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Bié é uma das 18 províncias de Angola localizada no Planalto do Bié, na parte central do país.
A sua capital é Kuito, que se chamava Silva Porto até à independência de Portugal em 1975. A província tem uma área de 70.314 quilómetros quadrados.
Municípios: Andulo, Nharea, Kunhinga, Chinguar, Chitembo, Kuito, Katabola, Kamacupa, Kuemba.
A cidade do Kuito foi nomeada na época colonial como Silva Porto. Muitas vezes chamada de “Cidade Mártir” devido aos efeitos da guerra, esta cidade que se transformou rapidamente com novos edifícios que pressagiam um futuro brilhante.
Bié é uma província angolana, com uma área de aproximandamente 70 314 Km², e com 1.794.387 habitantes. A vegetação é uma floresta aberta, e um clima tropical de altitude.
Bié – História
Bié
A província do Bié é uma das 18 províncias de Angola, localizada na região centro do país.
As terras do Planalto Central de Angola eram tradicionalmente cultivadas pelos povos Bantu antes da chegada dos Bienas e Bailundos.
A invasão do início do século XVII pelos povos Bangala levou à fusão das duas populações e à subsequente criação dos reinos Ovimbundu. Assim nasceu um dos mais poderosos estados Ovimbundus, o reino do Bié, com muitas ombalas (aldeia/cidade principal) e aldeias sob a sua tutela. Sua formação política ocorreu entre os séculos XVII e XVIII.
Em 1902 foi fundado o município do Bié, que era dependente do distrito de Benguela (Atual província) e em 2 de janeiro de 1922 é criada a Câmara Municipal do Cuito; pelo Decreto n.º 134, de 1 de maio de 1922, do então Alto Comissário Norton de Matos, o distrito do Bié é elevado à categoria de província, tendo sido o seu primeiro governador, Manuel Espregueira Góis Pinto.
Bié – Clima
Tropical de altitude
O clima é temperado e seco, as temperaturas variam entre 19ºC e 21ºC e há 2 estações: de outubro a abril, que é quente e chuvosa; entre maio e setembro é seco, com temperaturas médias de 2ºC e 10ºC nos meses mais frios e de 18ºC a 25ºC nos períodos de clima mais quente.
A temperatura média anual é de 25º C com precipitações médias anuais superior a 1.200 mm cuja a maior concentração de quedas pluviométricas regista-se no período de Outubro à Abril sendo o período seco de Maio a Setembro.
Bié – Etnias
Esta província é uma área de confluência de várias etnias. Prevalecem os Bieno, subgrupo dos Ovimbundu, cujo nome está relacionado com o nome da província. Há alguma presença de grupos Tcho-kwe que, na sua migração do nordeste de Angola, aqui chegaram. Finalmente, existem pequenos povos na categoria etnográfica Ganguela, como os Lwimbi.
Bié – Relevo e Solos
Esta província ocupa uma superfície de 70.314 Km2 e apresenta um relevo planáltico, com uma altitude média superior a 1.000 m (superior a 1.500 m no quadrante SW), enquadrada em duas unidades de paisagem – o planalto Antigo e a do Alto K wanza.
Os solos dominantes são de dois tipos: ferralítico e psamítico.
Bié – Vegetação e Floresta
A cobertura vegetal primitiva é bastante alterada nas zonas submetidas ao cultivo, e é constituída pelo complexo fito-geográfico “floresta aberta – mata de panda; Savana com arbustos, “com extensas manchas de comunidades herbáceas dos altiplanos (anharas de alto).
Esta paisagem é recortada por vários cursos de água importantes que definem as bacias hidrográficas do Kuanza, Kubango, Luanda, Kuemba, Kutato, Cuiva Kuquema, Ngumbo, Cuchi, Cunhiga, Kunje e Kune.
Bié – Principais produções
Citrinos, arroz, feijão, milho, sisal, banana, horticultura e café. A agricultura tem sido o principal setor de desenvolvimento económíco da província.
Bié – Minérios
Alcatrão, ferro, maganésio, diamantes e minerais radioativos, minerais caulino;outros – pecuária.
Bié – Cultura
Esta província guarda no seu memorial, os feitos dos antigos reinos do planalto central como Ndulo.
Distâncias em km a partir do Kuito: Luanda 709 km – Huambo 165 km.
Bié – Sistema Financeiro e Bancário
Banco de Poupança e Crédito no município do Kuito.
Bié
A cidade do Kuito, ex- Siiva Porto, capital da Província angolana do Bié e marco geodésico e trigonométrico que determina o centro do País, comemorará no ano 2000 o 440º ano desde que o padre Gonçalo da Silveira atingiu o Bié em 1560, na época do expansionismo da potência colonial portuguesa em busca de novos horizontes político-económicos para reforçar o seu poderio de Estado.
No mesmo local onde hoje floresce a cidade-mártir do Kuito – arrasada por uma guerra sem precedentes, por volta de 1771 (há 226 anos atrás) quando era governador-geral de Angola, D. Inocêncio de Sousa Coutinho, foi fundada no planalto do Bié uma povoação a que se deu o nome de Amarante.
Segundo a história, os portugueses começaram a interessar-se pelo Bié em 1772. tendo nomeado nesse ano seu primeiro Capitão-more Juíz da Província do Bié, Joaquim Rodrigues, o qual se instalou em Ekovongo, antiga Embala principal da Região.
Bié
Em 1843, o então governadorgeral de Angola, José Bressame Leite, orientou o comerciante português Joaquim Rodrigues Graça para explorar o sertão do Bié, porque urgia a tomada de posições para a ocupação do território.
Em 1845, aquele que viria a ser o grande sertanejo. Francisco Ferreira da Silva que as circunstâncias fizeram juntar o topónimo Porto – sua terra natal, estabelece-se no Bié, mais precisamente num outeiro sobranceiro ao rio Kuito, a que denominou Belmonte. Silva Porto seria nomeado, em 1880, Capitão-mor do Bié, funções que desempenhou até à morte.
É do Belmonte que Silva Porto irradia para as suas variadas viagens de exploração do sertão africano. Em 1890, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro é encarregado de atingir com uma força militar, a região de Baretze.
Bié
Sabedor do conhecimento pormenorizado que Siiva Porto tinha do sertão resolve passar por Belmonte onde contata o sertanejo.
A presença dessa força militar é habilmente explorada por seus inimigos que ardilosamente urdem a intriga que faz desencadear toda a fúria do Soba Dunduma (Trovão), pondo término às relações pacíficas entre os autóctones e Silva Porto.
Dotado de uma firmeza indómita e patriotismo, o povo do Blé rebelou-se e resistiu contra todas as tentativas de ocupação.
A discórdia entre Silva Porto e Dunduma atingiu o seu auge, e o português ferido na sua honra e dignidade, amortalha-se na bandeira portuguesa, e deita-se em cima de um barril de pólvora que faz explodir, morrendo no dia imediato, 1 de Abril de 1890.
Este acontecimento serviu de pretexto para o então governador-geral de Angola, Guilherme de Brito Capelo, determinar ao capitão Artur de Paiva vingar a morte de Silva Porto e restabelecer o prestígio dos portugueses. A 1 de Novembro de 1890, junto ao rio Cuquema trava-se o primeiro combate e a 22 do mesmo ano é tomada a capital insurreta do Bié, Ecovongo.
A 4 de Dezembro é preso o rei Dunduma, logo deportado para Moçambique e substituído pelo Soba Kapoco, fiei aos portugueses. Estava completa a ocupação do Bié.
Em 1902 é fundado o concelho do Bié, dependente do distrito de Benguela e a 2 de Janeiro de 1922 é criada a Câmara Municipal. Pelo Decreto 134 de 1 de Maio do ano do então Alto-Comissário Norton de Matos, surge o Distrito do Bié tendo sido seu primeiro governador, Manuel Espregueira Góis Pinto. Silva Porto é levada a cidade pelo governador geral, Lopes Mateus, a 31 de Agosto de 1925, tendo foral desde 13 de Março de 1957.
A Província do Bié com cerca de 72.o00km² em forma de coração é uma pere-planície situada no centro geográfico de Angola.
É no Bié que nascem alguns dos mais importantes rios, sendo a bacia hidrográfica mais rica do País. O Kwanza, o maior rio de Angola, nasce perto do Mumbue.
Na parte leste situam-se os rios Luando e Cuemba, com aproveitamento hidroeléctrico, graças às suas enormes quedas localizadas junto das povoações a que deram os nomes.
Do ponto de vista geológico, todo o território encontra-se ainda na fase primária das prospecções e explorações das riquezas minerais, estando localizados minerais metálicos no município do Andulo, a 20km a sul da cidade, conhecida pela designação de jazida de ferro do Andulo ou Chilesse, havendo ainda nessa localidade minerais radioativos nunca explorados, assim como fosfatos. Existem diamantes na Nhârea, Tchitembo e Cuemba, ao longo da bacia do rio Kwanza, especialmente em Caieye, Rando e Lubia.
A região tem um clima temperado úmido com isotérmicas anuais entre os 19° e os 21°, o que torna a zona especialmente apta para um florescente desenvolvimento agro-pecuário.
Tem duas épocas distintas e ausência do chamado “pequeno cacimbo que se verifica na maior parte das regiões de Angola.
A época quente ou das chuvas observa-se entre Outubro e Abril com índices de precipitação de 1.000 a 1.400mm, com menor intensidade nos meses de Outubro, Janeiro e Fevereiro.
O cacimbo estende-se de Maio a Setembro e a temperatura média do ar no mês mais frio, situa-se entre os 2° e os 10° e no mês mais quente varia entre os 18° e os 25° C.
A Província do Bié tem atualmente, cerca de 1.200.000 habitantes, sendo o Andulo o município mais populoso, além do Kuito, e, Kunhinga (ex-Vouga) o menos povoado.
A sua população divide-se em quatro grupos étnicos principais de origem Bantu, estando os Kibalas ou Ngaias, oriundos dos Kimbundus em Calussinga, os Songas a norte, os Bailundos e Bienos, descendentes dos Mbundus, fixados os primeiros no Andulo e Nhârea e os segundos no Chinguar. Kunhinga, Katabola e Kamacupa.
Os Nganguelas. os Luimbis ou Luenas do Kwanza, estão fixados nas margens do rio Kwanza e os Ambuilas no Tchitembo, enquanto a faixa leste da Província de norte para sul é povoada por Kiokos.
Esta populção dedica-se geralmente à produção agropecuária, com predominância para as culturas de arroz, horto frutícolas, feijão, milho, mandioca, soja, amendoim, gergelim, girassol e café arábica, além da criação de bovinos e animais de pequeno porte. Podem pastar no Bié pelo menos um milhão de bovinos!
Bié hoje, em pleno pôs-guerra, é uma cidade que não descança por sua compleição ao atendimento necessário as diversas urgências humanas e reabilitações necessárias nos setores da vida social e produção.
Está concentrada em sua reabilitação, ótima fase para projetos de investimentos que contribuam com os processos de desenvolvimento local tão vocacionados na esperança da comunidade.
Os programas de reabilitação urge em implementar acções concretas conducentes a realização dos objetivos gerais a que o governo se propõe para o biênio 2003/2004.
Garantir o ingresso de mais de 15.000 crianças nos diversos níveis de ensino, assistência médica-medicamentosa as populações, garantir água potável e energia a população, revitalizar a produção agro-pecuária garantindo-se para o efeito aos camponeses e pequenos produtores a partir dos imput´s a serem adquiridos.
Bié – Turismo
Deslumbre-se com a Reserva Florestal do Umpulo, que possui uma área de 4.500km2 e uma enorme riqueza em espécies exóticas. Esta reserva é limitada a norte pelo rio Cunene, a leste pelo rio Chimbandanga, a oeste pelo rio Kwanza e a sul pelo rio Chimbandanga.
Também a Reserva Natural Integral do Luando é de visita obrigatória. É partilhado por Malange e é conhecido como um paraíso das aves, dada a sua grande variedade. Aqui pode encontrar Palanca Negra Gigante, Palanca Real, Songue e Inhala.
As Cataratas de Wongo localizam-se a 18km a norte do Kuito, no rio Nduluma, na comuna de Truba.
As Quedas do Mutumbo, em Chitembo, bem como as Quedas do Lau-Lau e as Quedas do Rio Luando, em Kukema, são ideais para o banho.
Praias
Existem boas praias fluviais no Bié. Praia Verde, em Kunhinga, e Praia Azul, em Andulo.
Visite também a Ilha KuKutato.
Cristo Rei
A estátua de Cristo Rei foi erguida pelos portugueses no centro da província, em Camacupa. Está localizado próximo ao marco do centro geográfico do país. Camacupa fica a 81 km a leste do Kuito.
Monumentos
Forte de Silva Porto e Forte de Munhango – monumentos seculares que merecem recuperação e ainda merecem ser visitados.
Estátua de Pouca-Vergonha
Jardim da Pouca-Vergonha, que deve o seu nome à estátua de uma mulher nua ali encontrada.
Fonte: welcometoangola.co.ao/www.mindat.org/www.consuladodeangola.org
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