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Ponte Rio-Niterói no Rio de Janeiro
Entregue ao tráfego de veículos em 5 de março de 1974, seu verdadeiro nome é Ponte Presidente Costa e Silva e é a maior ponte do mundo em volume de obra construída. Ela tem 13,9km de extensão e 20m de largura. O total de área construída é de 210.600m², quatro vezes maior do que a área do viaduto de Chillon, na Suíça, a maior estrutura no gênero até então.
Fonte: www.riotur.rj.gov.br
Ponte Rio-Niterói
História
A ponte Rio – Niterói foi batizada antes de sua inauguração em 4 de março de 1974 com o nome de Ponte Presidente Costa e Silva. As obras foram tumultuadas por diversos acontecimentos e pelas dificuldades surgidas na execução das fundações.
O início da construção se deu em dezembro de 1968, depois de acirrada concorrência em que saiu vencedor o CCRN – Consórcio Construtor Rio – Niterói, encabeçado pela Construtora Ferraz Cavalcanti. Após longa paralisação, foi rescindido em 26 de janeiro de 1971 o contrato com o CCRN, sendo então organizada pela companhia construtora estatal ECEX (Empresa de Construção e Engenharia de Obras Especiais) um 2º consórcio que recebeu a denominação de “Consórcio Construtor Guanabara Ltda.”
Foi assinado um contrato de construção por administração com as firmas integrantes do consórcio, para que a obra não sofresse solução de continuidade. Esse consórcio, formado pelas firmas construtoras Construções e Comércio Camargo Corrêa, Construtora Rabello e Construtora Mendes Junir e Sobrenco, que haviam participado em conjunto da concorrência tinha como Presidente o Eng. Lauro Rios, como Diretor Técnico o Eng. Bruno Contarini e como Superintendente Técnico o Eng. Mario Vilaverde.
A ponte faz parte de Rodovia BR-101 que parte do nordeste do país o corre ao longo da costa em direção ao sul. A ponte cruza a Baía de Guanabara ligando as cidades de Niterói e Rio de Janeiro com um comprimento total de 13,29 Km. Depois de terminada a ponte é possível percorrer 4.577 Km de BR-101, desde Touros no RN até Rio Grande no RS, sem interrupções. Não é a ponte mais longa do mundo, mas está entre as sete maiores.
Estudos feitos sobre a ponte
Muitas publicações importantes foram feitas sobre esta obra, a maioria delas no estrangeiro. Foram publicados livros técnicos e promocionais, artigos técnicos de fundações e estruturas, descrições do processo construtivo e inúmeras fotografias, inclusive em cartões-postais e calendários.
Os antecedentes históricos também são dignos de menção, pois houve durante longos anos muita discussão sobre a escolha entre ponte e túnel submarino. Em 1968 o projeto, ainda não detalhado, estava suficientemente amadurecido para que a obra pudesse ser colocada em concorrência, com indicação de todos os consumos de materiais e previsão das fundações.
Em 23 de agosto foi finalmente publicado o edital de concorrência. Tratava-se de uma concorrência gigantesca que exigiria consórcio de firmas. Nenhuma firma individualmente estaria em condições de enfrentar o problema. Era imprescindível a constituição de consórcios. Isto já limitava o número de participantes. As maiores firmas do Brasil, pela primeira vez, se deram as mãos para poder ser classificadas.
Todas, muito bem amparadas juridicamente, fiscalizavam intensamente todos os procedimentos, de tal forma que tornavam praticamente impossível qualquer tipo de protecionismo. Uma vez aceita a pré-qualificação, somente o preço seria o elemento de decisão final. Somente dois consórcios participaram: Consórcio A e Consórcio B.
O Consórcio A, denominado CCRN-Consórcio Construtor Rio – Niterói, era constituído pelas firmas:
– Construtora Ferraz Calvacanti
– CCBE-Companhia Construtora Brasileira de Estradas
– EMEC-Empresa de Melhoramentos e Construções S. A.
– Servix Engenharia S. A.
O Consórcio B integrava as mais poderosas firmas do Brasil:
– Construções e Comércio Camargo Corrêa S. A.
– Construtora Mendes Junior S. A.
– Construtora Rabello S. A.
– Sérgio Marques de Souza S. A.
Como o edital especificava claramente que o vencedor seria o que ofertasse o menor preço, o consórcio CCRN foi declarado vencedor, sendo firmado o contrato para a construção em 4 de dezembro de 1968. O prazo preestabelecido para a construção completa da ponte era de 1.095 dias (três anos) e deveria expirar em 4 de dezembro de 1971.
A construção foi iniciada em janeiro de 1969. Entretanto, quando tudo parecia estar resolvido, diversos incidentes modificaram o panorama. Surpresas com as fundações , falta de concordância entre os assessores de fundações, prova de carga mal sucedida com mortes de notáveis profissionais, acabaram levando o DNER a rescindir, em 26 de janeiro de 1971, com o prazo de construção já esgotado, o contrato com o CCRN e a utilização dos equipamentos e materiais que estavam sendo empregados na construção da ponte que passou a ser chamada de Ponte Presidente Costa e Silva.
Para que a obra não sofresse solução de continuidade, em 15 de fevereiro, menos de um mês após a estatização da obra, o DNER decidiu firmar contrato por administração com o Consórcio Construtor Guanabara Ltda. Em seguida a última das quatro firmas decidiu desligar-se do consórcio.
A ECEX-Empresa de Engenharia e Construção de Obras Especiais S. A. que era vinculada ao DNER ficou com o encargo de supervisionar toda a construção da ponte. A obra duraria 20 meses, a contar da data em que os equipamentos ficassem totalmente disponíveis para uso imediato.
Foi um prazo menor do que o período gasto até então, com apenas dois tramos da superestrutura já prontos. O prazo de 20 meses (600 dias) é mencionado como recorde para obra de tais dimensões.
Fonte: www2.transportes.gov.br
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