Amapá

Municípios

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Roteiros e Dicas Por Abrão Miranda*

Amapá
Fonte: Ingreja Católica, no Município de Amapá. foto de Abrão Miranda

O município de Amapá esta localizado ao norte do estado, a aproximadamente 300 km de Macapá. Saindo deste município a via de acesso é a BR-156, a viagem é tranquila, e há várias lanchonetes e postos de combustível ao longo da rodovia, um destes postos fica logo na saída de Macapá, no km 09, outros, ainda, em Porto Grande e Ferreira Gomes.

Nestas duas cidades, você irá passar no trevo, no km 105 e km 130, respectivamente, mas os ramais que dão acesso a elas são bem curtinhos, menos de 1 km, onde você pode fazer uma parada para “esticar” as pernas e fazer uma refeição. A ponte sobre o rio Araguari, logo depois do trevo de Ferreira Gomes, proporciona uma vista que vale a pena contemplar.

Seguindo viagem, no km 230, você passa no trevo de Tartarugalzinho, daí em diante você irá passar por várias comunidades ao longo da BR-156, quase todas fazem parte do município de Pracuúba, como Breu, Flexal e Cujubim. A sede do município de Amapá não é cortada pela BR, existe um ramal de acesso à direita da rodovia, que tem aproximadamente 15 km. Sem dúvida, o município de Amapá, é um dos municípios do estado mais rico em história.

Foi a primeira capital do então Território Federal do Amapá, foi palco da luta entre franceses e brasileiros pelo domínio daquela região, e também serviu como base militar na Segunda Guerra Mundial. Esses são fatos que fazem parte das conversas de esquina e botecos da cidade, para quem se interessa por esses assuntos, os moradores mais antigos não se importam nem um pouquinho em parar suas vidas e conversar longamente com os forasteiros, um desses moradores é o seu Arthur.

Ele mora numa casa em frente à estátua do Cabralzinho, figura histórica na luta contra os franceses, no inicio do século XX. Ele pode lhe contar muitos fatos que marcaram a vida do município. Além dos fatos históricos, Amapá possui belos lugares para caminhadas ecológicas, atividades de pesca esportiva e banho de rio. Um desses lugares é a Cachoeira Grande.

Ela é um pouco afastada da cidade, para chegar até lá é necessário percorrer um ramal que atravessa a base aérea até uma comunidade chamada Calafate, lá você procura o proprietário de uma pousada na cachoeira, que oferece também serviço de bar e restaurante.

Em Amapá há muitas fazendas, onde são produzidos deliciosos queijos regionais, produto comercializado localmente e vendido, ainda, no restante do estado. Uma forma de fomentar o comércio de produtos agropecuários neste município é através da festa anual AGROPESC, geralmente realizada no mês de novembro, momento em que são celebrados negócios como compra e venda de gado bovino e bubalino, entre outros produtos. Na programação do evento constam atrações musicais, apresentações de grupos de dança, rodeios e muitos mais.

*Professor de Ciências da rede pública de ensino, acadêmico de licenciatura em História e Técnico Agrícola.

ONDE COMER: Em volta da praça central da cidade existem vários restaurantes que servem pratos a base de peixe e carne.

O QUE VISITAR

-Estátua de Cabralzinho
-Cachoeira grande
-Região de lagos
-Agropesc
-Amapá verão

Calçoene

Roteiros e dicas Por Abrão Miranda*

Amapá
Fonte: Trevo da Cidade de Calçoene, Foto de Abrão Miranda

O município de Calçoene fica localizado na região norte do estado, distante cerca de 380 km de Macapá. Existe ônibus diariamente da capital para o município. De carro pela BR-156, é bom ficar atento a alguns detalhes.

Logo na saída, no km 09, existe um posto de gasolina, depois dele você só vai encontrar outro em Porto Grande, no km 105, por isso é bom completar o tanque. Existem poucas lanchonetes ao longo da estrada, mas você pode comprar frutas, refrigerantes e salgados ao longo da viagem. No km 50 existe um ótimo bolinho de pirarucu, vale a pena parar e experimentar.

A BR-156 passa primeiramente no trevo do município de Porto Grande e, depois no trevo de Ferreira Gomes, nos dois casos, o ramal até estas cidades é de menos de 1 km. Passando Ferreira Gomes você chegará à ponte Tancredo Neves, que passa sobre o rio Araguari, pare e contemple a paisagem. No km 230 a BR corta ao meio o município de Tartarugalzinho, parada obrigatória para esticar as pernas, repor combustível e comer algo.

Perto do km 300, você irá passar pelo trevo da cidade de Amapá, o ramal até a cidade é de mais ou menos 15 km, então, indo para Calçoene trafega-se por fora dessa cidade. Se tiver na hora do almoço e tiver que parar para comer nesse ponto da viagem, tem bons pratos a base de peixe na comunidade do Calafate, que fica as margens da rodovia.

De lá para Calçoene você ainda vai rodar uns 50 km, depois desse trajeto você vai chegar a uma bifurcação, a da esquerda vai para Oiapoque, pegue o ramal da direita, a menos de 500 metros você já esta dentro da sede do município de Calçoene.

Embora o município tenha sido criado em 1956, a sede é uma cidade pequena, possui 9.060 habitantes, a grande maioria vive em área urbana. Existem pousadas e restaurantes a preços bem em conta. O clima é tropical chuvoso e a altitude em relação ao nível do mar é de 10 m. A vila do Lourenço, como era conhecida antigamente a sede do município, pertencia à província do Grão-Pará e vivia basicamente da exploração do ouro da mina do Lourenço, local onde até hoje existe extração desse minério.
A região tem forte disposição para a prática do ecoturismo, pois existem vários lugares para caminhadas ecológicas, banhos de rios e pesca esportiva. Para um bom banho de riacho, recomenda-se o balneário Asa Berta, pertinho da cidade, uns 7 km.

Calçoene abriga o parque Arqueológico do Solstício, um círculo de pedras que se supõe ser um antigo observatório indígena, tem 30 metros de diâmetro, com pedras de granito de até 4 m de comprimento. Existe também a 15 km de distância da vila, a praia do goiabal, quase intocada, apesar de a água ser barrenta como a do rio Amazonas, é salobra. O rio Calçoene, em frente à cidade, além de possuir uma bela vista, proporciona ótimos passeios de barco, e é também um bom lugar para uma pescaria.

*Professor de Ciências da rede pública de ensino, acadêmico de licenciatura em História e Técnico Agrícola.

Tartarugalzinho

Roteiro e dicas Por Abrão Miranda*

Amapá
Fonte: Balneário Riacho Doce, Foto de Abrão Miranda

Município criado 1987, esta localizado a uma distância de aproximadamente 230 km da capital. A via de acesso é a BR-156 e todo o trecho até a cidade-sede do município é asfaltado. Existe ônibus diariamente para o município. A viagem de carro é curta, mas é impossível não parar para comer um gostoso bolinho de pirarucu no km 50 e, logo depois da ponte sobre o rio Araguari, na entrada de Ferreira Gomes, para da uma olhada na paisagem.

Dez quilômetros antes de chegar à cidade de Tartarugalzinho, você irá passar pela comunidade de Tartarugal Grande, onde os moradores são bastante receptivos. Segundo os moradores, Tartarugal Grande é um dos lugares mais antigos da região, teria surgido antes mesmo que a sede do município. Se você não estiver com pressa, pode parar e jogar um pouco de conversa fora com os moradores e, ainda, tomar um banho de rio.

De acordo como censo de 2003, o município possui uma população de 7.869 habitantes, hoje esta bem maior, pois Tartarugalzinho, curiosamente, é a cidade com maior taxa de natalidade do Brasil. A sede do município sempre serviu como referência para os viajantes que trafegam na BR-156, pois oferece serviços de alimentação e combustível.

Com a descoberta do ouro nos arredores da sede do município, houve um crescimento populacional bastante considerável, causando uma alteração na qualidade ambiental e na vida econômica e social da população. Outro fator que contribui para essas transformações foi a instalação da AMCEL (Amapá celulose), empresa que trabalha com plantação e extração de pinho, depois substituída pela multinacional CHAMFLORA, também do setor de celulose.

O município abriga uma reserva de reprodução de quelônios, e está investindo juntamente com o governo do estado no setor do ecoturismo. O lugar contempla belas áreas para passeios ecológicos e pesca esportiva. Existem varias comunidades no interior do município, dentre elas podemos destacar a comunidade do Bom Jesus, um assentamento de agricultores, que tem um excelente rio para tomar banho e a comunidade de Lago Novo, de onde, indo de barco, você pode chegar a uma das regiões mais belas do estado, que é a região de lagos.

Oiapoque

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Amapá
Museu Indígena Kuahí, Foto de Abrão Miranda

O município de Oiapoque esta localizado no extremo norte do Amapá, a via de acesso é a BR-156 e a distância que o separa da capital é de aproximadamente 600 km. Existe ônibus diariamente de Macapá para o município, a saída é sempre do terminal rodoviário.

De carro a viagem é demorada, por isso, recomenda-se sair de Macapá nas primeiras horas do dia para curtir a viagem e apreciar as belas paisagens, que não são poucas. Você vai almoçar na estrada, mas isso não é problema, pode-se parar em Tartarugalzinho no km 230, onde existem ótimos pratos à base de peixe, ou em Calçoene no km 374, último ponto de parada para Oiapoque, depois dele, pode-se fazer breves paradas: a primeira na comunidade do Carnot, um assentamento de agricultores a mais ou menos 75 km de Calçoene e a segunda, as margens do rio Cassiporé, este divide os dois municípios. Depois do Cassiporé, restam apenas 120 km até a sede do município.

Há poucos kms antes de chegar à cidade existe um ramal à esquerda, ele liga a BR a uma aldeia indígena, quanto às outras aldeias, o acesso é apenas através de pequenos barcos. Você precisa conversar com os funcionários da FUNAI para obter informações sobre as tribos que existem no município.

A população do município é de pouco mais de 20.000 habitantes, a maioria vive na cidade, mas por se tratar de uma zona de fronteira, a população é bastante flutuante, é grande o tráfego de pessoas por essa localidade. Em 2009, o município completa 64 anos, ainda é uma cidade pequena, mas bastante agitada. Possui uma altitude de 10 metros em relação ao nível do mar, e seu clima é equatorial.

Quando falamos em pontos extremos do Brasil, temos o município de Oiapoque como uma das referências, o outro é o Chuí, no RS. É também o município que faz fronteira com a Guiana Francesa, e onde vivem três das etnias indígenas existentes no estado: os Waiãpis, os Galibis e os Palikus.

Em 1907, o governo federal criou o primeiro destacamento militar do município, que acabou servindo de abrigo a presos políticos, hoje situado na localidade de Clevelândia do Norte. Possui dois canais de televisão: Globo e Bandeirantes e uma emissora de radio.

O município vem investindo no ecoturismo, possui excelentes lugares para banho, trilhas e para a prática da pesca esportiva. Numa travessia rápida pelo rio Oiapoque chega-se a Saint Georges, cidade do outro lado do rio, já em território francês. Os preços são em euro, vc tem que fazer a troca de moedas antes de atravessar para São Jorge, em Oiapoque aceita-se o euro.

O QUÊ VISITAR

-Primeiramente a própria cidade, Oiapoque é agitada, existe o monumento que marca o inicio do Brasil.
-Passeio pelo rio Oiapoque.
-A cidade do Saint Georges, na Guiana Francesa.
-Aldeias indígenas: tribos Caripuna, Galibi e Palikur.
-Museu dos Povos Indígenas de Oiapoque (Museu Kuahí).
-Parque Nacional do Cabo Orange.
-Clevelândia do Norte.
-Cachoeira de Grand Roche.

Pracuúba

Roteiros e dicas Por Abrão Miranda*

Criado em 1992, o município de Pracuúba possui pouco mais de 3.500 habitantes, sua distancia em relação a capital é de aproximadamente 270 km e a via de acesso é a BR-156. Saindo de Macapá, a estrada é pavimentada até a comunidade do Flexal, localizado às margens da BR-156, uns quilômetros após a sede do município de Tartarugalzinho. Na comunidade do Flexal existe um ramal à esquerda, ele tem aproximadamente 18 km, é através dele que se tem acesso a cidade de Pracuúba.

O desenvolvimento da cidade esta ligada a prática da pesca artesanal e pecuária, tais atividades fazem de Pracuúba um dos mais importantes pólos do estado nesses setores. É um dos poucos municípios que possuem ecossistemas bem definidos, dentre os quais podemos destacar as florestas de terra firme, cerrado e áreas inundáveis.

O ambiente lacustre presente na região, proporciona belos cenários com lagos permanentes e temporários e uma rica e diversificada fauna aquática, por causa desses ambientes e seus estoques naturais de peixes, a pesca esportiva é um dos grandes atrativos da região, nessa modalidade pode-se pescar trairão, tucunaré e pirarucu. Existem ainda ninhais de aves aquáticas, esses locais carecem de proteção, pois são locais de reprodução. A comunidade também vive da extração do açaí, produto que aquece a economia local.

Laranjal do Jarí

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Amapá
Cachoeira de Santo Antonio no verão, Foto de Abrão Miranda

O Município localiza-se ao sul do estado. Criado em 1987, cedeu parte do seu território para a criação de um outro município, o de Vitória do Jarí. Distante de Macapá a uma distância de aproximadamente 212 km, a via de acesso é a BR-156.

De todo o percurso até o município, apenas 21 km são pavimentados, mas a estrada de chão batido também é um dos atrativos da viagem. Existe ônibus diariamente de Macapá até a sede do município. Mas, se optar em ir de carro, saindo de Macapá, é recomendável abastecer o tanque no posto do km 09, não existe outro até a sede do município.

No km 21, existe uma placa de identificação, é só você dobrar a esquerda e seguir. Um dos melhores momentos da viagem é o trajeto dos últimos quilômetros até a chegada no município-sede, a rodovia corta a floresta, boa parte do trecho é percorrido dentro dela, a estrada fica um pouco estreita, o que requer um pouco mais de cuidado e, nesse momento, é possível ter uma boa visão da vegetação.

A população estimada em 2009 era de 40.357 habitantes, sendo que a maioria vive na sede do município. Com esta população, Laranjal do Jarí é a terceira cidade mais populosa do estado, ficando atrás apenas de Macapá e de Santana.

O clima é equatorial e sua altitude em relação ao nível do mar é de 22 metros. Inicialmente, o município foi habitado pelos índios waianos e apalais, posteriormente, por nordestinos que vieram trabalhar na extração do látex para a fabricação da borracha.

A história recente do município esta ligada ao projeto Jarí florestal, implementado pelo milionário americano Daniel Ludwig, em 1967, cuja principal atividade era a fabricação de celulose, o que atraiu para a região um grande contingente populacional.

Hoje, grande parte de seu território encontra-se dentro do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, a maior área de floresta tropical do planeta. O município guarda uma das maiores belezas natural da Amazônia, e com certeza a mais bela do estado: a cachoeira de Santo Antonio, com uma queda d’água de 28 metros de altura, é um dos pontos turísticos mais visitados do estado do Amapá.

Além da cachoeira de Santo Antonio, em Laranjal do Jarí existem excelentes lugares para trilhas e para a prática da pesca esportiva. Todos os anos, o município promove três grandes eventos, o Festival da Castanha-do-Brasil, que acontece em abril; a EXPOVALEJARI, em dezembro; e o Rally da Amotova, promovido pela associação dos motoqueiros do vale do Jarí. O município também abriga a Reserva Extrativista do Rio Cajarí.

Pedra Branca do Amaparí

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Amapá
Balneário Água Fria, Foto de Abrão Miranda

Município criado em 1992, está localizado na região oeste do estado e possui uma população de quase 8.000 habitantes. O acesso a esse município, além de poder ser feito de carro, pela BR-156 e depois pela Perimetral Norte, também pode ser feito de trem pela ferrovia Santana/Serra do Navio.

Partindo de Macapá pela BR-156, você irá rodar 105 km, passará pelo município de Porto Grande e percorrerá mais 80 km pela Perimetral Norte, até chegar à sede do município. A uns 30 km antes de Pedra Branca encontra-se a comunidade do Cupixí, onde você pode encontrar um dormitório chamado Salmo 23, é da dona Terezinha, e a diária é baratinha, somente R$ 15,00, claro que não tem muito luxo, mas têm um bom balneário a 3 km da vila. No Cupixí também existe um posto de combustível.

O desenvolvimento do município de Pedra Branca esteve ligado à presença da Mineradora ICOMI, e mais recentemente, a extração de ouro no rio Cupixí. Atualmente, com a instalação de dois projetos de exploração mineral, o município teve um crescimento considerável no número de habitantes, causando uma grande transformação na economia e na geografia humana e espacial do município.

A Perimetral Norte, rodovia que corta o município tem ao longo do seu trajeto inúmeras comunidades, a maioria assentamentos responsáveis pela produção agrícola do município. Na localidade existem grandes áreas de florestas densas, cachoeiras e corredeiras, como a da Água Fria, excelente para banho. No final da Perimetral você encontra a aldeia indígena Waiãpi.

Macapá

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Amapá
Praça Floriano Peixoto, Foto de Abrão Miranda

Macapá é a capital do estado, cidade que não possui interligação por rodovias, por isso, para se chegar aqui, ou você vem de avião, ou de navio. No primeiro caso existem vôos diários praticamente de todo o Brasil, com uma breve escala em Belém do Pará.

No segundo, o navio parte de Belém, geralmente duas vezes por semana, e cruza o arquipélago do Marajó, um dos maiores do mundo, a viagem dura mais ou menos 24 horas e é muito agradável, os navios são confortáveis, inclusive com serviço de bar, restaurante e música ao vivo.

A população de Macapá é de quase 360.000 habitantes, é a quinta cidade mais populosa da região norte do país. Foi fundada em 1758, e o nome Macapá é de origem tupi, uma variação de “Macapaba”, que quer dizer lugar de muitas bacabas, uma palmeira nativa da região.

A história de formação da cidade está ligada a defesa do território colonial contra as invasões de estrangeiros, motivo pelo qual foi construída a fortaleza São José de Macapá, hoje uma das sete maravilhas do Brasil, escolhida em um concurso da Revista Caras. O monumento foi inaugurado em 1782, e apesar de ser um dos maiores do Brasil, nunca foi usado em alguma batalha.

O clima da cidade é equatorial quente úmido e a sua altitude em relação ao nível do mar é de 14 m. Macapá é cortada pela linha do equador, por isso, foi construído o monumento do Marco Zero, local onde a linha imaginária do equador divide a terra em dois hemisférios, norte e sul. No local existe um relógio do sol, o que permite assistir ao fenômeno do equinócio, uma manifestação em que os raios do sol, no seu movimento aparente, incidem diretamente sobre a linha do equador, nesse período os dias e as noites tem a mesma duração, acontece duas vezes ao ano, a primeira em março, denominado equinócio de outono e outra em setembro, o equinócio da primavera.

A cidade conta ainda com muitos outros pontos turísticos, alguns verdadeiros monumentos históricos, como o museu Joaquim Caetano, inaugurado em 1845 e a igreja de São José de Macapá inaugurada em 1761. Temos também a Pedra do Guindaste, onde fica uma imagem de São José, no rio Amazonas, bem em frente a cidade, é uma homenagem ao santo padroeiro do estado.

Também em frente à cidade, está o trapiche Eliezer Levi, com um bondinho para passeio. A orla da cidade oferece outras atrações como o parque do Araxá e Beira-rio, além de muitos restaurantes que oferecem boa comida e a brisa do rio Amazonas. Um passeio pela capital também pode incluir uma visita à Vila do Curiaú (uma das várias comunidades quilombolas existentes no estado), a Casa do Artesão, o Museu Sacaca, o Centro da Cultura Negra, o Teatro das Bacabeiras.

E pra quem quer se afastar um pouco, pode visitar o balneário da Fazendinha, onde existem bons restaurantes, todos oferecem o saboroso camarão no bafo, e a Lagoa dos Índios. Ao longo do ano, vários eventos marcam o calendário cultural do município, dentre os quais podemos destacar: o carnaval, com desfile das escolas de samba no sambódromo, e ainda, na terça-feira gorda, tem o desfile do maior bloco de sujos do norte do Brasil, a Banda, com quase 60.000 pessoas; a quadra junina, realizada no parque de exposição da cidade; o Macapá verão (Festa do Sol), no mês de julho, em todos os balneários que circundam o município; a Expofeira, feira agropecuária do Amapá, em outubro; a Semana da Consciência Negra e o Encontro dos Tambores, no mês de novembro; e o reveillon, na orla do rio Amazonas; além da cidade fazer parte do circuito de shows de cantores de renome nacional.

A capital conta com uma satisfatória infra-estrutura para o turismo com hotéis, pousadas, restaurantes, bares, casas de diversões, locadoras de veículos, transporte coletivo, lan houses, vários canais de televisão e emissoras de rádios AM e FM.

O QUE VISITAR

-Fortaleza de São José de Macapá
-Casa do Artesão
-Orla de Macapá
-Arquipélago do Bailique

Mazagão

Roteiros e dicas Por Abrão Miranda*

Amapá

O município possui uma população de aproximadamente 14.000 habitantes, e uma distancia de 50 km de Macapá. Sua altitude em relação ao nível do mar é de 60 m. A via de acesso é a AP-10 e para chegar a esse município é necessário fazer duas travessias em balsa, o que torna bastante agradável a viagem.

A história do município remonta ao século XVIII, o local foi escolhido para receber a população de Mazagão, em Marrocos, cidade abandonada por ordem do Marquês de Pombal. Essa população contava com 340 famílias que chegaram a Belém, e dessas, 160 seguiram viagem até a Nova Mazagão.

No mês de julho, acontece a festa de São Tiago em Mazagão velho, distrito de Mazagão, distante 30 km da sede. Este festejo retrata a encenação da luta entre mouros e cristãos, que disputavam na áfrica a hegemonia da fé no continente. Tem caráter religioso e folclórico e faz alusão a lenda de São Tiago, soldado misterioso que apareceu nas batalhas ao lado dos cristãos, sendo responsável pela vitória dos cristãos.

*Professor de Ciências da rede pública de ensino, acadêmico de licenciatura em História e Técnico Agrícola.

O QUE VISITAR

– Igreja de São Tiago- Mazagão velho
– Ruínas da Igreja Nossa Sra da Assunção-Mazagão Velho
– Festa de São Tiago no mês de julho

Santana

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Amapá
Igreja Matriz da Cidade, Foto de Abrão Miranda

É o segundo maior município do estado em número de habitantes, com uma população estimada em 100.000 pessoas. É próxima a capital cerca de 20 km, os ônibus circulam praticamente a todo o instante, saindo de Macapá, existe duas vias de acesso, a Rodovia JK e a Rodovia Duca Serra. Para quem vem de outro estado e opta por vir de navio, o ponto de chegada é o porto de Santana.

O município conta com uma boa estrutura para o turismo, possui varias pousadas, restaurantes, bares, boates, transporte coletivo, lan houses e balneários. A hidrografia do município é diversificada, existem rios, lagos e igarapés. Na frente da cidade você encontra a Ilha de Santana, depois de alguns minutos de catraia, uma pequena embarcação usada no transporte dos nossos ribeirinhos, você atravessa o rio e chega à localidade.

A ilha foi o primeiro povoado do município, conta hoje com aproximadamente 5.000 habitantes. Lá existem ótimos balneários para banho com boa estrutura de bar e restaurante, e ótimos lugares para passeios ecológicos.

Um dos mais famosos igarapés do município é o Igarapé da Fortaleza, este divide Macapá de Santana, e é um excelente lugar para passeios de barco, aliás, os passeios de barcos são uma atração a parte no município, principalmente no mês de julho.

O carnaval do município é um dos melhores do estado, não existe desfile de escola de samba, embora uma das escolas mais prestigiadas do estado seja de lá, a Império do Povo, na época do carnaval a agremiação desfila em Macapá. O que temos em Santana é a micareta, desfiles de blocos animados por trios elétricos. Em fevereiro, a cidade recebe em torno de 80.000 brincantes.

No mês de dezembro, comemora-se o aniversário do município, a prefeitura promove uma semana de festividades, com shows de cantores de renome nacional, olimpíadas esportivas, como o triatlon caboclo, e várias gincanas culturais. No mês de julho temos o Santana verão, nesse período, todos os balneários da cidade se preparam para receber os visitantes.

Serra do Navio

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Amapá
Praça da Cidade de Serra do Navio, Foto de Abrão Miranda

Distante aproximadamente 220 km da capital, o município de Serra do Navio foi criado em 1992. Possui uma população de aproximadamente 4.000 habitantes. Todos os dias saem de Macapá e de Santana ônibus para Serra do Navio. A via de acesso, primeiramente é a BR-156, depois de rodar uns 100 km nessa rodovia, você irá cortar o município de Porto Grande e pegar outra estrada, a Perimetral Norte.

Quando você rodar aproximadamente 100 km nessa estrada, você verá um ramal a esquerda, dobrando nele roda-se um pouquinho mais para chegar à vila. É bom parar em Porto Grande para completar o tanque, caso resolva ir de carro.

O acesso, durante o período de chuvas (dezembro a junho), é mais complicado devido às condições da estrada, que não é pavimentada, o que requer ainda mais cautela do motorista. Outra maneira de chegar à cidade é indo de trem, que parte de Santana, normalmente três vezes por semana.

A história desse município esta ligada a instalação, em meados do século passado, da mineradora ICOMI, empresa que trabalhava na retirada do manganês daquela região. A cidade foi planejada, foi criada toda uma infra-estrutura para o desenvolvimento do projeto, com casas para os trabalhadores que vieram de outros estados, construção de hospital, super mercado, clube recreativo, dentre outras coisas, que não faziam parte da realidade da população que lá vivia à época da instalação da mineradora. Mas, com a saída da empresa, Serra do Navio está longe de ser o que já foi um dia.

Atualmente outras mineradoras vem realizando o trabalho de exploração de ferro e ouro no município.
O município conta com bons hotéis e boas pousadas e alguns restaurantes. No calendário cultural existem grandes festas, dentre as quais podemos citar a Festa da Mina, no mês de julho, e o Baile das Flores, estes acontecem no MEC, Manganês Esporte Clube, o ponto de encontro da cidade.

Uma atração à parte são os rios que cortam o município, os principais são os Rios Cachaço e Sicurijú, estes dois proporcionam um belíssimo passeio de barco pelas comunidades ribeirinhas e belas paisagens. Serra do Navio possui uma fauna muito rica, o único lugar do Brasil onde existe uma espécie rara de beija-flor, o “Brilho de Fogo”. A cidade tem esse nome porque o rio que passa em frente à cidade, observado do alto, tem a forma de um navio.

Ferreira Gomes

Roteiros e Dicas Por Abrão Miranda*

Amapá

É um município relativamente próximo de Macapá, apenas 130 km de distância. A viagem é curta e a via de acesso é a BR-156. Existe ônibus diariamente para o município, a linha inicia no terminal rodoviário de Macapá, no bairro São Lázaro. Quem for fazer a viagem de carro, poderá fazer uma parada na lanchonete do km 50, mas se você preferir, pode parar no trevo do municio de Porto Grande, 30 km antes de Ferreira Gomes. A rodovia não corta o município, mais ou menos no km 130, existe o trevo, você irá dobrar a direita, e rodar pouco menos de 1 km.

A cidade fica às margens do Rio Araguari. Apresenta uma estrutura razoável para atender aos turistas que visitam a cidade. Existem pousadas acolhedoras e bons restaurantes, a maioria ao longo da margem do rio.

Do balneário da cidade, pode-se ver a ponte Tancredo Neves, construída sobre o rio Araguari, uma das grandes obras de engenharia do nosso estado. O município foi criado em 1987, possui uma população em torno de 5.000 pessoas e era um importante entreposto no passado na BR-156.

Ferreira Gomes oferece um dos melhores carnavais fora de época do estado, o CARNAGUARI, um grande evento realizado no mês de agosto, com duração de dois dias. Nessa época, deslocam-se até a cidade mais de 15.000 pessoas, toda a população se prepara para receber os visitantes, alguns moradores costumam alugar espaços em suas casas para abrigar os brincantes que chegam à cidade.

Ferreira Gomes é um bom lugar para descansar, é calma, os preços nas pousadas são bem em conta, a comida é muito saborosa e não é cara. Um banho nas águas do Rio Araguari é ótimo para refrescar o calor.

Itaubal

Roteiro e dicas Por Abrão Miranda*

Amapá

O nome Itaubal vem da presença na região de uma madeira chamada itaúba. Distante aproximadamente 90 km da capital do estado, esse município foi criado em 1992 e possui uma população de aproximadamente 3.500 habitantes.

O acesso a ele é pela AP-060 ou pela AP-070. Saindo de Macapá pela AP-060, você passará em várias comunidades tradicionais, quase todas localizadas no município Macapá, dentre as quais podemos enumerar: vila do Curiaú, comunidade quilombola reconhecida pela Fundação Palmares, localizada na saída da capital; Casa Grande, Abacate da Pedreira e Santo Antonio da Pedreira.

Após o percurso de 50 km de estrada, você chegará a um cruzamento que todos conhecem pelo nome de Paulo, lá são vendidos biscoitos, doces e salgados e também tem um banheiro. Mais uns 40 km você chega ao município.

A cidade-sede é pequena e a oferta de infra-estrutura para receber turistas é escassa. Mas a hidrografia do município é bastante interessante, formada por lagoas, igarapés, cachoeiras e corredeiras, ótimos para banho, e para a atividade de pesca esportiva. Outro atrativo é a riqueza da fauna e da flora da região.

Na segunda quinzena de novembro o município celebra os festejos em homenagem a São Benedito, festa tradicional de caráter religioso e cultural. São Benedito tornou-se padroeiro do lugar quando da chegada, em 1940, de alguns imigrantes que trouxeram consigo uma imagem deste santo. Esta imagem encontra-se até hoje no altar da igreja matriz da cidade.

Vitória do jarí

Roteiros e dicas Por Abrão Miranda*

Amapá
Orla da Cidade de Vitória do Jarí, Foto de Abrão Miranda

O Município de Vitória do Jarí esta localizado ao sul do estado, é um município jovem, com apenas 15 anos de fundação. Seu território foi desmembrado do município de Laranjal do Jarí. Dos seus 11.253 habitantes, a maioria vive na cidade-sede do município conhecida como Beiradinho.

A via de acesso é a BR-156, a mesma estrada que vai para Laranjal do Jarí. Existe ônibus diariamente até Laranjal do Jarí, de lá você terá que pegar outro transporte, pois a estrada que liga Laranjal a Vitória foi inaugurada recentemente. Mas se você for de carro, saindo de Macapá, recomenda-se abastecer o tanque ainda na saída da cidade, pois você não irá encontrar outro posto na estrada. Na BR-156, percorre-se aproximadamente 180 km, destes, apenas 21 km são asfaltados. Para chegar ao município, você precisa rodar até o km 21, dobrar a esquerda e seguir pela BR, no caminho você contemplará belas paisagens de nosso cerrado e florestas.

A criação de Vitória do Jarí está relacionada à instalação da empresa CADAM (explora o minério caulim na região), que faz parte do Complexo Industrial do Jarí. A implantação desse projeto ocasionou um grande deslocamento de pessoas para o município em busca de emprego, o crescimento da comunidade implicou mudanças consideráveis no perfil sócio-econômico da localidade, com o estabelecimento de inúmeras atividades econômicas, o que culminou em sua transformação em município.

Como todos os municípios do estado, Vitória do Jarí vem investindo no ecoturismo, há vários lugares na região excelentes para a prática da pesca esportiva, trilhas, banhos refrescantes e passeios de barco. Entretanto, precisa desenvolver mais sua rede de hotéis, pousadas e restaurantes para receber uma maior parcela de turistas. Mesmo com essas limitações, vale à pena fazer um passeio de barco nas águas calmas do Rio Jarí, ou conferir o que a fauna e a flora de Vitória do Jarí tem a oferecer.

Cutias

Roteiros e dicas Por Abrão Miranda*

Criado em 1992, o município está localizada na parte oriental do estado, distante aproximadamente 140 km de Macapá. A cidade fica às margens do rio Araguari, um dos maiores e mais importantes rios do estado. Sua altitude em relação ao nível do mar é de 6 m, seu clima é tropical chuvoso e sua população é de quase 5.000 habitantes.

É um dos poucos municípios em que a via de acesso não é uma BR, nesse caso, o acesso é através da AP-060 ou AP-070. Existe ônibus diariamente para o município. No trajeto pela rodovia federal, você irá rodar apenas 50 km pela BR-156, em seguida terá que pegar a rodovia estadual, o caminho é mais curto, as paisagens são formadas por matas tipo capoeira, como é chamada a vegetação que cresce quando o agricultor deixa o solo descansar depois da colheita, ao contrário da BR-156, onde predomina a vegetação de cerrado, com arbustos retorcidos e vegetação rasteira.

Saindo de Macapá, pela AP-070, logo na saída você irá cruzar a APA do Curiaú, onde fica localizada a comunidade do mesmo nome. Você pode contemplar belas paisagens, ao longo do caminho existem várias outras comunidades, praticamente todas fazendo parte ainda de Macapá. Inicialmente podemos destacar a comunidade Casa Grande, Abacate da Pedreira e Santo Antonio da pedreira.

Depois de rodar uns 50 km, você chegará a um cruzamento, para a direita, você vai para o município de Itaubal do Piririm, para a esquerda, vai para a BR-156, quem vai para Cutias do Araguary tem que seguir em frente. Nesse cruzamento, existe uma lanchonete conhecida como “Paulo”, nela você pode comprar salgados, biscoitos e refrigerantes e, lá também tem um banheiro.

Depois do Paulo, existem várias comunidades que integram a região conhecida como região do Pacuí, a estrada passa pelas comunidades do Corre Água, Inajá e São Joaquim do Pacuí, depois desta última, faltam apenas 30 km. Na metade dessa parte do trajeto existe a comunidade do Gurupora, esta é a divisa dos municípios de Macapá e Cutias.

A sede do município é pequena, mas bastante movimentada, pois lá embarcam e desembarcam ribeirinhos que moram em localidades do baixo Araguari, o rio é largo e muito bonito. Você pode falar com os donos de embarcações e passear pelo rio, mas o melhor é ir até a “boca” (foz) do rio, onde ele deságua no oceano Atlântico, lá pode-se contemplar a pororoca, fenômeno que ocorre durante o encontro das águas do oceano Atlântico com as águas do rio Araguari.

Partindo de Cutias, a viagem é longa, de 5 a 8 horas, existe uma pousada, quase na boca do rio, onde você pode passar a noite e comer um bom prato. Nessa região é possível observar o vôo dos guarás, ave de cor vermelha, e muitas outras espécies. Além desses atrativos, Cutias também tem outros encantos, existem várias comunidades tradicionais, onde você pode visitar, nelas geralmente tem um ótimo banho de rio e as pessoas são muito receptivas.

Nos dias 26 e 27 de julho acontece o FESTIVAL DO PIRARUCÚ, um dos maiores eventos da cidade, com shows, venda de comidas típicas e artesanato.
Os rios mais importantes da região são: o Araguari, o Gurupora, o Pacuí e o Gurijuba.

Porto Grande

Roteiro e dicas Por Abrão Miranda*

Município distante 110 km da capital do estado, localiza-se a sudeste do estado. A população estimada em 2005 era de 14.675 habitantes. A via de acesso é a BR-156, mas pode-se também ir de trem pela ferrovia Santana/Serra do Navio. A estrada até Porto Grande é toda pavimentada, a viagem é tranqüila e existem algumas lanchonetes entre o km 09 e o km 50, do km 50 ao km 105 quase não existe lanchonete e também não há posto de combustível, apenas o do km 09, depois dele, só lá na sede do município.

Porto Grande é uma cidade pequena, mas com uma hidrografia bastante diversificada, com rios e igarapés que cortam toda a região, muitos deles com balneários que oferecem serviço de bar, restaurantes e pousadas. O acesso a esses balneários se da a partir da sede do município onde também tem um excelente balneário cercado por bares e restaurante. Além dos balneários, Porto Grande apresenta uma fauna e flora bastante exuberante.

No mês de agosto acontece, na cidade, uma das maiores festas de todo o interior do estado, o FESTIVAL DO ABACAXI, momento em que são comercializados a fruta in natura e seus derivados, como doces, bebidas, entre outros.

Há ainda a escolha da rainha do festival, como parte da programação, e a apresentação de shows de artistas locais e de fora do estado. A cidade fica bastante movimentada, são três dias de festa, vale a pena conferir. A cidade também promove o porto verão em julho.

Fonte: amapaturismo.com.br

Amapá

A região onde hoje está localizado o atual território do estado do Amapá foi fruto de uma doação a Bento Manuel Parente, um homem português.

Ingleses e holandeses invadiram a região no final do século XVII. Os portugueses conseguiram expulsar os invasores do território.

No século XVIII, os franceses reivindicaram a posse da área. Em 1713 é assinado o Tratado de Utrecht estabelecendo as fronteiras entre o Brasil e a Guiana Francesa, pelo Tratado o rio Oiapoque foi estabelecido como limite entre o Brasil e a Guiana Francesa. Os franceses não honraram o trato. Para defender o território, protegendo os limites contra a invasão francesa os portugueses construíram uma fortaleza que recebeu o nome de São José de Macapá.

No século XIX, a descoberta de ouro na região juntamente com o ciclo da borracha ajudaram o território a crescer e contribuíram também para o povoamento da região. A borracha alcançou preços internacionais altíssimos.

Em maio de 1895 o território é novamente invadido pelos franceses. Em 01 de janeiro de 1900, a Comissão de Arbitragem, em Genebra, deu possessão da região ao Brasil e o território foi incorporado ao estado de Pará, sob o nome de Amapá.

Durante a Segunda Guerra Mundial, visando fatores estratégicos e de desenvolvimento econômico, a região foi desmembrada do estado do Pará pelo Decreto-lei n° 5.812, de 13 de setembro de 1943, constituindo o Território Federal do Amapá.

Em 1945 são descobertas grandes jazidas de manganês na Serra do Navio. Um nova divisão territorial definiu que a porção norte do Amapá do Rio de Cassiporé se tornou a Municipalidade de Oiapoque. Em dezembro de 1957, com o estabelecimento da municipalidade de Calçoene a área é novamente desmembrada.

Através da Constituição de 05 de outubro de 1988 o Amapá passa a ser um Estado.

Fonte: hjobrasil.com

Amapá

A região do atual estado do Amapá foi originalmente povoada por grupos indígenas do tronco Aruaque, entre os quais destacam-se:

– Guaiampis;
– Palicures;
– Tucujus;

Chegada dos europeus

Vicente Yáñez Pinzón, em fevereiro de 1500.

Daniel de La Touche, Senhor de la Ravardière em sua obra “A Descoberta da Guiana”, o navegador e explorador britânico Sir Walter Raleigh descreveu uma “Província da Amapaia” como uma terra “maravilhosa e rica em ouro”, povoada por indígenas chamados “anebas” que teriam presenteado o espanhol Antonio de Berreo com várias jóias daquele metal:

“A Província da Amapaia é um terreno muito plano e pantanoso próximo ao rio; e por causa da água barrenta que se espraia em pequenas ramificações por entre a terra úmida, lá crescem vermes e serpentes venenosas. (…) Berreo esperava que a Guiana fosse mil milhas mais próxima do que calhou de ser ao final; por meios dos quais suportaram tanta carência e tanta fome, oprimidos com doenças dolorosas, e todas as desgraças que se pode imaginar, perguntei àqueles na Guiana que haviam viajado pela Amapaia, como sobreviveram com aquela água parda ou rubra quando andaram por lá; e disseram-me que após o sol estar no meio do céu, eles costumavam encher seus potes e pás com aquela água, mas antes disso ou até o crepúsculo era perigosa de beber e, à noite, forte veneno.”

Raleigh narra ainda como o rival espanhol tentou sair da região para tomar a cidade mítica de Eldorado (que então se acreditava ficar na Guiana) e não conseguiu, barrado pelo que seria hoje chamada de Serra Tumucumaque:

“Desta província Berreo se apressou em sair tão logo a primavera e o início do verão aparecera, e buscou sua entrada nas fronteiras do Orinoco pelo lado sul; mas lá havia uma cordilheira de montanhas tão altas e impenetráveis, que ele não pôde por modo algum marchar sobre elas (…); e mais, para sua desvantagem, os caciques e reis da Amapaia haviam dado saber de seu propósito aos guianeses, e que ele queria saquear e conquistar o império, por esperar sua tão grande abundância e quantidade de ouro. Ele passou pelas desembocaduras de vários grandes rios que caem no Orinoco tanto do norte quanto do sul, que evito listar, por enfado, e porque são mais prazerosos de descrever do que de ler.”

Embora várias destas características sejam condizentes com o território do Amapá, no entanto a interpretação da historiografia oficial situa esta terra de “Amapaia” junto ao vale do rio Orinoco, no leste da Venezuela.

O período colonial

Durante a Dinastia Filipina (1580-1640), estabelecida a presença portuguesa em Belém do Pará a partir de 1616, iniciou-se a luta pela ocupação e posse da bacia amazônica, que perdurou cerca de meio século pelas armas, e mais de dois séculos pela diplomacia.

Em 1619, Manuel de Souza d’Eça foi designado para servir na Capitania do Pará, no Estado do Maranhão, por três anos. As suas funções incluíam a “(…) expulsão do inimigo do Cabo do Norte, e mais descobrimentos (…)”, para o que requeria homens, armas e equipamentos diversos. O memorial que apresentou a respeito, detalha a situação estratégica da embocadoura do rio Amazonas à época, descrevendo as atividades estrangeiras e sugerindo as providências mais urgentes a serem tomadas pela Coroa.

O Aviso de 4 de novembro de 1621 do Conselho da Regência de Portugal, recomendava que se tomassem as medidas necessárias com o fim de povoar e fortificar a costa que se estendia do Brasil a São Tomé da Guyana e bocas do [rio] Drago [na Venezuela], e os rios daquela costa.

Finalmente, a partir de 1623, Luiz Aranha de Vasconcelos e Bento Maciel Parente, tendo como subordinados Francisco de Medina, Pedro Teixeira e Ayres de Souza Chichorro, com forças recrutadas em Lisboa, no Recife, em São Luís do Maranhão e Belém do Pará, apoiadas por mais de mil índios flecheiros mobilizados pelo frade franciscano Cristóvão de São José, atacaram e destruíram posições inglesas e neerlandesas ao longo da embocadoura do rio Amazonas, na ilha de Gurupá e na ilha dos Tocujus.

Como conseqüência, seis fidalgos ingleses foram mortos, os fortes neerlandeses de Muturu e Nassau foram destruídos, centenas de combatentes mortos ou capturados, provisões, armas, munições e escravos da Guiné foram apresados, e um navio neerlandês afundado.

Dois anos mais tarde, em 1625, Pedro da Costa Favela, Jerônimo de Albuquerque e Pedro Teixeira, com destacamentos de Belém e Gurupá, reforçados por algumas centenas de indígenas chefiados pelo franciscano Frei Antônio de Merciana, destruíram novos estabelecimentos na costa do Macapá e no rio Xingú.

O Macapá era a designação genérica da região compreendida entre a foz do rio Paru e a margem esquerda da foz do rio Amazonas, abrangendo quatro províncias de indígenas ali aldeados por missionários franciscanos, entre elas a chamada Província dos Tocujus.

Em 1637, o Rei Felipe IV de Espanha e III de Portugal concedeu a donataria da Capitania do Cabo Norte a Bento Maciel Parente. A doação foi registrada no livro Segundo da Provedoria do Pará.

Até meados do século XVII foram registrados choques entre portugueses, neerlandeses e britânicos no delta do Amazonas e na Capitania do Cabo Norte. No século XVIII, a França reivindicou a posse da região do Cabo Norte, e embora o Tratado de Utrecht (1713) tenha estabelecido os limites entre o Estado do Maranhão e a Guiana francesa, estes não foram respeitados pelos franceses: o problema da posse da região permaneceria pendente nas relações entre as duas Cortes.

À época, o governador de Caiena, marquês de Férolles, à frente de uma força expedicionária francesa e indígena, arrasou os fortes portugueses na região do Cabo Norte e apossou-se da região. Foram logo expulsos.

Da ocupação de Caiena à Proclamação da República

No contexto da Guerra Peninsular, após a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil (1808), D. João VI determinou a ocupação da Guiana Francesa como forma de retaliação pela ocupação de Portugal continental.

A Guiana Francesa esteve sob domínio português de 14 de janeiro de 1809 a 21 de novembro de 1817, tendo sido seu governador João Severiano Maciel da Costa.

Dessa ocupação resultou a introdução, no Brasil, de certas plantas e árvores ali aclimatadas e depois difundidas no país. Entre elas contam-se a cana-de-açúcar (variedade caiena ou caiana), e a fruta-pão.

Após a Independência do Brasil (1822), a região mergulha em relativo esquecimento, entrecortada por episódios da história regional, como a Cabanagem (1835-1840).

A descoberta do ouro e a valorização da borracha no mercado internacional, no último quartel do século XIX, promoveram o povoamento do Amapá e acirraram as disputas territoriais. Uma comunidade de colonos russos foi fundada em Calçoene em fins do século XIX.

Da proclamação da República aos nossos dias

Graças à brilhante defesa da diplomacia do Barão do Rio Branco, a Comissão de Arbitragem em Genebra, na Suíça, concedeu a posse do território disputado ao Brasil (1 de maio de 1900), incorporado ao Estado do Pará com o nome de Araguari.

Em plena Segunda Guerra Mundial, visando fatores estratégicos e de desenvolvimento econômico, a região foi desmembrada do estado do Pará pelo Decreto-lei n° 5.812, de 13 de setembro de 1943, constituindo o Território Federal do Amapá.

A descoberta de ricas jazidas de manganês na Serra do Navio, em 1945, revolucionou a economia local.

Com a promulgação da Constituição brasileira de 1988, a 5 de Outubro, o Amapá foi elevado à categoria de Estado.

Guerra da Lagosta

Em 1961, o então presidente da República, Jânio da Silva Quadros, preparou um plano secreto para a invasão e conseqüente anexação brasileira da Guiana Francesa. A operação chegou a entrar em fase de treinamento militar, mas foi abortada pela inesperada renúncia de Quadros.

Fonte: achetudoeregiao.com.br

Amapá

Turismo

O estado do Amapá fica no Brasil, a capital é Macapá e o estado tem como limites a Guiana Francesa a norte, o Oceano Atlântico a leste, o Pará a sul e oeste e o Suriname a noroeste. A origem do nome do estado é controversa.

Na língua tupi, o nome “amapᔠsignifica ‘o lugar da chuva’ :ama (chuva) e paba(lugar, estância, morada). Ele é famoso justamente por abrigar a maior e mais rica floresta tropical do mundo, a Floresta amazônica. Esse lado da floresta amazônica ainda é praticamente intocado.

Amapá
Localização do Amapá no mapa do Brasil

O local é repleto de pântanos e certamente é o maior habitat de centenas de espécies de plantas e animais, além de ser a sede de uma extensa quantidade de rios, e bosques que cruzam a região. É um das melhores áreas de turismo para quem aprecia ou deseja fazer o ecoturismo.

Também é uma região propicia para navegação, já que está cheia de lagos navegáveis também bem propícios à pesca esportiva e até mesmo a observação de diversas espécies de repteis e aves.

Amapá
Marco Zero Amapá – Linha do Equador – Foto de Coedj – Wikipédia

O Amapá é banhado pelo rio amazonas e o oceano atlântico. Há apenas 16 cidades em todo o estado, que tem uma área de quase 144 mil metros quadrados. Este também é o único território do Brasil que conserva quase totalmente sua diversidade biológica, ela está quase que intacta e não sofre nenhum dano causado pelo ser humano. Por isso mesmo é que o estado do Amapá prega o turismo ecologicamente correto, para que outras gerações desfrutem dessa paisagem.

Muitos turistas procuram o Amapá justamente pelas suas belezas naturais. Um dos fenômenos mais procurados no estado é a Pororoca, que são as ondas que se forma na desembocadura do Rio com o Oceano Atlântico, bem perto da fronteira com a Guiana Francesa.

Amapá
Fortaleza de São José de Macapá – Foto de Coedj – Wikipédia

O estado do Amapá, tem clima tropical ou equatorial superúmido, isso significa que ocorre uma grande quantidade de calor e umidade. As temperaturas médias que ocorrem no Estado variam de 36°C a 20°C, a primeira ocorre principalmente no fim da tarde e o segundo acontece no alvorecer.

A gastronomia local é especial e única, o prato mais famoso é o Tacacá que é preparado com um caldo fino de cor amarelada chamado tucupi, sobre o qual se coloca goma, camarão e jambu. Serve-se muito quente, temperado com sal e pimenta, em cuias. Além do Tacacá, outras iguarias podem ser degustadas na região.

Amapá
Trapichemcp – Foto de Coedj – Wikipédia

A pororoca

A pororoca é um dos fenômenos naturais mais vistos por quem visita o Amapá. A pororoca é o encontro das correntes de maré com as correntes fluviais. Isso acontece no período da maresia e durante as luas novas e cheias. Ela se forma quando as águas da maré alta tentam invadir o estuário do rio. Nesse momento, as águas fluviais opõem resistência a essa tentativa de invasão, fazendo com que se formem ondas gigantes.

Isso acontece porque a água doce é muito mais leve, se comparado a água salgada do mar. Há um momento onde o equilíbrio se rompe e a onda da maré se junta a água fluvial e cresce. Ela tem a ajuda dos ventos que a impulsionam para dentro do rio, fazendo com que a correnteza se inverta.

A altura da onda da pororoca pode variar entre três e até seis metros. O fenômeno tem duração de até 40 minutos, ou seja, a onda tem duração de 40 minutos. Ela é a alegria dos surfistas e turistas da região. A pororoca percorre quase que 30 quilômetros por uma hora e meia. Para quem quiser visualizar a pororoca, o melhor local para ficar é próximo da Fazenda Redentor e o Sítio Paraíso, indo até a Foz do Rio Araguari. A onda acontece de 12 em 12 horas, ou seja, se perder uma, é só esperar pela outra.

A capital do Amapá

A capital do Amapá é Macapá. A maior cidade de todo o estado. Ela fica as margens do rio amazonas, então pode acreditar que esta é uma das cidades mais propícias para os amantes da natureza e do ecoturismo. Para quem quiser fazer turismo nesta cidade, é bom procurar as praias fluviais de Araxá e da Fazendinha e o Lago Curiarú. Outra boa opção são os passeios que atravessam as florestas. Mas cuidado, eles só devem ser feitos com o auxilio de um guia especializado, pois há riscos de se perder na mata.

Outros Pontos Turistícos de Amapá:

– Casa do Artesão e do Indio
– Museu Sasaca
– Museu de Cultura Negra
– Teatro das Bacabeiras
– Complexo Beira Rio
– Pedra do Guindaste
– Antigo Forum

Fonte: bigviagem.com

Amapá

O Amapá possui 595 mil habitantes (IBGE, 2005), distribuídos em 16 municípios. A capital é Macapá com 334 mil habitantes (2007).

A região do Amapá foi transformada em território nacional em 1943, tornando-se estado da Federação em 1988.

Amapá

Vista de Macapá, com a Fortaleza de São José do Macapá, ao centro, um patrimônio tombado pelo Iphan em 1950. A construção da Fortaleza foi iniciada em 1764 para proteção da foz do Rio Amazonas (foto Cores do Brasil):

Amapá

Cachoeira de Santo Antônio em Laranjal do Jari, a 270 km de Macapá (foto: Gov. Amapá):

Amapá

Pesca de tucunaré no rio Oiapoque, fronteira com a Guiana Francesa. O tucunaré é um peixe carnívoro originário da Amazônia (foto: Embratur):

Amapá

Fonte: brasil-turismo.com

Amapá

Amapá

O Amapá tem uma situação única entre todos os Estados da Amazônia. Só 1% de sua área de 140.276 km2 foi desmatada. Assim, a floresta de mata firme, que ocupa 70% do território, conserva sua biodiversidade praticamente intacta.

O Estado tem também outra particularidade: por causa de sua localização privilegiada, extremo norte do Brasil, possui diferentes ecossistemas com características amazônica, guianense e oceânica. Isso se traduz em paisagens bem distintas como planície, campos inundáveis, mangues, cerrados e florestas virgens.

Para preservar essa complexidade. O Estado, com um modelo de desenvolvimento sustentável, quer escrever uma nova história de ocupação e exploração da floresta.

O Amapá é dominado por três grandes domínios geográficos: amazônico, guianense e oceânico. Por causa dessa característica, o Estado exibe ambientes naturais surpreendentes, diversificados e, principalmente, preservados.

Cerrado, costa de mangues, campos de várzea e campos inundáveis, cercados por imensos lagos navegáveis, compõem essa paisagem singular. A floresta, que domina grande parte do território, está também praticamente intacta, apenas 1% foi devastado. Este conjunto se fecha com uma malha extensa de rios, os mais importantes são o Araguari, o maior rio do interior do Estado e onde acontece o fenômeno da pororoca , e o Oiapoque, que faz fronteira com a Guiana Francesa.

Estes rios, cheios de cachoeiras e corredeiras, têm grande variedade de peixes, onde se destaca em particular o Tucunaré, peixe símbolo da pesca esportiva.

Com esse potencial, o ecoturismo aparece como alternativa econômica natural: atrai investimento e gera riqueza para a população local.

No entanto, embora esta seja uma das metas para o desenvolvimento do Estado, o programa está sendo implantado aos poucos e com muito cuidado. A fragilidade dos ecossistemas exige um planejamento turístico ordenado para que não haja alteração da paisagem capaz de comprometer o equilíbrio natural.

Fonte: cidades.com.br

Amapá

Sigla: AP
Habitante: Amapaense

Amapá

O Amapá localiza-se na Região Norte do país. O extremo norte do litoral brasileiro tem início onde termina o Rio Oiapoque, que separa o estado da Guiana Francesa. O Amapá tem 24,2% de sua área protegida por lei, onde se encontram regiões de conservação ambiental e reservas indígenas.

Somente 1% de sua área de 143.453,7 km2 foi desmatada. Assim, a floresta de mata virgem, que ocupa 70% do território, conserva sua biodiversidade praticamente intacta.

De acordo com o IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a população do Amapá vem crescendo, principalmente com a chegada de imigrantes do Pará e do Nordeste. Por isso, o Estado vem implementando ações que associam crescimento e preservação: em 1995, foi criado o Programa de Desenvolvimento Sustentável do Amapá; desde 1997, está em vigor uma lei que regula o acesso à biodiversidade, o uso de recursos genéticos e o emprego da biotecnologia e bioprospecção e, em 1999, foi criada a Universidade Estadual do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável

Investimento estrangeiro

O estado encontra-se em situação de isolamento do resto do país, por conta dos sérios problemas de infra-estrutura nas áreas de energia, comunicação e transporte. Mas instituições francesas, dada a proximidade da Guiana Francesa, vêm investindo em financiamento de projetos no Amapá. Em 2000, os acordos assinados com instituições estrangeiras atingiram 25 milhões de dólares.

Os principais projetos desenvolvidos são a construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), programas de tratamento de água, controle da malária na fronteira com o Brasil e intercâmbios culturais e tecnológicos.

Agropecuária e extrativismo

Na agricultura, a produção concentra-se no cultivo de mandioca, arroz e feijão, e na fruticultura. Na indústria, destacam-se o setor de alimentos – sobretudo pescados – e de celulose. Os principais produtos de exportação do Amapá são arcos e estacas de madeira, palmito, camarão, cromita, cavacos de pinus e castanha-do-pará.

O manganês, que já foi a base da economia do estado, perde importância com o esgotamento das jazidas. Ainda assim, o Amapá é o segundo produtor do mineral do país e o sexto de ouro – a mineração equivale a 12% da arrecadação estadual. A economia do estado, porém, está centrada no extrativismo.

A maior parte da receita, quase 75%, vem do governo federal, por meio de convênios com os ministérios. Os principais projetos financiados com essas verbas são na área do ensino profissionalizante, da segurança e da saúde pública.

Aspectos sociais

O Amapá tem duas universidades públicas que oferecem 650 vagas. As relações com a França, via Guiana Francesa, levam o governo estadual a instituir o idioma francês como língua obrigatória na rede pública escolar.

A rede pública hospitalar possui 1,95 leito por mil habitantes. O déficit é de pouco mais de mil leitos, conforme os parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS), que recomenda 4,5 por mil habitantes.

Fatos Históricos

A área do atual Amapá, pelo Tratado de Tordesilhas, pertencia aos espanhóis. Durante a União Ibérica entre Portugal e Espanha, a região foi doada ao português Bento Manuel Parente, com o nome de capitania da Costa do Cabo Norte.

Após a assinatura do Tratado de Madri, em 1750, Portugal começou a se preocupar com a exploração e a defesa da região. Imigrantes açorianos e marroquinos iniciaram sua ocupação. Com a construção da Fortaleza de São José de Macapá, os portugueses dificultavam os ataques dos franceses, estabelecidos na vizinha Guiana.

Com a independência, em 1822, o Amapá permaneceu ligado à província do Pará e continuou a enfrentar problemas de fronteira com a França. A disputa territorial continuou até 1900, quando a questão foi levada à Comissão de Arbitragem, em Genebra, que deu a posse ao Brasil. Em 1943, a área tornou-se território federal e, em 1988, foi elevado à categoria de Estado pela Constituição Federal.

Dados Gerais

Localização: extremo norte do país
Área: 142.815,81 km2
População: 477.032
Relevo: planície com mangues e lagos no litoral; depressões na maior parte, interrompidas por planaltos residuais..
Ponto mais elevado: serra Tumucumaque (701 m).
Rios principais: Amazonas, Jari, Oiapoque, Araguari, Maracá.
Vegetação: mangues litorâneos, campos gerais, floresta Amazônica.
Clima: equatorial
Hora local: horário de Brasília
Capital: Macapá.
Habitante: macapaense
População: 283.308
Data de fundação: 4/2/1758

Fonte: brazilsite.com.br

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