Benguela

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Área Total – 39.826Km²
Temperatura Média – 24º
Clima – Árido Tropical
9 Municípios
Língua oficial – Português
Língua tradicional – Umbundu
População Maioritária: Ovimbundu e Nganguela.
Municípios:
 Benguela, Lobito, Bocoio, Balombo, Ganda, Cubal, Caimbambo, Baía-Farta, Chongoroi.

Benguela – História

Benguela é um dos pólos culturais mais ativos do país, também conhecida como a cidade das acácias vermelhas e um dos pilares do desenvolvimento do país.

Os historiadores dizem que a província de Benguela foi fundada em 17 de maio de 1617. Após 24 anos (em 1641), Benguela é separada do reino do Congo, embora ainda continue a ser um país fronteiriço da província. A cidade foi então conquistada pelas forças holandesas que expulsaram os invasores do território de Benguela com a ajuda e intervenção dos portugueses, que imigraram para o interior de Benguela.

Depois de ter sido completamente destruída pelas forças francesas, a província de Benguela foi finalmente reconstruída entre os anos 1705-1730, tendo como primeiro patrimônio monumental (construção em pedra) a Igreja de Nossa Sra do Pópulo. Algum tempo depois, foi construído o Caminho de Ferro de Benguela, ligando a capital provincial de Benguela (Lobito) e a cidade da Beira (Moçambique). Mais tarde, o famoso Porto do Lobito, onde através dos sistemas ferroviários do Congo é possível exportar dos mercados internacionais para a cidade de Benguela.

A cidade de Acácias Rubras é reconhecida pela beleza admirável das suas praias, destacando-se a Baía Azul, a Baía Farta, entre outras. A agricultura, a pesca e a pecuária são as principais atividades desta população costeira do centro de Angola, que faz fronteira com as províncias do Cuanza Sul, Huambo, Huíla e Namibe.

A província está dividida em 9 municípios: Benguela, Baía Farta, Balombo, Bocoio, Caimbambo, Chongoroi, Cubal, Ganda e Lobito.

Podemos afirmar que a população majoritária desta província se reparte pelos grupos Ovimbundu, e em grupos menores pelos pastores do grande Grupo Herero, os Mundombe.

Estes ocupam sobretudo as terras ao sul do rio Kuporolo, sendo na localidade de Dombe Grande onde hoje, podemos encontrar os representantes deste grupo.

A sua vocação pastoral é também testemunhada nas pastagens que ainda hoje alimentam a produção de Bonivicultura de carne nesta Província.

As duas cidades principais, são Benguela e Lobito. Esta última cidade assume uma importância capital no desenvolvimento da província, pois é servido por porto de grande calado, o Porto do Lobito.

Trata-se de um empreendimento de grande valia pelas possibilidades econômicas que oferece, como a ligação que se estabelece nesta região do continente, e com o resto do mundo, ou ainda o Caminho de ferro de Benguela através do qual se intercâmbiam as mercadorias do interior com o litoral e contribuem igualmente na otmização das relações interegionais.

Através desta rede de transporte a República da Zambia e a República Democrática do Congo podem mais facilmente escoar os seus minérios (cobre) até ao porto do Lobito, de onde partem para os mercados internacionais.

Entre as duas cidades encontramos a histórica vila da Catumbela, que é banhada por um rio do mesmo nome.

Nesta localidade podem-se apreciar locais históricos como sinal da resistência das populações autóctones nos tempos da ocupação portuguesa.

Catumbela seria uma das localidades a ser inicialmente visitada pelos viajantes portugueses que se batiam nos mares para atingir as Índias.

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Na Baía das Vacas, começaram, por volta de 1601, os primeiros desembarques de portugueses, atraídos por uma aparente riqueza pecuária. Pouco depois, Manuel Cerveira Pereira motivado peias lendas de riquíssimas minas de prata e cobre da região, funda S. Filipe de Benguela que passaria a ser a base de penetração para o interior.

Foi péssima a localização de S. Filipe, cercada de pântanos, era fatal para grande parte da população, que sucumbia das piores moléstias.

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Ruindo estrondosamente, o s0nho das minas de prata de Cambambe, o cobre de Benguela tomou-lhe o lugar, nas mentes exaltadas dos pesquisadores das grandes riquezas do subsolo. A qualidade do cobre, no entanto, não era a melhor, passando o grande negócio a ser a permuta de gêneros com as populações do interior.

A conquista do então Reino de Benguela, a fundação da cidade e a sua evolução pelos sécuios XVII, XVIII e XIX, foi do mais atribulado. O mau clima, as más condições econômicas e outros defeitos cincunstânciais para isso contribuíram, assim como o ambiente da sua fundação e primeiros anos de vida.

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Nos fins do século XIX e princípios do século XX, pode-se mesmo afirmar que a situação se firmou estacionária. Eis porém, que a colonização iniciada em Benguela, rumo ao interior, para o sul e principalmente leste, começou a surtir efeitos.

As caravanas de intercâmbio comercial, movidas pelas permutas de gêneros coloniais com interesse para o exterior com artigos vindos da Europa (tecidos. vinhos e miudezas) começou a fazer sentir os seus efeitos.

O pouco peixe seco que se produzia e o sal muito contribuíram para isso também, permitindo a permuta com produtos do planalto: cereais, cera, borracha e marfim (ao princípio), rícino, mandioca, gado e sisal, Benguela começou a ser considerada como o porto comercial mais importante a seguir a Luanda; era o ponto de partida e chegada das caravanas de permuta.

Mombaka (na designação dos nativos significava Benguela) era símbolo de prosperidade comercial e a meca dos negociantes.

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Nova vida começa e à sombra deste clima vão surgindo povoações, vilas, cidades, intermediárias e centros de produção de gêneros do interior: a finalidade era Benguela,e de Benguela saíam a maior parte dos colonos que em direcção ao Leste iam fundando cidades.

Começa a ser conhecido o mito de Benguela Cidade, Mãe de Cidades; nasceu Catengue, Ganda, Cubal, Quinjenje, Cuma, Longonjo, Lépi, Caála.

Depois o Huambo transformou-se graças ao sonho imortal de Norton de Matos na cidade de Nova Lisboa; mais para o interior e sempre para Leste, Bela Vista, Chinguar e Silva Porto (Cuíto).

À volta de cada uma destas localidades, outras se vão formando. Um dos mais valiosos contri- butos dados a esta penetração foi sem dúvida essa obra de valor internacional. implantada carril após carril, por milhares de quilômetros, descobrindo novos caminhos, melhores regiões para um povoamento de fixação mais eficaz, essa obra que é o Caminho-de-Ferro de Benguela.

Pela necessidade que se começou a fazer sentir de um porto e pelas condições formidáveis que se encontraram na antiga Catumbela das Ostras do tempo de Manuel Cerveira Pereira, nasceu o Lobito.

A criação deste porto e desta cidade, veio confirmar a importância do fenômeno da colonização feita a partir de Benguela, numa extensão de cerca de 1300 Km, do litoral à fronteira. Mas a crise em Benguela, quando o comércio com o nativo começou a ficar disperso, causticou.

A situação econômica piorou a seguir à derrocada da cotação internacional do sisal, produzido nos arredores, a seguir à última guerra mundial.

A praça de Benguela trabalhava em grande escala com o sisal das regiões vizinhas do interior e grande parte dos seus capitais se perderam com essa descida de cotação.

Foi então que Os restos mortais desses capitais correram a dirigir-se para outro rumo: a pesca. A costa de Benguela era um manancial autêntico; os barcos vinham carregados de peixe e o peixe era dinheiro certo.

Começou a correr o dinheiro em abundância, chegavam os trabalhadores do mar de Portugal que aqui se fixavam, iniciou enfim o reinado das pescarias.

Dos lucros se começaram a fazer casas e mais casas, prédios pequenos e grandes, abatendo-se aos poucos as velhas construções de adobe. Em 1948 o plano de urbanização de Benguela entrou em vigor.

Deve-se à indústria piscatória o ressurgimento, embora que tardio, de Benguela, num salto para o progresso nunca antes igualado.

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As demonstrações de carácter cultural e social têm sido relevantes através dos tempos. Benguela foi a pioneira do jornalismo em Angola e berço de atletas e equipas que fizeram história no desporto angolano.

Nos arredores de Benguela situa-se um conjunto de praias, das mais interessantes. Caóta e Caotinha, Baía Azul e Baía Farta são os seus nomes e em todas elas a pesca desportiva e a caça submarina encontram condições ideais.

Na Baía Azul encontra-se infra-estrutura turística e na cidade de Benguela, o Mombaka lidera a hotelaria.

Benguela – Cidade

Benguela é uma cidade, localizada na província de Benguela, na qual é capital. Com uma área de 39.826,83 Km² e uma população próxima a 2.000.000 de habitantes, onde tem produção agrícola, extração de minerais como Cobre, Manganês.

Benguela – O que fazer

Uma vez em Benguela, você terá muitos lugares magníficos para entretenimento, aventura e exploração turística. Você pode visitar as lindas praias de Caota, excelente para mergulho subaquático, Caotinha, uma pequena praia de águas muito claras, que pode ser alcançada a partir do Morro da Caota, Baía Azul, Baía Farta, ou a famosa Praia Morena. A 20 km de Benguela fica o Parque Regional de Chimalavera e a 30 km a sudeste, a Reserva de Búfalos.

Poderá também visitar um dos melhores portos naturais da costa africana onde o porto de águas profundas se liga ao caminho de ferro de Benguela, de lá atravessa todo o país e as fronteiras da Zâmbia e da República Democrática do Congo.

Benguela – Superfície

BenguelaBenguela

39.826,83 Km², uma complexa combinação de planaltos escalonados, cortados por vales e rios, completados com depósitos diferentes pela sua potencialidade e composição. Caraterísticos são os vales de rios secos, que acumulam as águas no período das chuvas, bem como as colinas monolíticas isoladas.

Esta parcela territorial é drenada por alguns cursos de água que confinam em quatro bacias hidrográficas – do Cubal, da Handa, da Catumbela e do Coporolo, de definem vales importantes na faixa litoral da província (Canjala, Hanha, Catumbela, Cavaco e Dombe Grande).

Vegetação é dominada por formações de estepe na zona ocidental e formações de florestas abertas (mata de panda) e savana mediamente arborizada, nas zonas mais interior da província.

Benguela – Clima

Ao sul tem um clima Tropical semi-desértico enquanto que a norte da província se verifica um clima tropical húmido. “Mesotérmico” na faixa interior subplanalítica, com regime hídrico do tipo moderadamente chuvoso.

Temperatura máxima 35,0º, a média 24,2º e a mínima 10,4º; humidade relativa 79% e, preciptação média anual 268mm. Solo de fertilidade variável, algumas reservas minerais disponíveis ao longo do litoral que vai diminuindo a medida que se caminha para o interior, principalmente aproximando-se das regiões planalíticas.

Benguela – Principal Produção

Agrícola – Sisal, Algodão, Cana de Açúcar, Café Arábica, Abacateiro, Banana, Batata, Batata Doce, Gergelim, Feijão Macunde, Girasasol, Goiabeira, Mamoeiro, Mangueira, Maracujá, Massambala, Massango, Milho, Plantas Aromáticas, Produtos Hortícolas, Rícino, Tabaco, Eucalipto, Pinheiro.

Dos 39.826,83 km² de área total, cerca de 1 milhão de hetares são terras favoráveis ao desenvolvimento da atividade agrícola.

Hoje os programas de reabilitação visam sustentar um resgate das infra-estruturas de apoio a atividade agro-pecuária, irrigação (Calanja, Catumbela e Cavaco para 10.000 hetares) priorizando as culturas do milho, feijão, banana, palmar e hortícolas diversas, com uma produção bruta estimada em cerca de 80.000 toneladas.

Para o interior da província visa a reabilatação de alguns sistemas de irrigação beneficiando os camponeses, em pelo menos 6 Municípios do interior, com distribuição de insumos agrícolas, de forma a auxiliar e capacitar os Camponeses na produção.

Minerais: Cobre, Sal-Gema, Enxofre, Grafite, Manganês, Chumbo, Zinco, fosfatos, Volfrâmio, Estanho, Molibdénio, Fluorite, Gesso, Enxofre, Diatomite, Calcário- Dolomite, Alabastro pedras semi-preciosas. Águas mireais.

Benguela – Pecuária

Bonivicultura de Carne; Bonivicultura Leiteira, Ovinos, Caracul, Caprinos.

Programas de reabilitação atenderão as necessidades sanitárias do setor, abeberamento do gado(Chipamcas e Furos) por causa das baixas pluviosidades e diminuir o índice de perdas nas fases secas.

Benguela – Pesca

BenguelaBenguela

Metalomecânica, Química, Materiais de Construção, Têxtil, Confecções, Couro e Calçado, Alimentar, Bebidas e Tabaco, Madeira e Mobiliário.

Na pesca o índice de captura atual é de 30,1 mil ton./ano (+9% do que em 19996), peixe congelado 1,9 ,il ton./ano (mais 339% do que em 19996), e de produção de sal comum de 28,0 mil ton. (mais 54% do que em 19996). A produção de conservas de peixe paralisou em 1998 e a de farinha de peixe em 1996. As 52 empresas semi-paralizadas poderiam albergar 1.532 postos de trabalhos diretos.

A pesca artesanal é praticada por uma larga franja da população que vive ao longo do litoral, apontando par cerca de 7.307 pescadores artesanais.

Toda a atividade de pesca artesanal é coordenada pelo Instituto de Pesca Artesanal – IPA, que têm representação nos principais núcleos de concentração dos pescadores, nomeadamente, nas localidades do Cuio, Vitula, Caota, Quioche, Damba-Maria, Praia – Bebé, Lobito – Velho e Hanha da Praía, ou através das respetivas associações de pescadores.

Benguela – Indústria

Este setor é o que menos se tem desenvolvido. Benguela e detentora de um parque industrial cuja estrutura, desenvolvida e diversificada é o segundo maior parque industrial do país.

Mas neste momento labora a um nível abaixo dos 20% da sua capacidade instalada. No grupo das industrias pesadas existem 16 empresas com capacidade para produção de 25 tipos de artigos e/ou produtos e prestação de serviços no domínio naval, construção de máquinas ferramentas, metalúrgica e química. Estão paralisadas 27 empresas.

Indústria ligeira – tem 44 empresas, de têxteis, confecções, curtumes, calçados,tabaco, eletrônica, construção. Estão em atividade somente 5 produções.

Indústria Alimentar – tem 31 empresas, do ramo açucareiro, pescas, massas, óleos vegetais, conservas e bebidas diversas. Apenas 5 trabalham regularmente com destaque para o ramo das pescas.

Indústria Pesada – Das catorze (14) produções existentes, apenas funcionaram sete (7). Estão paralisadas oito (8) produções.

Outros existem ainda mais de 500 pequenas empresas designadamente, padarias e pastelarias, moageiras, marcenarias e carpintarias, de construção, comércio á grosso e retalho, sapatarias, oficinas – auto que empregam entre 5 a 40 pessoas cada.

Benguela – Construção

A atividade continua a ser marcada pela reduzida oferta de obras nos últimos 3 anos. Fruto da disponibilização de recursos nos programas Bônus de petróleo, FAS, PAR, PDHI, PRC, e outros, permitiu gradualmente assistir-se a uma relativa melhoria dos níveis de prestação de algumas empresas o que concorre para o aumento da sua capacidade de prestação de serviços, assim como, de novas empresas tanto no ramo de construção como de estudos, projetos e fiscalização de obras públicas.

A província conta com mais de 8 dezenas de empresas na vertente construção civil e obras públicas e 1 dezena na vertente estudos,projetos e fiscalização.

Benguela – Transporte

A principal econômica da Província reside na existência do Porto do Lobito e na linha de Caminhos de Ferro de Benguela (CFB). A revitalização destas 2 unidades econômicas criará efeitos multiplicadores não só na Província, mas em toda a região Centro e Leste servidas pelo CFB e pelo Porto Marítimo.

Os serviços de transportes de passageiros e mercadorias, feito por operadores públicos e privados, é deficiente devido ao mau estado de conservação da frota e falta de capacidade financeira para a sua renovação.

Contudo, e com o advento da paz a circulação de pessoas e bens já se faz com a devida segurança.

Benguela – Comércio

O comércio na Província beneficia da localização do porto marítimo na cidade do Lobito, com influência no comércio do interior do país, situação de privilégio por estar a beira do ponto do eixo que liga o sul e outros pontos do país, e ainda a principal entrada de mercadorias do sul.

A atividade comercial está caraterizada pelo comércio formal e o informal, que é desenvolvido com alguma regularidade nos municípios do litoral, nomeadamente Lobito, Benguela e Baia Farta.

Os agentes comerciais estão descapitalizados, fator este que não permite o relançamento desta atividade ao nível dos Municípios, Com unas e Vilas do interior da província.

Benguela – Turismo

Benguela

São famosas as praias de Benguela: Na cidade do mesmo nome temos a Praia Morena, Baía Azul e Caotinha, e no Lobito a praia da Restinga.

Pode-se ainda assinalar lugares históricos dignos de visita como Fortaleza de S. Sebastião no Egipto Praia, o forte de S. Pedro na Catumbela.

Centro piscatório situado no município da Baía-Farta é igualmente uma fonte de receitas para o estado angolano, que se alimenta com a produção piscatória (peixe fresco e seco) e ainda o produto transformado como a farinha de peixe.

Existem controlados 17 agentes promotores de espetáculos e um total de 250 áreas recreativas, assim distribuídas: 9 boites, 50 discotecas – dancing, 24 centros recreativos, 3 salas de jogos, 113 clubes de vídeo e 24 audições musicais.

A província possui 10 bibliotecas, congregando 23.511 obras. O número de artesões por tipo de matéria prima trabalha ronda a volta dos 528. Estão inventariados 16 e classificadas um total de 30 monumentos, sítios e zonas históricas.

Conta com 5.346 km de estradas, a ligação com as províncias limítrofes é feita de estradas asfaltadas, excepto com a do Namibe no troço Dombe Grande – Lucira, em estrada terraplanada.

Ao nível do Municípios do interior, cerca de 132 pontes e 1.383 Km de estradas secundárias e terciárias esperam reparações.

Caminho de Ferro constitui para a Província, e não só, elemento catapultador fundamental para economia. Em restauração o caminho de ferro no troço Lobito-Cubal e têm obedecido um curso normal.

A principal base econômica da província reside na existência do Porto do Lobito e na linha Caminhos de Ferro de Benguela (CFB). A revitalização destas 2 unidades econômicas criará efeitos multiplicadores não só na Província, mas em toda a região Centro Leste servidas pelo CFB e pelo Porto Marítimo. Todos os municípios contam com aeródromos, mesmo em fase de reabilitação.

Benguela – Catumbela

Do soba chamado Quitumbela, derivou o nome do sítio. A água era boa e o clima bastante melhor que o de Benguela, razões que levaram o restaurador de Angola, em 1650, a querer para ali mudar a capital do presídio de Benguela.

O grande negócio da Catumbela começou por ser o comércio com o interior, principalmente depois da abertura do caminho para o Bailundo e Bié. O comércio da borracha de segunda, desabrochado a partir de 1888, serviria de impulso a um crescimento febril.

Foi um verdadeiro delírio da borracha tudo nadava no gênero elástico, o dinheiro corria abundante e todo mundo queria ser permutador. As mais importantes casas comerciais estabelecem escritórios em Lisboa, constituem-se muitas sociedades…

Com semelhante evolução, transtornadora, as ligações entre Catumbela e Benguela, servidas por uma estrada dotada de excelentes obras de arte, careciam dum sistema moderno de transporte mais rápido do que o carro de bois e as barcas à vela que percorriam a costa.

Daqui nasceu a idéia de uma linha férrea. As duas penúltimas décadas do século XIX podem considerar-se o período do apogeu da Catumbela, servido por fatores geográficos especiais, que se relacionavam com a vida comercial com as populações locais.

A Catumbela, vila famosa e bonita, é hoje uma terra estacionária. O presente e o futuro, portanto, reatam-lhe as tradições agrícolas que a impuseram, no passado, à atenção dos conquistadores do reino de Benguela que a celebrizaram, como fonte preciosa da abundância, em horas amargas de privações alimentares.

Benguela – Lobito

O desenvolvimento da cidade do Lobito, inteiramente dependente das obras de construção do Caminho de Ferro de Benguela e do Porte, acompanhou muito lentamente as respetivas instalações. Por volta de 17 de Novembro de 1948, Lobito tornou-se cidade.

Nessa altura foi também aprovado o seu plano de urbanização. E em 1949, publicada portaria que estabeleceu os preceitos legais para a legalização das construções clandestinas.

A Restinga do Lobito foi então urbanizada. passando a ser a zona residencial mais nobre e o principal ponto de encontro nos momentos de lazer.

Por decreto de 28 de Novembro de 1902, o então grande estadista e presidente do concelho, Teixeira de Sousa, outorgava em nome do governo português com sir Robert Williams, o contrato de concessão da construção e exploração por 99 anos de um caminho-de-ferro que ligaria o Lobito com o planalto de Benguela e seguindo, no sentido leste, atingiria a fronteira luso-belga.

Ao iniciar-se em 1 de Março de 1903 os trabalhos de construção daquele caminho-de-ferro, iniciava-se também a brilhante história do porto do Lobito e simultaneamente nasciam as raízes da sua importante cidade.

A excelente baía que abriga o porto do Lobito, mede aproximadamente 5 km de comprimento, 600 m de entrada, 1,5 km na parte mais larga, registando fundos entre 15 e 36 m e sendo 1,9 m a maior amplitude de maré. A sua área excede 300.000 m2.

A primeira fase das obras do porto foi terminada em 31 de Janeiro de 1928, tendo havido posteriormente necessidade de prolongar o cais, o que aconteceu em 1957, passando assim o Lobito a dispôr de 1.122 m em dois cais acostaveíes dispostos em L.

Foi construído um estaleiro naval de apoio, que hoje tem a designação de Lobinave e é o maior de Angola. O Lobito dispõe de dois bons hotéis.

As escolas do ensino médio e pré-universitário estão concentradas nas cidades do Lobito e Benguela.

Nos Municípios da Baia Farta, Cubal e Ganda são ministradas aulas dos cursos pré universitário em instalações improvisadas.

Anualmente mais de 1500 alunos terminam o ensino regular nos municípios acima referenciados sem possibilidades de acesso ao ensino médio.

A Província tem em funcionamento o CUE – Centro Universitário de Benguela, e existe desde 1994, ministrando 5 cursos do ramo das ciências de educação: Pedagogia, Psicologia, Historia, Matemática e Língua Francesa, com um universo de 840 alunos.

Se faz necessário Laboratórios, cursos de Física, Química e Biologia, cursos de Inglês e Português.

O CUB conta com um núcleo do Curso de Direito.

A diversidade e dimensão das infra estruturas do Setor produtivo local, com destaque para o Porto do Lobito, o CFB, a LOBINAVE, a SONAMET, o TOL – SONANGOL, e as demais industrias no geral levaram ao surgimento do PRODESB – Programa de Desenvolvimento do Ensino Superior em Benguela que visa em primeiro lugar fortalecer e ampliar o domínio dos cursos ministrados atualmente no CUE, e em, segundo lugar dinamizar o surgimento de cursos superiores no domínio das Engenharias, Economia, Gestão, Direito, Medicina e Reabilitação Física.

No quadro do PRODESB decorre desde Junho do corrente ano acções de formação de preparação para o ingresso nos cursos superiores de Economia, Gestão, Engenharia Informática e Ensino Especial/Reabilitação Física.

Saúde conta com o Hospital Central de Benguela com mais de 100 anos de existência, e o hospital Regional do Lobito, em reabilitação no âmbito do PIPI/02.

No domínio da formação existe um IMS a funcionar em Benguela nas instalações do H.C.B. e uma Escola de formação Básica para enfermeiros no Lobito.

O setor controla 11 hospitais, com 1.423 camas, 21 centros de saúde e 124 postos de saúde, dos quais 2 de ONGs. Exitem ainda 37 postos de saúde controlados pelas igrejas e 136 Unidades privadas.

A cobertura médico-sanitária é de 1 médico / 66.467 habitantes.

Benguela – Portos e Aeroportos

O Porto do Lobito conta hoje com equipamentos e infra-estrutura modernas e preparado para o tráfego que se avizinha, a província conta com 3 aeroportos principais, em Benguela, Catumbela e Lobito, com maior destaque para o da Catumbela concebido para receber aeronaves de grande porte.

Os programas de reabilitações destinam-se mais urgentemente a: da central hidrelétrica do Lumaum 65 MW, do Biopio 14 MW (em curso), aquisição de duas turbinas a gás de 25 MW cada, para instalação na Quileva, linhas de transporte, e reabilitação da linha de média, baixa tensão e iluminação Pública. Também domínio das águas no litoral, estruturas de captação, armazenamento e tratamento de água.

Correios e Telégrafos têm-se a ANGOLA TELECOM, confinados na faixa litoral nomeadamente em Benguela, Lobito, Catumbela e Baia Farta.

Para o interior as comunicações são asseguradas pelos serviços de tele-cominicações administrativas da INATEL, por via Rádio.

Os transportes coletivos urbanos nas cidades de Benguela, lobito e Baia Farta são assegurados por empresas privadas, detentoras de frotas não superiores de 5 autocarros cada, e a maior parte é assegurada por viaturas do tipo Toyota Hiace. As ligações inter-municipal e inter-provincial são garantidas por operadoras distintas.

Fonte: welcometoangola.co.ao/www.consuladodeangola.org

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