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O Père Lachaise, em Paris, carrega a reputação de ser o cemitério mais famoso do mundo. A fama é merecida. Enterradas entre as mais de 70 mil sepulturas estão personalidades como o roqueiro Jim Morrison (1943-1971), os escritores Molière (1622-1673), Honoré de Balzac (1799-1850) e Oscar Wilde (1854-1900), o músico Frédéric Chopin (1810-1849) e o espírita Allan Kardec (1804-1869).
Inaugurado em maio de 1804, o cemitério recebeu esse nome em homenagem a um padre, Père François de La Chaise, que foi confessor do rei francês Luís 14 no final do século 17. A princípio, ele não empolgou muito os parisienses e certamente ninguém apostaria na época que aquele local tão distante do centro da cidade iria se tornar o cemitério mais pop do mundo.
As coisas mudaram quando túmulos de celebridades começaram a ser transferidos para o Père Lachaise. Os escritores Molière e La Fontaine (1621-1695) foram alguns dos primeiros “inquilinos” famosos a chegar.
A “importação” de defuntos renomados deu tão certo que o lugar se transformou num dos principais pontos turísticos de Paris. Hoje, mais de 2 milhões de visitantes passam pelo cemitério todos os anos.
Como ele é imenso – possui uma área equivalente a mais de 50 campos de futebol – e há tanta gente famosa enterrada ali, guias organizam passeios temáticos: é possível visitar só as sepulturas de mestres da literatura ou só a de mestres da música, por exemplo.
O curioso é que a popularidade que o Père Lachaise tanto procurou hoje rende alguns problemas. A administração do cemitério já tentou transferir de lá um dos túmulos mais visitados, o de Jim Morrison – local de concentração de fãs, no mínimo, barulhentos.
Mas, como esse túmulo foi arrendado para sempre, enquanto existir o Père Lachaise, Jim Morrison descansará por lá. Não exatamente em paz.
Pessoas que foram enterradas no Cemitério do Père-Lachaise
Celebridades do além: No Père Lachaise, em Paris, estão enterradas personalidades como o roqueiro Jim Morrison e os escritores Oscar Wilde e Proust
Georges Méliès (1861-1938): Num túmulo discreto está enterrado um dos precursores do cinema mundial, o francês Georges Méliès, considerado o primeiro autor de filmes ficcionais. O curta-metragem Viagem à Lua, de 1902, é uma de suas obras mais famosas. Méliès construiu o primeiro estúdio cinematográfico da Europa e produziu mais de 500 filmes entre 1895 e 1913
Marcel Proust (1871-1922): Um dos maiores escritores da literatura universal está sepultado num túmulo simples, sem grandes ornamentos. Dono de uma saúde frágil, o francês Marcel Proust passou grande parte de sua vida estudando e freqüentando os salões aristocráticos de Paris. Em 1913, lançou o primeiro volume de sua obra-prima, o romance Em Busca do Tempo Perdido
Allan Kardec (1804-1869): Antes de se tornar precursor do espiritismo, Hippolyte Léon Rivail era um grande intelectual e educador. Em 1855, ele teria recebido uma mensagem de um espírito protetor que afirmava tê-lo conhecido numa vida passada sob o nome Allan Kardec. O túmulo de Kardec é em forma de dólmen monumento que parece um grande portal de pedras e está sempre repleto de flores e velas
Oscar Wilde (1854-1900): O escritor e dramaturgo irlandês, autor de O Retrato de Dorian Gray, teve um final de vida trágico. Em 1895, ele foi condenado a dois anos de prisão, acusado de sodomia. Após ser solto, viajou para Paris, onde morreu três anos depois. Seu túmulo tem um anjo que ostentava um grande membro. Dizem que o pênis da escultura foi roubado por um funcionário do cemitério, que o usava como peso para papel…
Victor Noir (1848-1870): Esse jornalista francês do século 19 só virou uma celebridade de fato após ser enterrado no Père Lachaise. Tudo graças à superstição de que uma esfregadela nos órgãos genitais da sua estátua de bronze daria um incentivo à fertilidade feminina. Pelo aspecto gasto da “coisa”, dá para ver que muitas mulheres já levaram a superstição a sério
Frédéric Chopin (1810-1849): O maior compositor do romantismo cujo nome de batismo era Fryderyk Franciszek Szopen nasceu na Polônia e se mudou para Paris em 1830. Lá teve um longo relacionamento amoroso com a escritora George Sand. Autor das Polonaises, Chopin sofria de tuberculose e morreu muito jovem, aos 39 anos. Em seu túmulo, a escultura de uma jovem musa lamenta o destino do compositor
Abelardo e Heloísa (1079-1142) (1101-1164): O túmulo do casal, protagonista de uma famosa história de amor medieval, foi transferido para o Père Lachaise em 1817. Abelardo era um padre e filósofo que foi contratado pelo tutor da jovem Heloísa para educá-la. Entre um texto e outro, os dois se apaixonaram e tiveram um filho. O tutor não gostou e mandou castrar Abelardo. O casal só se uniu novamente após a morte de Heloísa, que foi enterrada ao lado do amado
Jim Morrison (1943-1971): Jim Morrison, líder do Doors, banda americana de rock dos anos 60, foi encontrado morto na banheira de seu apartamento em Paris e foi enterrado nessa cidade mesmo. Seu túmulo virou local de peregrinação: estima-se que 1 milhão de pessoas passem por ele a cada ano. Alguns fãs mais exaltados chegavam a consumir drogas e a transar no local. Por isso, hoje o túmulo do alucinado roqueiro é vigiado 24 horas por dia.
Fonte: mundoestranho.abril.com.br
Cemitério do Père-Lachaise
O grande cemitério de Pére Lachaise de Paris, fundado em 1804, precede em meio século os sepultamentos em cemitérios abertos decorrentes das leis e dos motivos sanitaristas, conforme ocorreu no Brasil.
O Pére Lachaise , que era um bosque , continuou a sê-lo e jamais perdeu o predomínio paisagístico.
Suas sepulturas celebrizadas pelos nomes dos sepultados, vão desde a estela simples até à estatuária monumental e às capelas jazigo de enorme riqueza.
Todavia, o distanciamento entre um e outro túmulo, a topografia em aclive, as veredas até o fim da vista e os caminhos curvos arborizados permitem um percurso e uma compreensão de todas as datas, desde os túmulos góticos transladados até o da escultura expressionista de nossos tempos.
Não é à toa que este é um dos mais visitados pontos turísticos de Paris. Aliás o turismo cemiterial está presente em várias capitais do mundo, à exemplo de Buenos Aires.
Aqui mesmo, no Brasil temos belos cemitérios, com monumentos tumulares que além de belos tem muita história para contar.
Basta deixar o preconceito de lado e render-se à beleza dessas galerias de arte a céu aberto.
Fonte: www.beatrix.pro.br
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