastião da Foz do Rio Tijucas, atual Tijucas.
Em 1839, o Governo da República Farroupilha decretava a cidade de Laguna como a capital de Santa Catarina, com o nome de Juliana, época movimentada que terminou em março de 1845.
A vinda de imigrantes europeus para colonizar terras de Santa Catarina contribui para a expansão dos povoados e consequente aumento da população.
O mapa de 1907 mostra os contornos imprecisos do Estado, devido a questões de limites com os Estados do Rio Grande do Sul e Paraná. Em 1917, foi estabelecido o “Acordo de Limites” entre Paraná e Santa Catarina, passando o limite desses Estados pelo divisor de águas entre as bacias hidrográficas dos rios Iguaçu e Uruguai, incorporando-se definitivamente a Santa Catarina todo o oeste e os municípios de Mafra e Porto União, ao norte.
No ano de 1930, ficou resolvido o problema divisório entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul, anexando-se ao território catarinense o trecho da nascente do rio Mampituba, entre o arroio Josafá e a encosta da Serra Geral. Nessa época Santa Catarina, contava com 34 municípios.
Em 1934, desmembrava-se de Blumenau: Timbó, Indaial, Ibirama e Gaspar; de Joaçaba: Concórdia; de Campos Novos e Joaçaba: Caçador; e de Joinville: Jaraguá do Sul.
Em 1934, o Estado de Santa catarina sofreu uma redução com a criação do Território de Iguaçú, porém por pouco tempo, pois em 1946 Santa Catarina retomava este território.
No ano de 1953, 8 municípios conseguiam sua autonomia: Dionísio Cerqueira, Itapiranga, Mondaí, Palmitos, São Carlos, São Miguel d’Oeste, Xanxerê e Xaxim, fragmentando, pela primeira vez, o município de Chapecó.
Em 1958, mais de 30 municípios foram criados; e de 1961 a 1967 foram criados mais 91.
Após um intervalo de 15 anos, em 1982, emanciparam-se de Lages, os municípios de Otacílio Costa e de Correia Pinto.
O maior número de desmembramento ocorreu nas zonas coloniais de maior densidade populacional, como nos vales dos rios Itajaí, do Peixe, Tubarão e Chapecó.
Governadores de Santa Catarina
Lauro Severiano Müller 1889 a 1891
1º Vice Raulino Júlio Adolfo Horn
2º Vice Gustavo Richard
Foi o primeiro governador republicano de Santa Catarina, nomeado em 02 de dezembro de 1889 pelo Marechal Deodoro da Fonseca, para o período de 1889 a 1890. Foi eleito, ainda, pela Assembléia, para um segundo período, governado até 1891.
Em 07 de janeiro de 1890, Müller dissolve as câmaras municipais e cria conselhos, constituídos por intendentes municipais. Em 24 de agosto do mesmo ano, deixa o governo e toma posse na Câmara Federal.
No dia 16 de setembro de 1890, são realizadas as primeiras eleições indiretas para governador e vices. São eleitos os republicanos Lauro Müller como governador, Raulino Horn como primeiro-vice e Gustavo Richard como segundo-vice.
Em 29 de setembro, um mês após ter tomado posse na Câmara Federal, Lauro Müller reassume o governo do Estado, pois Deodoro da Fonseca havia dissolvido o Congresso.
Müller fica no poder até o dia 05 de outubro, quando passa o cargo ao seu primeiro vice, Raulino Horn, e retorna ao Rio de Janeiro para assumir como deputado, já que a Câmara havia sido reconvocada por Floriano Peixoto, que substituiu Deodoro. Raulino governa por apenas cinco dias, passa o governo ao segundo-vice Gustavo Richard e segue para o Rio de Janeiro, onde assume como senador.
Em novembro de 1891, Lauro retorna e reassume o governo. Em 28 de dezembro, renuncia ao cargo e volta para a Câmara. Como representante do Estado a nível nacional, faz o plano viário para Santa Catarina. Em 1890, é inaugurada, ainda, a estrada entre Nova Trento e Tijucas e também de Tijucas a Porto Belo.
Em 29 de dezembro de 1891, Lauro Müller renuncia ao governo, por pressão dos federalistas catarinenses, que haviam enviado um grupo para agredir fisicamente Müller, intimidando-o a deixar o governo. Ainda assim, o governador resiste para evitar derramamento de sangue. Assim, Müller volta para o Rio de Janeiro, assume seu cargo de deputado federal e continua defendendo a queda do federalismo.
Manoel Joaquim Machado 1892 a 1894
Vice Eliseu Guilherme da Silva
Foi nomeado interventor de Santa Catarina, por decreto de Floriano Peixoto. Assumiu o governo em 1º de março de 1892. Em 15 de setembro do mesmo ano, foi eleito, pelo Congresso Representativo do Estado, para o cargo de governador, administrando até 08 de setembro de 1893. Em 1893, criou a Junta Comercial do Estado.
Denunciado e processado, pela prisão de um funcionário federal, Manoel Joaquim Machado teve que se afastar em junho de 1893, assumindo o poder Eliseu Guilherme, o vice.
Com o estabelecimento do Governo Provisório e Revolucionário da República, em Desterro, voltou a governar no período de 24 de fevereiro a 15 de abril de 1894, quando foi deposto pelas tropas legalistas chefiadas pelo coronel Antônio Moreira César.
Durante a administração de Joaquim Machado, foi criada a Escola Normal, que deu origem ao Instituto Estadual de Educação.
Hercílio Pedro da Luz 1894 a 1898
Vice Polidoro Olavo Santiago
Primeiro governador republicano eleito pelo povo de Santa Catarina, assumiu em 28 de setembro de 1894.
Três dias depois de sua posse, sancionou o projeto de lei do legislativo que propôs a alteração do nome de Desterro para Florianópolis.
Tentou criar o primeiro sistema de iluminação pública de Florianópolis e, para tanto, foi criada uma sociedade – entre Joaquim Manuel da Silva, Francisco José Ramos e Paul Darché – que recebeu a concessão municipal de luz elétrica em 8 de setembro de 1897. Mas a sociedade não conseguiu levar a bom termo o projeto inicial e, desta forma, a luz foi inaugurada somente em 25 de setembro de 1910, tanto na capital como em Blumenau e Joinville.
Sob seu governo, em 1986, é instalada e inaugurada, na região do Contestado, a linha telegráfica entre Joinville e São Bento. Fez várias intervenções no sistema viário estadual e adotou medidas para melhorar o transporte marítimo e fluvial. Elegeu-se vereador em 13 de dezembro de 1898.
Felipe Schmidt 1898 a 1902
Vice Coronel Firmino Lopes do Rego
Assumiu em 28 de setembro de 1898 e permaneceu no cargo até 28 de setembro de 1902.
Esta primeira administração de Felipe Schmidt foi marcada pela preocupação com o ensino médio e pela dedicação ao ensino agrícola. Em seus dois governos, a questão predominante era o Acordo de Limites entre os estados de Santa Catarina e Paraná.
Durante esse seu primeiro governo, houve uma forte cisão no PRC (Partido Republicano Catarinense) que prejudicou o desenvolvimento do Estado, já castigado anteriormente pela guerra civil. Esta foi a maior crise em seu governo, que ocorreu em 1900. Todo o desacordo dentro do partido aconteceu em virtude da lista de deputados estaduais elaborada por Felipe Schmidt, com 22 nomes. Os membros da Comissão Diretora acusaram o então governador de favorecer, em sua chapa, empregados públicos e pessoas sem nenhuma expressão eleitoral. Felipe Schmidt foi pressionado, de um lado pelo governo de seu primo Lauro Müller e, de outro pela maior parte de seu partido.
Lauro Severiano Müller 1902 a 1906
Vice Vidal Ramos
Assumiu em 28 de setembro de 1902, porém permaneceu no cargo apenas 44 dias por preferir o cargo de Ministro de Viação e Obras Públicas de Rodrigues Alves. Assumiu o Vice, que permaneceu até 28 de setembro de 1906.
Vidal Ramos, assumindo o governo, tinha como meta reformar o ensino e, em 1904, o Estado de Santa Catarina almejava seguir o exemplo paulista, o que veio a acontecer em 1911, durante seu segundo governo.
Gustavo Richard 1906 a 1910
Vice Abdon Batista
O vice doutor Batista assume, em 28 de setembro de 1906, por impedimento ocasional do governador Richard. Em 21 de dezembro do mesmo ano, Gustavo Richard assume o cargo.
Durante sua administração, foram implantados, na Capital, o sistema telefônico, o serviço de abastecimento público de água e o de iluminação elétrica. Foram, ainda, construídas pontes metálicas sobre alguns rios importantes do Estado. Foi inaugurada a primeira sede da Assembléia Legislativa, incendiada em 1956.
Outros benefícios vieram, como a construção do Palácio do Congresso, a Biblioteca Pública, a Diretoria de Higiene, o Liceu de Artes e Ofícios, o calçamento da Praça XV de Novembro e a reforma do Jardim Oliveira Belo.
Sua administração teve forte oposição de Hercílio Luz e, em 27 de fevereiro de 1908, os dois políticos romperam as relações.
Vidal José de Oliveira Ramos 1910 a 1914
Vice Eugênio Luis Müller
Tomou posse em 29 de setembro de 1910, permanecendo até 28 de setembro de 1914. Foi responsável pela primeira reforma do ensino catarinense. Para o governador, a mudança proposta deveria caracterizar-se por: fundar um novo tipo de escola, dar à mocidade um professorado cheio de emulação e estabelecer uma fiscalização técnica e administrativa real e constante.
A reorganização do ensino deflagrada em seu governo e considerada uma das mais decisivas do setor em Santa Catarina seguiu as linhas básicas da escola pública do Estado de São Paulo e desenvolveu-se sob a orientação do professor paulista Orestes Guimarães, especialmente contratado para este fim.
A Escola Normal foi a primeira unidade de ensino atingida pela ação desse educador. O programa de admissão foi reorganizado e ela recebeu novo regulamento. Sofreu reforma física, ampliação, passou a ter mais horas de atividade escolar, a ensinar Pedagogia e Psicologia e um terço de suas aulas deviam ter caráter prático.
Durante o governo de Vidal Ramos, ocorreu, ainda, a Guerra do Contestado, que iniciou em 1912 e desenvolveu-se até 1915 por motivo da abertura da estrada de ferro São Paulo-Rio Grande. A guerra teve como espaço o meio-oeste cararinense e como centro o Rio do Peixe, que era uma região constestada pelos estados do Paraná e Santa Catarina.
Felipe Schmidt 1914 a 1918
Vice Lauro Müller
Assumiu em 28 de outubro e permaneceu até 28 de outubro de 1918.
Em 20 de outubro de 1916, Felipe Schmidt e Affonso Alves de Camargo (governador do Paraná) assinaram Acordo de Limites entre os dois estados, por imposição do presidente da república, Brás Pereira Gomes.
Dedicou-se, neste seu segundo governo, a questões como a ligação viária entre diferentes regiões do Estado e às despesas públicas, na tentativa de levantar a situação financeira do Estado.
Preocupou-se com o sanemento básico, instalando a rede de esgoto.
Hercílio Pedro da Luz 1918 a 1922
O governador eleito foi Lauro Müller e o vice, Hercílio Luz (em 04-08-1918), mas quem tomou posse foi Hercílio Luz (em 28-09-1918). Fez-se constar em Ata que o Lauro Müller não assumiu porque deixou de prestar juramento ao cargo de governador, por não haver comparecido.
Durante seu primeiro governo, já havia uma preocupação com o problema do saneamento básico e, neste seu segundo governo, imprimiu nova conceituação ao plano de saneamento no arroio da Bulha. Com esta empreendimento, criou uma avenida, que mais tarde se chamaria Avenida Hercílio Luz. Esta se estendia até a Baía Norte, onde fica hoje a Heitor Luz. Posteriormente, a parte norte lhe foi retirada. Combinada então à nova formulação da rua José Veiga, resultou na Avenida Mauro Ramos.
Hercílio Pedro da Luz 1922 a 1926
Vice Antônio Pereira Oliveira
Assumiu em 28 de setembro, faleceu após dois anos de administração, em 20 de outubro de 1924.
Não chega a exercer o poder integralmente nesse período, sendo substituído durante longos meses pelo vice Antônio Pereira Oliveira.
Assumiu o governo o vice, que governou até 23 de março de 1926, quando assumiu o governo Antônio Vicente Bulcão Vianna, Presidente do Congresso Estadual, que permaneceu até 28 de setembro de 1926.
Adolpho Konder 1926 a 1930
Vice Valmor Argemiro Ribeiro Branco
Assumiu o governo em 28 de setembro. Governou até 19 de fevereiro de 1929, quando candidatou-se ao Congresso Nacional e passou o governo para o Presidente do Congresso Estadual, Antônio Vicente Bulcão Vianna.
Ao abrir a sessão legislativa de 1927, o governador Adolpho Konder já tinha, em 22 de julho do mesmo ano, vontade de reformar a Constituição Estadual. Ele propunha que a Carta fosse realizada como medida justa e imprescindível. Em 1928, quando abriu a sessão legislativa, o assunto era a reforma constitucional.
Em 02 de julho de 1929 foi nomeada a Comissão encarregada de dar parecer sobre a Reforma Constitucional, composta pelo deputados Artur Ferreira da Costa, Carlos Gomes de Oliveira, Álvaro Catão, Manoel da Nóbrega, Dorval Malchiades de Sousam Luiz Gallotti e Marcos Konder (irmão de Adolpho). Esta Constituição foi promulgada em 27 de julho de 1929.
Konder, em 1929, realizou viagem histórica ao ponto final do território catarinense, encontrando-se com Getúlio Vargas, então governador do Rio Grande do Sul. Viajou em lombo de cavalo e foi o primeiro governador a chegar ao Oeste catarinense. Ao chegar a Dionísio Cerqueira, fundou um escola, sediou um destacamento da Polícia Militar e nomeou um exator para a arrecadação de tributos.
Suas obras foram muitas e, dentre elas, destacam-se a campanha em prol do cultivo de trigo, a transformação e adaptação do edifício do jornal oficial A República em sede do Poder Judiciário, a construção da Penitenciária do Estado, na capital, e o apoio às obras da maternidade local, depois denominada Carlos Corrêa.
Fulvio Aducci 1930
Último governador da República Velha, assumiu em 29 de setembro.
Foi o governador que por menos tempo ocupou o governo do Estado. Em 25 de outubro de 1930, em virtude da Revolução de 30, viu-se obrigado a renunciar, entregando o cargo a uma junta de militares que, no dia seguinte, passou ao interventor revolucionário gaúcho General Ptolomeu de Assis Brasil.
A Revolução de 1930 teve muitos reflexos, dividindo a classe política catarinense. De um lado, ficou o PRC (Partido Republicano Catarinense), liderado pelos herdeiros políticos do laurismo Lauro Müller e do hercilismo Hercílio Luz representado pelos irmãos Konder (Adolpho, Vitor e Marcos) e por Fúlvio Aducci (último governador da Primeira República). De outro, a AL (Aliança Liberal) de Nereu Ramos, Francisco Barreiros Filho Oswaldo Melo e Gustavo Neves, que apoiava a Revolução.
Com a Revolução de 1930 e a conseqüente saída de Aducci do poder, iniciou-se um novo período na vida política brasileira e catarinense: a Segunda República, que se estende de 1930 até 1945.
INTERVENTORES DE 1930
A Intervenção de 1930 a 1947
Junta Governativa
No dia 25 de outubro de 1930, em decorrência da Revolução de 30, o governador republicano Aducci se viu obrigado a renunciar ao seu cargo, assumindo o governo uma Junta Governativa.
Ptolomeu de Assis Brasil 1930 a 1932
No dia seguinte, 26 de outubro de 1930, quando as tropas militares cruzaram a ponte Hercílio Luz, comandadas pelo gaúcho Ptolomeu de Assis Brasil, a Junta passou-lhe o governo do Estado, tendo o general sido nomeado interventor militar em Santa Catarina.
Dias depois ter sido nomeado interventor, Ptolomeu foi efetivado no governo e instalou o Governo Provisório de Santa Catarina. Em 1932, renunciou ao governo, alegando problemas de saúde, motivos particulares e de foro íntimo.
Rui Zobaran 1932 a 1933
O interventor que sucedeu Assis Brasil foi o também gaúcho Major Rui Zobaran (posse em 26 de outubro de 1932). Os catarinenses sentiram-se marginalizados diante da escolha de mais um gaúcho.
Aristiliano Laureno Ramos
Em 19 de outubro de 1933, Aristiliano Ramos (catarinense) foi nomeado interventor federal de Santa Catarina, em substituição ao gaúcho Rui Zobaran. Recebeu o governo de Marechal Pedro da Silveira, interventor interino e administrador do Estado.
Durante este período assumiram interinamente secretários de Estado, como: Cândido Ramos, Manoel Pedro da Silveira, Luís Carlos de Morais, Plácido Olímpio de Oliveira.
Aristiliano foi candidato na eleição ao governo do Estado (março de 1934) e derrotado por seu primo Nereu Ramos. Para não entregar o governo ao primo e inimigo político, renunciou à interventoria, passando a Fontoura Borges do Amaral Mello.
Nereu Ramos 1935 a 1945
Assumiu em 1º de maio de 1935, eleito por voto indireto, e, durante seu governo, o Estado foi dotado de uma das melhores redes de estradas do país, tanto pela extensão quanto pela conservação. Distribui dezenas de postos de saúde, creches, maternidades e escolas por todo o território catarinense. A medida política que mais notabilizou sua administração foi a nacionalização do ensino. A atitude provocou profundos conflitos com as populações de origens estrangeiras, principalmente alemãs e italianas, simpatizantes, na época, do nazismo, integralismo e fascismo. As escolas que ensinavam língua estrangeira foram fechadas mas acabaram não sendo substiruídas, provocando a redução da escolaridade em Santa Catarina após a guerra.
Além disso, instituiu a obrigatoriedade da educação primária para crianças de oito a quatorze anos e proibiu a adoção de nomes estrangeiros por núcleos populacionais e escolas.
Em 1937, foi nomeado interventor federal do Estado pelo Presidente Getúlio Vargas. Exerceu esta função até 1945, quando foi deposto em 29 de outubro de 1945.
Luiz Gallotti 1945 a 1946
Foi nomeado para o cargo, assumindo em 08 de novembro de 1945. Deixou o cargo em 05 de fevereiro de 1946.
Udo Deeke 1946 a 1947
Foi nomeado para o cargo, assumindo em 05 de fevereiro de 1946. Permaneceu até 26 de março de 1947.
GOVERNOS DO ESTADO DE SANTA CATARINA A PARTIR DE 1947 E TRANSMISSÃO DE CARGOS
Aderbal Ramos da Silva 1947 a 1951
Assumiu em 23 de março de 1947 e permaneceu no cargo até 31 de janeiro de 1951. Nos períodos de afastamento por saúde, foi substituído por José Boabaid, presidente da Assembléia Legislativa.
Durante seu governo, houve grande preocupação com o desenvolvimento da produção rural. Nesse período, foi criado o Serviço Florestal do Estado, bem como construída a adutora de Pilões e as torres que passaram a transmitir a energia gerada pela Usina Hiderelétrica de Capivari e Florianópolis. As duas últimas obras objetivavam resolver um problema que afligia a vida dos florianopolitanos na década de 40: a falta de água e de luz.
Irineu Bornhausen – 1951 a 1956
Assumiu em 31 de janeiro de 1951 e governou até 31 de janeiro de 1956. No governo Irineu Bornhausen, criou-se a Secretaria de Estado da Agricultura e o Tribunal de Contas do Estado.
Algumas das mais importantes ações do seu governo foram: o pagamento de todas as dívidas do governo anterior, remodelamento de duas importantes rodovias, construção de estradas, início da obra de abertura da rodovia da Serra do Rio do Rastro.
Bornhausen tinha, também, grande preocupação com a agricultura e a pecuária do Estado.
No governo Irineu Bornhausen,assim como no governo de Aderbal Ramos da Silva, não houve vce-governador. De acordo com a Constituição de 1947, não havia o cargo de vice. Posteriormente, em 1955, foi criado o cargo através da Emenda Constitucional 3. Caso fosse necessário substituição, assumiria o Presidente da Assembléia, que, no governo Irineu Bornhausen, foram os seguintes parlamentares:
1951 Deputado Volney Colaço de Oliveira
1952 Deputado Protógenes Vieira
1953 Deputado Volney Colaço de Oliveira
1954 Deputado Oswaldo Rodrigues Cabral
Jorge Lacerda 1956 a 1958
Vice Heriberto Hülse
Em 31 de janeiro de 1956, Irineu Bornhausen assume o cargo de governador do Estado e falece, em acidente aéreo com Nereu Ramos, em 16 de junho de 1958.
Seu governo, embora breve, foi marcado por duas grandes obras fundamentais: a primeira rodovia asfaltada feita com recursos estaduais, ligando Itajaí a Blumenau e a constituição da Sociedade Termo-Elétrica de Capivari, mais tarde incorporada à ELETROSUL.
Heriberto Hülse 1958 a 1961
Hülse assume o cargo no dia 16 de junho de 1958, em substituição a Jorge Lacerda, que faleceu no mesmo dia, em acidente aéreo.
Em 21 de janeiro de 1959, Heriberto Hülse viaja para a capital da República, assumindo o presidente da Assembléia Legislativa, Dr. José de Miranda Ramos, até o dia 30 de janeiro de 1959.
Em 31 de dezembro de 1960, Heriberto Hülse interrompe, por alguns dias, o exercício de suas funções, assumindo, até o dia 10 de janeiro de 1961, o deputado Rury Hülse, presidente da Assembléia Legislativa.
Em sua administração, o Estado deu a grande arrancada desenvolvimentista que Celso Ramos, a partir de 1961, se encarregou de consolidar. Um dos fundadores da UDN (União Democrática Nacional) em Santa Catarina, Hülse instalou o partido em Criciúma, onde, desde muito cedo, começou a aparecer como importante liderança política regional.
Dentre suas obras, está a construção do hospital de Lages e dos fóruns de Criciúma e Tubarão.
Celso Ramos 1961 a 1966
Vice: Francisco Xavier Fontana
Assume em 31 de janeiro de 1961. Em 30 de junho de 1963, Celso Ramos viaja para fora do país, assumindo, até o dia 01 de agosto de 1963, Ivo Silveira, presidente da Assembléia Legislativa.
O fato de o PSD contar com maioria de votos (metade mais um), na Assembléia Legislativa, permitiu que seu governo realizasse todas as obras planejadas.
Sendo assim, inaugurou toda a estrutura que faltava ao desenvolvimento catarinense: um banco estatal (BESC), uma universidade (UDESC), uma concessionária de energia (CELESC) e um fundo de desenvolvimento (o FUNDEC). Elaborou, ainda, o primeiro orçamento plurianual de um estado brasileiro; foram construídas milhares de escolas e dezenas de ginásios; e foram criadas a ERUSC (Empresa de Eletrificação Rural de Santa Catarina) e a Secretaria dos Negócios do Oeste.
Santa Catarina, durante seu governo, foi escolhida como sede do encontro regional dos três estados do Sul, com os governadores Leonel Brizola (Rio Grande do Sul) e Ney Braga (Paraná) e a reunião aconteceu no Palácio Rosado, hoje Palácio Cruz e Sousa.
Ivo Silveira 1966 a 1971
Vice: Francisco Dall´Igna/ Jorge Konder Bornhausen
Em 31 de janeiro de 1966, Ivo Silveira, presidente da Assembléia Legislativa, assume o cargo de governador do Estado.
Em 10 de março de 1967, o vice Francisco Dall´Igna teve seu cargo cassado por ser do PTB, partido do presidente da república João Goulart, que havia sido deposto em 31 de março de 1964. Assim, Jorge Konder Bornhausen assume a vice-governança, permanecendo no cargo até 15 de março de 1971.
Em seu governo, Silveira implantou uma ação, que serviu de exemplo para o país, para resolver o problema de perda de dinheiro dos produtores, que não tinham armazéns para estocar sua produção, vendendo-a na oportunidade certa. Ivo Silveira determinou à Secretaria do PLAMEG que abrisse uma linha de crédito especial, com juros baixos e prazos longos, para financiar cooperativas agropecuárias que quisessem construir seus armazéns. A atitude motivou o governo federal a modificar as normas de crédito bancário.
O governo de Ivo Silveira serviu mais uma vez de exemplo ao país na reforma na rede de distribuição de energia elétrica, que passou de 134 localidades em 1966 para 715 em 1968.
GOVERNADORES DO ESTADO DE SANTA CATARINA ELEITOS POR VOTO INDIRETO
Colombo Machado Salles 1971 a 1975
Atílio Francisco Xavier Fontana
Em 15 de março de 1971, o engenheiro Colombo Machado Salles assume o cargo de governador do Estado.
Seu governo fundamentou-se no Projeto Catarinense de Desenvolvimento, depois transformado em Ação Catarinense de Desenvolvimento. A estratégia do projeto era a dinamização dos centros urbanos já relativamente desenvolvidos, que concentrassem parcelas de renda e estas permitissem um reimpulsionamento econômico com repercussões sociais.
Em seu governo, a mais cara de suas obras foi a implantação de 85 mil telefones. Além disso, foi construída a Ponte Colombo Salles.
Antônio Carlos Konder Reis 1975 a 1979
Vice: Marcos Henrique Büechler
Em 15 de março de 1975, Antônio Carlos Konder Reis assume o cargo de governador do Estado.
Na administração de Konder Reis, algumas obras e serviços como a construção de rodovias federais tiveram o apoio do governo federal, através do presidente Geisel.
O lema do governo de Konder Reis era Governar é encurtar distâncias. O lema se referia a encurtar distâncias sociais e econômicas e a prioridade no plano de governo era a construção de estradas.
Outras ações importantes: criação do BADESC (Banco de Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina); eletrificação rural, através da ERUSC (Eletrificação Rural de Santa Catarina); construção de novos hospitais; instalação do CNPSA (Centro Nacional de Pesquisa de Suínos e Aves), na área agrícola; construção de vários campus universitários etc.
Jorge Konder Bornhausen 1979 a 1982
Vice Henrique Córdova
Em 15 de março de 1979, Jorge Konder Bornhausen assume o cargo de governador do Estado.
Em 05 de maio de 1980, Jorge Bornhausen viaja para o exterior, assumindo, até o dia 12 de maio de 1980, o governo o Presidente da Assembléia Legislativa Deputado Moacir Bértoli.
Na administração de Bornhausen, pavimentou mil quilômetros de rodovia em três anos; foi construído o Terminal Rita Maria; instalou 15 quilômetros de linhas de eletrificação rural; construiu o CIC (Centro Integrado de Cultura) e a FCEE (Fundação Catarinense de Educação Especial).
Bornhausen não terminou seu mandato em virtude de ter se candidatado e eleito senador.
Henrique Helion Velho de Córdova 1982 a 1983
Em 14 de maio de 1982, Jorge Bornhausen transmite o cargo de governador ao Vice Henrique Córdova, em virtude da renúncia advinda da eleição para seu novo cargo.
Em 05 de janeiro de 1983, Henrique Córdova viaja para o exterior em caráter particular, assumindo, até o dia 10 de janeiro de 1983, o Desembargador Francisco May Filho, Presidente do Tribunal de Justiça.
Em 10 de janeiro de 1983, é transmitido o cargo de governador, de Francisco May Filho, Presidente do Tribunal de Justiça, ao Presidente da Assembléia Legislativa Deputado Epitácio Bittencourt, até 27 de janeiro de 1983.
As metas de seu governo eram o salário e as obras municipais, sendo o primeiro governador a dar uma reposição salarial fora dos padrões que existiam na época. Por isso, foi a Brasília explicar porque havia dado aumento acima dos limites: é que Santa Catarina tinha condições para fazer isso, mas os outros estados não.
GOVERNADORES DO ESTADO DE SANTA CATARINA A PARTIR DE 1983, ELEITOS POR VOTO DIRETO
Esperidião Amin Helou Filho 1983 a 1987
Vice Victor Fontana
Em 15 de março de 1983, Esperidião Amin Helou Filho assume o cargo de governador do Estado.
Em 24 de junho de 1986, viaja para o exterior e o Desembargador Geraldo Gama Salles, Presidente do Tribunal de Justiça, assume o governo até o dia 01 de julho de 1986.
Amin criou, em sua administração, a Secretaria da Reconstrução, extinta após o fim de seu governo, que objetivava restaurar as perdas decorrentes das enchentes de 1983 e 1984 e da seca de 1985.
O destaque de seu governo foi para os transportes: foram construídos mais de mil quilômetros de rodovias pavimentadas.
O apoio aos pequenos empresários rurais e urbanos também foi algo positivo em seu governo: chegou a criar uma linha de crédito no BESC, denominada Pequenos Negócios.
Pedro Ivo Figueiredo de Campos 1987 a 1990
Vice Casildo João Maldaner
Em 15 de março de 1987, Pedro Ivo Campos assume o governo do Estado.
Em 27 de fevereiro de 1990, morre, de câncer, o governador do Estado, Pedro Ivo Campos.
Houve um esforço do governo para a recuperação financeira do Estado; além do BADESC, a principal instituição financeira, o BESC era o grande desafio. Para sanear o banco, a administração tomou várias decisões como: redução no número de diretorias, de infra-estrutura e de empregados, entre outras.
Destaca-se, neste governo, a reforma ou ampliação de uma unidade de saúde por semana; a quadruplicação da capacidade de processamento do CIASC.
Casildo Maldaner 1990 a 1991
Em 28 de fevereiro de 1990, em decorrência da morte de Pedro Ivo Campos, Casildo Maldaner assume o governo do Estado.
Em 02 de janeiro de 1991, Casildo Maldaner viaja para o exterior, assumindo o governo, até o dia 10 de janeiro de 1991, o Presidente da Assembléia Legislativa, Deputado Heitor Sché.
Dentre as preocupações administrativas, destacou-se a proteção com o meio ambiente, com a criação da Companhia de Polícia de Proteção Ambiental.
Tornou-se popular pelo uso de frases e trocadilhos.
Vilson Pedro Kleinübing 1991 a 1995
Vice Antônio Carlos Konder Reis
Em 15 de março de 1991, Vilson Pedro Kleinübing assume o governo do Estado.
Em 25 de maio de 1992, Vilson Kleinübing viaja para o exterior (Washington), assumindo o governo, até 01 de junho de 1992, o Deputado Otávio Gilson dos Santos, Presidente da Assembléia Legislativa. Obs: O Vice-governador Antônio Carlos Konder Reis viajou nesta mesma época para a Antártida.
Em 02 de abril de 1994, Konder Reis assume o governo, em virtude da renúncia do Senhor Vilson Kleinübing, pelo imperativo da Legislação Eleitoral.
O SIM (Saúde, Instrução e Moradia) era o tripé no qual apoiou o seu programa de governo. Porém, os investimentos feitos atingem muitas outras áreas, como as de tecnologia, transportes, turismo e agricultura. A recuperação do patrimônio público, em escolas e redes hospitalares, também foi um passo importante para o Estado.
Paulo Afonso Evangelista Vieira 1995 a 1999
Vice José Augusto Hülse
Em 01 de janeiro de 1995, Paulo Afonso Evangelista Vieira assume o cargo de governador do Estado, elegendo como diretrizes a construção de um Estado de Qualidade, com diversos projetos em áreas prioritárias.
Em 29 de janeiro de 1997, Paulo Afonso transmite o cargo de governador ao Presidente da Assembléia Legislativa Deputado Pedro Bittencourt Neto, que permanece até 06 de fevereiro de 1997. Paulo Afonso realizou viagem a Suíça, para participar da Reunião Anual do World Economie Fórum, bem como outros países europeus para contatos com empresários estrangeiros e encontros com representantes de instituições internacionais.
Em 22 de maio de 1998, Paulo Afonso transmite o exercício do cargo de governador ao Exmo. Sr. Desembargador João Martins, Presidente do Tribunal de Justiça, que permanece até o dia 01 de junho de 1998.
Em 30 de julho de 1998, Paulo Afonso viaja ao exterior, transmitindo o cargo de governador do Estado ao Exmo. Sr. Desembargador João Martins, Presidente da Assembléia Legislativa, que permanece até 31 de julho de 1998.
Governo Esperidião Amin Helou Filho – 1999 a 2003
Vice Paulo Roberto Bauer
Em 01 de janeiro de 1999, o Exmo. Sr. Esperidião Amin Helou Filho assume o governo do Estado.
Nessa sua segunda gestão, fixou cinco postulados para seu planejamento governamental, a saber: Incluir, Crescer, Preservar, Parceria e Bom Exemplo.
Em 10 de janeiro de 2001, Esperidião Amin Helou Filho viaja aos Estados Unidos da América, passando o cargo de governador do Estado ao Deputado Gilmar Knaesel, tendo em vista que o vice-governador está em período de licença. O deputado permanece no cargo até 14 de janeiro de 2001.
Em 10 de maio de 2002, Esperidião Amin Helou Filho viaja ao exterior, passando o cargo de governador ao Desembargador Antônio Fernando do Amaral e Silva, Presidente do Tribunal de Justiça, que permanece até o dia 21 de maio de 2002.
Em 13 de agosto de 2002, Esperidião Amin Helou Filho viaja ao exterior, passando o cargo de governador ao Desembargador Antônio Fernando do Amaral e Silva, Presidente do Tribunal de Justiça, que permanece até o dia 16-08-2002.
Governo Luiz Henrique da Silveira 2003 a 2007
Vice Eduardo Pinho Moreira
Em 01 de janeiro de 2003, o Exmo. Sr. Luiz Henrique da Silveira assume o governo do Estado.
O ponto chave de seu governo é a descentralização, para que o governo esteja efetivamente presente em todo o território catarinense. Para tanto, está sendo realizada uma reengenharia da estrutura governamental, que promove a redistribuição de funções, substituindo funções centralizadas por regionalizadas. Essa regionalização fundamenta-se nas secretarias e nos conselhos de desenvolvimento regional.
Além desta característica da gestão, estão presentes a municipalização, a prioridade social e a modernização tecnológica.
Créditos
Bibliografia sobre história de SC:
Agradecimentos ao Arquivo Público de Santa Catarina e ao Instituto Geográfico e Histórico de Santa Catarina.
Fontes consultadas:
Piazza, Walter Fernando. Santa Catarina: história da gente. Ed. Lunardelli, 1989.
Atlas Geográfico de Santa Catarina. Governo do Estado de Santa Catarina. 1986.
Bibliografia sobre governadores
Livro de atas do governo
Diário Catarinense – Caderno Governadores de Santa Catarina, 25 de novembro de 1993
Cabral, Oswaldo Rodrigues – História de Santa Catarina 3. ed.
Florianópolis Lunardelli, 1987. p. 386-388.
TURISMO
Os Jeitos da Terra
Uma terra de mil jeitos. Jeitos de natureza e jeitos humanos. Situada ao Sul do Brasil, entre os estados do Paraná e Rio Grande do Sul, Santa Catarina recusa definições. Este pequeno estado brasileiro, com pouco mais de 6 milhões de habitantes, reúne em seus singelos 95,4 mil km² uma diversidade tal de cenários e gentes que deslumbra os que o visitam. Praias de areia branca, matas tropicais e serras nevadas. Pescadores açorianos, agricultores italianos e industriais alemães. Uma terra de belos e definitivos contrastes, e por isto mesmo tão fascinante.
Na economia, estes contrastes se repetem. Uma agricultura forte, baseada em minifúndios rurais, divide espaço com um parque industrial atuante, o quarto maior do país. Indústrias de grande porte e milhares de pequenas empresas espalham-se pelo estado, ligadas aos centros consumidores e portos de exportação por uma eficiente malha rodoviária. Estradas que também incrementam o turismo, vocação inata do pequeno estado, hoje terceiro maior pólo turístico nacional.
O equilíbrio e dinamismo da economia catarinense refletem-se nos elevados índices de crescimento, alfabetização, emprego e renda per capita, muito superiores à média nacional. Números que surpreendem e complementam o perfil fascinante de um dos mais produtivos e belos estados brasileiros.
Gente Catarinense
Foram os portugueses – bandeirantes, caçadores de índios e aventureiros – que desbravaram Santa Catarina, espalhando entrepostos e povoados pelo litoral a partir do Século XVI. Os imigrantes açorianos vieram bem mais tarde, no Século XVIII, mas foram eles que colonizaram e deram forma ao tipo humano tão especial que hoje habita os 500 Km de litoral do estado.
Na segunda metade do século passado chegaram os alemães, espalhando-se pelo vale do Rio Itajaí, adentrando ao interior em busca de melhores terras e oportunidades. Com trabalho e determinação, construíram a pujante face industrial de Santa Catarina. Joinville, Blumenau, Brusque e Pomerode são cidades que preservam esta forte herança germânica na arquitetura, na culinária, no sotaque e através de concorridas festas populares, como a Oktoberfest.
No fim do século foi a vez dos italianos, a maior corrente migratória já recebida por Santa Catarina. Eles ocuparam principalmente a Região Sul do estado, próxima ao litoral, e até hoje cidades como Criciúma, Urussanga e Nova Veneza preservam tradições herdadas dos pioneiros: o cultivo da uva e do vinho, o amor à boa mesa, a alegria e a religiosidade.
Mas o mosaico de tipos humanos que fundiu o catarinense de hoje inclui ainda os tropeiros que faziam a rota entre o Rio Grande do Sul e São Paulo, os japoneses, os austríacos e os gaúchos, que ocuparam as férteis terras do oeste. Todos responsáveis pela rica diversidade cultural e sociológica de Santa Catarina.
Um litoral mágico
A natureza dá o tom do litoral catarinense. São 500 Km de praias, emoldurados por lagoas, rios, montanhas e exuberante Mata Atlântica. Da mansa Baía da Babitonga, na fronteira com o Paraná, até as longas praias de mar aberto ao sul de Araranguá, descortina-se um cenário fascinante de águas claras, areias brancas e muito verde.
A Ilha de São Francisco, no Extremo-norte, abriga a mais antiga povoação catarinense. Fundada por franceses em 1504, São Francisco do Sul guarda invejável patrimônio histórico e um jeito próprio que fascina. Com 30 mil habitantes, é terra de pescadores e marinheiros. A Baía da Babitonga, sobre cujas águas se debruça a cidade, é um paraíso náutico através do qual chega-se aos 13 balneários do município e às inúmeras ilhas onde a natureza impera soberana. Pela Lagoa de Saguaçu alcança-se Joinville, a maior cidade do estado e marco da imigração alemã.
O litoral catarinense tem jeito açoriano. As canoas coloridas e as redes, a comida, os rostos e sotaques remetem ao arquipélago português. Os imigrantes vieram em busca do óleo de baleia e criaram cidades como Barra Velha, Piçarras, Penha e Armação. Na antiga terra dos índios carijós surgiu também Itajaí, que hoje tem 140 mil habitantes e disputa com São Francisco do Sul a posição de maior porto catarinense. O parque temático Beto Carreiro World, no Balneário de Penha, é a maior atração turística da região, juntamente com as belas praias e a herança histórica de São Francisco do Sul.
Praias de todos os prazeres
Em nenhuma outra parte do litoral o contraste entre o novo e o antigo é tão evidente como na região ao norte de Florianópolis. Os arranha-céus e a movimentada vida urbana de Balneário Camboriú e Itapema contrastam com os cenários bucólicos de Bombinhas e Porto Belo.
Principal destino turístico de Santa Catarina, Balneário Camboriú vive duas realidades. Pacata cidade de 75 mil habitantes, transforma-se no verão em uma metrópole cosmopolita, com mais de 800 mil moradores, muito consumo e agitação. Uma efervescência urbana que não apaga o encanto natural da região. Ao sul, pela chamada Costa Brava, cenários de indescritível beleza pincelam o litoral recortado entre encostas cobertas de Mata Atlântica.
Ainda mais ao sul, Bombinhas e Porto Belo dividem um conjunto único de enseadas, costões e praias, muito procurado por velejadores e praticantes do mergulho. A Reserva Biológica Marinha do Arvoredo – um conjunto de três ilhas distante poucas milhas da costa – marca o encontro das águas frias da Corrente das Falklands com a morna Corrente do Brasil, que vem do norte. Peixes tropicais e pingüins reúnem-se num mesmo quadro, para deleite dos mergulhadores.
Agitada pelo turismo no verão, a região vende tranqüilidade no resto do ano. Lindas praias desertas e bucólicas estradas de terra aportam em comunidades onde o jeito açoriano tempera as comidas, as rendas e os cenários, que parecem perdidos no tempo.
A ilha da magia
Uma terra de contrastes, onde a agitação da vida moderna convive com a placidez das comunidades do interior. Assim é a Ilha de Santa Catarina, deliciosa fatia do paraíso com 523 km² de verdes encostas, lagoas e 42 praias. Nela fica Florianópolis, capital habitada por 280 mil privilegiados, um dos principais destinos turísticos do Brasil e opção de residência para quem busca qualidade de vida.
O espírito açoriano, herdado dos imigrantes que povoaram a região há 250 anos, personaliza a ilha. Os barcos de pesca, as rendeiras, o folclore, a culinária e a arquitetura colonial qualificam o turismo e atraem recursos que compensam a falta de indústrias de porte. Vilarejos envoltos em tradição e história, como Santo Antônio de Lisboa e Ribeirão da Ilha, resistem aos avanços da modernidade.
As praias do norte têm águas calmas e boa infra-estrutura turística. Jurerê, Canasvieiras e Ingleses são as mais procuradas, principalmente por argentinos. No leste, ficam a Lagoa da Conceição e as praias da Joaquina, Mole e Barra da Lagoa, redutos de gente jovem onde os esportes radicais dão o tom. O sul é mais agreste, e praias como Armação e Pântano do Sul atraem por sua tranqüilidade, barcos coloridos e redes de pesca.
No continente, ficam alguns bairros e os municípios da Grande Florianópolis: São José e Palhoça ao sul, Biguaçu e Governador Celso Ramos ao norte. Além de sediar indústrias, estas localidades possuem encantos como a Ilha de Anhatomirim com sua imponente fortaleza, e a Praia da Guarda do Embaú.
Surf e história no sul
Surf e História respondem pelo turismo na região ao sul de Florianópolis. As ondas de Garopaba e Imbituba dividem com o fascínio histórico de Laguna o mérito de atrair milhares de visitantes para a região, onde belos cenários naturais também estimulam a prática do ecoturismo.
Ondas com tamanho e formação ideais para o surf fazem com que a região entre a Guarda do Embaú e Laguna seja conhecida como “Havaí Brasileiro”, atraindo surfistas o ano inteiro. Garopaba é o pólo irradiador do surf na região, e praias como Ferrugem e Silveira são famosas em todo o Brasil. O mesmo acontece com as praias do Rosa e da Vila, no vizinho município de Imbituba, e do Mar Grosso e Farol de Santa Marta, em Laguna.
A História dá o tom em Laguna. Terra de Anita Garibaldi e capital da República Juliana no Século XVIII, a cidade possui mais de 600 prédios tombados. Nos museus e ruas do Centro Histórico, respira-se um passado de guerras e heroísmo. Ali perto, o Farol de Santa Marta emociona. Construído por franceses em 1891, é o maior em alcance visual das Américas. Domina, imponente, a ponta do cabo que lhe dá o nome, cercado por dunas brancas e belas praias.
Mais ao sul, o litoral afasta-se da serra, as praias tornam-se longas lâminas de areia varridas pelo vento, as povoações escasseiam. Ainda assim, até a fronteira com o Rio Grande do Sul, a região apresenta gratas surpresas naturais.
O caminho dos príncipes
Maior cidade de Santa Catarina, com quase 500 mil habitantes, Joinville abre o Caminho dos Príncipes. Um roteiro bucólico que atravessa cidades como Jaraguá do Sul, Rio Negrinho, São Bento do Sul e Corupá. Percorrê-lo é descobrir a simplicidade e a beleza do interior catarinense, temperadas pela rica tradição germânica.
Situada entre a Serra do Mar e a Baía da Babitonga, Joinville é o maior parque industrial e também o maior centro exportador de Santa Catarina. Harmoniza avenidas largas e shopping centers com uma bela arquitetura colonial germânica e o ar pacato de cidade do interior.
Tomando-se a SC-301, logo acima de Joinville, ingressa-se num roteiro mágico que leva até Campo Alegre, São Bento do Sul e Rio Negrinho. São cidadezinhas tipicamente alemãs, com casarões de madeira e ruas impecavelmente limpas. São Bento é a mais próspera, mas seus 60 mil habitantes conseguem harmonizar o progresso com a preservação dos encantos do passado.
Partindo de Rio Negrinho pela Ferrovia das Cachoeiras, em uma antológica Maria-Fumaça, ou mesmo pela moderna rodovia que serpenteia serra abaixo, chega-se até Corupá. Ali, a atração são as cachoeiras que brotam das encostas, mapeadas por trilhas ecológicas. Pouco mais abaixo, Jaraguá do Sul é importante pólo industrial. Tem 100 mil habitantes, a cordialidade de cidade pequena e a fama de excelente local para a prática de canoagem e asa-delta.
O Vale Europeu
Um pedaço da Alemanha encravado em plena Santa Catarina. Assim é o Vale do Itajaí, onde cidades como Blumenau, Brusque e Pomerode preservam a cultura e as tradições dos imigrantes que colonizaram a região. Esta reverência germânica é visível na arquitetura e na culinária, no artesanato e nas festas, nos olhos azuis e nos cabelos loiros da população.
Blumenau é o centro deste enclave germânico. Maior pólo têxtil do Brasil, famosa por seus cristais e porcelanas, a cidade debruça-se bela sobre o Rio Itajaí-Açu. Largas avenidas pontilhadas de construções típicas, pontes que abraçam o rio e animadas cervejarias abrigam uma gente hospitaleira. A Vila Itoupava, distante 25 Km do centro, é um interessante conjunto de construções em estilo enxaimel, restaurantes típicos e pontos de venda de produtos coloniais.
Com mais de 120 indústrias, Brusque é conhecida como a “Cidade dos Tecidos”. É o maior pólo de pronta-entrega de confecções do Sul do Brasil. Possui uma renda per capita em torno de US$ 6.500,00 – bem acima da média nacional – e atrações que vão desde sua arquitetura e culinária tipicamente alemãs até o fascínio da Caverna de Botuverá, uma das mais belas do país.
Embora menor, Pomerode é considerada a cidade mais alemã do Brasil. Distante 32 Km de Blumenau, destaca-se por suas porcelanas, pelo bilingüismo (95% da população fala fluentemente o alemão) e, como não poderia deixar de ser, pela arquitetura e culinária tipicamente germânicas.
A pequena Itália
Quem percorre os caminhos do Sul descobre, nas dobras do interior e no povo ímpar que as habita, um jeito italiano que surpreende e agrada. Maior corrente migratória recebida pelo estado, os italianos representam quase 65% da população catarinense.
Existem colônias italianas ao norte e oeste do estado, mas o principal e mais homogêneo reduto italiano de Santa Catarina fica no sul. Lá, degustar um bom vinho, comprar produtos caseiros, apreciar dialetos e canções tradicionais são prazeres simples que gratificam o visitante.
Urussanga é a capital da “Pequena Itália”. Sede da Festa do Vinho, é uma agradável cidadezinha, salpicada de casas coloniais e cantinas transformadas em simpáticos restaurantes caseiros. A réplica da “Pietá” de Michelangelo, doada pelo Vaticano e exposta no interior da Igreja Matriz, é outra atração da localidade.
Em Orleans, o Museu ao Ar Livre preserva casas, engenhos e equipamentos dos primeiros imigrantes e a Via Sacra foi arrancada da rocha pelo escultor Zé Diabo. Em Nova Veneza, a atração é a antiga casa da Família Bratti, o mais excepcional conjunto arquitetônico feito em taipa de pedra da região.
Complementam o circuito os municípios de Criciúma, Pedras Grandes, Treze de Maio, Sangão, Morro da Fumaça, Cocal do Sul, Siderópolis, Forquilhinha, Maracajá, Morro Grande, Meleiro, Turvo e Jacinto Machado. Jeitos e rostos de um mundo simples, com sabor italiano.
As surpresas do meio-oeste
Aconchegada entre as verdes colinas do Meio-oeste catarinense, Treze Tílias é uma verdadeira viagem aos Alpes austríacos. Uma cidade de 4 mil habitantes, recheada de telhados pontiagudos, floreiras nas janelas e simpáticos olhos azuis. Uma herança cultural tirolesa, que transparece também nas danças ao som de bandinhas típicas e nos ateliês de escultura em madeira, um dos maiores atrativos da cidade. Boa parte dos moradores tem dupla nacionalidade e vota nas eleições austríacas através do vice-consulado daquele país existente na cidade. Um pedacinho da Europa em terras tropicais, onde analfabetos e desempregados praticamente não existem.
Já Fraiburgo teve colonização de alemães e italianos. Com 40 mil habitantes, é considerada a Capital Nacional da Maçã, responsável por 45% da produção nacional. Tudo na região gira em torno do fruto proibido, dos cenários verdes de pomares que sobem colinas ao prato mais típico da região: torta de maçã.
Além dos europeus, o Meio-oeste catarinense também tem asiáticos. Perto de Curitibanos, em Frei Rogério, uma intrigante comunidade japonesa trabalha a terra, para dela extrair verduras, frutas e flores multicoloridas. Com proverbial perseverança, colore os campos da região com cravos e crisântemos. Muitos sequer falam português. Vivem bem consigo mesmos, cultuando em silêncio a terra e a tradição dos seus antepassados.
Os caminhos da neve
No inverno, o cenário de neve, pinheiros e frio surpreende e torna ainda mais bela a natureza agreste do Planalto Catarinense. Pequenas cidades e povoados rurais emolduram e complementam o espetáculo natural de serras e planícies cortadas por cânions e, mesmo estando-se a menos de 100 Km do litoral, respira-se o revigorante ar gelado das montanhas.
Basta deixar a BR-101 e aventurar-se pela Serra do Rio do Rastro, ou do Corvo Branco, para maravilhar-se com os cenários que se sucedem a cada curva da sinuosa estrada. Montanhas cobertas de Mata Atlântica são lentamente substituídas por araucárias seculares e cachoeiras pontuam rios de água cristalina. No planalto, campos gramados, demarcados por rústicas taipas de pedra, abrigam rebanhos de gado e são, ocasionalmente, cobertos por fina camada de neve. Hotéis-fazenda espalham-se pela região, recuperando a vida simples do interior, o trato com os animais e as tradições que vieram do Sul.
Urubici, a 1.820 metros de altitude, é a cidade mais fria do estado, e lá a temperatura chega aos zero graus no auge do inverno. São Joaquim – segundo produtor regional de maçã – recebe maior incidência de neve e, por conseqüência, o maior número de visitantes da região. Lages, mais para o oeste, foi passagem dos tropeiros que ligavam o Rio Grande do Sul a São Paulo e ainda hoje por lá predominam a cultura campeira, o pinhão, o churrasco e o chimarrão.
Circuito das festas
O povo de Santa Catarina, multifacetado étnica e culturalmente, possui uma característica comum: o gosto pelas festas. Além do Circuito de Festas de Outubro, liderado pela Oktoberfest, durante todo o ano animam o estado diversas festividades étnicas, religiosas e culturais que reafirmam o jeito alegre e descontraído do catarinense.
Dez festas compõem o Circuito de Outubro, misturando tradições alemãs, portuguesas, austríacas e italianas, com farta gastronomia e muita cerveja.
A Oktoberfest de Blumenau comanda o espetáculo. É o maior evento popular do país, depois do Carnaval, e atrai quase um milhão de visitantes. Durante 17 dias são consumidos 400 mil litros de chope, ao som de bandinhas típicas da Alemanha e muita descontração.
A Fenarreco de Brusque, a Fenachopp de Joinville, a Schützenfest de Jaraguá do Sul, a Musikfest de São Bento, a Kegelfest de Rio do Sul e a Oktoberfest de Itapiranga são eventos que revivem as tradições germânicas. A cultura austríaca é apresentada na Tirolerfest de Treze Tílias, e a Quermesse da Cultura e Tradição, em Criciúma, resgata a herança italiana. Em Itajaí, o vinho, a bacalhoada e o som do fado falam na Marejada do passado açoriano dos habitantes do litoral.
No resto do ano, inúmeras outras festividades espalham-se por todo o território de Santa Catarina. Destaque para o Festival de Inverno, em São Joaquim, e a Festa do Pinhão, em Lages.
Águas que curam
Brota das profundezas da terra, quente e cristalina, uma das maiores riquezas de Santa Catarina. São as fontes termais, de qualidade só comparável às melhores do mundo, e que atraem milhares de visitantes aos balneários construídos para seu melhor aproveitamento. Muitos buscam apenas repouso e lazer, outros a cura para seus males, já que as propriedades terapêuticas destas águas – com temperaturas em torno de 38º graus – curam reumatismo, artrite, problemas de estômago, intestino e pele, estafa, insônia e nervosismo.
As principais termas de Santa Catarina estão equipadas com completa infra-estrutura turística, propiciando uma atmosfera de tranqüilidade aos que nelas buscam a solução para seus males, ou apenas deliciosos momentos de relaxamento e paz. Destacam-se Gravatal, Águas Mornas e Santo Amaro da Imperatriz, próximas ao litoral, e Piratuba, Águas de Chapecó, Palmitos e São Carlos, no Oeste do estado. Além destas principais, inúmeras pequenas fontes termais espalham-se por todo o território catarinense, visitadas por turistas vindos de vários pontos do país e até do exterior. Um complemento natural e saudável da geografia privilegiada com que a região foi agraciada.
Aventuras Naturais
Para quem gosta de natureza, Santa Catarina é o paraíso. A diversidade geográfica do estado, aliada a uma cobertura vegetal rica e preservada, garante aos adeptos do ecoturismo opções fascinantes. Mergulho, vôo-livre, trekking, montanhismo, canoagem e rapel são algumas das modalidades esportivas praticadas com entusiasmo em terras catarinas.
Para mergulhar, nenhum local supera a Ilha do Arvoredo, situada entre Porto Belo e Florianópolis. Ali se encontram a Corrente das Falklands, de águas geladas, com a tépida Corrente do Brasil, produzindo uma notável miscigenação da vida marinha. Outras ilhas, como a do Campeche, em Florianópolis, também propiciam boas condições de mergulho, assim como costões e enseadas em quase toda a costa catarinense, entre Laguna e São
Francisco do Sul.
Nas encostas da Serra do Mar, quem gosta de sentir o sangue pulsar forte nas veias não se decepciona. Descer cachoeiras em Presidente Getúlio, atirar-se de bote nas correntes do Rio Itajaí-Açu, voar de asa-delta em Jaraguá do Sul ou fazer trekking em Florianópolis ou na Serra do Corvo Branco são alguns esportes ecológicos possíveis no cenário agreste da Mata Atlântica catarinense.
As cachoeiras de Corupá e a fantástica Caverna de Botuverá também são ícones do ecoturismo local, um segmento que representa nova e promissora fonte de recursos para o estado.
Um futuro promissor
Embora ocupe pouco mais de 1% do território brasileiro, Santa Catarina possui papel de destaque no cenário nacional, e não apenas por seus animadores índices sociais e econômicos. Sua diversidade cultural, étnica e geográfica, assim como uma privilegiada localização em relação aos países do Mercosul, representam um enorme potencial para a afirmação do estado como um dos principais destinos turísticos do país.
Um litoral privilegiado, pontos turísticos já consagrados como Florianópolis, Balneário Camboriú e Blumenau, serras belíssimas e um completo circuito de festas conquistam o visitante. Estas atrações fazem com que o estado receba algo em torno de 4 milhões de turistas anualmente, um número em constante crescimento.
No ecoturismo, segmento que mais cresce dentro do turismo mundial, florescem as melhores perspectivas para Santa Catarina. Suas cachoeiras, a Floresta Atlântica bastante preservada, rios cristalinos e imponentes montanhas atraem um contingente cada vez maior de amantes dos esportes ditos naturais, do alpinismo ao trekking, do ciclismo de montanha ao rafting. Uma tendência que poderá transformar a região no mais novo pólo ecoturístico mundial, um destino que parece haver sido traçado especialmente para esta terra com nome da santa e abençoada pela natureza.
A diversidade geográfica e humana de Santa Catarina é surpreendente para um território de apenas 95,4 mil km² – do tamanho aproximado de países como a Áustria, Hungria, Irlanda ou Portugal. Uma viagem de poucas horas de carro é suficiente para experimentar mudanças radicais no clima, na paisagem, nos sotaques e culturas.
Com atrativos diferenciados e de fácil acesso, o estado tem vocação acentuada para o turismo. Visitá-lo é um deleite, tanto para quem quer férias tranqüilas, como para os que buscam a aventura de esportes ligados à natureza: vela, remo, surfe, canoagem, rapel, parapente, asa-delta, alpinismo, trekking… Há oito estâncias hidrominerais, 14 áreas federais e 5 estaduais de proteção ambiental, além de dezenas de parques ecológicos municipais.
Localização
Santa Catarina fica no Sul do Brasil, bem no centro geográfico das regiões de maior desempenho econômico do país, Sul e Sudeste, e em uma posição estratégica no Mercosul. O Estado faz fronteira com a Argentina na região Oeste. Florianópolis, a Capital, está a 1.850 km de Buenos Aires, 705 km de São Paulo, 1.144 do Rio de Janeiro e 1.673 de Brasília. Sua posição no mapa situa-se entre os paralelos 25º57’41” e 29º23’55” de latitude Sul e entre os meridianos 48º19’37” e 53º50’00” de longitude Oeste.
Horário e voltagem elétrica
O fuso horário é igual ao oficial do Brasil: três horas a menos em relação a Greenwich. Uma vez por ano – em geral entre outubro e fevereiro – adota-se o Horário de Verão, no qual os relógios são adiantados uma hora para poupar energia. A tensão elétrica no estado é de 220 Volts.
Clima
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O clima mesotérmico predominante em Santa Catarina proporciona temperaturas agradáveis, variando de 13 a 25° C, com chuvas distribuídas durante todo o ano. |
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Ao contrário da maior parte do território brasileiro, aqui as quatro estações são bem definidas. Os verões são quentes, ensolarados. E a região do Planalto Serrano, com altitudes que atingem 1.820 metros, é onde há a maior ocorrência de neve no inverno no Brasil. |
Regiões
1. Litoral
Os 500 quilômetros de litoral são um paraíso para quem busca belas praias e o contato com a natureza. Esta região, colonizada por açorianos no século XVIII, tem um relevo recortado, com baías, enseadas, manguezais, lagunas e mais de 500 praias. É, ainda, uma das mais importantes áreas de biodiversidade marinha do Brasil.
As principais cidades são Florianópolis, São José, Laguna, Imbituba, Itajaí, Balneário Camboriú e São Francisco do Sul. A pesca e o turismo são atividades econômicas marcantes.
Florianópolis, capital e centro administrativo do Estado, é uma cidade privilegiada: situa-se em uma bela ilha oceânica com 523 quilômetros quadrados. Ela é a capital brasileira que oferece melhor qualidade de vida e o terceiro município brasileiro mais visitado por turistas estrangeiros, atrás apenas de Rio de Janeiro e São Paulo. A área do município também inclui uma porção continental, ligada à parte insular por três pontes. Seus 280 mil habitantes convivem com o ritmo ágil de um centro urbano cosmopolita e com a tranqüilidade dos vilarejos construídos pelos colonizadores açorianos. As 100 praias da cidade são em sua maioria limpas e próprias para banho.
2. Nordeste
Com forte tradição germânica, o Nordeste do estado concilia uma economia dinâmica com o respeito à natureza exuberante. Indústrias do ramo eletro-metal-mecânico dividem espaço com as densas florestas da Serra do Mar e as águas da Baía de Babitonga. A região tem alto poder aquisitivo e excelente qualidade de vida. Suas principais cidades são Joinville (a maior de Santa Catarina, com 500 mil habitantes) e Jaraguá do Sul.
3. Vale do Itajaí
Um “pedacinho da Alemanha” encravado em Santa Catarina. Assim é o Vale do Itajaí, situado entre a Capital e o Nordeste do estado. A herança dos pioneiros germânicos deixou marcas na arquitetura em estilo enxaimel, na culinária e nas festas típicas, nos jardins bem cuidados e na força da indústria têxtil. Sua paisagem de morros, matas, rios e cachoeiras é um forte atrativo para os ecoturistas. Os principais municípios são Blumenau, Gaspar, Pomerode, Indaial, Brusque e Rio do Sul.
4. Planalto Norte
Nesta região, rica em florestas nativas e provenientes de reflorestamento, concentra-se o pólo florestal catarinense – o mais expressivo da América Latina, abrangendo indústrias madeireiras, moveleiras, de papel e papelão. Os principais municípios são Rio Negrinho, São Bento do Sul, Canoinhas, Corupá, Mafra, Três Barras e Porto União.
5. Planalto Serrano
O frio e o turismo rural são os grandes atrativos desta região, que tem como atividades econômicas a pecuária e a indústria florestal. Por conta das paisagens bucólicas e da neve que se precipita em algumas cidades, todos os anos o Planalto recebe milhares de visitantes no inverno. A estrada da Serra do Rio do Rastro, que desce em curvas sinuosas de uma altitude de 1.467 metros até o nível do mar, é uma atração à parte. Os principais municípios são Lages, São Joaquim, Urubici e Bom Jardim da Serra.
6. Sul
O jeito simples de viver dos descendentes de imigrantes italianos é uma característica marcante da região. Quem a visita pode conhecer de perto as vinícolas e apreciar a cultura italiana em festas típicas. Extrativismo mineral e indústria cerâmica são as principais atividades econômicas. O Sul do Estado tem estações hidrotermais e cânions ricos em biodiversidade. Suas principais cidades são Criciúma, Tubarão, Gravatal, Araranguá e Urussanga.
7. Meio-Oeste
Nesta região de morros ondulados localizada no centro do Estado situam-se comunidades de pequeno e médio porte, colonizadas por imigrantes italianos, alemães, austríacos e japoneses. Sua atividade econômica está baseada na agroindústria, criação de bovinos e produção de maçã. Também há indústrias expressivas do pólo metal-mecânico. As principais cidades são Joaçaba, Videira, Caçador, Treze Tílias, Curitibanos, Fraiburgo e Campos Novos.
8. Oeste
Os campos do Oeste são o “celeiro” de Santa Catarina, de onde sai boa parte da produção brasileira de grãos, aves e suínos. Frigoríficos de grande e médio porte estão associados aos produtores rurais em um modelo bem-sucedido de integração: as empresas fornecem insumos e tecnologia e compram a produção de animais. A região também começa a explorar o potencial turístico de suas fontes hidrotermais. Os principais municípios são Chapecó, Xanxerê, Concórdia e São Miguel do Oeste.
Solo e Subsolo
O solo catarinense se presta às mais diversas culturas agrícolas e ainda tem muitas áreas a cultivar. Seu subsolo é um dos mais ricos do país. Santa Catarina possui a terceira maior reserva de argila cerâmica do Brasil, a segunda maior de fosfatados naturais e de quartzo e a primeira em carvão mineral para siderurgia, de fluorita e de sílex. Todas essas reservas são economicamente viáveis e estão em processo de produção.
Roteiros Regionais
Turismo o ano inteiro
As belezas naturais e um dos melhores índices de qualidade de vida do Brasil fazem de Santa Catarina um estado único, onde o turismo acontece o ano todo, tanto nas principais cidades turísticas como nos recantos históricos.
Roteiro 1 – Litoral Norte
Sol, mar e um show da natureza
O Litoral Norte catarinense é encantador. Destacam-se, na paisagem paradisíaca, Balneário Camboriú, mais famoso e freqüentado balneário de toda a região Sul do Brasil; São Francisco do Sul, terceira povoação mais antiga do Brasil, e Bombinhas, capital regional do mergulho.
É um litoral com muitos contrastes. Cidades com infra-estrutura e programação intensa para atender os visitantes, como Itapema e Itajaí, dividem espaço com pacatos e tranqüilos vilarejos de pescadores, como Barra do Sul, Barra Velha, Piçarras, Penha, Governador Celso Ramos.
O fluxo turístico está concentrado durante a temporada de verão. Mas há opções de lazer e divertimento o ano inteiro. Especialmente no outono, quando as paisagens ficam ainda mais luminosas e as águas permanecem quentes, perfeitas para o mergulho. O Beto Carrero World, em Penha, quinto maior parque temático do mundo, funciona todo o ano. E as cidades portuárias de Itajaí e São Francisco do Sul, que têm recebido os grandes navios de cruzeiro turísticos nos últimos anos, têm vida própria, com destaque para as atividades culturais.
Litoral Norte
São Francisco é uma ilha, cujo centro histórico está debruçado às margens da Baía da Babitonga. Além de São Francisco, ficam na Baía outras duas dezenas de ilhas. Sua característica de grande enseada abrigada permite a navegação durante o ano inteiro – não por acaso, os maiores clubes de pesca embarcada são da região.
São Francisco é cidade histórica, com mais de 150 casas e monumentos tombados pelo patrimônio histórico. Tem, ainda, uma dúzia de praias bastante freqüentadas durante o verão, com destaque para a Enseada.
Ao Sul de São Francisco, ficam Barra do Sul, Barra Velha e Piçarras, vilarejos pacatos de pescadores, com suas praias bonitas e o colorido dos barcos de pesca.
Costa do Sol e Costa Esmeralda
Mar azul e transparente, montanhas cobertas de Mata Atlântica, areias brancas finíssimas, bares, restaurantes, a maior concentração de hotéis em Santa Catarina, parques, vida noturna. Balneários agitados e praias desertas, como a Praia do Pinho, apenas para nudistas. A Costa do Sol e a Costa Esmeralda são sucursais no paraíso em Santa Catarina.
Itajaí é cidade portuária e histórica, e concentra a maior estrutura urbana desta parte da costa. Tem um píer de atracação exclusivo para navios de cruzeiro e recebe grandes transatlânticos de luxo durante o verão. Na vizinha Navegantes há um bom aeroporto, que recebe turistas com destino ao Beto Carrero World, apenas 20 Km ao Norte, e Balneário Camboriú, 20 Km ao Sul.
Balneário Camboriú, desde o final dos anos 70, é o maior balneário do sul do Brasil. Sua população, durante o verão, alcança 1 milhão de pessoas. Nos 12 Km de extensão de sua famosa beira-mar, a vida é efervescente durante 24 horas. Mas também há praias escondidas, quase selvagens.
Itapema, como Balneário Camboriú, caracteriza-se pela agitação e boa estrutura. Em Porto Belo, fica a Adventure House, base terrestre da Família Schürmann, instalada em ilha de mesmo nome, situada na baía defronte à praia. E Bombinhas, além de suas muitas praias belíssimas, tem condições excepcionais para a prática de mergulho.
Roteiros Especiais
Beto Carrero World
O Parque Beto Carrero World ocupa 1.400 hectares na Praia da Armação, no município de Penha. Reservas de Mata Atlântica dividem espaço com os brinquedos e shows que encantam crianças e adultos. A infra-estrutura é completa: praça de alimentação, lojas de conveniência, agências bancárias, correios funcionam diariamente, especialmente nos finais de semana e feriados.
Parque Unipraias
O Parque Unipraias, em Balneário Camboriú, é um complexo com 87.000 m² em meio à Mata Atlântica. Um teleférico com 47 bondinhos e três estações bem equipadas permitem uma vista deslumbrante das praias da região. Os bondinhos saem da Barra Sul e vão até a segunda estação, no alto de uma montanha com trilhas ecológicas, chegando à Praia de Laranjeiras.
Roteiro 2 – Ilha de Santa Catarina
Florianópolis, cidade encantada
Florianópolis é uma cidade excepcionalmente bela. Quem a visita, entrega-se a seus encantos e sempre volta. Capital do estado de Santa Catarina, é formada por uma grande ilha oceânica, com 424,4 km², e uma pequena península continental com 12,1 km², totalizando 436,4 km². Aproximadamente 300 mil pessoas moram na ilha e nos bairros do continente. Durante a temporada de verão, esta população ultrapassa 1 milhão de pessoas, entre moradores e visitantes. Floripa, como é conhecida pelos turistas, hoje, é um dos mais importantes destinos turísticos do Brasil.
É uma cidade de contrastes. Sua face urbana, formada pelo centro, pela região continental e pelos balneários turísticos, vive no ritmo do século XXI. Porém, nas comunidades rurais do interior da ilha e nas pacatas povoações de pescadores à beira-mar, o tempo ainda obedece o vaivém das marés, o passar das estações e as mudanças da lua.
Esses contrastes fazem com que Florianópolis tenha um estilo de vida próprio, só seu, traduzido em qualidade de vida – a cidade detém o segundo maior Índice de Desenvolvimento Humano entre todas as mais de 5.000 cidades do país. Não por acaso, Florianópolis é apontada como a capital com melhor qualidade de vida do Brasil.
Infra-estrutura turística completa
Florianópolis tem capacidade para realizar grandes eventos, como congressos, convenções, competições esportivas, shows e espetáculos. Há mais de 100 hotéis de categoria superior ou turística – são 16.000 leitos apenas na rede hoteleira. Existem, ainda, pousadas, muitas de nível internacional. Ao todo, são aproximadamente 500 meios de hospedagem. O Aeroporto Internacional Hercílio Luz é campeão em vôos charters durante a temporada de verão. E os transatlânticos turísticos começam a aportar na cidade. A infra-estrutura de serviços, entretenimento e lazer é completa, com grandes shoppings, danceterias, bares e centenas de restaurantes – a gastronomia local é baseada em frutos do mar, mas existem casas especializadas em todo o tipo de culinária.
1 Águas Mornas
2 São Pedro de Alcântara
3 Santo Amaro da Imperatriz
4 Palhoça
5 Biguaçu
6 São José
7 Guarda do Embaú
8 Pinheira
9 Florianópolis
Biodiversidade e 100 praias
É raro encontrar a riqueza e a diversidade dos ecossistemas existentes na Ilha de Santa Catarina em um único lugar. Mais difícil é garantir a existência e conservação desta biodiversidade nas proximidades de centros urbanos e comunidades rurais. Florianópolis tem uma combinação variada de ambientes, que a tornam o destino preferencial para os praticantes de esportes ligados à natureza: mar, montanha, Mata Atlântica, lagoas, rios, restingas, mangues, ilhas oceânicas, dunas…
Florianópolis tem 100 praias, muitas famosas, como Joaquina, Mole, Canasvieiras, Jurerê, Lagoa da Conceição… Com características bem diversas, cada uma tem seu jeito. As de mar grosso são preferidas pelos surfistas. As enseadas abrigadas e as lagoas são boas para os esportes náuticos. Costões e ilhas são ideais para o mergulho. Algumas praias são balneários agitados; outras, tranqüilas vilas de pescadores.
A combinação de ecossistemas permite, ainda, a realização de programas de montanha à beira-mar, como cavalgadas e vôo livre, durante todo o ano: são muitos os caminhos para trilhar na rica e diversa topografia da natureza dessa região.
Vocação para o turismo o ano inteiro
Em Florianópolis e região, o fluxo turístico tem sido maior no verão. Mas a cidade está preparada para manter-se em atividade o ano inteiro. Além das estruturas para eventos, receptivo, lazer e entretenimento que garantem o sucesso de feiras, convenções, congressos científicos ou profissionais fora da temporada, há atrações especiais em qualquer estação, como as águas termais de Santo Amaro ou Águas Mornas, as fortalezas, o patrimônio histórico-cultural… Atividades como vôo livre, caminhadas, mergulho, cavalgadas, navegação, surf, sandboard, ciclismo, motonáutica são realizadas em qualquer época do ano, com destaque especial para o outono: é ensolarado, belo e ameno, com pouca incidência de chuvas, luminosidade excepcional e águas com boa visibilidade e temperaturas mais quentes.
As atrações histórico-culturais
Segunda mais antiga povoação catarinense, Florianópolis é cidade histórica. Foi fundada em 1675, como Vila de Nossa Senhora do Desterro, pelo bandeirante Dias Velho. Era, então, caminho e pouso para aventureiros e marinheiros. Por sua localização estratégica na disputa de limites com a Espanha na América, a Coroa Portuguesa promoveu a construção de fortalezas e a ocupação do território por imigrantes açorianos.
As marcas da colonização estão presentes nas fortalezas e no casario colonial ainda preservados, nas igrejas seculares, na gastronomia típica, nas manifestações culturais, nas festividades, no artesanato, nas embarcações.
São muitos os museus, igrejas históricas e conjuntos arquitetônicos a serem visitados. Existem, ainda, sítios pré-históricos, com destaque para as inscrições rupestres na Ilha do Campeche e Costão do Santinho.
Roteiros especiais
Lagoa da Conceição
Cartão postal da cidade, junto com a Ponte Hercílio Luz. É encruzilhada dos diversos caminhos da Ilha de Santa Catarina e síntese dos contrastes da cidade. Todos os ecossistemas se interligam ao seu redor, permitindo a realização de múltiplas atividades esportivas. Também é centro cultural, gastronômico, de lazer e entretenimento. Tem atrações históricas e algumas das praias mais famosas da Ilha, como Joaquina, Mole, Campeche, Barra da Lagoa e Moçambique ficam nas suas proximidades.
Fortalezas Históricas
São cinco. As de mais fácil acesso são o Forte Santana, embaixo da Ponte Hercílio Luz, que funciona como Museu de Armas, e o Forte de São José da Ponta Grossa, na Praia do Forte, situada entre as praias de Jurerê e Daniela. A Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim e de Santo Antônio de Ratones ficam em ilhas na Baía Norte, respectivamente Anhatomirim e Ratones, acessíveis através de agradável passeio de escuna. Por fim, o Forte Nossa Senhora da Conceição é o único que ainda não foi restaurado. Fica na ilhota de Araçatuba, defronte à Praia de Naufragados, no extremo sul da ilha.
Roteiro 3 – Litoral Sul e Surfe
Região sul: surfe e história
De Garopaba a Laguna, o verão fervilha. Calmas e pacatas no inverno, quando a beleza natural se acentua, Garopaba e Imbituba chegam a receber até 100 mil turistas na temporada. Em Imbituba, fica a famosa Praia do Rosa.
Laguna é cidade histórica. Ali fica o Marco de Tordesilhas e a casa onde nasceu a heroína brasileira Anita Garibaldi. Ao todo, 600 prédios e monumentos já foram tombados pelo Patrimônio Histórico na cidade. Os maiores atrativos são o Farol de Santa Marta, a Lagoa Imaruí e o Carnaval. Ao Sul de Laguna, ficam balneários familiares como Rincão, Arroio do Silva e Morro dos Conventos.
Próximo ao litoral, em direção ao interior, fica Gravatal, estância hidromineral com boa estrutura hoteleira instalada.
1 Praia Grande
2 Sombrio
3 Nova Veneza
4 Araranguá
5 Criciúma
6 Içara
7 Urussanga
8 Orleans
9 Gravatal
10 Tubarão
11 Laguna
12 Imbituba
13 Garopaba
Roteiros especiais
Aparados da Serra
Na divisa com o Rio Grande do Sul ficam os cinco cânions dos parques Aparados da Serra e Serra Geral: Itaimbezinho, Fortaleza, Malacara, Faxinal e Três Irmãos. São verdadeiros monumentos da natureza e podem ser visitados com o acompanhamento de guias. O acesso aos parques fica no município de Praia Grande.
Baleia Franca
Na Praia do Rosa, em Imbituba, a natureza reserva uma surpresa: o espetáculo das baleias Franca, que fogem das águas geladas do Pólo Sul e vêm reproduzir e amamentar seus filhotes nas águas mais quentes do litoral catarinense. A Baleia Franca foi oficializada como Monumento Natural do Estado em 1995. Mais recentemente, em setembro de 2000, foi criada a Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca, que compreende a região litorânea entre o Sul da Ilha de Santa Catarina até o Cabo de Santa Marta, em Laguna.
Roteiro 4 – Caminho dos Príncipes
A região do Caminho dos Príncipes inclui Joinville, maior cidade de Santa Catarina, e importantes centros econômicos do estado, como Jaraguá do Sul e São Bento do Sul. A colonização européia – alemães, suíços, italianos, noruegueses, franceses… – deixou marcas em quase todas as cidades, emprestando a elas uma forte característica cultural. Entre os atrativos naturais dessa região estão as cachoeiras de Corupá e o cenário bucólico de Campo Alegre, Rio Negrinho, Porto União…
1 Porto União
2 Canoinhas
3 Mafra
4 Rio Negrinho
5 São Bento do Sul
6 Campo Alegre
7 Corupá
8 Jaraguá do Sul
9 Joinville
Charmosa Joinville
Situada entre a serra e o mar, Joinville é a maior cidade de Santa Catarina, com mais de 500 mil habitantes. Conhecida como Cidade das Flores, por causa do colorido dos seus jardins, reserva agradáveis surpresas para os visitantes. Tem belezas naturais e um patrimônio histórico e cultural que encantam os visitantes. Além da boa gastronomia e das atrações culturais, quatro grandes festas atraem turistas de todo o país: Festival Internacional de Dança, Festa das Flores, Fenachopp e Festa do Tiro.
A cidade, nos últimos anos, tem diversificado seu perfil econômico, predominantemente industrial, e investido em serviços, tecnologia e turismo. Há mais de 10 anos realiza o Festival Internacional de Dança, um dos maiores do gênero no mundo. Resultado do sucesso desta guinada cultural, Joinville sedia a única filial da Escola do Balé Bolshoi fora de Moscou.
Há, ainda, boas opções para ecoturismo. Uma delas é o roteiro de turismo rural da Estrada Bonita. Outra é o passeio no Barco Príncipe de Joinville pela Baía da Babitonga.
Infra-estrutura para eventos
Joinville é centro cosmopolita, com shopping centers, cinemas, vida noturna. Há excelentes hotéis e restaurantes com culinária variada. A cidade tem capacidade para realizar grandes eventos. Destaque para o Centreventos Cau Hansen, estrutura que pode ser utilizada para shows, exposições, espetáculos teatrais e de dança.
Cachoeiras e clima de montanha
Jaraguá do Sul é uma cidade charmosa. Um dos mais importantes pólos econômicos do estado, conserva a arquitetura germânica e italiana e os atrativos naturais: há rios ótimos para canoagem, bons pontos para saltos de asa delta e grandes áreas de Mata Atlântica preservadas, como o Parque Malwee, aberto à visitação.
A principal atração de cidades como Campo Alegre e Corupá são as dezenas de cachoeiras existentes na Serra do Mar, acessíveis através de trilhas que podem ser percorridas com relativa facilidade. Há muitos lugares especiais para o ecoturismo. Cenários bucólicos de pinheiros e campos e lindíssimas paisagens rurais convidam à vida natural, aos esportes ecológicos e a passeios pelo interior de municípios como São Bento do Sul, Rio Negrinho, Porto União, Mafra e Canoinhas.
Roteiros especiais
Festa das Flores e Festival de Dança
Realizada há 60 anos, a Festa das Flores é o evento mais tradicional de Joinville. Realizado sempre em novembro, sintetiza o espírito dos joinvilenses, seu amor aos detalhes: nos pavilhões da Expoville, são construídos verdadeiros jardins de orquídeas e bromélias. Mais recente, o Festival Internacional de Dança de Joinville, em julho, transforma a cidade num grande palco. No Centreventos Cau Hansen, nas ruas, nos shoppings e em palcos improvisados nas fábricas, centenas de bailarinos convivem com a população da cidade, numa grande celebração às artes e à cultura.
Maria Fumaça
O passeio em autêntica Maria Fumaça, atravessando túneis, em meio à Mata Atlântica, na Serra do Mar, é o roteiro mais famoso de Rio Negrinho. O trem faz o trajeto Rio Negrinho-Corupá todo segundo sábado de cada mês, oferecendo visuais deslumbrantes do Caminho das Cachoeiras.
Roteiro 5 – Vale Europeu
O charmoso Vale do Itajaí
O Vale Europeu é um pedaço da Alemanha no Brasil. Percebe-se essa característica na arquitetura, na culinária e no artesanato, nos jardins bem cuidados, nas ruas limpas, no povo educado, nas festas de outubro. Blumenau é a mais conhecida. Pomerode, a mais germânica. Indaial e Timbó também preservam essa cultura e são bonitas de se ver. A região ainda tem lagos, montanhas e cavernas, próprios para o ecoturismo e os esportes ligados à natureza.
1 Victor Meirelles
2 Rio do Sul
3 Presidente Getúlio
4 Lontras
5 Ibirama
6 Rodeio
7 Timbó
8 Indaial
9 Pomerode
Blumenau 150 anos
Blumenau é famosa pela cultura de origem alemã. A cidade banhada pelo rio Itajaí-Açu completou, em 2000, 150 anos de fundação, comemorados com muita festa, como manda a tradição. Essa mesma cultura preserva seus traços em festas como a Oktoberfest, que traz para Blumenau quase 1 milhão de turistas todos os anos. Nas ruas, o roteiro cultural passa pelas casas em estilo enxaimel e pela rua XV de Novembro, centro comercial, histórico e de agitação. Vale conferir a beleza de locais como a Casa Husadel, em estilo suíço, e o Castelinho da Malwee.
Blumenau é também o maior pólo têxtil do Brasil e grande centro de compras, com destaque para cristais e porcelanas. Outra face importante da cidade é a da preservação: pelo menos três parques protegem a Mata Atlântica da região e estão abertos para passeios: Spitzkopf, Artex e São Francisco de Assis.
Infra-estrutura para eventos
A cidade de Blumenau é também o maior centro turístico da região. Oferece a melhor estrutura hoteleira e gastronômica, além de acesso fácil para todas as pequenas cidades à sua volta, onde não faltam boa comida e artigos coloniais. Pelo menos três grandes centros de eventos são intensamente aproveitados. O Teatro Carlos Gomes recebe cerca de 600 eventos por ano, entre peças teatro e espetáculos. Os pavilhões da Proeb, além de sediar a Oktoberfest, são usados para outros eventos de médio e grande porte durante todo o ano. E o Garden Convention Center, no Grande Hotel Blumenau.
Rios, lagos e montanhas
Os caminhos do Vale levam a cidades bonitas como Timbó, Indaial, Rio do Sul e Nova Trento, onde se destaca o turismo religioso do Santuário Madre Paulina, e a regiões de natureza intensa, como de Alto Rio dos Cedros, com seus lagos em meio às montanhas, as cavernas de Botuverá, e Ibirama, cenário perfeito para esportes radicais.
Brusque é o centro da indústria têxtil – paraíso das compras, especialmente vestuário e artigos de cama, mesa e banho. Além disso, a cultura alemã está preservada na arquitetura, na culinária e no espírito festivo do povo da cidade.
Em Pomerode, a cidade mais alemã de Santa Catarina, o povo mantém vivas as tradições trazidas pelos imigrantes. Pelo menos 95% dos moradores fala fluentemente o idioma alemão e as casas e os jardins floridos fazem o visitante sentir-se na Europa.
Cenários para o ecoturismo
A região do Alto Vale do Itajaí permite incursões por uma natureza exuberante. O rafting é praticado nas corredeiras da região de Apiúna, e as operadoras funcionam o ano inteiro. O Vale das Cachoeiras, entre Presidente Getúlio e Vitor Meirelles, também oferece inúmeras possibilidades. Na caverna de Botuverá, com 400m de trilhas subterrâneas, as atrações são as formações rochosas esculpidas durante séculos pela natureza.
Roteiros Especiais
Festas de Outubro
As festas de outubro movimentam o Vale do Itajaí. A mais importante é a Oktoberfest – durante 17 dias, Blumenau recebe uma multidão de quase 1 milhão de turistas. Outra grande festa da região é a Fenarreco, de Brusque. Em cidades de regiões vizinhas acontecem outras festas também importantes para o roteiro de outubro: Schlachtfest, em São Bento do Sul; a Schützenfest, em Jaraguá do Sul; a Marejada, em Itajaí, e a Fenachopp, em Joinville.
Turismo Religioso
Dois santuários, localizados na região do Vale do Itajaí, recebem visitantes de todas as partes do país: o Santuário da Madre Paulina, na localidade de Vígolo, em Nova Trento, e o Santuário de Azambuja, em Brusque.
Roteiro 6 – Serra, neve e turismo rural
O Planalto Serrano catarinense é a região mais fria do Brasil. E é o único lugar no país onde a precipitação de neve é certa – todos os anos a paisagem verde-amarelada de araucárias, coxilhas (campos ondulados) e taipas (muros de pedra) torna-se branca, mesmo que por poucos dias, no inverno. Nestes dias, até as águas das cachoeiras congelam.
É uma região de campos de altitude, florestas e grandes cânions. Nos campos, ficam as fazendas, algumas com serviços de hospedagem. A região é ideal para o turismo rural. Lages, maior cidade do Planalto Serrano, há dois séculos era entreposto comercial no Caminho dos Tropeiros, no qual era feito o transporte de gado entre Rio Grande do Sul e São Paulo. Hoje, a cultura campeira, cujos ícones são o homem do campo, as fazendas e o cavalo, é predominante na Serra Catarinense. Algumas das fazendas que oferecem turismo rural são centenárias. O frio, as histórias de tropeiros contadas ao pé do fogo de chão,
o pinhão, o chimarrão, o camargo (café misturado com o leite saído na hora, bebido ao pé da vaca) criam uma atmosfera especial, repleta de calor humano e hospitalidade.
1 Lages
2 São Joaquim
3 Urupema
4 Urubici
5 Bom Jardim da Serra
6 Bom Retiro
7 Rancho Queimado
Roteiros especiais
Estrada da Serra do Rio do Rastro
Ligação entre o Litoral e o Planalto Serrano, a SC-438 desce em curvas sinuosas de uma altitude de 1.467 metros até o nível do mar. É extraordinária obra rodoviária e uma das atrações da região, com belíssimos visuais panorâmicos. Outra estrada que impressiona na região é a da Serra do Corvo Branco.
Morro da Igreja
Situado dentro do Parque Nacional de São Joaquim, é um dos pontos mais alto de Santa Catarina, com 1.822 metros de altitude. Guarda o cartão postal de Urubici, a Pedra Furada (foto), impressionante escultura talhada na pedra. Outros três morros merecem destaque na região. O Morro do Avencal tem sítios históricos com pinturas rupestres. O Morro do Campestre apresenta formações rochosas que se assemelham a gigantescos totens de pedra. E o Morro da Boa Vista, o mais alto pico de Santa Catarina (1.827 m), no Campo dos Padres.
Roteiro 7 – Encanto do oeste e termas
Os encantos do oeste
O Oeste é uma vasta região que, geograficamente, pode ser situada entre a BR-116 e a divisa com a Argentina. No centro desse território ficam Irani e outras cidades que foram palco da Guerra do Contestado, episódio militar que marcou a região e cuja história permanece viva nos museus, nos monumentos e na memória das novas gerações.
A riqueza étnica é outra característica da região. Os italianos são em maior número, responsáveis pelo surgimento das maiores cidades, como Chapecó, pólo regional no Extremo Oeste. A cultura italiana se manifesta de forma especial em Videira, Tangará e Pinheiro Preto. Na pequena Frei Rogério, uma colônia de japoneses surpreende os visitantes: as tradições são preservadas com rigor e celebradas em festas tradicionais como a Florada da Cerejeira. Destacam-se, ainda, pela boa estrutura turística e por seus atrativos, as cidades de Treze Tílias e Fraiburgo.
A região Oeste tem muitas atrações naturais, com destaque para as fontes de águas termais existentes em diversas cidades da região.
1 Itapiranga
2 São Miguel do Oeste
3 Caibi
4 Palmitos
5 São Carlos
6 Águas de Chapecó
7 Quilombo
8 Chapecó
9 Itá
10 Concórdia
11 Irani
12 Piratuba
13 Treze Tílias
14 Joaçaba
15 Tangará
16 Pinheiro Preto
17 Videira
18 Caçador
19 Fraiburgo
20 Frei Rogério
21 Curitibanos
Roteiros especiais
O Tirol no Brasil
Treze Tílias, colonizada por tiroleses, parece uma cidade austríaca no Brasil. Campanários, galos de ferro, uma gente que cultiva suas tradições através da música e da arte, com destaque para os escultores que trabalham com madeira. Todos os anos, em outubro, Treze Tílias sedia a Tirolerfest, uma homenagem às suas raízes na Áustria distante. Outra festa na região é a tradicional Oktoberfest de Itapiranga, uma das mais antigas festas étnicas de Santa Catarina.
Águas Termais
Seis municípios da região são privilegiados com estâncias hidrominerais: Piratuba, Águas de Chapecó, São Carlos, Palmitos, Quilombo e Caibi. A infra-estrutura turística funciona o ano inteiro e o cenário natural favorece atividades ecológicas.
Fonte: sc.gov.br
Santa Catarina
História do Estado
Formação Histórica
Em 1534, é doada a Pero Lopes de Sousa por Dom João III. Em 1658, é fundado o povoado de Nossa Senhora da Graça do Rio de São Francisco, seguido pelo de Nossa Senhora do Desterro, hoje Florianópolis.
Em 1738, é criada a capitania de Santa Catarina, tendo início a instalação de um sistema de defesa e um povoamento controlado, com a imigração de açorianos. Conquistada em 1777 pelos espanhóis, a região é devolvida aos portugueses no ano seguinte pelo Tratado de Santo Ildefonso. As lutas políticas são freqüentes: a Revolução Farroupilha estende-se até a região onde, em 1839, é proclamada a República Juliana. A Revolução Federalista e a Guerra do Contestado são duramente reprimidas pelas tropas federais. Na segunda metade do séc. XIX, recebe levas de imigrantes europeus, principalmente alemães e italianos.
Origem do nome
Santa Catarina: Nome dado por Francisco Dias Velho a uma igreja construída no local sob a invocação daquela santa.
Fonte: citybrazil.com.br
Santa Catarina
Em 1504, o Estado de Santa Catarina recebe seus primeiros visitantes europeus. São os franceses que fundam um pequeno povoado em São Francisco do Sul.
Os índios carijó habitavam a região.
A partir de 1515 são organizadas expedições portuguesas para o povoamento de Santa Catarina. A expedição de João Dias Solis é o início do povoamento do Estado.
Com a divisão do Brasil em Capitanias Hereditárias pela coroa portuguesa, em 1534, foi criada a Capitania de SantAna, abrangendo a região litorânea da atual Paranaguá até Laguna.
Em 1653, liderado por Manoel Lourenço de Andrade surge o povoado de Nossa Senhora das Graças do Rio São Francisco.
A atual Florianópolis começou em 1672 com o povoado de Nossa Senhora do Desterro, fundado por Francisco Dias Velho.
No ano de 1687 foi fundado o povoado de Santo Antônio dos Anjos de Laguna por Domingos de Brito Peixoto.
Para maior segurança da região, principalmente da ilha, combatendo a invasão de outros povoseuropeus, a coroa portuguesa criou em 1738 a Capitania de Santa Catarina. O Brigadeiro José da Silva Paes construiu os fortes de Santa Cruzde Anhatomirim, Santo Antônio de Ratones, São José da Ponta Grossa e Nossa Senhora da Conceição (Araçuba).
Portugueses das ilhas de Açorer chegam a partir de 1748 fundando os núcleos habitacionais de Santo Antônio de Lisboa, Lagoa da Conceição, Ribeirão da Ilha, Rio Vermelho e Canasvieiras.
Em 1766 foi fundada a Cidade de Lages. Era ligada à Laguna pela atual estrada do Rio do Rastro.
Vegetação
Floresta tropical atlântica – Localizada nas planícies costeiras, nas encostas e serras. Grande quantidade de árvores de grande porte.
Na Serra do Rio do Rastro encontra-se a floresta tropical atlântica. Nesta serra está a famosa estrada do rio do Rastro onde muitos turistas passam por este trajeto turístico de Santa Catarina.
Litorânea – O litoral catarinense é formado por mangues, dunas, praias e restingas.
Floresta subtropical do Uruguai – Formada por vegetação de pequeno porte. Localiza-se no vale do rio Uruguai.
Floresta das Araucárias – Os pinheiros são os que mais se destacam. Além destes aparecem as canelas, os cedros, a erva-mate e o xaxim.A região de maior área é o planalto do Estado.
Campos – É a região mais fria do Estado.As cidades que mais se destacam são Lajes, Bom Jardim, Curitibanos, São Joaquim e Campos Novos.
Relevo
O revelo de Santa Catarina é formado pelo litoral, encostas, e planalto.
Na região litorânea estão as planícies costeiras alcançando até 200 m de altitude.
Nas encostas a altitude é de 200 m a 620 m de altitude.
O planalto catarinense que abrage 65% do território do Estado possui a altitude variando de 800m a 950 m. Urubici é o município que possui a maior altitude de Santa Catarina.
Destaca-se a serra do Espigão e serra do Rio do Rastro.
Economia
A agricultura do Estado de Santa Catarina é muito diversificada. A produção de cana-de-açúcar, milho, soja, uva, alho, cebola,fumo, arroz, maçã, banana, feijão e batata formam a diversificação da agricultura catarinense, formada na grande maioria por pequenas propriedades.
O milho é produzido em todo o interior do Estado de Santa Catarina. Na pequena propriedade, qualquer área de terras é importante para a produção, principalmente do milho, produto básico para alimentação de animais. O milho também é muito ultilizado para alimentação humana. Nas regiões de colonização italiana, a “polenta” é o prato básico na mesa da família, derivado do milho.
Em muitas pequenas propriedades do interior de Santa Catarina encontramos as”estufas”, utlizadas para a secagem do fumo produzido na propriedade.
Nas atividades paralelas à agricultura e à pequena propriedade destacam-se a suinocultura, a avicultura, a apicultura e a piscicultura e o gado leiteiro.
A bovinocultura de corte é desenvolvida em propriedades de maior porte. O desenvolvimento da pecuária consorciada com a produção agrícola desenvolveu-se muito na última década no estado catarinense. Após a colheita do produto, a area é tomada por pastagens que alimentam o gado até o começo do novo plantio.
É comum nas propriedades rurais de Santa Catarina encontrar as áreas produtivas em consonância com a preservação de parte da mata, principalmente da famosa floresta de araucária.
Extração Vegetal
A erva-mate e a madeira são os produtos extraídos da fauna catarinense. Há muitas áreas de reflorestamento principalmente de pinus ilhote.
Extração Mineral
O carvão destaca-se na extração de minérios.
Indústria
A indústria catarinense é muito avançada. Milhares de pessoas são empregadas nos grandes pólos industriais instalados em pontos estratégicos do Estado.
A indústria têxtil é desenvolvida na região de Blumenau, Brusque, Jaraguá do Sul e Joiville.
A indústria de alimentos (agro industrial) localiza-se em desenvolve-se em Concórdia, Chapecó e Videira. Grandes frigoríficos estão instaladas nestas cidades. A Perdigão, a Sadia,… são marcas conhecidas do povo brasileiro que produzem parte de seus produtos em Santa Catarina.
Grande parte da indústria da metal mecânico está instalada em Jaraguá do Sul e Joiville.
A indústria madeireira , papel e celulose destaca-se nas regiões de caçador, canoinhas, Lages, Porto União, Três Barras e Canoinhas.
A fabricaçao de móveis está mais desenvolvida em Rio Negrinho e São Bento do Sul.
A cerâmica é produzida em Canelinha, Criciúma, Tijucas e Tubarão.
Fonte: hjobrasil.com
Santa Catarina
SIGNIFICADO DAS CORES E HISTORIA DA BANDEIRA
História da bandeira
A bandeira do estado de Santa Catarina foi instituída inicialmente pela lei nº 126 de 15 de agosto de 1895 durante o governo de Hercílio Luz, e tinha como autor José Boiteux. A mesma lei que institui o brasão do estado de Santa Catarina.
Bandeira de Santa Catarina, adotada entre 15 de agosto de 1895 e 10 de novembro de 1937Pelo artigo 3º daquela lei, a bandeira de Santa Catarina era composta de faixas brancas e vermelhas dispostas horizontalmente em número igual ao das comarcas do Estado e de um losango verde colocado no centro da bandeira, dentro do qual havia estrelas de cor amarela, correspondentes aos municípios do estado.
Durante o Estado Novo, Getúlio Vargas suspendeu o uso de símbolos estaduais, incluindo a Bandeira e as Armas, através da constituição brasileira de 1937 e do Decreto-lei nº 1.202 de 8 de setembro de 1939. Só em 29 de outubro de 1953 a Lei estadual nº 275, sancionada pelo governador Irineu Bornhausen (regulamentada em 19 de fevereiro de 1954 pelo Decreto nº 605) revitaliza o uso dos símbolos estaduais. Essa lei também alterou o desenho da Bandeira, baseando-se no desenho original, e que se mantém até hoje.
Após a alteração, a bandeira de Santa Catarina passou a ser composta de três faixas horizontais idênticas, sendo as das extremidades vermelhas e a do centro branca; sobre as faixas, um losango verde-claro que representa a cor de Santa Catarina de Alexandria, padroeira do estado.
As cores Vermelho, Branco e Verde pertencem a Bandeira de Santa Catarina
Bandeira de Santa Catarina, adotada entre 15 de agosto
de 1895 e 10 de novembro de 1937
Fonte: achetudoeregiao.com.br
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