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Bandeira da Romênia
A Bandeira da Romênia é uma tricolor de três listas verticais iguais de azul (à tralha), amarelo e vermelho.
A origem destas cores perde-se na história romena, mas a sua disposição actual foi adoptada oficialmente apenas em 27 de Dezembro de 1989.
A bandeira anterior, do estado comunista (1947-1898) continha o brasão de armas de então no centro da lista amarela. Durante a revolução de 1989 podiam ver-se muitas bandeiras com o emblema recortado, e o governo que se seguiu decidiu não adicionar um brasão à bandeira, tal como acontecia no pavilhão civil durante o Reino da Roménia (1881-1947).
A bandeira é muito semelhante à bandeira da Moldávia, um vizinho que partilha muita da sua cultura e história com a Roménia.
É ainda quase idêntica à bandeira do Chade (esta último com um tom de azul ligeiramente mais claro), com a qual não tem qualquer relação, bem como com a bandeira de Andorra (com a qual difere em proporções e na presença do brasão nacional ao centro).
Bandeira da Romênia comunista
Bandeira da Moldávia, a efeito de comparação
Armas da Romênia
Para todos os povos, as armas do pais – distintivo heráldico supremo – têm particular importância. As imagens que as compõem evocam a historia do país, por intermédio delas a tradição permanece sempre viva e o seu significado desperta o sentimento nacional.
Armas da Romênia
Em muitas das armas nacionais, os elementos constitutivos são fiéis ao passado histórico nacional, sendo unanimemente reconhecidos por todos os cidadãos. Tais nobres símbolos não são consagrados só por leis e decretos. Eles representam, ao mesmo tempo, a quinta-essência dos ideais e das aspirações dos cidadãos, do seu pensamento comum.
A idéia de se estabelecer umas armas representativas, sintéticas, data na Romênia ainda do começo do século XIX. Ela levou à formação de uma brilhante equipe de especialistas em heráldica, que reuniu personalidades notáveis da ciência romena.
Na altura em que foram criados os Arquivos do Estado e os estudos de sigilografia progrediram, os peritos em heráldica identificaram as armas dos distritos, das províncias, as insígnias heráldicas dos grandes latifundiários etc. Após 1859 (ano em que a Valáquia e a Moldávia se uniram num único estado) pôs-se a questão de umas armas que fossem representativas.
No ano de 1863, foi encontrada a solução da reunião dos símbolos tradicionais da Valáquia (a águia de ouro cruzada) e da Moldávia (o auroque com estrela entre os chifres). Ulteriormente, em 1872, a comissão nacional de heráldica propôs umas armas resultantes da combinação dos símbolos tradicionais de todas as províncias romenas: Valáquia, Moldávia, Bucovina, Transilvânia, Maramures, Crisana, Banat e Oltênia.
As armas foram adotadas pelo Governo da Romênia e permaneceram em uso ate 1921, quando, em conseqüência da Grande União de 1 de Dezembro de 1918, foram estabelecidas as novas armas da Romênia Grande, mediante a combinação dos símbolos instituídos em 1872: os brasões da Casa de Hohenzollern (casa real européia que tem as suas origens no começo da Idade Média e que deu a Romênia quatro reis, sendo o primeiro deles -.Carlos I, 1866-1914 – quem elevou o país a nível de reino, em 1881), a coroa da Romênia (feita do aço de um canhão capturado em Plevna durante a Guerra de Independência de 1877 –1878, quando graças a audácia dos soldados romenos, o país conquistou a independência para com o Império Otomano) e dois delfins de caudas levantadas, dispostos frente a frente, simbolizando o Mar Negro.
As armas da Romênia Grande foram substituídas em 1947 – quando, sob a pressão das tropas soviéticas de ocupação, foi proclamada a República Popular Romena – por uma efígie decorativa representando as riquezas do pais, enquadradas por espigas de trigo, tendo como campo um nascer de sol e, na parte superior, uma estrela vermelha.
Logo após a Revolução de 1989, pôs-se a questão de se conferir a Romenia novas armas. De fato, o primeiro símbolo da Revolução foi a bandeira tendo no meio um buraco aberto pelo recorte das armas comunistas.
A comissão de heráldica, designada com vistas a realização das novas armas da Romenia, trabalhou intensamente, submetendo ao Parlamento duas variantes que, finalmente foram combinadas. O resultado foi o design atual, adotado pelas duas Câmaras do Parlamento reunidas na sessão de 10 de setembro de 1992.
As armas da Romenia tem no centro a águia de ouro cruzada. Tradicionalmente, esta águia aparece nas armas de distrito de Arges, da cidade de Pitesti e da cidade de Curtea de Arges.
Ela simboliza a dinastia dos Bassarabes, o núcleo em volta do qual foi organizada a Valáquia, província que desempenhou o papel decisivo no destino histórico de toda a Romênia. A águia, símbolo da latinidade e ave de primeira categoria na heráldica, representa a audácia, a firmeza, o vôo para alturas, a força, a grandeza. Ela domina também as armas da Transilvânia.
O escudo em que sossega é azul, simbolizando o céu. A águia segura entre as garras as insígnias da soberania: um cetro e um sabre, este último lembrando do príncipe da Moldávia, Estevão o Grande (1456-1504), chamado também o “Cavalheiro do Cristo”, enquanto o cetro evoca Miguel o Bravo (1593-1601), o primeiro a unificar os países romenos.
Sobre o peito da ave encontra-se um brasão dividido em quatro setores com os símbolos das províncias históricas romenas (Valáquia, Moldávia, Transilvânia, Banat e Crisana), bem como dois delfins, lembrando o litoral do Mar Negro. No primeiro setor, sobre um campo azul, as armas da Valáquia: uma águia, segurando no bico uma cruz ortodoxa de ouro, tendo à direita um sol de ouro e à esquerda uma lua nova. No segundo setor, as armas tradicionais da Moldávia: um auroque preto com uma estrela entre os chifres, uma rosa de cinco pétalas à direita e uma meia-lua à esquerda, ambas de prata.
O terceiro setor representa as armas tradicionais do Banat e da Oltênia: em cima das ondas, uma ponte amarela com dois arcos de abóbada (figurando a ponte sobre o Danúbio do imperador romano Trajano), de onde ressalta um leão de ouro, segurando um sabre na pata direita da frente.
No quarto setor figuram-se-nos as armas da Transilvânia com Maramures e Crisana: um escudo dividido em dois por uma linha estreita: em cima, num campo azul, uma águia preta com garras de ouro, tendo à direita um sol de ouro e, à esquerda, uma meia-lua de prata; abaixo, sete torres ameados, colocados em dois planos, no primeiro com quatro torres e no segundo com três.
São também representados os territórios adjacentes ao Mar Negro, num campo azul: dois delfins afrontados, dispostos de cabeça para baixo.
Fonte: rumbo.com.br
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