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Samurais – História
O nome “samurai” significa, em japonês, “aquele que serve”. Portanto, sua maior função era servir, com total lealdade e empenho, os daimyo (senhores feudais) que os contratavam.
Em troca disso recebiam privilégios terras e/ou pagamentos, que geralmente eram efetuados em arroz, numa medida denominada koku (200 litros).
Tal relação de suserania e vassalagem era muito semelhante à da Europa medieval, entre os senhores feudais e os seus cavaleiros. Entretanto, o que mais difere os samurais de quaisquer outros guerreiros da antiguidade é o seu modo de encarar a vida e seu código de ética próprio.
Inicialmente, os samurais eram apenas coletores de impostos e servidores civis do império. Era preciso homens fortes e qualificados para estabelecer a ordem e muitas vezes ir contra a vontade dos camponeses.
Posteriormente, por volta do século X, foi oficializado o termo “samurai”, e este ganhou uma série de novas funções, como a militar. Nessa época, qualquer cidadão podia tornar-se um samurai, bastando para isso adestrar-se nas artes marciais, manter uma reputação e ser habilidoso o suficiente para ser contratado por um senhor feudal. Assim foi até o xogunato dos Tokugawa, iniciado em 1603, quando a classe dos samurais passou a ser uma casta. Assim, o título de “samurai” começou a ser passado de pai para filho.
Após tornar-se um bushi (guerreiro samurai), o cidadão e sua família ganhavam o privilégio do sobrenome.
Além disso, os samurais tinham o direito (e o dever) de carregar consigo um par de espadas à cintura, denominado “daishô”: um verdadeiro símbolo samurai. Era composto por uma espada pequena (wakizashi), cuja lâmina tinha aproximadamente 40 cm, e uma grande (katana), com lâmina de 60 cm.
Todos os samurais dominavam o manejo do arco e flechas. Alguns usavam também bastões, lanças e outras armas mais exóticas.
Eram chamados de ronin os samurais desempregados: aqueles que ainda não tinham um daimyo para servir ou quando o senhor dos mesmos morria ou era destituído do cargo.
Os samurais obedeciam a um código de honra não-escrito denominado bushidô (caminho do guerreiro). Segundo esse código, os samurais não poderiam demonstrar medo ou covardia diante de qualquer situação.
Havia uma máxima entre eles: a de que a vida é limitada, mas o nome e a honra podem durar para sempre. Por causa disso, esses guerreiros prezavam a honra, a imagem pública e o nome de seus ancestrais acima de tudo, até da própria vida.
A morte, para o samurai, era um meio de perpetuar a sua existência. Tal filosofia aumentava a eficiência e a não-hesitação em campos de batalha, o que veio a tornar o samurai, segundo alguns estudiosos, o mais letal de todos os guerreiros da antiguidade.
Talvez o que mais fascine os ocidentais no estudo desses lendários guerreiros é a determinação que eles tinham em freqüentemente escolher a própria morte ao invés do fracasso.
Se derrotados em batalha ou desgraçados por outra falha, a honra exigia o suicídio em um ritual denominado haraquiri ou seppuku. Todavia, a morte não podia ser rápida ou indolor.
O samurai fincava a sua espada pequena no lado esquerdo do abdômen, cortando a região central do corpo, e terminava por puxar a lâmina para cima, o que provocava uma morte lenta e dolorosa que podia levar horas. Apesar disso o samurai devia demonstrar total autocontrole diante das testemunhas que assistiam o ritual. A morte, nos campos de batalha, quase sempre era acompanhada de decapitação.
A cabeça do derrotado era como um troféu, uma prova de que ele realmente fora vencido. Por causa disso, alguns samurais perfumavam seus elmos com incenso antes de partirem para a guerra, para que isso agradasse o eventual vencedor. Samurais que matavam grandes generais eram recompensados pelos seus daimyo, que lhe davam terras e mais privilégios.
Ao tomar conhecimento desses fatos, os ocidentais geralmente avaliam os samurais apenas como guerreiros rudes e de hábitos grosseiros, o que não é verdade.
Os samurais destacaram-se também pela grande variedade de habilidades que apresentaram fora de combate.
Eles sabiam amar tanto as artes como a esgrima, e tinham a alfabetização como parte obrigatória do currículo. Muitos eram exímios poetas, calígrafos, pintores e escultores. Algumas formas de arte como o Ikebana (arte dos arranjos florais) e a Chanoyu (arte do chá) eram também consideradas artes marciais, pois treinavam a mente e as mãos do samurai.
Samurais – Classe Militar
Samurais
Os samurais foram uma classe militar hereditária no Japão feudal, conhecida por sua habilidade em combate, disciplina rigorosa, e um código ético conhecido como “bushido”, que enfatizava valores como coragem, lealdade, honra e autodisciplina.
Aqui estão algumas informações importantes sobre os samurais:
Origem e História: Os samurais surgiram durante o Período Heian (794-1185), inicialmente como guerreiros contratados ou vassalos de nobres e governantes locais. Com o tempo, eles se tornaram uma classe social distintiva, com seus próprios direitos e deveres, servindo os senhores feudais conhecidos como daimyos.
Treinamento e Disciplina: Desde tenra idade, os jovens samurais eram treinados nas artes da guerra, incluindo esgrima, equitação, arco e flecha, além de aprenderem princípios éticos e filosóficos. O treinamento era rigoroso e enfatizava a prática, a disciplina e a busca da excelência.
Armas e Armaduras: Os samurais utilizavam uma variedade de armas, incluindo a katana (espada longa), o wakizashi (espada curta), o yumi (arco longo) e a naginata (lança com lâmina curva). Suas armaduras, conhecidas como “yoroi” ou “do”, eram feitas de placas de metal unidas por correias de couro.
Código de Conduta: O bushido, ou “caminho do guerreiro”, era o código ético seguido pelos samurais. Este código enfatizava a coragem, a lealdade, a honestidade, a justiça e a honra, e os samurais eram esperados para aderir estritamente a esses princípios em todas as suas ações.
Papel na Sociedade: Durante o Período Feudal, os samurais constituíam uma classe privilegiada e poderosa, servindo como guardiões e administradores das terras dos daimyos. Eles desempenhavam um papel central na manutenção da ordem e na proteção das comunidades, mas também estavam envolvidos em guerras e conflitos.
Declínio e Modernização: Com a chegada do Período Meiji (1868-1912) e a restauração do poder imperial, o sistema feudal foi abolido e os samurais perderam sua posição privilegiada na sociedade. Muitos deles se adaptaram às mudanças e se tornaram parte da nova classe militar ou seguiram outras profissões.
Apesar do seu declínio como uma classe social distinta, a imagem e o legado dos samurais permanecem fortes na cultura japonesa e na consciência popular, sendo frequentemente retratados em filmes, livros, mangás e outros meios de comunicação como símbolos de coragem, honra e disciplina.
Samurais – Armas
A espada era a alma do samurai. Muito mais que uma simples arma, era a extensão do corpo e da mente. As espadas dos samurais eram finamente forjadas em seus detalhes, desde a ponta, até a curvatura da lâmina era trabalhadas cuidadosamente. Assim, os samurais virtuosos faziam de sua espada uma filosofia, um caminho para as suas vidas.
A espada não era vista simplesmente como um instrumento capaz de matar, mas como um instrumento capaz também de “dar vidas” no sentido em que era uma auxiliar da justiça no governo.
A espada ultrapassava seu sentido material; simbolicamente, era como um instrumento capaz de “cortar” as impurezas da mente.
Samurais – Armas
Havia ainda uma crença entre os samurais: a de que a espada do samurai, com o passar do tempo, ganhava a “personalidade” de seu manejador. Assim, uma espada acostumada a matar pessoas iria ter a necessidade de sempre matar mais e mais; uma espada acostumada com a justiça, não cometeria atos covardes.
Todos os samurais e ronin portavam um “daishô” em suas cinturas, que era um par de espadas composto por uma “katana” e uma “wakizashi”. Alguns utilizavam uma faca, mas com um acabamento tão fino quanto o de uma katana, o “tanto”, que eram ocultadas em seu kimonos para emergências.
Na foto você pode ver uma katana, a espada mais longa; sua lâmina mede cerca de 60 cm e o cabo cerca de 20 cm, o suficiente para ser empunhada com as 2 mãos. A wakizashi é a espada curta; sua lâmina mede cerca de 40 cm, e seu cabo cerca de 15 cm, para ser empunhada com uma mão apenas.
Mas os ninjas, tinham outra filosofia. Suas armas não eram tão importantes quanto eram para os samurais convencionais, pois eram apenas ferramentas. Além disso, o ninja não tinha treinamento para se defrontar com inimigos de frente. Seu armamento era mais furtivo.
Note que a lâmina das espadas ninjas eram retas, diferentemente das lâminas das espadas normais. Isso era para que o movimento do golpe não fizesse ruído algum e seu ocultamento no corpo fosse facilitado.
Uma grande marca registrada dos ninjas eram as shakens (ou shurikens), as famosas “estrelinhas ninja”, popularmente conhecidas.
Uma lâmina esférica dos mais variados tipos de formas e muitas vezes decoradas com símbolos, tigres ou seres mitológicos. Os ninjas possuiam uma precisão mortal com shurikens; alguns chegavam a lançar até 3 de uma só vez. Alguns ninjas também as molhavam com veneno, para que o efeito fosse ainda melhor.
Outra arma muito conhecida no ocidente é o Nunchaku. Ele veio da China em navios e caravanas. Assim, eram encontrado frequentemente em portos, utilizados por marinheiros. Apesar de bastante simples, o nunchaku é um instrumento medonho. Sabe-se que um nunchaku normal de 2 kg, é capaz de produzir uma pancada de cerca 700 kg de impacto, o suficiente pra quebrar qualquer osso do corpo humano.
Uma arma japonesa bastante peculiar é o “Sai”. Uma arma puramente defensiva: seu manejo visava o desarmamento do inimigo. Utilizada aos pares, podia ser afiada ou não, isso não importava, pois era uma arma curta demais para se tentar um golpe. Era utilizada largamente por camponeses para se defenderem de samurais e bandidos, pois lhes era proibido o uso de espadas (privilégio dos samurais).
Esse é um exótico nunchaku de 3 bastões, muito utilizado no Kung-Fu, que exige mais habilidade do manejador do que o nunchaku comum. Inicialmente, os nunchaku não eram utilizados como armas.
Eram utensílios domésticos, destinados a amassar legumes, carnes, etc. Posteriormente descobriu-se nele esse poder bélico.
A arma ao lado é o facão chinês, muito popular entre os praticantes do Kung-Fu. Note os panos, verde e vermelho, amarrados ao cabo da espada. Ao derrotar o seu adversário, o manejador da arma utilizava-se desses panos para limpá-la do sangue. Além dessa função, os panos ajudavam o praticante pois contribuam para a distração do adversário, que se prendia no rápido movimento das cores enquanto levava um golpe fatal.
Os leques sempre foram símbolos da delicadeza e da elegância em várias culturas. Entretanto, esse leques especiais eram feitos com barras de aço, tornando-se assim uma arma peculiar e fatal, que podia servir de bloqueio contra espadas e lanças. Era útil por ser uma arma sem aparência hostil.
Essa é a armadura do samurai. Era formada por placas de aço laqueadas, que se sobrepõem parcialmente umas sobre as outras e são unidas por meio de cordões coloridos.
O samurai comum usa um manto sobre a armadura, chamado hitatare.
A maioria das pessoas, ao ouvir falar em samurais, já imaginam japoneses vestidos nessas proteções, o que é um equívoco. Os samurais apenas utilizavam essas armaduras quando em guerras, pois elas eram muito pesadas. Eles não as vestiam no cotidiano, sem um motivo especial.
As armaduras usadas durante esses conflitos geralmente traziam em bandeiras, ou estampadas nelas, o símbolo do clã a que pertencia o samurai ou até mesmo a bandeira do Japão.
Pela aparência dela era possível distiguir a condição hierárquica de seu usuário.
Apesar de serem ótimas para combates individuais, as armaduras não eram propícias para rápidos movimentos de tropas, razão porque elas eram mais utilizadas pelos samurais à cavalo. As “asas” no topo do elmo eram destinadas a desviar golpes de espada. Alguns elmos também possuíam máscaras demoníacas e/ou bigodudas, o que dava um aspecto ainda mais agressivo ao samurai.
Samurais – Espadas
Espadas japonesas são as armas que têm vindo a ser sinônimo de samurai. Espadas japonesas antigas do período Nara ( chokuto ) contou com uma lâmina reta, no final dos anos 900s curvo tachi apareceu, seguido pelo uchigatana e, finalmente, a katana.
Espadas companheiro menor comumente conhecidos são o wakizashi eo tanto. Vestindo uma longa espada ( katana ) ou ( tachi ), juntamente com uma espada menor, como uma wakizashi ou tanto tornou-se o símbolo do samurai, esta combinação de espadas é referido como um daisho (literalmente “grande e pequeno”).
Durante o período Edo só samurai foram autorizados a usar um daisho. O yumi (longbow), refletido na arte de kyujutsu (lit. da habilidade do arco) foi um grande arma do militar japonês.
Seu uso diminuiu com a introdução do Tanegashima (matchlock japonês) durante o período Sengoku, mas a perícia ainda era praticada, pelo menos, para o esporte.
O yumi, um assimétrica arco composto feito de bambu, madeira, vime e couro, tinha um alcance efetivo de 50 ou 100 metros (160 ou 330 pés) se a precisão não era um problema. No pé, que foi geralmente usada por trás de um tate, um escudo de madeira grandes, móveis, mas o yumi também poderia ser usado a partir de cavalo devido à sua forma assimétrica.
A prática de fotografar de cavalo tornou-se uma cerimônia xintoísta conhecida como yabusame.
Pole armas, incluindo a Yari e naginata eram comumente usados pelos samurais. O Yari (lança japonês) deslocou as naginata do campo de batalha como bravura pessoal tornou-se menos de um fator e as batalhas se tornaram mais organizados em torno reunido, as tropas do pé barato ( ashigaru ).
A carga, montado ou desmontado, também foi mais eficaz quando se usa uma lança em vez de uma espada, como ofereceu melhor do que até mesmo chances contra um samurai usando uma espada.
Na Batalha de Shizugatake onde Shibata Katsuie foi derrotado por Toyotomi Hideyoshi, então conhecido como Hashiba Hideyoshi, sete samurais que veio a ser conhecido como os ” Sete Spears de Shizugatake ” desempenhou um papel crucial na vitória.
Tanegashima (matchlock japonês) foram introduzidos para o Japão em 1543, através do comércio Português. Tanegashima foram produzidos em grande escala por armeiros japoneses, permitindo que os senhores da guerra para levantar e treinar exércitos de massas de camponeses.
As novas armas foram altamente eficazes, a sua facilidade de uso e eficácia mortal levou à Tanegashima tornando-se a arma de escolha sobre o yumi (proa). Até o final do século 16, havia mais armas de fogo no Japão do que em muitos países europeus.
Tanegashima-empregada en masse, em grande parte por ashigaru pé camponês tropas, eram responsáveis por uma mudança nas táticas militares que eventualmente levou ao estabelecimento do shogunato Tokugawa ( período Edo ) e um fim à guerra civil. Produção de Tanegashima diminuiu drasticamente, pois não houve necessidade de grandes quantidades de armas de fogo.
Durante o período Edo, Tanegashima foram armazenados longe, e usado principalmente para a caça e alvo prática. A intervenção estrangeira em 1800 renovou o interesse em armas de fogo, mas a Tanegashima foi ultrapassada até então, e várias facções samurai comprado armas mais modernas a partir de fontes europeias.
Canhões tornou-se uma parte comum do arsenal do samurai na década de 1570. Eles muitas vezes foram montados em castelos ou em navios, sendo usada mais como armas anti-pessoais do que contra paredes do castelo ou algo semelhante, embora no cerco de castelo Nagashino (1575) um canhão foi usado com bons resultados contra um siegetower inimigo.
Samurais – Características
O samurai tinha como característica peculiar gritar o seu nome frente a um adversário e antes do início de uma luta, o samurai declamava em tom de desafio as seguintes palavras: “Sou Yoshikyo do clã Minamoto, neto de Tomokyo, antigo vice-governador da província de Musashi e filho de Yorikyo, que distinguiu-se em vários combates nos territórios setentrionais. Eu sou de pequeno mérito pessoal, não me importa sair vivo ou morto deste embate. Assim desafio um de vocês para testar o poder de minha espada”.
Estes pronunciamentos, deixando de lado seu tom estereotipado, de fanfarronice e falsa modéstia constituíam boa prova do bravo orgulho do samurai pela sua linhagem e ‘background’ familiar.
“Na verdade o samurai lutava mais pela sua família e sua perpetuação do que por ele próprio”.
O samurai estava pronto para morrer na batalha se necessário, na certeza de que sua família se beneficiaria das recompensas resultantes do seu sacrifício.
Mesmo no início dos tempos o código de conduta do samurai parecia exagerar o sentido do orgulho pessoal e de ‘memboku’ ou ‘mentsu’ (“face”, traduzido do japonês, que significa honra, dignidade), que muitas vezes manifestava-se em atitudes de arrogância exagerada ou fanfarronice, por parte de um samurai.
Tal comportamento era considerado natural e até psicologicamente necessário à atitude e ideologia do guerreiro. Mas, com tudo, o exagerado orgulho do samurai, não raro, fazia-o agir de maneira totalmente irracional.
Um típico exemplo dessa atitude ocorreu na Guerra dos Três Anos Posteriores: numa das batalhas, um jovem de nome Kagemasa de apenas 16 anos de idade, recebeu uma flechada no olho esquerdo, com a flecha ainda cravada vista avançou sobre o inimigo e matou-o.
Um companheiro de batalha chamado Tametsugu, tentou ajudá-lo; para retirar a flecha colocou a sandália do pé no rosto do jovem samurai caído. Indignadíssimo,
Kagemasa ergueu-se e declarou que embora como samurai estivesse preparado para morrer com uma flechada, nunca enquanto vivo, permitiria que um homem pusesse o pé na sua cara.
E depois de proclamar essas palavras quase matou o bem intencionado Tametsugu.
Harikari
Um aspecto do código do samurai, que fascinava e intrigava o estrangeiro, consistia na obrigação e dever que um samurai tinha de praticar o ‘harakiri’ ou ‘sepukku’ (evisceração), em determinadas circunstâncias.
De acordo com alguns registros o primeiro samurai a praticar o ‘harakiri’ teria sido Tametomo Minamoto em 1170 d.C., após perder uma batalha no leste. Samurai lendário pertencente ao clã Minamoto, Tametomo era conhecido por sua descomunal força e valor individual nos combates.
Participou das famosas lutas do incidente (na prática, golpe de estado) de Hogen (1156 d.C.), quando membros das famílias Taira e Minamoto misturaram-se com partidários da nobreza em luta na capital Heian.
No incidente de Hogen evidenciou-se que o poder efetivo, já estava nas mãos poderosas dos samurais e não nas fracas mãos dos aristocratas da corte.
Nesse incidente houve apenas uma luta entre os partidários do imperador Goshirakawa e do ex-imperador Sutoku, e apenas nesse combate travado nas ruas de Heian, os partidários do ‘tennô’ venceram as forças do ‘in’ ( ex-imperador).
Existe uma outra versão segundo a qual Tametomo teria ido até as ilhas ‘Ryukyu’ em Okinawa, no extremo sul do arquipélago, onde, desposando a filha de um chefe local, fundou uma dinastia. Mas, a morte de Tametomo provavelmente ocorreu em 1170 d.C., após uma derrota; realizou-se então o ‘sepukku’, sendo assim efetuado o primeiro ‘harakiri’ registrado na história dos samurais.
Vários motivos podem levar um samurai a cometer o ‘harakiri’:
01- A fim de admoestar seu senhor;
02– Por ato considerado indigno ou criminoso, ao exemplo, uma traição;
03- Evitar a captura em campos de batalha, já que para um samurai constitui uma imensa desonra ficar prisioneiro do inimigo e também porque é considerado uma política errada; os prisioneiros na maioria das vezes são maltratados e torturados.
O samurai tem grande desprezo por aquele que rende-se ao adversário. Por isso o código (não escrito) de honra de um samurai exige que ele se mate antes de cair prisioneiro em mãos inimigas.
Como leal servidor, o samurai sente-se na responsabilidade de chamar a atenção de seu amo pelas faltas e erros por ele apresentados. Se por fim, o samurai falhar (o conselho franco ou pedido direto), o samurai-vassalo recorre ao extremo meio de sacrificar sua vida, a fim de fazer seu senhor voltar ao bom caminho.
Dentre muitos exemplos históricos, existe o de um samurai subordinado que imolou-se para chamar a atenção de seu suserano; isso aconteceu na vida de Nobunaga Oda, um dos mais brilhantes generais da época das guerras feudo nipônicas.
Nobunaga Oda era violento e indisciplinado quando jovem, ninguém conseguia corrigi-lo. Um samurai-vassalo, que servia à família Oda por muito tempo, praticou o ‘sepukku’ de advertência. Conta-se que, diante desse incrível sacrifício do devotado servidor, Nobunaga mudou de conduta, assumindo responsabilidades de chefe do clã e marchando para sucessivas vitórias.
Código de honra do samurai
Eu não tenho pais, faço do céu e da terra meus pais.
Eu não tenho casa, faço do mundo minha casa.
Eu não tenho poder divino, faço da honestidade meu poder divino.
Eu não tenho pretensões, faço da minha disciplina minha pretensão.
Eu não tenho poderes mágicos, faço da personalidade meus poderes mágicos.
Eu não tenho vida ou morte, faço das duas uma, tenho vida e morte.
Eu não tenho visão, faço da luz do trovão a minha visão.
Eu não tenho audição, faço da sensibilidade meus ouvidos.
Eu não tenho língua, faço da prontidão minha língua.
Eu não tenho leis, faço da auto-defesa minha lei.
Eu não tenho estratégia, faço do direito de matar e do direito de salvar vidas minha estratégia.
Eu não tenho projetos, faço do apego às oportunidades meus projetos.
Eu não tenho princípios, faço da adaptação a todas as circunstâncias meu princípio.
Eu não tenho táticas, faço da escassez e da abundância minha tática.
Eu não tenho talentos, faço da minha imaginação meus talentos.
Eu não tenho amigos, faço da minha mente minha única amiga.
Eu não tenho inimigos, faço do descuido meu inimigo.
Eu não tenho armadura, faço da benevolência minha armadura.
Eu não tenho espada, faço da perseverança minha espada.
Eu não tenho castelo, faço do caráter meu castelo.
Fonte: www.tees.ne.jp/en.wikipedia.org/www.colegiosaofrancisco.com.br/www.animepro.com.br
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