Ilhas Canárias – Espanha
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As Ilhas Canárias situam-se a 60 milhas da costa marroquina. Ao longo do ano, tem sempre temperaturas agradáveis, de forma contínua. Algumas pessoas chamam-lhes “La primavera constante”.
No total, são sete ilhas (Gran Canaria, Fuerteventura, Lanzarote, Tenerife, La Palma, Gomera e Hierro) e algumas ilhotas mais pequenas (Alegranza, Graciosa, Montaña Clara, Roque Este, Roque Oeste e Lobos). Curiosamente, todas elas são diferentes umas das outras.
As Ilhas Canárias são também conhecidas como as “Ilhas Felizes”, o “Jardim dos Hespéridas” e “Atlântida”. Alguns historiadores afirmam que o lendário continente de Atlântida se situava neste local. As ilhas foram descobertas em 1496 por Cristóvão Colombo.
São ilhas de origem vulcânica. As suas paisagens do tipo surrealista e lunar não são parecidas com nada que seja encontrado na Europa ou em África. Embora o continente mais próximo seja África, as Ilhas Canárias pertencem a Espanha.
Tenerife é a maior das Ilhas Canárias. É uma combinação entre um paraíso tropical e uma paisagem vulcânica. O Monte Teide, com o seu pico coroado de neve tem fama mundial.
A Gran Canaria tem algumas praias deslumbrantes e é um bom local para sair: a vida noturna é excelente. É famosa pelas suas maravilhosas bananas e pelos deliciosos tomates.
Fuerteventura possui as melhores praias de todas as ilhas, ficando pertíssimo do Deserto do Sahara.
La Gomera tem um terreno acidentado e montanhoso, que lhe confere um carácter muito exótico.
Recomendamos que visite os bosques da ilha, um verdadeiro paraíso natural: estão protegidos pelo governo. A capital da ilha, La Gomera de San Sebastián, tem mais de 6000 habitantes e muitos monumentos interessantes para visitar. Para aqui chegar, o melhor é tomar o ferry no porto de Tenerife. Demora apenas 75 minutos de ferry e 35 de hovercraft.
Chegar a La Palma é chegar a “La Isla Bonita”, assim chamada devido sua extraordinária beleza. A sua capital é Santa Cruz.
As Ilhas Canárias têm mais de 1000 km de litoral. A maior parte da areia das praias é branca, embora algumas praias de Tenerife tenham areia dourada, trazida do Sahara. Há 13 campos de golfe nas ilhas, cerca de 140 reservas naturais, 4 parques nacionais e centenas de vulcões.
As Ilhas Canárias tornaram-se num dos destinos turísticos mais populares do planeta. Particularmente, é maciçamente visitada por europeus.
Fonte: spain.costasur.com
Ilhas Canárias
As Ilhas Canárias são de origem vulcânico e por este motivo são de uma beleza incalculável.
Na Ilha de Tenerife encontramos o Parque Nacional do Teide. Este é o maior e mais antigo parque das Canárias. O sua paisagem rodeia o maior vulcão da Espanha: o Teide. Os cones vulcânicos e as correntes de lava, originam um extraordinário conjunto de cores e formas, onde se encontra uma diversidade floral com grande valor biológico.
Para deslumbrar uma vista maravilhosa da Ilha de Tenerife não deve deixar de ir ao Miradouro da Coroa, localizado na vertente deTigaiga do povoado de Los Realejos, no norte da Ilha de Tenerife.
Outro espaço igualmente belo é a Ilha de Lobos, uma pequena ilha a 2Km de distância de Fuerteventura. Esta ilha é muito visitada pelos turistas, e pode-se ir de ferry boat por um preço muito acessível.
Fonte: viagens.kazulo.pt
Ilhas Canárias
As Ilhas Canárias localizam-se no Oceano Atlântico, frente à costa Oeste de Marrocos. Estas ilhas são também conhecidas como Ilhas da Felicidade, devido ao seu perfeito clima e às suas praias.
O Arquipélago da Canárias é constituído por sete ilhas: Gran Canaria, Fuerteventura, Lanzarote, Tenerife, La Palma, Gomera e El Hierro. Encontramos ainda outras ilhas de menor dimensão, tais como Alegranza, Graciosa, Montaña Clara, Roque del Este, Roque del Oeste e Lobos.
As ilhas localizam-se muito perto umas das outras, formando o Arquipélago das Canárias. Apesar da proximidade entre ilhas, as diferenças entre elas são muitíssimo grandes, tanto no que diz respeito às paisagens como à cultura.
As paisagens das Ilhas Canárias são paisagens vulcânicas, paisagens secas, intermináveis paisagens de rochas vulcânicas, de neve em alguns cumes como o do Teide, paisagens de complexos turísticos, de praias de areia branca, dourada e de rocha, de parques nacionais e parques naturais. Tudo vai depender muito da ilha em que se encontre.
Os Gregos e os Romanos chamaram a estas ilhas as Ilhas Felizes no Jardim de Hespérides, Atlântida. Algumas histórias são dos autóctones das ilhas, os Guanches, havendo quem acredite que estes provêm da Atlântida. Curiosamente, eles são altos e de pele branca.
Desde 1496 que as Ilhas Canárias pertencem a Espanha. Cristóvão Colombo parou aqui a caminho da descoberta do Novo Mundo.
As ilhas pertencem a Espanha mas não ao continente europeu. Possuem umas das melhores praias do mundo.
Localização e Clima das Ilhas Canárias
As Ilhas Canárias situam-se no Oceano Atlântico, em frente à parte Noroeste da costa de África, a 4 graus do Trópico de Câncer. São um ponto intermédio para quem navega entre a Europa e a Ásia ou as Américas.
Nas Ilhas Canárias, é sempre Primavera. Estas ilhas têm um clima sub-tropical perfeito. As temperaturas médias nunca variam mais de 6 graus Celsius de uma estação para outra.
A temperatura média situa-se entre os 18 e os 25 graus, e a temperatura da água ronda os 22 graus no Verão e os 19 no Inverno. Praticamente, pode-se tomar banho durante todo o ano.
A paisagem é única, com picos com neve, localizados junto às praias. São ilhas que, turisticamente falando, têm um grande encanto. São verdadeiramente espetaculares.
Em Fuerteventura e em Lanzarote, o clima é mais seco e em La Palma, Tenerife e Gran Canaria tem a garantia de ter sol durante todo o ano, embora possa ser surpreendido por alguma tempestade tropical.
Forte Ventura, Ilhas Canarias Fuerteventura
Fuerteventura é uma das sete ilhas que formam o arquipelago das Canárias. Possui um população de 90.000 habitantes e a sua capital é Porto Rosário.
Forte Ventura localiza-se a sul de Lanzarote e encontra-se separada do continente africano por cerca de 97 quilómetros. A superfície desta ilha são de aproximadamente 1700 quilómetro quadrados, um número que lhe dá o primeiro lugar em termos de extensão nasIlhas Canárias.
É também a mais árida das sete ilhas e como as outras ilhas, conta com grandes vestígios das erupções vulcânicas. Fuerteventura é também uma das ilhas onde chove menos, a sua temperatura média anual ronda os 20 graus centígrados.
Esta ilha tem um pequeno ilhéu que lhe pertence, trata-se da Ilha de Lobos, que se localiza a norte da mesma e que se encontram separadas por apenas três quilómetros. A Ilha de Lobos é praticamente deserta, não existem estradas, apenas alguns edifícios. A Ilha de Lobos faz parte do Parque Natural Dunas de Corralejo. Nesta área destacam-se avistamentos de algumas espécies de cetáceos e aves.
A Ilha de Forte Ventura é formada por seis municípios, que são Puerto del Rosario (Capital); Antigua; Betancuria; Oliva Pájara e Tuineje. De todos, o mais povoado é Puerto del Rosário, sendo que o menos povoado é Betancuria, que não chega aos 1000 habitantes.
A sua economia é baseada no turismo principalmente.
Relativamente ao terreno, Forte Ventura é uma ilha bastante plana. Atinge a sua altura máxima na zona sul da ilha, na peninsula de Jandía, no Pico La Zarza com 800 metros de altitude. Na zona central é o Maciço de Betancuria, com uma altura máxima de 763 metros no pico de Atalaya.
Tanto em Fuerteventura, como em Lanzarote, existem muitas formações rochosas, formadas a partir das erupções vulcânicas, sendo que a maioria deles atualmente são espaços protegidos.
Forte Ventura conta com 13 espécies naturais protegidas.
Lanzarote, Ilhas Canárias
Lanzarote é a ilha canária situada mais a norte arquipélago. Dista da costa peninsular espanhola cerca de 1.000 Km, e é o ponto de uniao entre a Europa e da África com a América. A distância da costa africana é de 100 Km. Tem uma populaçao de cerca de 126.000 habitantes.
Lanzarote fa parte das sete principais ilhas das Canárias, juntamente com El Hierro, La Palma, La Gomera, Tenerife, Grande Canária e Fortevenura.
A sua capital é Arrecife, e a ilha em si ocupa uma superfície de 800 Km2, tendo o relevo um pouco montanhoso. É uma ilha muito vulcânica, e por isso, a sul da mesma, está situado o Parque Nacional de Timanfaya, composto por rocha vulcânica e uma paisagem lunar incrível. A sua altura máxima é de 607 metros(Peñas del Chache).
Lanzarote tem um encanto especial, é natureza e é um paraíso, por isso, em 1993 foi declarada Reserva da Biosfera, sendo por isso um claro exemplo de desnvolvimento controlado. O número de locais turisticos na ilha é limitado, assim como o seu crescimento urbanístico. Neste aspecto, destaca-se que 90% do solo de Lanzarote está protegido de alguma maneira.
No seu solo existem mais de 10 paisagens protegidas, entre as quais destaca-se o mencionado Parque Nacional de Timanfaya, mas por nao ser parque nacional nao nos podemos esqueçer de outros como os parques naturais de Chinitos ou o dos Vulcoes; ods Jameos ou da Gruta dos Naturistas.
Entre os munícipios de Lanzarote, destacamos a sua capital, Arrecife, assim como os restantes, Haria, Sao Bartolomeu, Teguise, Tias, Tinajo e Yaiza. Estes, por sua vez, possuem freguesias.
A oferta turística de Lanzarote é muito rica e variada, desde zonas rurais a cidades, praias, paisagens lunares, uma gastronomia muito própria, museus, monumentos e claro uma temperatura média de 20º durante todo o ano.
Para Lanzarote, o turismo é muito importante, uma vez que gera 80% da receita da ilha, um dado que reflete a importância de amnter o seu património, os seus encantos naturais, sem se deixar levar pela febre urbanística.
Todo o cuidado que a populaçao tem como o seu ambiente evidencia-se pela sua rede de centros de arte, cultura e turismo, rede cujo fim é o de difundir o património natural da ilha tanto para os que aí residem como para os que a visitam.
Lanzarote nao Reserva de Biosfera ao acaso, é porque o os habitantes das Canárias têm sabido cuidar do seu ambiente e dos seus tesouros, desde a rocha vulcânica ás suas paisagens desrtas, tudo isto com um toque de qualidade para o turista, para que quando deixar a ilha, leva uma boa recordaçao da sua estadia em Lanzarote.
La Palma, Ilhas Canárias, Espanha
La Palma está localizada na parte Noroeste das Ilhas Canárias.
É uma pequena ilha com cerca de 90000 habitantes. La Palma é também a ilha que regista a maior quantidade de precipitação dasIlhas Canárias, sendo, ao mesmo tempo, uma das ilhas mais montanhosas do mundo, tendo o seu pico mais elevado, o Roque de los Muchachos, uma altitude de 2426 metros.
La Palma possui uma inacreditável vegetação, que lhe confere um colorido brilhante, razão pela qual é conhecida por Ilha Verde ou Ilha Bonita.
A ilha é de origem vulcânica, dispondo, naturalmente, de paisagens vulcânicas, tais como cones em cujas encostas a lava já fluiu, e uma flora impressionante.
La Palma é considerada como uma das mais bonitas ilhas do Arquipélago das Canárias, sendo a menos explorada pelo turismo, sendo, por isso, ideal para descansar, para usufruir de uns dias de tranquilidade e de silêncio, caminhando, passeando ou fazendo escalada. Em La Palma, o clima é estável, sendo húmido no Inverno e não muito quente no Verão.
É uma ilha de contrastes, com montanhas e vulcões que contrastam com as florestas tropicais e as praias, e ainda com as chuvas torrenciais e, claro, com as espetaculares vistas.
Os naturais das Ilhas Canárias são conhecidos como Guanches. São de origem berebere, do Norte de África, que vieram até aqui, ninguém sabe quando, nem ninguém tem a certeza de como aqui chegaram, tendo em conta as técnicas existentes no passado.
No geral, a maneira de viver em La Palma é muito relaxada. São gentes pacientes, que encaram a vida com uma filosofia muito positiva, apoiada por um clima que se transmite também aos turistas, que ficam contagiados pela paz deste lugar.
Entre as principais atrações da ilha, destacamos o Parque Nacional de La Caldera de Taburiente, o Observatório Astrofísico do Roque de Los Muchachos, o mais importante dos que existem no Hemisfério Norte, o Canal e os Tilos, constituídos por florestas, e ainda vestígios arqueológicos, como Zarza e Belmaco.
Se está à procura de um lugar onde descansar com tranquilidade, ter uns dias de paz, rodeado de belas paragens naturais, com uma atmosfera tradicional, este é o lugar ideal para o fazer.
Tenerife, Ilhas Canárias
A Ilha de Tenerife é a maior das que compõem o Arquipélago das Canárias, com mais de 2000 quilómetros quadrados. É o local de Espanha que conta com o mais elevado pico montanhoso, o Teide, cuja altitude alcança os 3718 metros, altitude esta que ultrapassa o ponto mais elevado da Península Ibérica, o Mulhacén, na região de Granada. A sua população é de cerca de 900000 habitantes.
A Ilha de Tenerife situa-se no Oceano Atlântico, rodeada por algumas das ilhas do Arquipélago das Canárias, como é o caso de La Gomera e de La Palma, que, juntamente com as ilhas de El Hierro e de Tenerife constituem a Província de Santa Cruz de Tenerife, enquadrada na Comunidade Autônoma das Ilhas Canárias.
Estamos perante uma ilha vulcânica, sendo, de fato, o seu ponto mais elevado, o Teide, um grande vulcão. A ilha encontra-se a 300 km de África e a 1300 km da Península Ibérica.
A orografia de Tenerife é abrupta e na sua superfície podem observar-se contrastes de vegetação e de desertificação vulcânica, tudo ao longo dos seus 2000 quilómetros quadrados. Deve também ser salientado que esta ilha conta com um dos mais importantes Parques Nacionais de Espanha, o do Teide.
Do ponto de vista do meio ambiente, a ilha é rica em ecossistemas, e na variedade dos seus intervenientes, bem como na variedade climática, com uma série de microclimas que faz com seja possível o tempo mudar radicalmente de um ponto para outro da ilha.
Do ponto de vista climático, Tenerife divide-se nas partes Sul e Norte da ilha, isto não falando do Teide, coberto por um grande manto branco durante os meses de Inverno.
O Sul da ilha é mais quente, sendo o Norte mais fresco. Este é um dos motivos pelos quais o Norte é mais colorido, havendo mais vegetação, embora na realidade, ambos os climas sejam bons para a saúde, com uma temperatura média anual mais ou menos regular.
Atualmente, o turismo é a principal fonte de receitas de Tenerife, que durante o ano de 2005 recebeu a visita de mais de 5 milhões de turistas. De entre eles, quase 22% eram de origem britânica, cerca de 18% espanhóis e 17% eram de origem alemã.
O resto do turismo é dividido entre países como a Holanda (7%), a Bélgica, a França, a Itália e a Suécia com cerca de 5%, pela Finlândia e Dinamarca com 4% do turismo e por países como a Noruega, a Rússia e a Irlanda com 2% cada um deles. O resto dos países junta 6%.
Os mais de 2000 quilómetros quadrados da ilha encontram-se dividos em trinta municípios, localidades que, na sua maioria, nos últimos anos, sofreram uma grande transformação devido ao turismo, embora tenham mantido o seu encanto.
Em Tenerife, o ambiente é mais tradicional na região Norte, enquanto que o Sul foi assimilando influências de todos aqueles que por aqui passaram, deixando uma aura mais cosmopolita, com grandes influências, embora sem perder o verdadeiro espírito canário. Tanto o Sul como o Norte, oferecem aos turistas vastas ofertas de lazer.
Gran Canaria, Ilhas Canárias, Espanha
Abençoada com alguns impressionantes recursos naturais, muitos quilómteros de praias de areia dourada, um clima perfeito… a Gran Canaria é um paraíso.
A Gran Canaria localiza-se no Oceano Atlântico, a 130 milhas da costa Oeste de África, encontrando-se envolvida por Fuerteventura e por Tenerife. É a maior ilha do Arquipélago das Canárias. A sua capital é Las Palmas, que se situa na parte Nordeste da ilha.
No total, esta ilha tem 236 km de litoral, com algumas das mais populares e impressionantes praias de areia branca do mundo. Não perca a zona de dunas de Maspalomas e a selvagem e virgem Praia Güigüi.
A Gran Canaria tem uma temperatura média constante ao longo do ano, variando entre os 18 graus no Inverno e os 22 no Verão. Tem dias de sol e praia ao longo de todo o ano !!!
É um verdadeiro continente em miniatura. Dispõe de uma fantástica diversidade climática, bem como umas espetaculares flora e fauna, tudo isto numa área relativamente pequena. A Gran Canaria é de origem vulcâncica. A parte Norte da ilha é um pouco mais fria que a parte Sul, que é quente.
Todos os anos, o Sul da ilha recebe centenas de turistas. É nesta zona que vai encontrar a Praia del Inglés, a mais popular praia da Gran Canaria.
Outros lugares de interesse incluem o Porto de Mogan, conhecido como a Pequena Veneza, Maspalomas e Porto Rico.
Se quiser sair das zonas eminentemente turísticaspode ir até ao interior da ilha e explorar esta região, onde as paisagens são verdadeiramente impressionantes.
Esta ilha tem de tudo. Inacreditáveis praias de areia fina e águas cristalinas, dunas de areia, montanhas de areia, hotéis cujos serviços são inexcedíveis, bares, pubs e cafés, do mais completo que pode encontrar na Europa.
La Gomera, Ilhas Canárias
La Gomera é a segunda mais pequena ilha do Arquipélago das Canárias. Tem 375 quilómetros quadrados e localiza-se no Oceano Atlântico, em frente à costa do Norte de África.
Felizmente, La Gomera é uma ilha que conseguiu escapar ao turismo de massas. A maior parte da ilha encontra-se por explorar, sendo povoada por densos bosques, praias de areia negra, parques naturais, montanhas, um ecossistema sub-tropical. É, sem dúvida, um paraíso para os amantes da Natureza.
La Gomera é uma ilha que se situa muito perto do trópico, e as suas paisagens são inacreditavelmente verdes e o seu clima é muito húmido e quente. As temperaturas médias rondam os 22 graus Celsius.
Esta situação ocorre devido aos ventos locais, agradáveis, que refrescam o ambiente, criando uma sensação de maior frescura que noutros sítios próximos do trópico. Tal como as outras ilhas do arquipélago, La Gomera é de origem vulcânica, mas não presenciou nenhuma erupção nos últimos dois milhões de anos.
Os primeiros habitantes da ilha foram os Guanches e os Bereberes, das montanhas do Noroeste de África. Eles inventaram um método de comunicação, chamado Silbo, um tipo de assobio, através do qual os Guanches se comunicavam em La Gomera.
La Gomera é a sede do Parque Nacional de Garajonay, um parque que eleva a importância da ilha. É o lugar onde se encontram as mais elevadas cotas de La Gomera.
Aparentemente, o nome da região onde se situa o parque provém de uma antiga lenda acerca de dois amantes, chamados Gara e Jonay, que se suicidaram neste lugar atirando-se de um penhasco porque as suas famílias se opuseram à sua união. Em 1986, a Unesco declarou o Parque Nacional de Garajonay como Património da Humanidade.
Por outro lado, deve ser referido que, todos os anos, em todas as épocas do ano, a Ilha de La Gomera atrai turistas, caminhantes e amantes da escalada.
Em La Gomera, os que gostam destes desportos encontram vários lugares ideais para a prática destas atividades, fantásticas paragens, paisagens, rochas para escalar, paragens vulcânicas, como o Roque de Agando, e percursos onde podea admirar a maravilhosa flora e a rica fauna.
Para além de tudo isto, La Gomera conta ainda com fantásticas praias de areia negra. Algumas das melhores são San Sebastián, La Cueva, Avalos e a Praia de El Inglés, usada como uma autêntica comuna hippie. Também nesta ilha, encontramos várias piscinas naturais.
A distância da Ilha de La Gomera e das suas praias às atestadas e concorridísimas praias de Tenerife é de apenas 35 minutos. Mas La Gomera é um mundo diferente, um mundo distinto, é como voltar atrás no tempo até uma vida selvagem e maravilhosa, com paraísos inexplorados, completamente virgens, não massificados.
El Hierro, Ilhas Canárias
O Hierro é a mais pequena ilha das Ilhas Canárias. Está situada no extremo sudoeste do arquipélago, era o fim do mundo antigo, a fronteira. Somente tem 287 hectares e o seu pico mais alto chega aos 1501 metros.
Realmente, El Hierro é um paraíso natural incrível, possui umas falésias incríveis de mais de 1000 metros de altura o que fazem com que esta paisagem tenha um ambiente único. A abundante vegetação, espécies protegias, um terreno muito acidentado mas muito agradável, as formações vulcânicas com a sua raiz de lava, as grutas formadas de forma natural com piscinas naturais onde poderá nadar soa caracterizaras únicas deste local. A maioria da Ilha del Hierro é um espaço protegido.
A população local é conhecida como os Gentilicios de Herreños e são muito amigáveis e simpáticos. A sua hospitalidade é lendária.
o clima desta ilha é muito similar ao do resto das ilhas Canárias, um clima cálido na maior parte do ano, pelo que poderá visitar a ilha Del Hierro em qualquer época do ano, ja que terá praticamente assegurado um clima soleado.
É muito recomendável que aluguer uma viatura nesta ilha ao chegar. Será a forma de garantir que poderá visitar todos os locais mais interessantes da ilha em dois ou tres dias. Se nao têm carta de condução poderá andar de taxi de um local para outro. A maiora dos municipios da ilha dispoem de taxis que poderao fazer visitas guiadas a um preço mais ou menos razoável ao largo de todo o territorio.
El Hierro é um local muito conhecido pelos amantes da natureza e dos desportos aquáticos. O mergulho nas águas que redeiam a ilha é uma prática muito habitual para aqueles que desejam desfrutar da fauna maritima e das paisagens que se encontram escondidas nas águas atlanticas de El Hierro.
Alem do mais poderá fazer surf, Windsurf ou Kitesurf, poderá tambem fazer espeleologia visitando as grutas, escalar, bicicleta de montanha ou simplesmente caminhadas. A escolha é muito vasta em matéria de praticar desporto.
Toda a vida noturna encontra-se na zona de Valverde, a capital da ilha. Nao se compara a Ibiza, no entanto existem bares, restaurantes e algumas discotecas.
El Hierro é espetacular, é um local que conquistará o seu coraçao.
Nesta canto das ilhas Canárias.
Se procura algo diferente, não perca esta oportunidade e visite El Hierro. Será bem vindo!!!!
Cultura
Situando-se na encruzilhada entre três continentes, as Ilhas Canárias têm um importante património cultural, adquirido ao longo de vários séculos, o legado que durante mais de 2000 anos aqui deixaram desde Gregos a Cristãos.
A Ilhas Canarias localizam-se numa encruzilhada entre 3 continentes, uma encruzilhada que ele tenha concedido uma incrível riqueza cultural.
Natureza nas Ilhas Canárias
Desde o século XVIII, que as Ilhas Canárias se tornaram num centro de atenção de todos os que gostam da Natureza, de geógrafos, de estudiosos de todo o mundo…
Atualmente, todos os anos, as paisagens e o ambiente natural das Ilhas Canárias continuam a atrair centenas de milhares de amantes da Naturaleza.
É impossível falar acerca da paisagem típica das Ilhas Canárias. Todas as ilhas são muito diferentes entre si, e cada ilha tem o seu próprio tipo de paisagem. Nas Ilhas Canárias, encontramos desde as paisagens vulcânicos do Timanfaya, em Lanzarote, até às paisagens nevadas do Teide, em Tenerife, encontrando também a selva verde de La Gomera e a encantadora vista da Caldera de Taburiente, em La Palma.
As Ilhas Canárias são o lar de algumas espécies de flora e de fauna. Nestas ilhas, vai encontrar coisas que não vai encontrar em mais nenhum lugar do planeta. As Ilhas Canárias são reconhecidas como um lugar mágico, de indescritíveis paisagens, únicas no mundo, sendo por essa razão que foram estabelecidas medidas para a sua conservação.
Estes maravilhosos e únicos lugares, vai poder encontrá-los na Gran Canaria e em Tenerife, e também em ilhas mais afastadas como El Hierro e La Palma. Desde 1994, que estes espaços encontram-se protegidos pela Rede de Espaços Naturales das Ilhas Canárias. Uma grande percentagem do território destas ilhas encontra-se protegido por esta rede.
Nas Ilhas Canárias, existem diretivas e leis concretas que estabelecem claramente os lugares que devem ser conservados.
Fonte: canarias.costasur.com
Ilhas Canárias
Em Lanzarote, a descoberta tem verdadeiramente início quando se deixa a capital Arrecife. Das praias de Famara ao vulcão Timanfaya, das paisagens ásperas da ilha à obra ímpar de César Manrique, relatos de uma viagem a Lanzarote – Reserva da Biosfera no arquipélago das Canárias.
Sobre Lanzarote
Lanzarote é um daqueles lugares que tinha todas as condições para não ter nada. Vista do ar, a oriental ilha do arquipélago das Canárias assusta pela aspereza do ocre, aqui e ali ocultado por manchas brancas ou, mais raramente, verdes, que nos levam a presumir que uma parte do deserto foi roubada a África pelas correntes do Atlântico.
Mas o que é que se podia pedir a um pedaço de terra moldado pela caminhada do magma na sua arrepiante ânsia de liberdade?
Nada!
Ou talvez um homem, que soubesse amar a natureza, ainda que bruta, e esculpisse nela a beleza necessária para que ao primeiro olhar mais atento, o viajante se apaixonasse.
Vista do exterior da Fundação César Manrique, Lanzarote
Há dois nomes a decorar quando se chega a Lanzarote: Timanfaya, o desajeitado vulcão que hoje se deleita, adormecido, deixando-se observar pelos milhares de turistas que lhe gabam a grandeza e se calam perante o seu historial de destruição; e Manrique, um artista que foi César no nome e na forma como conseguiu emprestar à sua terra natal um ar de museu vivo.
O primeiro impôs à população uma cultura e um estilo de vida. Ao segundo, deve a ilha um conceito – Arte-Natureza/Natureza-Arte – e a clarividência com que hoje preserva essa cultura, fazendo dela a maior riqueza destas paragens.
Com uma extensão semelhante à da Madeira, Lanzarote oferece-se fácil ao viajante desejoso de lhe conhecer o rosto para lá do cosmopolitismo da capital, Arrecife e o do muro de hotéis embasbacados sobre a água entre Puerto del Carmen, a sul, e Costa Teguise, alguns quilômetros a norte.
Basta para tal alguma vontade de deixar as praias, um automóvel, um mapa, e uma moeda ao ar, que nos indique o rumo. Sigamos pois, por acaso, para Norte, até à ponta em que um braço de mar, a que chamam El rio, isolou três ilhotas, Graciosa, Alegranza e Montaña Clara, da terra mãe.
Saindo da Capital Arrecife
Ao sair de Arrecife em direção a Tahice podemos ver como a presença do homem se esboroa no calor da terra. A estrada negra recorta a paisagem árida, onde uma ou outra palmeira sobrevive e as casas surgem brancas, de portas e janelas verdes.
Dispersas. O povoado onde Manrique ergueu a sua casa – hoje sede da Fundação com o nome do artista – é um manto alvo, quase enganador. Seguindo para nordeste, pela LZ1, o deserto recupera a força, e o mar, ao longe, ganha contornos de miragem durante os oito quilómetros que nos restam até Guatisa, a vila dos cactos.
Eles estão em todos os quintais. Verdes espinhosos, mas úteis quanto baste para servirem de sustento a estes estranhos agricultores, que lhes aproveitam um inseto parasita para recolher um pigmento muito procurado pelas industrias de cosméticos e alimentar. E destas plantas aparentemente inúteis, produzem ainda deliciosas compotas e licores.
Embebedado com tanta genialidade, Manrique ofereceu a este povo uma das suas últimas obras: um jardim em socalcos onde cerca de um milhar e meio de espécies de cactos de todas as formas e feitios convive com estátuas de rocha vulcânica, numa simbiose inesperada.
O artista não nos larga. Quinze quilómetros adiante, já no Malpais de La Corona, os seus Jameos del Agua obrigam a nova paragem. Estamos na parte final da galeria formada pela corrida da lava em direção ao mar, há milhares de anos.
Descemos para encontrar o lago dos caranguejos cegos que servem de símbolo a este lugar, e no negrume da gruta, a música reflete a esperança da luz que se insinua no lado de lá, onde o teto de lava abateu, deixando ver o sol.
Passamos. Estranho lugar para se plantar uma praia de areia branca e águas límpidas. Mas há melhor. Ao lado, vulcão e génio uniram-se numa erupção criativa que transformou uma gruta num dos mais belos auditórios jamais concebidos.
A poucos metros dali, a mesma lava deixou abertas duas passagens para a Cueva de Los Verdes, antigo refúgio dos nativos que tentavam escapar aos conquistadores, que hoje abriga um outro auditório, concebido na década de sessenta pelo artista Jesús Soto. Uma excepção à regra.
O dedo de Manrique ressurge uns quilómetros a norte, depois de atravessar a encosta do Corona, no Mirador del Rio, uma bancada natural edificada no interior de uma montanha, a quase quinhentos metros de altitude.
Por detrás do vidro que nos protege do vento norte, Graciosa e Alegranza parecem menos sós, de tão perto, e a praia de Famara, dos pescadores encostados entre os promontórios e o mar, mais a sul, é um brinquedo para o vento que sopra forte por estas paragens.
Os alísios calam-se uns quilómetros ilha adentro, por respeito a Teguise, a imponente capital dos tempos em que era menor a importância do porto de mar de Arrecife. No monte sobranceiro, o castelo de Guanapay guarda as memórias da imigração dos habitantes de Lanzarote para a América Latina.
À sua frente, a terra estéril justifica, sem palavras, esta debandada em busca de um lugar menos susceptível aos humores de meia dúzia de vulcões e outras desgraças mais. Vão longe esses dias. Hoje, os habitantes de Lanzarote guardam a imensidão de crateras que povoa o sudoeste da ilha como imagem do tempo primordial em que a vida era ainda uma palavra à espera da vontade do Criador.
Erupções de Lava e de Betão
Mas na orla sul do Parque Nacional de Timanfaya – a grande atração da ilha – foram muitos os homens que não esperaram por qualquer gesto de Deus, e reinventaram na paisagem as aldeias soterradas pela lava.
No vale de La Geria, o manto negro e empedernido cobre-se, por estes dias de Agosto, de verde. Esta é a zona dos vinhedos, que vingam protegidos do vento e do sol abrasador por muros circulares de pedra basáltica e pela cinza que impede a evaporação da pouca água disponível.
Um oásis nas encostas das montanhas, que merece uma travessia vagarosa pela estrada LZ 30, a mesma que nos conduz a Yaiza.
Região de Ermita de Las Nieves
Esta vila que tem como patrono Nossa Senhora dos Remédios é um bom ponto de partida para uma visita ao extremo sul da lha, uma zona onde foi mais notório o confronto entre os vulcões e o Atlântico.
A leste de Yaiza, o mar azul engoliu parcialmente uma cratera, criando uma praia, El Golfo, mas deixou ficar para trás um pequeno lago verde, separado por um estreito cordão de areia. A sul, emLos Hervideros, o mesmo oceano penetra furiosamente nas galerias de lava, explodindo em arco-íris contra as paredes de basalto.
Cansados de tanto movimento, os olhos pedem descanso: e Femés, com as suas casitas e o bar, na encosta virada para o Vale del Pozo, está a dez quilómetros de distância, já a caminho de Arrecife.
Mesmo para alguém habituado às façanhas de um Etna ou de um Vesúvio, como o genovês Lancilotto Maloxelo, que aqui aportou no século XIV, o trabalho de Timanfaya não terá passado despercebido.
Mas seis séculos depois deste primeiro encontro entre os majose o invasor estrangeiro, e menos de trezentos anos após a maior cavalgada destruidora dos vulcões fundadores, a erupção de hotéis e a invasão de turistas voltou a ameaçar este pequeno paraíso árido integrado num arquipélago a que os romanos sabiamente chamavam Ilhas Afortunadas.
A caminhada quase vitoriosa do betão nestas últimas décadas está bem visível no sul, entre Puerto del Carmen e Costa Teguise, uma faixa de alguns quilómetros onde se concentra a maior parte das unidades hoteleiras de Lanzarote.
É o sítio ideal para quem procura conforto, praia e movida, mas pouco mais. Afortunadamente – e muito por culpa de Manrique e da sua Fundação – aquele modelo de desenvolvimento tem vindo a ser invertido, a tempo de salvar a maior parte da ilha. E para tal valeu também o fato de em 1993 ela ter sido classificada pela UNESCO como Reserva da Biosfera. O epíteto fica-lhe bem.
Parque Nacional de Timanfaya
O Parque Nacional de Timanfaya é o melhor sítio para acabar com o debate, herege, sobre a existência ou não do Inferno. Entre os não crentes, quem não se calaria se visse diante dos olhos o próprio demónio, ainda que convertido em símbolo desta área protegida que foi classificada em 1974.
O último refúgio do anjo caído, hoje o principal ponto de atração da ilha é uma reserva de duzentos quilómetros quadrados que resguarda um cenário inóspito, polvilhado por mais de uma centena de vulcões aparentemente adormecidos, depois de milénios em que se entretiveram a modelar este pedaço de terra.
Parque Nacional Timanfaya, Lanzarote
Os habitantes da ilha conheceram bem o último grande episódio deste trabalho dantesco, que nos é contado durante uma viagem de autocarro que começa no Islote del Hilario, um promontório rochoso onde são recebidos os turistas que chegam ao coração do parque.
A 1 de Setembro de 1730, o vulcão Timanfaya, como que vingando a quente a morte do rei nativo que lhe deu o nome, ocorrida quatro séculos antes às mãos de uns invasores biscainhos, convocou os seus irmãos e durante mais de cinco anos comandou um ataque feroz, despejando sobre o território em volta mais de um milhão de metros cúbicos de lava e cinza sob os quais enterrou aldeias inteiras. O terror só terminaria em Abril de 1736.
Graças à Virgem das Dores. Pelo menos assim o crê o povo de Mancha Blanca, no município de Tinajo que, conta a lenda, se juntou numa procissão em que prometeu à Senhora uma ermida caso esta salvasse as suas terras férteis.
Diz-se que no fervor daquele cortejo um habitante louco, ou corajoso, se aproximou da torrente infernal e cravou uma grande cruz no solo, perante a qual a lava se amedrontou, desviando-se da sua rota de destruição.
A promessa, no entanto, só seria cumprida quase quatro décadas depois, e sob ameaça da Virgem, que sentindo-se enganada, apareceu a uma pastorinha – a história soa a familiar – e avisou-a de que se não erguessem a capela, voltaria a acordar o vulcão.
Paga a dívida, a terra descansou até 1824, altura em que outra intervenção da Senhora terá evitado nova erupção. Concedido mais este milagre, a protetora ganhou o cognome de Virgen de los Volcanes e a sua festa, que atrai milhares de forasteiros a Mancha Blanca no dia 15 de Setembro, ajuda a compreender essa relação de temor/amor que os conejeros cultivam com os seus vulcões, os mesmos que lhes destruíram os campos, mas que são hoje uma das maiores riquezas da ilha, pelos milhares de turistas que atraem. E foi tendo em conta este fato que as autoridades locais restringiram, e bem, o acesso livre às zonas da orla exterior do parque.
Paisagem do interior de Lanzarote, ilhas Canárias
Para ver de perto as Montanhas de Fogo, onde reina Timanfaya, é preciso pedir boleia a um dromedário ou, para uma viagem mais longa, apanhar o autocarro que durante catorze quilómetros leva os olhos ao reencontro com o que seria o rosto do mundo há milhões de anos.
Árido, entregue ao vento, o espaço à nossa volta deixa-nos encolhidos perante a solidão lunar desta paisagem onde praticamente só pequenos líquenes conseguem desfazer a verde a monotonia dos vários tons de ocre.
Árvores? Só meia dúzia de figueiras. Animais? Só répteis, regalados, e algumas aves, que olham a tristeza em baixo com desdém, como se soubessem que a terra não tem nada para lhes dar.
Cada curva desenhada pela guagua nesta rota dos vulcões é um golpe na memória que temos do mundo. E só deixamos de acreditar que o abandonamos quando a voz, na cassete que se vai escutando, nos apresenta o vale da Tranquilidade, um paraíso interior onde as cinzas deram uma oportunidade vida, que vinga, silenciosa. Mas o silêncio é enganador.
Por debaixo dos rios de lava negra e seca, cujas arestas imprecisas mostram que mal tiveram tempo de se afeiçoar ao chão, a terra descansa, à espera de uma nova oportunidade para mostrar violentamente as suas entranhas. O Inferno não existe? E se souber que a menos de dez metros do chão que pisa, as temperaturas chegam aos 600 graus…
Praias de Lanzarote
Os antigos habitantes de Lanzarote – Tytheroygatra, para os nativos cujos vestígios estão guardados no Castelo de S. Gabriel, um forte construído nos finais do século XVI num ilhote ligado à capital Arrecife – não imaginariam que alguns séculos depois da chegada dos invasores europeus, os descendentes destes se predispusessem a percorrer os céus sobre o Atlântico à procura de um paraíso na sua ilha.
Mas o desejo de sol e de águas quentes tem este condão de atrair multidões. E praias, aqui, não faltam. Quer para quem procure simplesmente um bronzeado, quer para os amantes de atividades radicais.
Vista sobre a praia de Famara, Lanzarote
Os primeiros nem precisam de sair da capital. A praia del Reducto, de areias finas e douradas, é uma das mais frequentadas de toda a ilha, e tem a vantagem, ou desvantagem, de estar a poucos metros da avenida marginal de Arrecife.
Seguindo para sul, ou para norte – neste lado da ilha o mar é calmo, e as águas atingem temperaturas superiores a vinte graus – há dezenas de opções, mas para quem prefira o sossego de um areal branco rodeado da paisagem negra dos vulcões, o melhor é mesmo estender a toalha na praia de Punta de Papagayo, para onde se consegue aceder por estreitas pistas de terra.
Tomando o caminho para Yaiza, a praia de Janubio, uma enorme extensão de areia negra embebida no azul do Atlântico, é outra alternativa.
No norte da Ilha, os ventos fortes que sopram costa dentro tornam um pouco incómoda a fruição dos excelentes areais ali existentes, mas transformaram toda a zona entre La Santa, no município de Tinajo, e Famara, já em Teguise, num verdadeiro refúgio para os praticantes de desportos náuticos com vela, que já são mais dos que os pescadores que habitam nesta zona.
Toda a praia de Famara é também um excelente percurso para um passeio a pé. Tal como a de Caletón Blanco, no extremo norte de Haria, onde o negrume do magma se tenta disfarçar do Atlântico com montículos de areia branca. E com autorização das autoridades, até é possível montar a tenda, e passar aqui a noite.
A OBRA-PRIMA DE CÉSAR MANRIQUE
Dificilmente haverá um território no mundo cujo poder de atração dependa tanto de um só homem. Tomando o lugar da lava, César Manrique deixou escorrer todo o seu talento ilha fora e um quarto de século bastou para que as erupções de criatividade deste ecologista, arquiteto, urbanista, pintor e escultor igualassem a capacidade transformadora de Timanfaya.
Mas acima de tudo, a ele se deve a consciência que os habitantes de Lanzarote, classe política incluída, têm hoje da importância da preservação do património local, tenha este o dedo do magma incandescente, ou a marca do homem conquistador.
Aspecto da Fundação César Manrique, entre Arrecife e San Bartolomé
César Manrique morreu em Setembro de 1992, aos 73 anos, deixando parcialmente cumprido o desejo que um quarto de século antes o fizera regressar da cosmopolita Nova Iorque, onde se lançara como artista abstrato: transformar a sua ilha natal, num dos lugares mais belos do planeta. Há mesmo quem considere que Lanzarote, como hoje a vemos, é a maior obra deste cultivador da Arte Total. O que nem pode ser considerado um exagero. Qualquer que seja o percurso escolhido, é impossível não dar de caras com o génio criativo de um homem que soube vencer a natureza… sem a derrotar.
Criada em 1992, a Fundação César Manrique (FCM) está instalada no estúdio do artista em Tahice, e é ela própria a demonstração dessa estética a que o artista chamou Arte-Natureza/Natureza-Arte.
O edifício foi construído no final da década de 60 sobre uma língua de lava, memória da grande erupção de 1730-36 e nele o autor condensou a modernidade das linhas retas com os traços principais da arquitetura local. No piso superior.
Por baixo, pediu emprestadas as covas que na sua fúria de chegar mais longe o magma se esqueceu de preencher e num jogo de contrastes/harmonia entre a negritude do basalto e o branco das formas que lhe impôs, fez delas um conjunto de corredores e divisões, luminosas e confortáveis.
Mas a sua verdadeira casa, era a ilha, que via entregue ao desordenamento e à massificação turística. Em 1985, avisou quem o quisesse ouvir, que era o Momento de parar. Apesar das leis caducas, da desculpa das aprovações anteriores ou outras justificações, Tudo se pode corrigir, afirmava. Depende do entusiasmo, de ter uma verdade nas mãos e uma valente e honrada decisão. Foi escutado. Na década seguinte, o Governo aprovou uma moratória que travou a construção de novas camas, durante uma década.
Em 1998, a Fundação publicou o Manifesto pela Sustentabilidade de Lanzarote, exigindo o alargamento desse prazo e a abertura de um processo de reflexão sobre a estratégia de desenvolvimento turístico da ilha.
Há muito que Manrique parecia ter ideias claras sobre isto. E se já na sua pintura de pendor abstraccionista – que pode ser apreciada na sua casa e no castelo de S. José – se notava uma relação intensa com a textura e a cor das paisagens da ilha, foi o seu trabalho de escultor, e principalmente de paisagista e arquiteto – notável, em obras como o Mirador Del Rio, o Museu de Arte Contemporânea, o Jardin de Cactus e os Jameos del Agua – que abriu caminho a esta sensibilidade pela preservação da natureza que contagiou os poderes instituídos. Não espanta por isso que em 1978 tenha sido galardoado com o Prêmio Mundial de Turismo e Ecologia de Berlim.
Ao longe, a povoação de Teguise…
Vista a partir do castelo de Teguise, Lanzarote, ilhas Canárias
GEOGRAFIA
Com uma área de 860 quilómetros quadrados, Lanzarote é a ilha mais oriental das Canárias, um arquipélago vulcânico situado a sul da Madeira e a cerca de cem quilómetros a oeste da costa marroquina. Território espanhol, a Comunidade Autônoma das Canárias inclui também as ilhas de Fuerteventura, Gran Canaria, Tenerife, Gomera, Hierro e La Palma. A norte de Lanzarote, os ilhotesGraciosa, Montaña Clara e Alegranza formam o arquipélago Chinijo (pequeno).
CLIMA DE LANZAROTE
Apesar de rodeada pelo Atlântico, Lanzarote sente os efeitos da latitude a que se encontra e da proximidade da costa africana. No verão, o calor aperta, e o Inverno nunca chega a ser muito frio, como o atestam as temperaturas médias de 25° C em Agosto e de 16,4° C em Janeiro. Pouco abundante durante todo a ano, de Maio a Setembro a chuva é ainda mais rara.
Fonte: www.almadeviajante.com
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