PUBLICIDADE
A História e o Mistério de Nazca
O Vale de Nazca é um deserto com uma faixa de terras agrícolas muito férteis, graças aos aquedutos e aquíferos desenhados pelo povo Nazca. É um deserto rochoso com uma superfície de pedras vermelhas de óxido de ferro.
O povo Nazca, antecessores do Inca, viveu nesta área de cerca de 500 aC a 500 dC. Eles gravaram essas figuras e linhas intrincadas no deserto. Existem muitas teorias sobre os métodos utilizados, desde ferramentas simples até técnicas sofisticadas de levantamento. É espantoso pensar que estas linhas sobreviveram durante tanto tempo no deserto aberto.
Existem também muitas teorias sobre o propósito, cerimônias e rituais que podem ter envolvido essas enormes gravuras. Alguns pesquisadores sugerem que as linhas têm significado astronômico ou agrícola, já que algumas linhas e figuras estão alinhadas com eventos celestes e sazonais cruciais para a vida de Nazca. Outros acreditam que eram uma oferenda aos deuses, visível apenas do alto, uma mensagem sagrada gravada na própria Terra.
A teoria mais aceita é que ambas são verdadeiras, com as figuras sendo vistas como importantes para os rituais e cerimônias e as linhas e formas trapezoidais foram usadas para alinhar com os ciclos do sol e da lua e como marcadores direcionais para os viajantes de Nazca.
Linhas de Nazca
As linhas de Nazca são geóglifos de enormes dimensões localizados no deserto de Nazca, no altiplano do Peru. Estes geóglifos representam centenas de figuras, incluindo imagens estilizadas de animais como macacos, beija-flores e lagartos.
Eles começaram a ser estudados por Paul Kosok que, posteriormente, passou as pesquisas à sua amiga Maria Reiche que, então, descobriu novas figuras que eram semelhantes a figuras de vasos e tecidos, e também tentou explicar o motivo da criação das figuras não chegando a uma conclusão objetiva.
O curioso é que, de tão extensas que são as figuras, elas não são perceptíveis do solo, mas apenas por vistas aéreas, dando margens à cogitação das razões pelas quais foram feitas e dos efeitos que puderam causar, já que aquela civilização não possuía aeroplanos.
Excerto do documentário “Ancient Aliens” (“Alienígenas Ancestrais”), que atualiza a teoria de Erich von Däniken sobre o papel dos extraterrestres no desenvolvimento da civilização humana.
Linhas de Nazca no Peru
As linhas de Nazca são geóglifos e linhas direitas no deserto Peruviano.
Foram feitas pelo povo Nazca, que floresceu entre 200 a.C. e 600 d.C. ao longo de rios que desciam dos Andes.
O deserto estende-se por mais de 1.400 milhas ao longo do Oceano Pacifico.
A área de Nazca onde se encontram os desenhos é conhecida pelo nome de Pampa Colorada. Tem 15 milhas de largura e corre ao longo de 37 milhas paralela aos Andes e ao mar.
As pedras vermelho escuras e o solo foram limpas, expondo o subsolo mais claro, criando as “linhas”. Não existe areia neste deserto. Do ar, as “linhas” incluem não só linhas e formas geométricas, mas também representações de animais e plantas estilizadas. Algumas, incluindo imagens de humanos, estendem-se pelas colinas nos limites do deserto.
As linhas de Nazca são comunais. A sua criação demorou centenas de anos e exigiu um grande número de pessoas trabalhando no projeto.
O seu tamanho e propósito levou alguns a especularem que tinham sido visitantes doutro planeta a criarem e/ou dirigirem o projeto.
O seu tamanho e propósito levou alguns a especularem que tinham sido visitantes doutro planeta a criarem e/ou dirigirem o projeto.
Erich von Däniken pensa que as linhas de Nazca formam um aeroporto (ou astroporto) para naves extra terrestres [Chariots of the Gods? (1968), Chegada dos Deuses: Revelando os locais de pouso alienígena em Nazca (1998)], uma ideia proposta inicialmente por James W. Moseley em Outubro de 1955 na revista Fate e tornada popular nos anos sessenta por Louis Pauwels e Jacques Bergier em O Despertar dos Mágicos. Se Nazca era um campo de aviação alienígena, era muito confuso, consistindo de gigantescas figuras de lagartos, aranhas, macacos, lamas, pássaros, etc, para não mencionar linhas em ziguezague e desenhos geométricos.
Tambem é muito amável da parte desses ETs representarem plantas e animais de interesse para os locais, mesmo tornando a navegação mais dificil do que se usassem uma pista a direito. Também devia ter muito movimento para precisar de 37 milhas de comprimento. Contudo, não é muito provável que naves aterrassem na área sem alterar os desenhos do solo. Ora, tais alterações não existem.
A teoria extra terrestre é proposta principalmente por aqueles que consideram difícil de acreditar que uma raça de “indios primitivos” poderia ter a inteligência de conceber tal projeto, muito menos a tecnologia para transformar o conceito em realidade. As evidências apontam em sentido contrário. Os Aztecas, os Toltecs, os Incas, os Maias, etc., são prova bastante que os Nazca não necessitaram de ajuda extra terrestre para criar a sua galeria de arte no deserto.
Em qualquer caso, não é necessário possuir uma tecnologia muito sofisticada para criar grandes figuras, formas geométricas e linhas retas, como foi mostrado pelos criadores dos chamados círculos nas searas. Os Nazca provavelmente usaram grelhas para os seus geoglifos gigantes, tal como os seus tecelões para os seus tecidos de padrões complexos. A parte mais difícil do projeto estaria em mover todas as pedras e a terra para revelar o subsolo mais claro. Não há realmente nada misterioso sobre como os Nazca criaram as suas linhas e figuras.
Alguns pensam que é misterioso o fato das figuras terem permanecido intactas durante centenas de anos. Contudo, a geologia da área resolve este mistério.
Pedras (e não areia) constitui a superfície do deserto. Devido à humidade, a sua côr escura aumenta a absorção do calor. A camada de ar quente resultante junto à superfície funciona como uma capa contra o vento; enquanto isso, os minerais do solo ajudam a solidificar as pedras. Neste “pavimento” assim criado neste ambiente seco e sem chuvas, a erosão é praticamente nula – permitindo assim a notável preservação dos desenhos.*
O mistério é o porquê. Porque iniciaram os Nazca tal projeto envolvendo tantas pessoas durante tantos anos?
G. von Breunig pensa que as linhas eram usadas para corridas a pé. Ele examinou as linhas curvas e concluiu que tinham sido parcialmente formadas por corridas contínuas.
O antropólogo Paul Kosok defendeu durante pouco tempo que as linhas eram de um sistema de irrigação, mas rejeitou a ideia pouco depois. Especulou então que as linhas formavam um gigantesco calendário.
Maria Reiche, uma emigrante alemã e aluna do arqueólogo Julio Tello da Universidade de San Marcos, desenvolveu a teoria de Kosok e passou a maior parte da sua vida a reunir dados que provassem que as linhas representam os conhecimentos astronómicos dos Nazca. Reiche identificou muitos alinhamentos astronómicos, que, caso os Nazca os conhecessem, seriam muito úteis para as suas sementeiras e colheitas. Contudo, existem tantas linhas em tantas direções diferentes que não encontrar alinhamentos astronómicos seria quase miraculoso.
De qualquer modo, as linhas são parte de um projeto. Existem todas as imagens que se tornaram interessantes para antropólogos depois de serem vistas do ar nos anos 30. É pouco provável que um projeto desta magnitude não fosse de carácter religioso. Envolver toda uma comunidade durante séculos indica o supremo significado do local.
Como as pirâmides, as estátuas de gigantes e outra arte monumental, a arte Nazca fala de permanência.
Ela diz: estamos aqui e não nos movemos. Não são nómadas, caçadores ou coletores.
Esta é uma sociedade agricola. Claro que uma sociedade pré-cientifica, que se vira para a magia e a superstição (i.e., religião) para os ajudar nas colheitas.
Os Nazca tinham os conhecimentos de irrigação, semear, colhêr, etc. Mas o tempo é traiçoeiro. As coisas podem correr bem por meses ou mesmo anos, e numa única geração comunidades inteiras são forçadas a moverem-se, devido a inundações, vulcões, incêndios, ou o que a Mãe Natureza mande.
Era um local para adoração? Era a Meca dos Nazca? Um lugar de peregrinação? Eram as imagens parte de rituais destinados a aplacar os deuses ou pedir a sua ajuda na fertilidade das pessoas e das colheitas, ou com o tempo, ou com a provisão de água?
Que as figuras não fossem vistas do solo não seria importante do ponto de vista religioso ou mágico.
De qualquer modo, figuras similares aos gigantes de Nazca decoram a olaria encontrada em locais fúnebres próximos e é visivel dos seus cemitérios que os Nazca se preocupavam com a morte. Restos mumificados enchem o deserto, abandonados por caçadores de túmulos.
Seria este um local de rituais para garantir a imortalidade dos mortos?
Não sabemos, mas se este mistério algum dia fôr resolvido, sê-lo-á por cientistas sérios, não por pseudocientistas especuladores moldando os dados para encaixarem nas suas histórias de extra terrestres.
Por que as linhas de Nazca estão entre os maiores mistérios do Peru
As linhas desenhadas em padrões geométricos e formas distintas de animais no deserto peruano inspiraram muitas teorias ao longo dos anos. Aqui está o que sabemos – e o que resta ser visto.
À medida que um avião sobrevoa o alto deserto do sul do Peru, a mesmice pálida e opaca das rochas e da areia se organiza e muda de forma. Linhas brancas distintas evoluem gradualmente do castanho-amarelado ao vermelho-ferrugem. Faixas brancas cruzam um deserto tão seco que chove menos de dois centímetros por ano.
A paisagem muda à medida que as linhas tomam forma para formar desenhos geométricos simples: trapézios, linhas retas, retângulos, triângulos e redemoinhos.
Alguns redemoinhos e ziguezagues começam a formar formas mais distintas: um beija-flor, uma aranha, um macaco.
Estas são as famosas linhas de Nasca – tema de mistério há mais de 80 anos. Como eles foram formados? A que propósito eles poderiam ter servido? Os alienígenas estavam envolvidos?
As linhas são encontradas em uma região do Peru a pouco mais de 320 quilômetros a sudeste de Lima, perto da moderna cidade de Nasca. No total, são mais de 800 linhas retas, 300 figuras geométricas e 70 desenhos de animais e plantas, também chamados de biomorfos. Algumas das linhas retas chegam a 48 quilômetros, enquanto os biomorfos variam de 15 a 365 metros de comprimento (tão grande quanto o Empire State Building).
Nazca – As linhas reveladas
Linhas de Nazca no Peru
O arqueólogo peruano Toribio Mejia Xesspe foi o primeiro a estudar sistematicamente as linhas em 1926. No entanto, como as linhas são virtualmente impossíveis de identificar a partir do nível do solo, elas só foram trazidas à consciência pública pela primeira vez com o advento do voo – por pilotos voando em aviões comerciais sobre Peru na década de 1930. O professor americano Paul Kosok investigou e encontrou-se no final de uma linha em 22 de junho de 1941 – apenas um dia após o solstício de inverno. No final de um dia inteiro estudando as linhas, Kosok ergueu os olhos de seu trabalho para ver o pôr do sol em alinhamento direto com a linha. Kosok chamou o trecho de 802 quilômetros quadrados de alto deserto de “o maior livro de astronomia do mundo”.
Kosok foi seguida pela alemã Maria Reiche, que ficou conhecida como a Senhora das Linhas. Reiche estudou as linhas durante 40 anos e lutou incansavelmente pelas suas teorias sobre o propósito astronómico e calendárico das linhas (recebeu uma bolsa da National Geographic em 1974 pelo seu trabalho). Reiche lutou sozinho para proteger o local; ela até morava em uma pequena casa perto do deserto para poder proteger pessoalmente as linhas de visitantes imprudentes.
Quais são as linhas?
As linhas são conhecidas como geoglifos – desenhos no solo feitos a partir da remoção de rochas e terra para criar uma imagem “negativa”. As rochas que cobrem o deserto foram oxidadas e desgastadas até adquirirem uma cor de ferrugem profunda, e quando os 12-15 polegadas superiores da rocha são removidos, uma areia de cor clara e de alto contraste é exposta. Como há tão pouca chuva, vento e erosão, os desenhos expostos permaneceram praticamente intactos durante 500 a 2.000 anos.
Os cientistas acreditam que a maioria das linhas foi feita pelo povo Nasca, que floresceu por volta de 1 a 700 d.C.
Certas áreas do pampa parecem um quadro de giz bem usado, com linhas sobrepostas a outras linhas e desenhos recortados com linhas retas de origem antiga e mais moderna.
Linhas de Nazca – As teorias
As teorias astronômicas Kosok-Reiche permaneceram verdadeiras até a década de 1970, quando um grupo de pesquisadores americanos chegou ao Peru para estudar os glifos. Esta nova onda de investigação começou a abrir buracos na visão arqueo-astronómica das linhas (para não mencionar as teorias radicais dos anos 60 relacionadas com alienígenas e antigos astronautas).
Johan Reinhard, explorador residente da National Geographic, trouxe uma abordagem multidisciplinar para a análise das linhas: “Observe o grande sistema ecológico, o que há ao redor de Nasca, onde o povo Nasca estava localizado”. Numa região que recebe apenas cerca de 20 minutos de chuva por ano, a água era claramente um fator importante.
“Parece provável que a maioria das linhas não apontava para nada no horizonte geográfico ou celestial, mas antes levava a locais onde eram realizados rituais para obter água e fertilidade das colheitas”, escreveu Reinhard no seu livro The Nasca Lines: A New Perspectiva sobre sua origem e significados.
Anthony Aveni, ex-bolsista da National Geographic, concorda: “Nossas descobertas mostraram claramente que as linhas retas e os trapézios estão relacionados à água… mas não são usados para encontrar água, mas sim em conexão com rituais.”
“Os trapézios são grandes espaços onde as pessoas podem entrar e sair”, diz Aveni. “Os rituais provavelmente estavam envolvidos com a antiga necessidade de propiciar ou pagar uma dívida aos deuses… provavelmente para implorar por água.”
Reinhard ressalta que desenhos e temas espirais também foram encontrados em outros locais antigos peruanos.
O simbolismo animal é comum em toda a Cordilheira dos Andes e é encontrado nos biomorfos desenhados na planície de Nasca: acredita-se que as aranhas sejam um sinal de chuva, os beija-flores estão associados à fertilidade e os macacos são encontrados na Amazônia – uma área com abundância de água. .
“Nenhuma avaliação isolada prova uma teoria sobre as linhas, mas a combinação de arqueologia, etno-história e antropologia constrói um caso sólido”, diz Reinhard. Adicione novas pesquisas tecnológicas à mistura e não há dúvida de que a compreensão mundial das linhas da Nasca continuará a evoluir.
Fonte: www.colegiosaofrancisco.com.br/skepdic.com/www.nationalgeographic.com/www.ramblynjazz.com
Redes Sociais