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Projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo em 1895, o prédio que hoje abriga a Pinacoteca do Estado foi o primeiro museu de arte de São Paulo. Na época foi construído para abrigar o Liceu de Artes e Ofícios, instituição que formava técnicos e artesãos da cidade, que durou até 1921.
Em 1901, o edifício deu espaço a Pinacoteca do Estado, que viria funcionar de fato em 1911 com a Primeira Exposição Brasileira de Belas Artes. As primeiras doações para o museu, são peças que até hoje fazem parte do acervo e entre elas estão obras dos consagrados artistas Benedito Calixto, Pedro Alexandrino e José Ferraz de Almeida Junior, entre outros. Muitos diretores importantes passaram pela instituição como Luiz Scattolini, Delmiro Gonçalvez e até uma rápida passagem de Tarsila do Amaral.
Entre 1993 e 1998 foi feita uma reforma em todo prédio da Pinacoteca com a autoria de Paulo Mendes da Rocha que acabou ganhando o prêmio de arquitetura Mies Van der Rohe no ano de 2000. O escultor baiano Emanoel Araújo se elegeu em 1992 como diretor da Pinacoteca e durante toda a reforma reforçou a idéia de que o centro de São Paulo não deixaria de ser o cartão postal da metrópole. Então decidiu mudar a entrada da Pinacoteca, que anteriormente era na avenida Tiradentes, para a frente da Estação da Luz que também participou do projeto de revitalização do centro.
A Pinacoteca do Estado conta hoje com dez salas que se dividem para abrigar o acervo com mais de 100 mil obras e mais um espaço da reserva técnica onde ficam peças em restauração, em catalogação ou fora de exposição. O espaço também oferece um delicioso e simpático café que fica do lado de fora proporcionando almoços ao ar livre com vista para o Parque da Luz. A entrada é grátis aos sábados, aproveite!
Ana Luiza Galvâo
Fonte: www.cidadedesaopaulo.com
Pinacoteca do Estado
Em 1895, Francisco de Paula Ramos de Azevedo assume o comando da construção do Liceu. Angaria cem contos de réis, verba aprovada pela Assembléia Legislativa, e com ela ganha uma área do Parque da Luz.
O edifício da Pinacoteca foi construído de 1897 a 1900. O propósito original era ser a sede do Liceu de Artes e Ofícios, uma idéia de Leôncio de Carvalho. Em 1901, o edifício em estilo neo-renascentista italiano passou a abrigar também a Pinacoteca do Estado. Em 1905, é inaugurada como sendo o primeiro museu de arte de toda a cidade de São Paulo.
O museu começa a funcionar de fato em 1911 com a Primeira Exposição Brasileira de Belas Artes durante um mês. Entre suas primeiras doações à Pinacoteca em novembro de 1911, estão criações de Pedro Alexandrino, José Ferraz de Almeida Jr. e Benedito Calixto. Peças que até hoje permanecem sendo expostas como parte do acervo da Pinacoteca.
Entre os diretores mais importantes da instituição, estão Luiz Scattolini (1928-1932), Delmiro Gonçalves (que no fim dos anos 60 começa a implantar reformas), Walter Ney (1971) e Fábio Magalhães (1979) –-e até uma passagem de quatro meses de Tarsila do Amaral como uma espécie de “conservadora” do museu.
O prédio ficou sendo de propriedade do Liceu até 1921. Em 1930, a Pinacoteca quase chegou a desaparecer, indo para a Rua 11 de Agosto, antiga sede do “Diário Oficial”. O motivo era o Exército que havia interditado o museu para usar suas instalações como quartel-general durante dois meses. Dois anos depois, a Pinacoteca é novamente ocupada, desta vez, pelos revolucionários de 1932. Em 25 de fevereiro de 1947, volta para a Luz com reabertura solene feita pelo interventor José Carlos de Macedo Soares.
Em 1989, a Faculdade de Belas Artes foi transferida para o Morumbi, desocupando todo o terceiro andar e deixando o prédio apenas para as obras de arte da Pinacoteca.
A partir de 1993 até fevereiro de 1998, foi feita a reforma na Pinacoteca, com gastos de aproximadamente R$ 10 milhões, segundo dados oficiais. O projeto da reforma é de autoria de Paulo Mendes da Rocha, com o qual ganhou o prêmio Mies van der Rohe de arquitetura em junho de 2000.
O diretor, Emanoel Araújo, escultor baiano, assumiu a Pinacoteca em 1992. Seu projeto era reascender a atenção voltada para o Centro. Por isso, durante a reforma do prédio, mudou a entrada –a princípio virada para a Avenida Tiradentes—, para ter sua face voltada para a Estação Ferroviária Sorocabana, também chamada de Estação da Luz.
Curiosidades
1. A reviravolta da Pinacoteca foi realmente concretizada em 1995 com a abertura da exposição de esculturas de Auguste Rodin (1840-1917), que reuniu 150.000 visitantes em 38 dias. Depois se seguiram outras mostras como Emile-Antoine Bourdelle, grupo CoBrA, Nadar e outros, mas nenhuma delas conseguiu chegar perto de tal êxito.
2. O edifício já acolheu o Ginásio do Estado, várias repartições públicas e um quartel.
3. Em 1979, é implantado o projeto Destaques do Mês, que expõe uma parte do acervo da Pinacoteca por um tempo determinado, criando uma rotatividade das peças adquiridas pelo museu.
4. Em 1951, a Pinacoteca contava com o espaço de quatro salas. Em 63, cresceu para seis salas e um corredor. Em 77, ganhou o andar térreo e um auditório para cursos. Hoje a coleção se espalha por dez salas mais o espaço da reserva técnica, onde ficam as peças em restauração, catalogação ou fora de exposição.
5. A Pinacoteca é, na verdade, uma obra inacabada: os tradicionais tijolos expostos não eram para ficar à mostra, mas, com a demora para a finalização da obra, não foi mais possível concluí-la, restando somente a opção de deixar o prédio desta maneira. (fonte: sampacentro.terra.com.br)
Pinacoteca do Estado de São Paulo
Fonte: www.sampa.art.br
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