Paracatu

Paracatu – MG

História

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São várias as versões relativas ao descobridor de Paracatu e à época em que teria o mesmo ocorrido. Uma delas atribui o descobrimento a Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhangüera, na sua passagem em demanda dos sertões de Goiás, o que teria sido entre 1717 e 1718; outra faz referências a Felisberto Calseira Brant, em 1734 ou ainda entre 1743 e 1744, de forma que não se pode situar com precisão, cronologicamente, o início do povoado que teria dado origem à atual cidade, onde, segundo documentos do arquivo eclesiástico, já havia em 1736 cinco grandes igrejas.

Por provisão régia, de 4 de agosto de 1746, foram nomeados um juiz ordinário e um tabelião para Paracatu, já então arraial importante, com comércio ativo com a Bahia, através dos rios Paracatu e São Francisco, assim como, por via terrestre, com Sabará, São João del Rei e Vila Rica.

A atividade econômica dos primeiros habitantes baseava-se na extração de ouro, cujas lavras eram riquíssimas, e a tradição afirma haverem sido colhidas somente num decênio, cerca de 168 arrobas do precioso metal.

A três quilômetros de Paracatu foi fundado o arraial de São Domingos, por José Rodrigues Froes e um seu irmão, do qual apenas existem uma pequena capela e algumas míseras cabanas. Outros arraias foram também fundados nos locais das respectivas lavras, conforme vestígios que ainda se encontra nos dias de hoje.

Por Alvará de 20 de outubro de 1798, foi o antigo arraial elevado à categoria de vila, verificando-se a instalação do mesmo juntamente com a Primeira Câmara, a 18 de dezembro de 1799.

Formação Administrativa

Distrito criado com denominação de Paracatu do Príncipe, por alvará de 26-10-1798, e lei estadual nº 2, de 14-09-1891.

Elevado à categoria de vila com a denominação de Paracatu do Príncipe, por alvará de 20-10-1798, desmembrado de vila de Sabará. Sede na antiga vila de Paracatu do Príncipe. Instalada em 18-12-1799.

Elevado à condição de cidade com a denominação de Paracatu, pela lei provincial nº 163, de 09-03-1840.

Pela resolução de 31-05-1815, e lei estadual nº 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de Buritis e anexado ao município de Paracatu (ex-Paracatu do Príncipe).

Pela provincial nº 239, de 30-11-1842, e lei estadual nº 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de Guarda-Mor e anexado ao município de Paracatu.

Pela provincial nº 1627, de 06-11-1869, e lei estadual nº 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de Lajes (ex-povoado) e anexado ao município de Paracatu.

Pela provincial nº 1993, de 13-11-1873, e lei estadual nº 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de Rio Preto e anexado ao município de Paracatu.

Pela lei estadual nº 2, de 14-09-1891, foram criados o distritos de Formoso e Morrinhos anexados ao município de Paracatu.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 7 distritos: Paracatu, Buritis, Formoso, Guarda Mor, Lajes, Morrinhos e Rio Preto.

Assim permanecendo nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920.

Pela lei estadual nº 843, de 07-09-1923, desmembra do município de Paracatu os distritos de Buritis, Formoso e Arinos (ex-Morrinhos), para constituir o novo município de São Romão. E ainda pela mesma lei estadual é criado o distrito de Garapuava (ex-povoado), criado cujas com terras são desmembradas do distrito de Unaí (ex-Rio Preto) e anexado ao município de Paracatu. O distrito de Rio Preto tomou o nome de Unaí.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 5 distritos: Paracatu, Garapuava, Guarda-Mor, Lajes e Unaí.

Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.

Pelo decreto-lei estadual nº 148, de 17-12-1938, é criado o distrito de Vazantes com terras desmembradas do distrito de Guarda-Mor e anexado ao município de Parcatu.

No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 6 distritos: Paracatu, Garapuava, Guarda-Mor, Lajes, Unaí e Vazante.

Pelo decreto-lei estadual nº 1058, de 31-12-1943, desmembra do município de Paracatu os distritos de Unaí, Fróis (ex-Lajes) e Garapuava, para constituir o novo município de Unaí.

No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 3 distritos: Paracatu, Guarda-Mor e Vazante.

Pela lei nº 336, de 27-12-1948, o distrito de Vazante teve sua grafia alterada para Vasante.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 3 distritos: Paracatu, Guarda-Mor e Vasante (ex-Vazante).

Pela lei nº 1039, de 12-12-1953, desmembra do município de Paracatu os distritos de Vasante e Guarda Mor, para constituir o novo município de Vazante (ex-Vasante).

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do distrito sede.

Alteração toponímica municipal

Paracatu do Príncipe para Paracatu, alterado pela lei provincial nº 163, de 09-03-1840. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Fonte: biblioteca.ibge.gov.br

Paracatu

Quinta maior cidade mineira, Paracatu, ou “rio bom” em tupi-guarani, se desenvolveu devido às grandes jazidas de ouro. Com a efervescência cultural do fim do século XIX, ganhou a alcunha de “Atenas mineira”.

Mesmo que na época da construção de Brasília os casarios tenham sido demolidos e o calçamento original substituído, o ambiente cultural de Paracatu continua a ser uma agradável surpresa do sertão.

Para conhecer mais sobre a história da cidade não deixe de visitar o Museu Histórico de Paracatu, a Igreja Nossa Senhora do Rosário, a Igreja Matriz de Santo António e o Arquivo Público, nestes locais irá conferir a arquitectura, a arte e os documentos da época áurea de Minas.

Para os que gostam de mais movimento, a cidade oferece, além dos passeios históricos, cachoeiras, grutas, além de trilha para trekking e moutain bike. Paracatu é um município ao noroeste do estado de Minas Gerais. Fica distante 482 Km de Belo Horizonte e 290 Km de Brasília. Seu nome é de origem indígena e significa “Rio Bom” ou “Rio Praticável”. O principal rio de Paracatu é o rio que dá nome ao município e que pertence à bacia do São Francisco. Sua fundação foi realizada por Carta Régia em 4 de março de 1799 para o até então antigo Arraial do Paracatu.

Uma das grandes preocupações da cidade é a preservação de seu histórico patrimônio arquitetônico. A preservação de fachadas trata-se de uma iniciativa louvável. Infelizmente, quando do registro dessas fotos (25/10/2008) foi observado um desleixo inaceitável com a Igreja Matriz de Santo Antônio onde existem algumas intervenções para preservação, bem como com a Igreja de Nossa Senhora do Rosário.

Não tivemos nenhum contato com qualquer órgão oficial da cidade, o que proporcionou uma observação mais isenta, porém, não posso informar se a cidade tem ou terá qualquer incentivo dos órgãos estaduais e federais de preservação do patrimônio histórico. O Centro Histórico é muito bem sinalizado. Em 25/10/2008, infelizmente, o Centro de Atendimento ao Turista não estava funcionando. Fica situado no Largo do Rosário.

Paracatu tem outras atrações e podemos citar: Cachoeira do Desidério, Cachoeira Sete Quedas, Cachoeira do Templo, Cachoeira do Altar, Cachoeira do Teixeira, Cachoeira Deus-me-livre, Cachoeira Água Branca. Gruta de Santa Fé, Gruta do Bonsucesso, Lapa do Brocotó, entre outras, e ainda manifestações com específico calendário religioso e folclórico.

Principais Cachoeiras de Paracatu

Cachoeiras do Geraldo Júnior

Localizada na fazenda América na GO-20 a 26 Km da MG-188 em direção à barragem de Furnas. São várias quedas de água com 2, 4, 6 e 22 metros de altura. Um local especial para descanso e contato com a natureza, fonte de água preservada 100% natural, possibilidade de rapel, passeio ecológico e total harmonia com a natureza. Este aglomerado de cachoeiras se encontra em propriedade particular necessitando de autorização para visitas.

Cachoeira do Desidério

É uma bela cachoeira com 28 metros de queda dágua que forma um poço de 30 m X 40 m de largura. Águas frias e cristalinas fazem deste lugar um fabuloso oásis no cerrado.

A cachoeira esta em propriedade particular sendo necessário autorização para visitá-la.

Cachoeira do Ascânio

50 metros de queda dágua envoltos por uma densa vegetação tornam esta cachoeira o grande atrativo natural de Paracatu. Espaço para um bom banho energizante, relaxamento e contemplação da natureza.

O local é aberto à visitação pública.

Cachoeira do Teixeira

Com águas muito refrescantes, esta cachoeira formada pelo córrego Teixeira tem 10 metros de altura e, ao desaguar, forma uma gostosa piscina natural.

A cachoeira se encontra em propriedade particular necessitando de autorização para a visita.

Fonte: itrip.com.br

Paracatu

Paracatu foi fundada no século 18, quando os bandeirantes circulavam pela região em busca de ouro e pedras preciosas. As riquezas se foram, mas a cidade preservou o centro histórico cortado por becos e vielas que guardam singelas igrejas, como a Matriz de Santo Antônio e a de Nossa Senhora do Rosário, e casarões coloniais que abrigam espaços como a Casa da Cultura e o Museu Histórico.

“No centrinho estão construções coloniais como a Matriz de Santo Antônio e a Casa da Cultura”

Além das relíquias arquitetônicas, Paracatu oferece ainda belas paisagens naturais. Trilhas e estradas de terra conduzem a cachoeiras e grutas, além das fazendas centenárias que mantém a produção artesanal da cachaça de rapadura.

Para tirar o gosto da aguardente, belisque uma empadinha de capa fina e encerre os trabalhos com o  famoso bolo de domingo, uma receita centenária e cheia de superstição – para não dar azar, a delícia só pode ser feita nos dias de domingo.

Fonte: feriasbrasil.com.br

Paracatu

Aspectos Turísticos

Poucos lugares apresentam tanta diversidade quanto Paracatu. É a única cidade histórica da região Noroeste de Minas Gerais. São dois séculos de história que refletem a cultura barroca em casarios, igrejas, sobrados, becos e ruas. A diversidade ecológica também está presente nas grutas, cachoeiras, flora e fauna.

Igreja Matriz de Santo Antônio

Paracatu

Arquitetura religiosa do período setecentista. Estilo barroco-jesuítico construída em madeira e taipa sobre alicerce de pedra. A porta de verga reta, bem como as janelas rasgadas com guarda de madeira, tem folhas almofadadas.

O corpo principal da nave foi acrescida, ainda no século XVIII, de dois corpos laterais mais baixos, com porta almofadada e porta janela com guarda-corpo ao nível do segundo pavimento, possui sete altares.

O altar-mor é de arquitetura colonial e pertenceu a antiga Igreja de Sant’Anna. Os altares laterais são de épocas diferentes e os púlpitos não apresentam pintura sã em madeira natural.

A última intervenção para sustentação foi em 1988.

Festas realizadas: Santo Antônio ( padroeiro, Semana Santa e Corpus Christi ).

A Igreja Matriz de Santo Antônio é um dos belos monumentos da arquitetura colonial, que não pode deixar de ser visitado.

Igreja de Nossa Senhora do Rosário

Paracatu

Belo conjunto da arquitetura colonial religiosa do século XVIII, sua estrutura de madeira e taipa, repousa sobre alicerce de pedra.

No seu interior várias imagens talhadas em madeira do século XVIII, sendo que o Arco-Cruzeiro de madeira abre para a Capela-Mor, onde esculpidas e decoradas com dois nichos laterais e trono central em degraus.

É uma bela peça de talha dourada que remonta os meados do período setecentista, com as figuras de anjos, concheados e consolos barrocos, que foram roubadas e hoje recuperadas pelo IPHAN, bem como motivos florais.

A última intervenção para sustentação foi em 1988, com orientação do IPHAN.

Vale a pena conferir o ambiente colonial e os ares de dois séculos passados.

Museu Histórico

Paracatu

O prédio que o abriga foi construído em 1903, para funcionar o Mercado Municipal de Paracatu – Ponto de distribuição e venda de produtos rurais, transportados para a zona urbana em carros de boi e em lombo de burros.

No decorrer dos anos, o imóvel foi sede de várias instituições, dentre elas a Prefeitura Municipal e a Secretaria de Educação.

A recuperação do prédio visou, além de recompor uma das construções do patrimônio Histórico de Paracatu, estabelecer no referido local o Museu Histórico de Paracatu, ponto de atração turística e guardião do rico acervo da cidade, com várias fotos antigas da cidade e dos Prefeitos que passaram.

Objetos caseiros, tanto da zona rural como da zona urbana, com artefatos antigos de rara beleza.

Arquivo Público

Paracatu

O prédio conhecido como “ Sobradinho Dona Beija”, foi o primeiro prédio de alvenaria do Arraial de São Luiz e de Sant’Anna. Passou a ser sede do Arquivo Público.

Passados 250 anos de oficialização do Arraial de São Luiz e Sant’Anna, ganham abrigo e conservação de documentos que registram as etapas diversas da evolução política e social do município. Rico em documentação referente aos séculos XVII e XVIII de interesse para historiadores e pesquisadores.

Passo da Paixão e Chafariz da Traianna

Paracatu

Tributo barroco colonial do artista plástico Fábio Ferrer à cidade de Paracatu. Homenageia em especial o período colonial do século XVIII, onde a cidade vivia a efervescência do ouro. O conjunto arquitetônico é uma obra com espírito barroco.

O chafariz da Traianna possui no alto da obra, uma mulata escrava, que a história conta, que percorria os becos despertando desejos nos fidalgos.O chafariz, com características simples, é também uma homenagem a outros chafarizes que existiam na cidade e que foram destruídos.

A data no escudo, 1798, destaca a oficialização da elevação da Vila de Paracatu do Príncipe, por Dona Maria, A Rainha da corte portuguesa.

Para completar, através de uma carranca, a bica d’água de uma antiga mina da cidade, faz borrifar na terra a benção, assim como nos tempos dos tropeiros.

O Passo da Paixão, singela capela da via sacra, homenageia a descoberta do ouro na região em 1744 época que já existia o Arraial de Sant’Anna e São Luiz, depois elevado a Vila.

No Passo, a pintura no teto em flande têmpera, gema de ovo com pigmentações, realizado por Fábio Ferrer, reluz o estilo barroco do Chafariz. A pintura da parede é da artista Maria do Céu, e as esculturas dos tocheiros em cedro são de Hugo Martins, artistas natos de Paracatu.

Nas pedras capistanos e catumbés, o tempo passou, mas deixou a marca de uma época que o próprio estilo barroco insinua e que jamais será apagado de nossa memória. “ Libertas quae será tamém”.

Manifestações Culturais e Folclóricas

Uma das principais características do paracatuense é preservar suas tradições e valores, principalmente os religiosos.

As manifestações culturais e folclóricas de Paracatu de Paracatu se misturam com a fé e o catolicismo.

Tapuiada

É uma dança de origem afro-indígena que homenageia Nossa Senhora do Amparo (padroeira dos pardos livres). É rica em passos e conta a história de congos negros e dos tapuios (índios) que habitavam Paracatu. Separados, cantam e dançam, desconfiados uns dos outros. É uma dança religiosa por causa da rivalidade das tribos.

A apresentação destaca fortemente a diferença econômica das tribos. Originalmente, os congos são ricos e usam jóias em maior quantidade. Os congos são os vencedores e as duas tribos se reconciliam mostrando devoção a Nossa Senhora do Amparo.

Folia de Reis

É uma das manifestações do folclore religioso mais antigas em Paracatu. Caminha por várias propriedades rurais em um movimento alusivo aos três reis magos.

Os seus componentes vão entoando, acompanhados por violões, sanfonas e pandeiros, hinos religiosos. A bandeira empunhada representa o Divino Espírito Santo.

É uma das festas folclóricas mais apreciadas e esperadas pelos paracatuenses.

Dança do Pauzinho

Folclore rural característico da região do Nolasco, em Paracatu.

Depois da moagem da cana-de-açúcar, os trabalhadores se reuniam para dançar e cantar ao som da sanfona pé-de-bode.

O Grupo em número de até 12 pares, dançam em círculos girando em direções opostas.

A música mais tocada e dançada é a “ Chavinha do Baú”.

Os homens vestem calça de algodão, botina e chapéu. As mulheres com vestidos coloridos e rodados e flores nos cabelos.

Maculelê

É um bailado guerreiro de origem baiana, que se exibe em Salvador e na região do recôncavo baiano por ocasião dos festejos em honra de N. Sra. da Purificação.

Trata-se de um vestígio de dança de espadas, milenar e quase universal.

Dez ou vinte negros vestidos de camisas brancas de algodão, com lábios pintados de vermelho e um bastão de madeira em cada mão, cantam e dançam entrechocando armas. Os bastões levam o nome de esgrimas e grimas.

O vestuário pode ser alterado em seu estilo sem perda da beleza do espetáculo.

Caretada

A festa em homenagem a N. Sra. Do Rosário possuia um aparato bastante interessante, assim definido pelo pesquisador Oliveira Melo.

Para anunciá-la saíam os mascarados, uns oito dias antes de começar o novenário, apregoando por toda a cidade e redondeza a programação dos festejos.

Esses mascarados eram homens que se vestiam de maneira curiosa, tendo uma máscara ao rosto (daí a alcunha de mascarados) e anunciavam a Caretada, que ocorria preferencialmente aos domingos. A Caretada era realizada pelos mascarados que ficavam à porta da igreja, em número de cem pessoas ou mais, montados em garbosos cavalos, que iam a frente do cortejo anunciando o festivo préstito.

Atualmente, a Caretada ( com seis grupos distribuídos no Município), é apresentada de forma mais simples, porém conserva a riqueza de cores e sons, em uma dança que nos retrata a pureza e singeleza de uma manisfestação folclórica tradicional, que percorreu várias gerações.

O grupo de caretas se apresenta dançando e cantando acompanhados do estandarte ou imagem de N. Sra. do Rosário, por horas a fio, nas casas das famílias do lugar que lhes oferecem um agrado, farofas, quitandas, etc. Para cumprir essa romaria, os caretas varam a noite adentro, animados pela cachaça distribuída pelo comandante do grupo.

Turismo de aventura: adrenalina

A interação com a natureza se de forma muito prazerosa em Paracatu. O Município possui lindas cachoeiras e grutas que merecem ser visitadas. É possível se aventurar em esportes radicais como trekking, rapel, canyoning, mergulho, entre outros.

Cachoeira do Desidério

Paracatu

Localizada na Região da Santa Bárbara, no Córrego Olhos D´Água. Possui queda d´água de aproximadamente 28 metros, caindo em um belíssimo poço de 30m x 40m de largura, constituindo um prazeroso atrativo natural. Vale a pena conhecer. Distância de 45,7 km de Paracatu, a partir do entroncamento da BR 040/MG 188, sentido Paracatu/Uberlândia (MG 188).

Cachoeira Sete Quedas

Paracatu

Esta cachoeira fica a 400 metros acima da Cachoeira da Sereia, com queda d´água de 14 metros de altura, desaguando em sete altares, belo recanto de água cristalina. Está localizada no Córrego do Prata, região da Agromam, a 45,7 km de Paracatu, a partir do entroncamento da BR 040/MG 188, sentido Paracatu/Uberlândia (MG 188), no Córrego do Prata, região da Agromam.

Cachoeira do Templo

Paracatu

Belíssima cachoeira de seis metros de queda livre deságua em um poço de 8m x 6m de largura, com bom volume de água fria e cristalina. Fica a 45,7 km de Paracatu, acesso a partir do entroncamento da BR 040/MG 188, sentido Paracatu/Uberlândia (MG 188).

Cachoeira do Altar

Paracatu

Cachoeira com nove metros de queda que deságua em um poço de 8m x 6m de largura, com bom volume de água fria e cristalina. Constitui um verdadeiro oásis em meio à vegetação do cerrado. Fica a 45,7 km de Paracatu, acesso a partir do entroncamento da BR 040/MG 188, sentido Paracatu/Uberlândia (MG 188).

Cachoeira do Teixeira

Paracatu

Linda cachoeira de 10 metros de queda que deságua em um poço de 40m x 70m de largura, com excelente volume de água fria e cristalina Localizada a 54,6 km de Paracatu, acesso a partir do entroncamento da BR 040/MG 188, sentido Paracatu/Uberlândia (MG 188).

Cachoeira Deus-me-livre

Paracatu

Entre a Região do Ribeirão e Carapinas, localizada no Ribeirão São Pedro, possui um bom volume de água com duas quedas d´água. O primeiro estágio com oito metros de altura e o segundo estágio com mais ou menos 35 metros em queda suave. Distância de 53 km de Paracatu, a partir do trevo da BR 040, sentido Paracatu/Brasília (BR 040).

Cachoeira Água Branca

Paracatu

Localizada na Região Vão do Gomes/Bandeirinha, no Córrego do Barreirinho, a cachoeira possui mais ou menos 15 metros de altura, caindo em belo poço de 15m x 15m de largura, com uma profundidade de dois metros. Na saída do poço encontra-se o Rasgão de Mestre Campos, antigo aqueduto construído pelo português Mestre Campos para levar água até a cidade de Paracatu, no século XVIII. Distância de 19,9 km de Paracatu, a partir do trevo do Posto Portal de Minas, sentido Paracatu/Brasília (BR 040).

Gruta de Santa Fé

Paracatu

Esta gruta possui dezenas de estalagtites e estalagmites, fazendo desenhos de raro encanto. É de formação calcária com vários salões e diversas reentrâncias, com pequenas poças d´água. Existem também pinturas repestres e hieróglifos sem conhecimento de data. A entrada da gruta é feita pelas raízes de uma gameleira, grudadas em uma rocha, que abre naturalmente uma fenda, onde passa apenas uma pessoa agachada. O teto do primeiro salão desabou com a ação do tempo, proporcionando um espetáculo magnífico com a entrada dos raios da luz solar. Localiza-se na região da Aldeia a 50 km de Paracatu a partir do entroncamento da BR 040/MG 188, sentido Paracatu/Unaí (MG 188).

Gruta do Bonsucesso

Paracatu

Gruta de formação calcária, situada no Maciço do Bonsucesso, possui duas entradas dando uma beleza indescritível. É uma gruta profunda, com ou menos quatro salões formados por estalagtites e estalagmites. Tem, ainda, uma enorme boca com 250 metros de profundidade vertical, indo terminar em um rio subterrâneo.

É uma gruta ideal para turismo de aventura onde os aventureiros poderão praticar o rapel. Localiza-se na região de Santa Rita, a 22 km de Paracatu, a partir do entroncamento da BR 040/MG 188, sentido Paracatu/Unaí, chegando até a ponte de Santa Rita, entrar a direita até o local.

Lapa do Brocotó

Paracatu

Lapa de formação calcária com um único salão. Interessante que nos maciços existem várias grutas com algumas apenas entrando pelo lado esquerdo e saindo por baixo da pedreira pelo lado direito. Um local bastante interessante para visitação. Localiza-se na região do Córrego Rico, a 25 km de Paracatu, a partir da BR 040, sentido Paracatu/BH, chegando até na ponte do Córrego Rico, entrar a direita mais 4 km até o local.

Fonte: paracatu.mg.gov.br

Paracatu

História

Na boca do Oeste de Minas, região Metalúrgica, fazendo fronteira com a do Alto São Francisco, fica o município, com 588 quilômetros quadrados de área.

Seu território é acidentado, com elevações marcando o final do maciço Espinhaço.

A 796 metros de altitude, a sede dista 76 quilômetros de Belo Horizonte, pelas BR-262 e MG-148. Pólo industrial em formação, com área selecionada para um Distrito industrial.

Sua Igreja Matriz se destaca pela moderna e original arquitetura.

O seu surgimento está ligado ao deslocamento de aventureiros e bandeirantes pelo interior de Minas Gerais, à procura de ouro e pedras preciosas, nos fins do séc. XVIII.

O clima ameno e a abundância de água se constituíram num atrativo para que os caçadores de riquezas e comerciantes transformassem o local num ponto de parada, com destino a Pitangui ou Mateus Leme. Primeiramente, veio e fixou residência o mercador português Manuel Batista, conhecido pelo apelido de Pato Fofo. O assentamento de outros aventureiros e mercadores deu origem ao Arraial de Patafufo que, em 1846, foi elevado à condição de distrito.

Em 1859, o crescimento da região culminou na construção do prédio da Câmara Municipal e cadeia pública, possibilitando a instalação da vila do Pará, nome que a cidade conservou até 1921, quando passou a se chamar Pará de Minas.O município do Pará foi suprimido pela lei nº 1.889, de 15 de julho de 1872.

Posteriormente, foi restabelecido, desmembrando-se de Pitangui em 1874.

Significado do Nome: Devido às injunções políticas da época.

Aniversário da Cidade: 20 de setembro

CARACTERÍSTICAS

No setor econômico, o Município se destaca no seguinte segmento: Produção Agropecuária e Agronegócios: exerce grande influência na economia local. O setor primário se sobressai pela significativa produção de aves e suínos e pela produção de leite e seus derivados. Pará de Minas é a 1ª cidade do Estado de Minas Gerais na produção de frangos, a 2ª na produção de suínos e a 4ª cidade produtora de hortifrutigranjeiros, com destaque para a produção de tomate, pimentão e abóbora.

Clima: Ameno e úmido

Temperatura Média: 21º C

COMO CHEGAR

Partindo de Belo Horizonte: BR-381 (Rodovia Fernão Dias) até Betim e depois BR-262.

Limites

São José da Varginha
Onça de Pitangui
Igaratinga
Itaúna
Mateus Leme
Florestal
Esmeraldas

Acesso Rodoviário: BR-262, BR-352, MG-431, MG-060

Distâncias da Capital: 86 km

TURISMO

Resumo:

Principais Pontos Turísticos

Cachoeira do Desidério

É uma bela cachoeira com 28 metros de queda d”água que forma um poço de 30 m X 40 m de largura. Águas frias e cristalinas fazem deste lugar um fabuloso oásis no cerrado.

A cachoeira esta em propriedade particular sendo necessário autorização para visitá-la.

Cachoeira do Ascânio

50 metros de queda d’água envoltos por uma densa vegetação tornam esta cachoeira o grande atrativo natural de Paracatu. Espaço para um bom banho energizante, relaxamento e contemplação da natureza.

O local é aberto à visitação pública.

Cachoeira do Teixeira

Com águas muito refrescantes, esta cachoeira formada pelo córrego Teixeira tem 10 metros de altura e, ao desaguar, forma uma gostosa piscina natural.

A cachoeira se encontra em propriedade particular necessitando de autorização para a visita.

Casa de Afonso Arinos de Melo Franco

Nesta casa de belas janelas coloniais, nasceu Afonso Arinos de Melo Franco em 1º de maio de 1868. Eleito membro da Academia Brasileira de Letras em dezembro de 1901, o escritor foi empossado no dia 18 de setembro de 1903., Afonso de Melo Franco foi uma figura de destaque na área jurídica e um dos fundadores da Faculdade de Direito de Minas Gerais onde lecionou Direito Criminal.

Suas principais obras são: “Pelo Sertão”, “Os Jagunços”, “O Contratador de Diamante”, “ O Mestre de Campo”, “Lendas e Tradições Brasileiras e “História e Paisagem”.

Para a crítica literária Lúcia Miguel Pereira, Afonso “possuía qualidade mestra dos regionalistas: o dom de captar a um tempo, repercutindo nas outras, prolongando-se mutuamente, as figuras humanas e as forças da natureza.”

Catedral Matriz de Santo Antônio

Sua construção deve ter sido iniciada em 1730. O frontispício é simples, lembrando as capelas do primeiro quartel do século XVIII. Ao corpo principal foram acrescentados dois corpos laterais mais baixos. “A ausência de torres sineiras no corpo da igreja, como a sua composição volumétrica, a aproxima da arquitetura religiosa goiana, fato explicável pelo povoamento da região estar vinculado à expansão paulista para os sertões de Goiás.” (IPHAN)

No seu interior, estão “sete altares de estilos diferentes, dos quais quatro inacabados. Os mais interessantes são os altares do arco-cruzeiro, em estilo D. João V” (Fundação João Pinheiro), provavelmente, os mais antigos do templo. Os trabalhos dos retábulos não sofreram influência da arte desenvolvida em Goiás. Existem trabalhos em talha que não chegaram a ser policromados, como a balaustrada e o púlpito. O altar-mor pertenceu à igreja de Sant’Ana.

As principais festas realizadas na igreja são: a de Santo Antônio, o padroeiro; Semana Santa e Corpus Christi.

A Igreja de Santo Antônio é tombada pelo IPHAN.

Registrada no Livro de Belas Artes

Inscrição: 465 Data: 16 de fevereiro de 1962.

Corredeiras do Teixeira

Em uma bela paisagem do cerrado cercado de buritis 3 Km acima da Cachoeira do Teixeira estão as corredeiras do Teixiera. Paisagens como esta é que foram magistralmente descritas por Afonso Arinos de Melo Franco.

Fazenda Conceição

Esta típica construção rural do século XVIII pertence, há muitos anos, à tradicional família Ulhoa. A casa ainda preserva sua estrutura em aroeira, porões, mobiliário e objetos.

Fundação Casa de Cultura

Este belo exemplar de construção do século XIX foi de propriedade do Coronel Domingos Pimentel de Ulhoa. A partir do século XX, sediou várias instituições educacionais.

1908 – Escola Afonso Arinos.
1913 a 1918 – Escola Normal.
1926 a 1927 – Liceu Paracatuense.
1928 – Escola Normal.

Após a Escola Normal, abrigou a Escola Afonso Roquete.

Durante vários anos, a casa esteve abandonada, até que foi restaurada na década de 80. Em outubro de 1988, foi inaugurada como Casa de Cultura. Em 1993, pela lei municipal nº 1891, foi criada a Fundação Municipal Casa de Cultura, que abriga o Arquivo Público Municipal, o Museu Histórico, a Biblioteca Pública René Lepesquer e a Casa da Cultura.

Permanentemente expostas na Casa da Cultura estão as fotografias das grutas e cachoeiras da cidade, fotos históricas e telas com paisagens de Paracatu.

O artesanato de Paracatu é divulgado pela Casa através de exposição e venda.

Endereço: Rua do Ávila s/n°

Bairro: Centro

EVENTOS

Calendário de Janeiro a Dezembro:

O Carnaval de Blocos movimenta a cidade durante a Festa de Momo.

Janeiro

A Festa de Reis.

Maio

A Festa do Cooperado.

Julho

A Exposição Agropecuária, representa a vocação rural da cidade.

Forrocatu, quando vários tipos de música e dança se juntam em uma festa ímpar.

Fonte: www.ferias.tur.br

Paracatu

Atrações Turísticas

Cachoeira da Prata

50 metros de queda d’água envoltos por uma densa vegetação tornam esta cachoeira o grande atrativo natural de Paracatu. Espaço para um bom banho energizante, relaxamento e contemplação da natureza.

O local é aberto à visitação pública.

Corredeiras do Teixeira

Em uma bela paisagem do cerrado cercado de buritis 3 Km acima da Cachoeira do Teixeira estão as corredeiras do Teixiera. Paisagens como esta é que foram magistralmente descritas por Afonso Arinos de Melo Franco.

Ecoturismo

O Município de Paracatu, além de seu patrimônio histórico, tem um santuário ecológico a apenas 32 quilômentros da área urbana. São 1.300 hectares das Terras do Encantado, onde se pode percorrer trilhas em meio à vegetação do cerrado, rumo a mais de 20 cachoeiras. As mais visitadas, Cachoeira Santa Bárbara, Cachoeira do Ascânio. Grutas famosas os espeleólogos são preservadas em áreas de difícil acesso, como as Grutas de Santa Fé, da Lagoa Rica e do Sapezal.

Paracatu possui também um parque florestal, onde está sendo construído a Casa do Parque que vai funcionar como centro de recuperação de animais apreendidos pela Policia Militar Florestal.

Rio Paracatu

O Rio Paracatu é o maior do município. A palavra sonora “Paracatu” vem do tupi-guarani e quer dizer “rio bom”. Ele é o mais caudaloso afluente do Rio São Francisco e tem por cabeceiras duas veredas na Serra de São Braz, prolongamentos da Serra da Marcela, denominadas Cana Brava e Riacho do Cavalo, as quais se reúnem na fazenda de São Braz. Pela margem direita, ele recebe os rios Banabují, Taboca, Tamanduá, Prata, Verde, Troncos, Catinga, Campo Grande, Sonimho, Sono Grande e Gameleira; e pela esquerda, os rios Biboca, Santa Catarina, Escuro Grande, Santa Izabel, Córrego Rico, Boa Sorte, Bezerra, São Pedro, Rio Preto (que é o maior de seus afluentes), Santa Teraza, Santa Fé, Santo Antônio, Cana Brava e outros de pequeno curso.

O Rio Paracatu possui uns 300 quilômetros navegáveis aproximadamente, desde a sua foz até o extinto Porto Buriti. No seu curso, encontram-se pequenas corredeiras e cachoeiras que não impedem o trânsito de barcos e canoas até onde era o Porto Buriti.

A partir desse ponto, encontram-se as seguintes corredeiras: de Pais Mateus, do Pateiro, da Bizerra, da Taitaba, de Pedra Mole, da ilha dos Angicos de São José (50 m de comprimento), do Tronco, da Cifra (100 m de extensão), do Buritisinho, das Três Irmãs e do Campo Grande. Encontram-se ali, também, diversas cachoeiras como a de Inhaúma, do Gama, do Sabãozinho (formada de pedras lisas que não firmam as varas dos remeiros), dos Paus, da “Pedra Amolar” (antes com 3.000 HP), a “Cachoeira Grande” (com potencial antes avaliado em 400 HP), a cachoeira Rasa (antes com 200 HP) e a Cachoeira do Garrote (antes com 150 HP), sendo essas as mais importantes quedas do Rio Paracatu.

Merecem ser citadas, também, as cachoeiras do Cosme, da Escaramuça e do Cavalo, bem como as corredeiras do Frio, do Curralinho, e do Bufetão, que fica a 5 léguas da foz do rio Paracatu no rio São Francisco.

Às margens do Rio Paracatu, num local intitulado Clube dos Onze, o cineasta brasileiro Nelson Pereira dos Santos deu início ao renascimento de um novo ciclo do cinema brasileiro ao transpor a obra de João Guimarães Rosa para as telas. O conto homônimo “A Terceira Margem do Rio” se transformou em um filme.

Vários atores paracatuenses participaram dessa obra meio surreal do clássico diretor.

Atrativos Culturais

Arquivo Público

Primeira casa de alvenaria da cidade

Fundação Casa de Cultura

Trata-se de um belo exemplar de construção do século XIX, que foi de propriedade do Coronel Domingos Pimentel de Ulhoa. A partir do século XX, sediou várias instituições educacionais.

1908 – Escola Afonso Arinos.
1913 a 1918 – Escola Normal.
1926 a 1927 – Liceu Paracatuense.
1928 – Escola Normal.
Após a Escola Normal, abrigou a Escola Afonso Roquete.

Durante vários anos, a casa esteve abandonada, até que foi restaurada na década de 80. Em outubro de 1988, foi inaugurada como Casa de Cultura. Em 1993, pela lei municipal nº 1891, foi criada a Fundação Municipal Casa de Cultura, que abriga o Arquivo Público Municipal, o Museu Histórico, a Biblioteca Pública René Lepesquer e a Casa da Cultura.

Permanentemente expostas na Casa da Cultura estão as fotografias das grutas e cachoeiras da cidade, fotos históricas e telas com paisagens de Paracatu.

O artesanato de Paracatu é divulgado pela Casa através de exposição e venda.

Igreja Matriz de Santo Antônio

Sua construção deve ter sido iniciada em 1730. O frontispício é simples, lembrando as capelas do primeiro quartel do século XVIII. Ao corpo principal foram acrescentados dois corpos laterais mais baixos. “A ausência de torres sineiras no corpo da igreja, como a sua composição volumétrica, a aproxima da arquitetura religiosa goiana, fato explicável pelo povoamento da região estar vinculado à expansão paulista para os sertões de Goiás.” (IPHAN)

No seu interior, estão “sete altares de estilos diferentes, dos quais quatro inacabados. Os mais interessantes são os altares do arco-cruzeiro, em estilo D. João V” (Fundação João Pinheiro), provavelmente, os mais antigos do templo. Os trabalhos dos retábulos não sofreram influência da arte desenvolvida em Goiás. Existem trabalhos em talha que não chegaram a ser policromados, como a balaustrada e o púlpito. O altar-mor pertenceu à igreja de Sant’Ana.

As principais festas realizadas na igreja são: a de Santo Antônio, o padroeiro; Semana Santa e Corpus Christi.

A Igreja de Santo Antônio é tombada pelo IPHAN.

Registrada no Livro de Belas Artes

Inscrição: 465 Data: 16 de fevereiro de 1962.

Museu Histórico de Paracatu

O prédio que abriga o Museu Histórico foi construído em 1903 para ser o Mercado Municipal de Paracatu, que distribuía toda a produção rural do município.

Ao longo do tempo, a casa abrigou a Prefeitura e Secretaria de Educação. Após a restauração, foi dado a casa o digno destino de se tornar o Museu Histórico de Paracatu.

ACERVO

No acervo do Museu, destacam-se:

Máquina de projetar filmes movida à carvão, de 1954, do antigo Cine Paracatu.
Amostras de rochas e de minerais brasileiros.
Cama que pertenceu a Dona Beja.
Teares do século XIX.
Instrumentos de suplício de escravos.
Pente de ferro usado pelos escravos em brasa viva para alisar cabelos.
Fotos antigas.

Atrativos Diversos

Casa de Afonso Arinos de Melo Franco

Em uma casa de belas janelas coloniais, nasceu Afonso Arinos de Melo Franco em 1º de maio de 1868. Eleito membro da Academia Brasileira de Letras em dezembro de 1901, o escritor foi empossado no dia 18 de setembro de 1903., Afonso de Melo Franco foi uma figura de destaque na área jurídica e um dos fundadores da Faculdade de Direito de Minas Gerais onde lecionou Direito Criminal.

Suas principais obras são: “Pelo Sertão”, “Os Jagunços”, “O Contratador de Diamante”, ” O Mestre de Campo”, “Lendas e Tradições Brasileiras e “História e Paisagem”.

Para a crítica literária Lúcia Miguel Pereira, Afonso “possuía qualidade mestra dos regionalistas: o dom de captar a um tempo, repercutindo nas outras, prolongando-se mutuamente, as figuras humanas e as forças da natureza.”.

Parada de Ônibus

A parada de ônibus de Paracatu, que recebe ônibus de várias partes de Minas Gerais e outros estados da união, também serve de ponto de encontro e local para compras e tem também restaurante e lanchonete.

Dados Gerais

Distâncias

Belo Horizonte: 482 km
Rio de Janeiro: 917 km
São Paulo: 860 km
Brasília: 220 km
Vitoria: 1.022 km
Montes Claros: 466 km
Unaí: 101 km
Patos de Minas: 230 km
Uberlândia: 380 km
Uberaba: 370 km

Localização às margens da BR-040, com acesso para Belo Horizonte e Brasilia;

Limites; Municípios Limítrofes: Unaí, João, Pinheiro, Guarda-Mor, Vazante, Lagoa Grande, Cristalina (GO) e Campo Alegre de Goiás (GO).

Clima / Temperatura

Temperatura:

média anual: 22,6 C
média máxima anual: 29,1 C
média mínima anual: 17,3 C

Índice médio pluviométrico anual: 1438,7 mm

Relevo

Altitude:

Máxima: 1008 m
Local: Serra da Mata
Mínima: 498 m
Local: Foz Rib.Entre Ribeiros

Ponto central da cidade: 687,5 m

Relevo:

Topografia (%)
Plano: 35
Ondulado: 50
Montanhoso: 15

Hidrografia

Principais rios:

RIO DA BATALHA
RIO SAO MARCOS
CORREGO SANTA ISABEL
RIO PARACATU

Bacia: BACIA RIO SAO FRANCISCO/BACIA RIO PARANAIBA

Geologia / Solo

Potencialidade dos solos que, se devidamente trabalhados, prestam-se muito bem à produção de grãos, frutas, etc;

Vegetação: Cerrado e Veredas de Buritis

Hino

Letra por João Duarte Campos
Melodia por Agenor Gonzaga dos Santos

Os teus becos que foram picadas,
Tuas ruas que foram bandeiras,
Foram hoje a altaneira cidade,
Grande urbe das plagas mineiras!

Paracatu do Príncipe,
Do ouro, do esplendor,
Dos buritis de Arinos,
Do nosso eterno amor!

As igrejas na fé levantadas,
Sob um céu de suave beleza,
São as tuas verdades sagradas,
Testemunhas de tua grandeza!

Estribilho

Teus heróis, teu porvir, tua história,
São agora o mais caro tesouro
Do fulgor de um passado de glória,
Oh, cidade da fé e do ouro!

Estribilho

Por teu povo em labor permanente,
Por teu solo fecundo e enlevado,
Hás de ter, exaltando o presente,
Um futuro maior que o passado!

Estribilho

Fonte: citybrazil.com.br

Paracatu

A formação Histórica do Noroeste Mineiro

A demarcação oficial dessa região deixa um espaço entre a margem esquerda do Rio São Francisco, a partir da barragem de Três Marias até o Rio Carinhanha, que pertence à região Norte de Minas.

Resolvemos englobar toda a margem Esquerda do São Francisco na região Noroeste de Minas, em face de reconhecer nesse território uma certa homogeneidade topográfica, geológica e histórica. Esta região faz limite ao Sul, com a região do Alto Paranaíba; a Oeste com o Distrito Federal e com o Estado de Goiás; a Nordeste com o Estado da Bahia e a Leste com a região Norte de Minas, o chamado Médio São Francisco. O núcleo básico é Paracatu que se desdobra no início do século XIX, com a emancipação do município de São Romão.

De forma aleatória Pernambuco e São Paulo disputavam a região, isto é, a margem esquerda do Rio São Francisco desde as cabeceiras dos afluentes até o Rio Carinhanha. Mas a partir do momento que foi descoberto o ouro em Minas a região passou a ser fiscalizada pelos portugueses.

Em 26 de abril de 1721, o Conde de Assumar, governador da Capitania de Minas Gerais, em face de ordem régia, emite bando transferindo a região de Pernambuco para Minas Gerais, comarca do Rio das Velhas, com sede em Sabará.

Um século depois, em 1824, Dom Pedro I, transfere para Minas a Comarca do Rio São Francisco, pertencente a Pernambuco, ainda na margem esquerda do São Francisco, de além Rio Carimhanha até Barras, nas proximidades do Piauí.

Três anos depois, 1827, o que havia sido dado a Minas foi transferido para a Bahia. Permanecia, portanto, a configuração da Comarca de Sabará. (PIRES, 1979; 183)

A colonização da região tem início com a exploração mineradora, na terceira década do século XVIII, com as bandeiras de Felisberto Caldeira Brant até então estabelecido nas minas de Goiás e José Rodrigues Frois procedente da Bahia.

O entrelaçamento das duas famílias constituiu-se no primeiro núcleo formador do povoamento da região. O certo é que com a descoberta do ouro em Paracatu, para lá correu gente da região central de Minas, de Pernambuco, da Bahia, de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Portugal, vindo do Minho, de Braga e Trás-os-Montes.

Segundo Oliveira Mello, a partir de 1736 quadro diferentes caminhos para Goiás passaram a fazer junção em Paracatu: a picada de Goiás, cuja construção foi permitida por despacho do Governador de Minas, Gomes Freire de Andrade, de 8 de maio de 1736; a de Pitangui a Goiás, autorizada no mesmo ano ao expedicionário Domingos de Brito; a que passava por São Romão, caminhos trilhados por pernambucanos e finalmente a passagem pela foz do Abaeté. (OLIVEIRA MELLO, A.1994; 61 Felisberto Caldeira, já muito rico deixa as minas do Morro do Ouro e vai estabelecer-se no Tejuco, sede do Distrito Diamantino, exercendo o cobiçado cargo de contratador de diamantes, no ano de 1747. Frois e Caldeira Brant fizeram aumentar o movimento na região de Paracatu, dando origem ao povoado. Com a oficialização da descoberta do ouro Gomes Freire de Andrade comunica ao rei que em Paracatu havia formado uma grande concentração populacional.

A descoberta do ouro em Paracatu, por volta de 1744 coincide com o auge da exploração em Goiás. Em 1728 havia sido criada a Superintendência das Minas de Goiás, ligada à Capitania de São Paulo onde era fundido o ouro.

Agravando a questão do contrabando e a força das oligarquias locais, como ficou célebre a participação de Bartolomeu da Silva e seu genro João Leite Ortiz. Estabeleceu-se um único caminho proibindo-se os demais. Esse movimento aumenta a importância de Paracatu. Como as minas de Goiás continuavam deficitárias, a Metrópole resolveu criar a Capitania de Goiás, desmembrada de São Paulo, em 1749, sendo seu primeiro governador D. Marcos de Noronha.

O chamado Sertão da Farinha Podre, o atual Triângulo Mineiro pertencia a Goiás. O município de Paracatu e o Noroeste de Minas pertenciam à Comarca do Rio das Velhas, com sede em Sabará, até sua emancipação, conforme alvará régio de 20 de outubro de 1798. Dezessete anos depois que o príncipe D. João VI havia sido homenageado no dia de seu nascimento (O novo município passa a denominar-se “Paracatu do Príncipe”) coincide com a assinatura do alvará de emancipação, em 17 de maio de 1815, cria a Comarca de Paracau, desmembrada de Sabará, incorporando o Triângulo Mineiro e o Alto Paranaíba a seu território.

A quinta comarca de Minas Gerais tinha um enorme território: fazia divisa com Goiás, Pernambuco, Bahia, São Paulo e Mato Grosso.

A administração pombalina (1750-1777) havia preparado a sociedade colonial para mudanças nas estratégias de colonização; as idéias iluministas e as transformações na vida institucional da Europa fizeram aflorar as contradições latentes no âmbito da sociedade mineradora espoliada, que resolveu se rebelar.

(1789). Os colonizadores perceberam que não podiam ou não conseguiam mais manter a mineração aurífera. A punição aos inconfidentes com degredos, confinamentos e pena de morte foi aterrorizante, como revela o esquartejamento de Tiradentes.

Igualmente rigorosas foram as perseguições sobre os habitantes das cidades auríferas, com prisões, confiscos de bens e humilhações públicas. A partir da Inconfidência Mineira as cidades do ciclo do ouro passaram por um melancólico esvaziamento.

Os mineradores, os clérigos e escravos se distanciam das cidades buscando longínquas terras. Por onde chegam os ex-mineradores já transformados em agropecuaristas, vão empurrando as linhas divisórias da Província de Minas. No dizer de Carrato, uma verdadeira diáspora.

Os migrantes partiram em massa na busca de novas aventuras, encontrando imensas florestas e terras desabitadas. Às vezes ainda tentavam a mineração de ouro ou de gemas, mas acabavam abrindo currais, fazendas e pequenos negócios; começam ereção de capelas, criação de freguesias ou vilas. (CARRATO, J.F, 1968).

Dois fatores motivaram as migrações da Região Central para o Noroeste: a criação extensiva e exploração mineral desde o final do século XVIII vinha recebendo migrantes mineiros dedicados à criação de gado bovino, contribuindo para a aceleração das migrações para a margem direita do São Francisco.

Em 1831 foi criado o município de São Romão que em seus desdobramentos em sentido norte, deu a configuração toponímica da região: O primeiro foi Januáraia, em 1833 que se dividiu em Manga e Itacarambi. Em 1873, a criação do município de João Pinheiro. Em 1850 foi criado o distrito de Unai que mais tarde se desdobra em Buritis e Bonfinópolis. Já no século XX Foram criados os municípios de Vazante e Guarda Mor.

Política

No ocaso da era colonial o cientista José Vieira Couto fazia análise e constatava o triste quadro da situação dos criadores espoliados pelo sistema fiscal que desestimulava a produção. Eram tantos os impostos e confiscos que do produtor ao consumidor o governo ficava com ¾ do produto, ou seja, do que se produziam. Significa que se o fazendeiro produzia 10 bois, oito ficavam para o fico e dois para o produtor. Desses dois deveria tirar todo o custo de produção e seu lucro. (BARBOSA, W. A.1971; 114)

No começo do século do segundo império, visando anular a força dos liberais de São Paulo e Minas que bradavam contra as leis “regressistas”, Dom Pedro II, promovido à condição de maior, começa a governar sob a influência do Conselho de Ministro, de caráter conservador, que persuadiu o príncipe o príncipe a dissolver a Câmara dos Deputados, as assembléias provinciais e as câmaras municipais.

Os liberais revoltados resolveram se organizar para exigir de Dom Pedro volta à normalidade. Paracatu respondeu com rapidez os clamores dos liberais através da atuação de Manoel de Melo Franco, filho do vigário Joaquim de Melo Franco, o padre José de Brito Freire e o padre José de Moura Brochado.

O presidente rebelde da Província enviou em 14 de julho de 1842, ordem ao comandante da Guarda Nacional de Paracatu no sentido de marchar para Araxá e Uberaba em apoio ao movimento revoltoso. Manoel de Melo Franco reforçou a ordem de Pinto Coelho, mas a unidade da Guarda Nacional estava dividida e fraca.

No dia 2 de agosto a Câmara Municipal de Paracatu comunicou à sua vizinha Câmara de Patrocínio que havia aderido ao governo rebelde com sede provisória em São João Del Rei. Com a derrota dos liberais em Santa Luzia os revoltosos foram destituídos do poder e posteriormente anistiados. (OLIVEIRA MELLO, . 1994; 168)

Depois da Revolta de 1842 a luta pela hegemonia de facções oligárquicas foi intensa. Liberais e conservadores continuavam se digladiando em face do poder que se instituiu com o coronelismo. Mello nos conta alguns episódios interessantes que culminavam com muito homicídio, anulação de eleição, prisões injustas, furto de urnas eleitorais e outros delitos.

Em 1864 o Capitão Belo furtou as urnas eleitorais de madeira que se encontravam em custódia na igreja-matriz de Paracatu e as abriu com golpes de machado. O padre Moura Barbosa que era juiz de paz mandou prender o Capitão Belo por alguns dias. Ao sair da cadeia espancou barbaramente o sacerdote-juiz. (OLIVEIRA MELLO, A.1994; 170)

Durante o Segundo Império com o centralismo no poder, não havia muita oportunidade para políticos oriundos de sua própria região. Os governadores das províncias eram nomeados pelo Imperador e quase sempre pertenciam a outras províncias. Para ser nomeado o candidato deveria ter mais afinidade com o Rio de Janeiro do que com a província natal.

Mesmo assim, dois noroestinos tiveram a oportunidade de governar Minas Gerais por minúsculos espaços de tempo: Antonio Paulino Limpo de Abreu (1835) e Antonio da Costa Pinto (1836). Outros políticos da região estiveram presentes na Câmara dos deputados e na Assembléia Provincial de Minas, pertencentes às famílias Limpo de Abreu, Soares de Souza, Costa Pinto, Melo Franco, Pimentel Barbosa e Resende Costa.

O sistema eleitoral do Império privilegiava os homens de posse como os únicos elegíveis. O presidente da Província era nomeado pelo Imperador e garantia a centralização do poder na Corte. Fazer política com interesses locais ou regionais era difícil. O presidente da Província, quase sempre estranho ao meio, não tinha interesse por seus problemas.

É conhecido caso contado por Machado de Assis em seu romance “Memórias póstumas de Brás Cubas”. O personagem Lobo Neves esperava ser nomeado presidente de uma província do Norte do País. A mulher, Virgília se opunha à nomeação do marido porque não queria afastar-se do Rio de Janeiro onde morava seu amor platônico Brás Cubas. Lobo Neves queria exercer o cargo só para obter títulos nobiliárquicos para si e para a mulher.

Portanto, o poder local redundava sempre em poder central ou troca entre este e uma determinada família. A República passa a ser desejada exatamente para que a política começasse a prevalecer a partir de uma região, de um local, de um município, daí para o Estado e deste para o País.

Desta forma começam a aparecer no Noroeste nomes de famílias pouco participantes da vida política como os fundadores do Partido Republicano, a exemplo de José Gonçalves de Oliveira Vilela, Manoel Goia, Alceu Vitor Rodrigues, Furtato Jacinto Botelho, Euzébio Michel Gonzaga, Pedro Brochado, Pedro Salazar Moscoso da Veiga Pessoa, Manoel Monteiro da Mota Vasconcelos.

Iniciada a nova vida republicana liderada pela sede da comarca e capital regional, Paracatu e a região tiveram seus quadros políticos parcialmente renovados. Se no Império havia os títulos nobiliárquicos e condecorações para premiar serviço e também a Guarda Nacional para contentar a vaidade dos grandes senhores rurais, a República, que suprimia os títulos e as condecorações, teve de usar com mais liberdade as patentes da Guarda nacional para premiar serviços políticos.

Daí a política dos coronéis como substrato da Política dos Governadores. O coronel, encastelado em seu espaço territorial, controlava o eleitorado. Em troca dos votos de seus subalternos a presidentes da República, presidentes do Estado e a deputados, o coronel exigia nomeações e demissões de funcionários estaduais e federais; benfeitorias públicas que privilegiavam suas propriedades e seus redutos.

Em face de tais poderes os coronéis abriram luta de morte em busca de hegemonias regionais. Mello nos mostra com clareza o funcionamento desse poder paralelo que fez correr tanto sangue nos sertões do Noroeste. A disputa das câmaras municipais e presidência da facção local do PRM redundava sempre em homicídio.

A presidência do partido local do coronel Antonio Siqueira Torres caracterizou-se por lutas sangrentas, dissidências internas, arregimentação de forças eleitorais, de 1909 a 1910. Outro período conturbado foi o da presidência do coronel Leopoldo Leonardo de Faria Pereira (1916-1917). (OLIVEIRA MELLO, . 1994; 174)

Muito conhecido o episódio do migrante baiano Antonio Dó, localizado nas margens do Urucuia. O bandido era contratado por fazendeiros para assassinar outros fazendeiros pertencentes a facções rivais do PRM. Acabou criando um poderoso bando revoltado contra o mandonismo do coronelato do sertão, tendo que enfrentar os batalhões da Polícia Militar de Minas. (MARTINS, 1967; 18)

A participação da região na Revolução de 1930 teve forte influência de Olegário Maciel que vivera em Patos de Minas antes de assumir a presidência do Estado.

Olegário tramou a invasão de Goiás, com passagem pelo Noroeste Mineiro. O recrutamento do contingente da Polícia Militar foi em Patos de Minas, Paracatu e João Pinheiro, que com 300 homens armados entrou em Goiás ocupando cidades. No dia 27 de outubro de 1930, sob o comando do coronel Quintino Vargas, a tropa mineira tomou a capital Goiás Velha. (OLIVEIRA MELLO, . 1994; 178)

Economia

O alto preço da carne bovina praticado na região mineradora beneficiava somente os portugueses detentores dos privilégios comerciais instaurados desde a Guerra dos Emboabas até a Independência do Brasil. Conclui-se que o Noroeste de Minas foi uma região prejudicada com tais privilégios que vendia apenas o boi em pé e não seus subprodutos.

Com a descoberta das minas a região começa a ser alvo das disputas por parte da Bahia, Pernambuco e dos portugueses que dominavam o vasto território e seu comércio. Apesar da proibição de novos caminhos senão o direcionado ao Rio de Janeiro, sabe-se que o Porto de São Romão, embora a precariedade da navegação e dos caminhos que lá se irradiavam, foi importante no abastecimento de sal.

Mas no século XIX a situação muda e são Romão é um porto de embarque e de desembarque de sal e outras mercadorias para abastecimento de Minas e Goiás. Os navios transportavam na região dez toneladas de rapadura, açúcar mascavo e aguardente.

Barcos levavam tanto para fábricas do Nordeste e para indústria do têxtil mineira o algodão em grande quantidade, produzido na região. O francês Saint´Hilaire no começo do século XIX e o inglês Richard Burton na segunda metade do século registram grande movimento de carga de aguardente de Januária com destino ao mercado de fora da província.

Paracatu ficava a 50 quilômetros do porto de Buriti por onde se realizavam intensas transações comerciais. Mas se a navegação facilitou essas transações e motivou a produção industrial, ela foi fator de infraestrutural que facilitou a criação de gado.

A região fornecia carne e couro ao Nordeste e a Minas Gerias. A região favorecia a pecuária do tipo extensivo. A existência de água em abundância e sal tanto importado quanto a própria salinização da terra. (NEVES, .1998)

Como os portos ficam longe das grandes pastagens e das lavouras de algodão e as tropas de muar emperram a circulação das mercadorias, os noroestinos começam a planejar e a reivindicar estrada de ferro. A máquina a vapor representava agilidade e enormes possibilidades de mercado.

Os representantes políticos municipais chegaram a fazer contato com o ex-presidente da Província Antonio Paulino Limpo de Abreu para construção de um ramal ferroviário de Perdões no Sul de Minas ao porto de São Romão o que jamais conseguiram. A luta por estradas de rodagem não foi menor e o Noroeste ficou isolado até o advento de Brasília, quando a região passa a ser bem servida de rodovias federais e estaduais.

Seu principal acidente geográfico é o Rio São Francisco, que a corta de meio ao meio.o Norte de Minas. A parte Oeste até a década de 50 apresentava-se como das mais rarefeitas demograficamente e um tipo de pecuária ainda muito primitivo e aí predominante. Grande parte de sua população vivia na “era do couro” e a própria moeda não era de maior importância nas transações mais comuns.

O Urucuia corta vasta extensão ainda sem real expressão econômica..As cidades ao longo do São Francisco exercem influência em parte da região, tais como São Romão, Januária e Manga. Porém, Montes Claros funciona como funil de uma vasta extensão que se espalha mesmo por outras zonas.

No início do governo Israel Pinheiro (1965/1971) elaborou o Plano Integrado de Desenvolvimento da Região Noroeste. Visava aproveitar os potenciais de um quinto da área do Estado de Minas Gerais até então inaproveitada. O Plano Noroeste, que era basicamente agrícola, pretendia transformar a região na grande fornecedora de alimentos para Brasília e Belo Horizonte, sendo o primeiro de uma série de planos regionais cujo objetivo era integrar a economia mineira.

O estágio de desenvolvimento do Estado encontrado por Israel era uma negação A renda percapita em queda constante; o índice de crescimento industrial inferior aos demais Estado. Basta dizer que na imensidão de Minas Gerais tinham apenas 175 localidades servidas com energia da CEMIG.

Diante desse quadro desolador, era necessária uma atuação imediata em algumas regiões do Estado onde, por diversas razões, os reflexos dos investimentos realizados fossem os mais desejáveis. (VAZ, 1996; 354) O certo é que os recursos conseguidos pelo projeto de Israel no Banco Mundial ficaram retidos em Brasília até o governo Rondon Pacheco, seu sucessor assumir o governo de Minas.

Antonio de Paiva MOURA

BIBLIOGRAFIA

BARBOSA, Waldemar de Almeida. A decadência das minas e a fuga da mineração. Belo Horizonte: UFMG, 1971.
CARRATO, José Ferreira. Igreja, iluminismo e escolas mineiras coloniais. São Paulo: Nacional, 1968.
MARTINS, Saul. Antonio Dó, o jagunço mais famoso do sertão. Belo Horizonte: Imprensa oficial, 1967.
NEVES, Zanoni. Navegação da integração: os remeiros do Rio São Francisco. Belo Horizonte: UFMG, 1998.
OLIVEIRA MELLO, Antonio de. As minas reveladas: Paracatu no tempo. Paracatu: Prefeitura Municipal, 1994.
PIRES, Simeão Ribeiro. Raízes de Minas. Montes Claros, Autor. 1979.
VAZ, Alisson Mascarenhas. Israel, uma vida para a história. Rio de Janeiro: Cia. Vale do Rio Doce. 1996.

Fonte: www.asminasgerais.com.br

Paracatu

Paracatu localiza-se no noroeste mineiro fica distante 503 km da capital belo horizonte e 240 km de Brasília–DF, possui em sua média 85.000 habitantes.

Cidade histórica com mais de 200 anos, que foi agraciada em 2010 com o título de patrimônio histórico nacional.

Nesta cidade mora um povo hospitaleiro e rico em tradições, onde se hospedam permanemente a preservação da cultura, maravilhosa culinária e uma história que encanta a todos que passam por ela.

No cenário econômico destaca-se a produção agropecuária (principalmente a de milho , feijão e soja) e a criação de gado.

A extração de minério, também possui inegável importância, sendo o ouro o maior foco desta busca. a empresa canadense kinrros, é a principal exloradora deste minério na cidade. Outra que tem ganhado espaço crescente é o aproveitamento de atividades voltadas ao biocombustivel, graças a instalação de usinas de álcool e açúcar na região.

História da Cidade

Paracatu significa “rio bom” em língua tupi. Situada no Noroeste de Minas Gerais é uma cidade que se destaca pela beleza do seu turismo ecológico, pelo calendário festivo e pelo desenvolvimento da sua agricultura, pecuária, mineração e indústria.

Paracatu Ontem

O interior do Brasil foi esquadrinhado pelos bandeirantes, pelos pecuaristas e pelos aventureiros durante todo o período colonial. Segundo o historiador Antônio de Oliv eira Mello, a região Noroeste de Minas Gerais foi visitada, conhecida e perscrutada desde o final do século XVI.

Ele reuniu indícios de que as bandeiras de Domingos Luis Grau (1586-1587), Antônio Macedo (1590), Domingos Rodrigues (1596), Domingos Fernandes (1599) e Nicolau Barreto (1602-1604), palmilharam esta região. [1]

Em 1744 os bandeirantes Felisberto Caldeira Brant e José Rodrigues Frois comunicaram à coroa o descobrimento das minas do vale do Paracatu.[2] Existem indícios de que o arraial já havia sido fundado muitos anos antes, pois a essa época já se tem conhecimento da existência de casas de morada e igrejas no local. Após essa descoberta, não surgiu no cenário das Gerais nenhuma nova região aurífera de importância. Portanto, “A última grande descoberta aurífera das Minas Gerais ocorreu no Vale do Rio Paracatu no início do século XVIII”.[3]

A conquista da região vinha sendo estruturada há muitos anos. Em 1722, quando Tomás do Lago Medeiros recebeu a patente de Coronel de Paracatu, o direito de guardamoria e o privilégio de distribuição das datas de terras desta região, o ouro não havia sido descoberto, mas a região já era conhecida e havia a expectativa da descoberta de metais preciosos por ali.

Em documento datado de 1722, era exigido dele como contrapartida pelos privilégios recebidos, zelar pela boa composição do povoamento a ser estabelecido nestas paragens:

… terá grandíssimo cuidado de que na gente com que entrar na dita conquista haja toda quietação e sossego, para o que aproveitara muito não levar em sua companhia criminosos, nem malfeitores antes pessoas que vão só a ela, não por fugirem à justiça, mas por buscar a conveniência nos descobrimentos… [4]

Os cuidados que as prováveis regiões mineradoras mereciam das cortes portuguesas indicam a importância dessa atividade para a economia da época.

Descoberto o ouro, a atração exercida pela abundância com que este fluía de seus veios d’água contribuiu para o rápido crescimento do Arraial de São Luiz e Sant’Anna das Minas do Paracatu. Após período de grande crescimento, o arraial foi elevado a vila com o nome de Paracatu do Príncipe, em 1798, por um alvará de D. Maria (a louca).[5]

A efêmera riqueza logo se dissipou e o declínio produtivo do ouro aluvial provocou a decadência econômica da vila. Dos tempos de glória, a cidade conservou duas igrejas construídas no século XVIII – tombadas pelo patrimônio histórico – que abrigam uma grande coleção de imagens sacras dos séculos XVIII e XIX.

A cidade retomou seu crescimento com base na agropecuária e viveu uma efervescência cultural no século XIX, da qual ainda hoje se orgulha. Desta época ainda existe um conjunto arquitetônico com características particulares e um interesse por todos os tipos de manifestações artísticas e culturais.

Em meados do século XX, com a construção de Brasília, a região tomou novo impulso e Paracatu beneficiou-se da sua situação às margens da BR 040. A transferência da capital federal para o interior do país já havia sido sugerida durante o período monárquico por José Bonifácio de Andrada, que apontou como ideal a localização da comarca de Paracatu. A modernidade chegou trazendo inúmeras transformações, que vão desde um incremento da economia até uma mudança de mentalidade que inclui novos valores, nova arquitetura e novo estilo de vida.

Helen Ulhôa Pimentel

[1] Antônio de Oliveira Mello. As Minas Reveladas. Paracatu no Tempo. Paracatu: Prefeitura Municipal, página 48/49. topo da página
[2] Idem Ibidem, p. 49. topo da página
[3] Helen Ulhôa Pimentel. Divórcio na Paracatu Setecentista. Em uma cidade muitas histórias. Paracatu: Prefeitura Municipal, 1998, página 23.
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[4] Apud. Laura de Mello e Souza. Desclassificados do ouro. A pobreza mineira no século XVIII. 2ª E.D.; Rio de Janeiro; Graal, 1986, p.III. topo da página
[5] Maria da conceição A.M. de carvalho. Guia informativo comintur. Paracatu, 1995. topo da página

Paracatu Hoje

Paracatu conta hoje com uma agricultura altamente tecnificada, implantada em larga escala; com uma pecuária intensiva; uma exploração mineral das mais modernas do mundo; convivendo com uma exploração agrícola rudimentar de subsistência e uma pecuária extensiva. No campo da mineração, o antigo método do garimpo foi interditado.

A cidade se mantém como pólo irradiador de cultura, de tecnologia e de desenvolvimento dentro da região Noroeste de Minas Gerais e se orgulha de sua gente hospitaleira, laboriosa e da sua tradição artística e cultural.

Poucos lugares apresentam tanta diversidade quanto Paracatu. É a única cidade histórica da região Noroeste de Minas Gerais. São dois séculos de história que refletem a cultura barroca em casarios, igrejas, sobrados, becos e ruas. A diversidade ecológica também está presente nas grutas, cachoeiras, flora e fauna.

O ecoturismo da cidade atrai turistas que encontram cachoeiras, grutas centenárias, trilhas e montanhas, em uma aventura natural.

Hoje, o Município de Paracatu é destaque em Minas Gerais e no Brasil, pela sua moderna e expressiva produção de grãos e de ouro, utilizando-se das mais avançadas tecnologias disponíveis no mercado. O ouro, que há mais de dois séculos era parte e essência do arraial, hoje é uma realidade aliada à tecnologias especiais e sua exploração se dá sem degradação do meio ambiente. A agricultura, a pecuária e a mineração, aliadas ao comércio, mudam a face de Paracatu e preparam um futuro bastante promissor para a Comunidade, para os investidores e para os visitantes.

Hidrografia

O principal rio de Paracatu é o rio que dá nome ao município e que pertence à bacia do São Francisco. A região é relativamente seca, tendo sido necessário, para incentivar a agropecuária na região, a construção de imensos canais de irrigação para a instalação de pivots centrais (projeto cohecido como Entre Ribeiros). Também há o Rio São Marcos, divisor interestadual com o município goiano de Cristalina.

Vegetação

Predomina em Paracatua vegetação típica do cerrado, com matas de galeria à beira de rios.

Geomorfologia

A coluna estratigráfica da região de Paracatu esta representada pelas formações Vazante, basal, e Paracatu, no topo. Estas duas unidades foram agrupadas sob a denominação de Unidade Paracatu-Vazante.

A Unidade Paracatu-Vazante foi depositada em uma bacia de sedimentação individualizada, como um golfo, na borda oeste do Craton do Rio São Francisco, que constitui a massa continental, e limitada a oeste pelo palealto Canastra.

A sedimentação da Unidade Paracatu-Vazante se processou em sistemas deposicionais peculiares no interior deste golfo, distintos dos sistemas deposicionais, característicos de mar aberto, nos quais se processavam a sedimentação dos grupos Araxá e Canastra a oeste e sul, e do Grupo Paranoá a norte do golfo.

Paralelamente à borda leste do paleoalto Canastra desenvolveu um extenso cordão recifal que individualizou entre o paleoalto e a barreira de recifes um ambiente restrito com condições de sedimentação euxínica.

As rochas da Unidade Paracatu-Vazante foram afetadas por um único evento de deformação orogenético, durante o ciclo Brasiliano, cujo paroxismo ocorreu por volta de 650 a 680 ma atrás.

O depósito do Morro do Ouro (explorado pela empresa Rio Paracatu Mineração, a RPM) caracteriza-se, assim, por ser condicionado principalmente pelas estruturas de deformação e pela litoestratigrafia e, secundariamente, pelo metamorfismo.

Economia

Destaca-se em Paracatu a produção agropecuária (principalmente a produção de soja, milho e feijão e a criação extensiva de gado nelore) e a extração de minérios, principalmente o ouro (no Morro do Ouro), o que é feito pela empresa RPM.

Dados Gerais

Características Gerais

Estado:  Minas Gerais
Mesorregião: Noroeste de Minas
Microrregião: Paracatu
Fundação: 20 de outubro de 1798
Gentílico: Paracatuense
Acesso: Rodovias BR-040 e MG-188
Municípios Limítrofes: Guarda-Mor, Vazante, João Pinheiro e Unaí

Distâncias

Belo Horizonte: 482 km
Rio de Janeiro: 917 km
São Paulo: 860 km
Brasília: 220 km
Vitoria: 1.022 km
Montes Claros: 466 km
Unaí: 101 km
Patos de Minas: 230 km
Uberlândia: 380 km
Uberaba: 370 km

Características Geográficas

Área: 8.232,233 km²
População: 84.412 hab. est. 2006
Densidade: 10,3 hab./km²
Altitude: 688 metros
Fuso horário: UTC -3
Relevo: Plano  
Vegetação: Cerrado e Veredas de Buritis         
Temperatura: 24ºC em média

Fonte: www.paracatu.mg.leg.br

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