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Num espetáculo, de magnifica beleza, entre os coqueiros, os mangues e o mar, surgem as lagoas. Essa imensa massa de água dá um toqueespecial ao estado que por isso recebeu o nome de Alagoas. Além de belas, as 17 lagoas, constituem uma fonte de renda para cerca de 250 mil pessoas que vivem às suas margens.
Com as mais diversas características dependendo da sua ligação com o Oceano Atlântico, ora direta, ora através de canais, as principais lagoas, Mundaú, Manguaba, Roteiro e Jequiá, oferecem fartura de alimentos, produzindo uma infinidade de espécies de peixes (carapeba, camurim, bagre e tainha), crustáceos (siri, caranguejo, guaiamum e camarão), moluscos (maçunim, ostra, sururu, taioba, unha-de-velho) que fazem dos frutos do mar uma especialidade da cozinha alagoana.
O complexo estuarino-lagunar de Mundaú/Manguaba, o mais importante do estado pela proximidade da capital, pela sua produtividade e por serem as duas maiores em extensão(34 Km2 e 23 Km2 respectivamente) se unem por canais sinuosos e cheios de exotismo, que permitem uma navegação regular entre ilhas, cidades ribeirinhas e vastos manguesais.
Neste cenário rico em atrativos pode-se apreciar um dos mais belos pôr-do-sol, onde o sol com toda a sua intensidade deixa-se levar pelo encanto das águas e, num gesto de amor se abraçam, respingando de dourado toda a sua imensidão…
Rio São Francisco
O Rio São Francisco, “o maior rio totalmente brasileiro” é o novo produto turístico do Estado de Alagoas, e contempla os municípios de Delmiro Gouveia, Olha D’Água do Casado, Piranhas, Pão de Açucar, Traipu, Penedo e Piaçabuçu.
Nesses municípios ribeirinhos do “Velho Chico”, como é carinhosamente chamado no nordeste, há uma riqueza inigualável de histária e cultura, que fazem dessa região um refugio ideal para os amantes do ecoturismo e do etnoturismo. Ademais, a hopitalidade dos que habitam a região, com suas lendas, tradições, culinária e o seu envolvimento com o ambiente local, tem contribuido sobre maneira para um incremento da atividade turística.
O Estado de Alagoas apresenta-se para o Brasil com recanto abençoado por Deus, que o presenteou com uma belíssima costa litorânea.
Com 232 Km de extensão, o litoral alagoano se notabiliza pela variação da tonalidade das águas, ora esverdeadas, ora de um intenso azul, aquecidas por um sol que reina praticamente o ano inteiro, proporcionando às pessoas demorados refrescantes banhos, sob a brisa aconchegante do Atlântico. Turisticamente, o litoral de Alagoas se divide em dois.
O litoral norte, conhecidos por seus recifes de corais, vai de Maceió até Maragogi, na divisa com o estado de Pernambuco e o acesso é feito pela Rodovia Al 101 – Norte. Atualmente, esse corredor turístico denominado “Costa Dourada”, comporta o Projeto de Desenvolvimento Turístico – PRODETUR/AL, no qual toda a infra-estrutura básica para o incremento das atividades turísticas serão implantadas, beneficiando os nove municípios da região: Paripueira, Barra de Santo Antonio, São luiz do Quitunde, Passo de Camaragibe, São Miguel dos Milagres, Porto de Pedras, Porto Calvo, Japaratinga e Maragogi.
O litoral sul, destaca-se pela beleza de suas lagoas, estuários, falésias, dunas e deltas de rios que desaguam no Atlântico, contemplando os municípios de Marechal Deodoro, Barra de São Miguel, Roteiro, Jequiá da Praia, recentemente desmembrada do município de São Miguel dos Campos, Coruripe, Feliz Deserto e Piaçabuçu. Esses minicípios têm potencial turístico diversificado e oferece aos visitantes um variado leque de opções e são ligados à capital pela AL 101-sul.
Por isso que Alagoas é a melhor opção para quem quer apreciar a natureza e belas praias!
Fonte: jandleo.vilabol.uol.com.br
Alagoas
Conhecendo Alagoas
Cidades Históricas
Alagoas não é só praia. As cidades seculares de Penedo e Marechal Deodoro têm muita história, casarões coloniais e lindas igrejas barrocas. Visitar estas cidades é voltar ao tempo do Brasil Colonial.
Marechal Deodoro
Marechal Deodoro, cidade do século 16, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Distante 30 km de Maceió. A população é de aproximadamente 45 mil habitantes.
A cidade fundada em 1552 foi a primeira Capital de Alagoas – antes teve vários nomes, um desses era Alagoas. No dia 09 de dezembro de 1939, Alagoas teve seu nome mudado em homenagem ao grande filho da terra, o Proclamador da República e primeiro Presidente do Brasil Marechal Deodoro da Fonseca.
A cidade tem um belo acervo arquitetônico encontrados no Museu e Igrejas de Santa Maria Madalena e Ordem 3ª de São Francisco, Conjunto Arquitetônico do Carmo, Palácio Provincial (Sede da Prefeitura); Igrejas de Nossa Senhora dos Homens Pardos; Matriz de Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora do Amparo e a Casa de Marechal Deodoro etc. fazem parte do valor histórico do município.
Marechal Deodoro tem um potencial invejável, a praia do Francês é um cartão postal, conhecida internacionalmente pela sua beleza. O município também se destaca pela grandiosidade cultural; no folclore é o pastoril e as baianas que transmitem alegria, na musicalidade são as Orquestras Filarmônicas, Bandas de Pífanos e Nelson da Rabeca que entoam a magia do município que é banhado pela lagoa Manguaba, esta se une a lagoa Mundaú e forma o maior complexo lagunar e tem a maior ilha lacustre do País, a Ilha de Santa Rita.
No artesanato, o Filé, um tipo de renda de origem portuguesa, é confeccionado pelas rendeiras de Alagoas, onde a criatividade não tem limites. As peças podem ser compradas no Espaço Cultural Santa Maria Madalena da Alagoa do Sul ou no Núcleo de Artesãs de Massagueira, um povoado as margens da lagoa, muito conhecido por ser o maior pólo gastronômico do Nordeste.
Penedo
Penedo distante 160 km de Maceió tem uma população de 65 mil habitantes, é uma das mais bonitas e antigas cidades históricas do Brasil.
Por volta de 1560 a 1565 uma expedição organizada por Duarte Coelho, atingiu o Rio São Francisco e teria dado origem ao povoado que em 1635 foi elevada a categoria de Vila de São Francisco.
Penedo foi erguida sobre um rochedo às margens do rio São Francisco e passou a ser cidade em 1842, chama atenção pelo bom estado de conservação e riqueza do patrimônio histórico e cultural, tem estilo colonial e barroco centrado nas igrejas, conventos e palacetes dos séculos 17 e 18. Existem edificações neoclássicas e até exemplares de art-nouveau do final do século 19.
O Centro Histórico de Penedo tem 13 igrejas, 10 capelas e muitos sobrados, são acervos que fazem parte da história de uma cidade que foi palco de acontecimentos importantes do País. A Catedral de Nossa Senhora do Rosário, do século 17, Igreja de Nossa Senhora dos Homens Pretos – 1634, Igreja de Nossa Senhora das Correntes -1764, Oratório da Forca – 1769, Casa da Aposentadoria – 1781, Igreja de São Gonçalo Garcia dos Homens Pardos – 1758, Teatro Sete de Setembro – 1884, Paço Imperial – século 19, Casa do Penedo, uma instituição privada que visa preservar a memória do município e o Memorial Raymundo Marinho, fazem parte das primeiras construções de Penedo.
Piranhas
Distante 280 quilômetros de Maceió, foi tombada em 2003 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, tem aproximadamente 25 mil habitantes.
A preservação do acervo no estilo barroco, dos séculos 18 e 19, demonstram quantas histórias Piranhas tem para contar; como: visita de D. Pedro II em 1859; construção da estrada de ferro em 1881, extermino de Lampião o maior mito do Cangaço em 1938.
A cidade foi palco de um dos maiores acontecimentos da história do Brasil: expôs em praça pública as cabeças de Virgulino Ferreira da Silva, Maria Bonita e nove cangaceiros. Aliás, parte da história do município e do cangaço está guardada no Museu do Sertão, localizado na antiga Estação Ferroviária.
A religiosidade encontra-se presente nos templos católicos de Nossa Senhora da Saúde e Santo Antonio, Igrejas construídas no século 18.
Na mudança do século 19, um monumento foi construído, em cima de um morro para saudar o século 20, de onde se tem a mais bela vista do Rio São Francisco emoldurando a cidade que cravada entre morros, parece uma lapinha.
Não há nada que supere a beleza paisagística do lugar, e nas noites de luar, nos mirantes ou nos restaurantes à margem do rio os seresteiros entoam canções; declaram paixões acompanhadas de deliciosos pratos da culinária regional, em destaque o Pitu, um tipo camarão grande, retirado das águas do rio.
Piranhas têm as trilhas do Rio Capiá; da Via Férrea, do Mirante do Talhado, da Pedra do Sino e outras, que entre montanhas, exuberante vegetação da caatinga e vários sítios arqueológicos, são testemunhas da historia do sertão.
Na década de 80 foi construída a Usina Hidrelétrica de Xingó, a segunda do Brasil que se tornou um grande atrativo turístico. As águas represadas formam um imenso lago, favorecendo passeios de saveiros e catamarãs nas águas de cor verde-esmeralda, e entre paisagens maravilhosas, como, por exemplo, o cânion, monumento da natureza que mais parece imaginário de tanta beleza, uma parada no Lago do Talhado é ideal para um refrescante mergulho.
Vários filmes foram gravados tendo como cenário a sede do município, a exemplo de “Bye Bye Brasil” de Cacá Diegues em 1979, e “Baile Perfumado” de Lírio Ferreira e Paulo Caldas, de 1997.
O folclore faz parte da cultura popular. São vários grupos de reisados e bandas de pífanos que alegram as festas populares.
Outro atrativo que resgata a história de quem rio acima e rio abaixo trazia ou levava mercadorias para Piranhas, é a canoa de Tolda, tipo de embarcação dos anos 50, restando hoje apenas dois exemplares, dos quais um foi restaurado para manter viva e enriquecer ainda mais a cultura do sertanejo.
O povoado de Entremontes, que faz parte do município, é conhecido nacionalmente pelo artesanato rico em formas e pontos. São lindas peças em redendê e ponto-de-cruz, as bordadeiras mostram a sensibilidade que brotam de suas mãos.
Lagoas e Mares do Sul
O litoral sul de Alagoas tem algo de provocativo: as lagoas e rios da região, entrecortados pelo verde dos coqueiros, se encontram com o mar, criando uma paisagem única, de intensa beleza. Barcos de passeio cruzam com praticantes de esportes náuticos nas águas mansas e azuis.
Pilar
Distante 42 km de Maceió, a cidade de Pilar surgiu no século 19, proveniente de um engenho de cana-de-açúcar.
A cidade recebeu, em 1860, a visita de D. Pedro II, e ainda existem alguns exemplares de casario dessa época do Brasil colonial.
O maior atrativo de Pilar é sua beleza natural. A cidade, localizada às margens da Lagoa Manguaba, é cercada por resquícios de mata atlântica, várias fazendas com reservas ecológicas e fontes de água mineral.
A população é de aproximadamente 32 mil habitantes. Pilar é uma cidade festiva, e no seu calendário de eventos se destacam o festival do Bagre, do Siri e a Festa da Padroeira Nossa Senhora do Pilar, que atraem muitos visitantes.
Marechal Deodoro
Marechal Deodoro fica a 30 km de Maceió. A população é de aproximadamente 45 mil habitantes.
A cidade foi a primeira Capital de Alagoas, e seu nome é em homenagem ao filho ilustre que Proclamou a Republica do Brasil.
A cidade tem um belo acervo arquitetônico encontrados no museu e igrejas datadas nos séculos 16,17 e 18.
Marechal Deodoro tem um potencial natural invejável: a Lagoa Manguaba entre ilhas e canais, que se encontram com a Lagoa Mundaú e formam o maior complexo lagunar do País, abrigando muitas ilhas, sendo a mais importante à de de Santa Rita, a maior ilha lacustre do País.
A praia do Francês é um cartão-postal, com sua grandiosa estrutura de restaurantes e pousadas para receber visitantes de todos os lugares.
O folclore e a musicalidade são uma atração à parte. O diversificado artesanato, conhecido pela beleza e criatividade, é exportado para todo o Brasil.
Os sabores da gastronomia são incomparáveis; atendem a qualquer paladar. Às margens da Lagoa Mundaú fica Massagueira o maior Pólo gastronômico do Nordeste.
Barra de São Miguel
Distante 33 km de Maceió, tem uma população de aproximadamente 09 mil habitantes. A cidade dispõe de excelentes meios de hospedagem, restaurantes e outros entretenimentos. O local é ideal para o lazer e descanso.
Os maiores atrativos da Barra de São Miguel são as lindas praias, destacando-se às das Conchas, Niquim e do Meio, onde o mar é cortado por um paredão de recifes, ideal para refrescantes mergulhos nas tranqüilas as águas cristalinas.
Observando o horizonte fica-se impressionado com o azul intenso do mar que se confunde com azul do céu – um cenário concebido pelo Criador.
Os rios Niquim e São Miguel são ricos em manguezais, e a lagoa mostra a exuberância do ecossistema. O encontro do rio, lagoa e mar, pode ser visto do Mirante Alto de Santana. O panorama é maravilhoso: o intenso azul do oceano, ornamentado por coqueirais.
Vários barcos deslizam nas águas até chegar ao destino mais procurado, a praia do Gunga, emoldurada por coqueiros a perder de vista. A praia fica localizada no encontro da Lagoa do Roteiro com o mar, um recanto paradisíaco que não existe igual.
Jequiá da Praia
Distante 65 km de Maceió, com uma população é de 15 mil habitantes, o nome Jequiá da Praia vem de origem indigna que significa “cesto com muitos peixes”.
Jequiá da Praia é um recanto ecológico que, até 1998, pertenceu ao Município de São Miguel dos Campos.
O município é dotado de um grande ecossistema de flora e fauna preservadas, complexo lacustre formado por 03 rios e 07 lagoas – destaque para as lagoas Azeda, Jacarecica e Jequiá – terceira maior do Brasil, além de várias praias exóticas como Jacarecica do Sul e Barra de Jequiá, que completam o cenário criado pela natureza.
Possui estrutura turística com pousada, restaurante, complexo de lazer construído no meio das belezas naturais, preservando a vegetação local e dando oportunidade do visitante conviver com animais silvestres.
Coruripe
Distante 90 km de Maceió e com uma população de 50 mil habitantes, o nome da cidade vem de origem indígina que significa “no rio dos sapos”.
No inicio da colonização, a área era habitada pelos índios Caetés. O município começou a se desenvolver por volta do século 19. Antes, sofreu influências culturais dos portugueses e holandeses, fatos que marcaram a história do município.
A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, do século 18, tem um estilo neoclássico. As imagens de São Sebastião, São José, Santo Antonio, Nosso Senhor Glorioso e a Nossa Senhora da Conceição fazem parte do acervo do templo religioso.
Alugar um cavalo e sair cavalgando pelos caminhos dos coqueirais é ter oportunidade de descobrir paisagens que parece só existir nos sonhos.
A natureza caprichou em Coruripe. O mar exuberante e coqueiros em profusão realçam o lugar. O município tem belas praias, destacando-se Lagoa do Pau, Miaí de Cima, Miaí de Baixo. Cada qual se destaca pela singularidade de suas belezas como é o caso do Pontal de Coruripe, que tem sua marca resistrada desde 1948, quando se construiu um farol para orientar as embarcações. O Pontal é um povoado de pescadores que se transformou num atraente destino turístico.
Dispõe de confortáveis pousadas e toda estrutura necessária para o lazer. O artesanato é um atrativo. As mulheres dos pescadores passam o dia fazendo cestinhas, porta-jóias, bolsas, chapéus com a palha de ouricuri, uma espécie de palmeira que existe na região.
Feliz Deserto
Distante 118 km de Maceió, conta com uma população de 4 mil habitantes.
Existe uma lenda que justifica a origem do nome da cidade. Conta-se que o Sr. Domingos, depois do sobreviver ao naufrágio, encontrou uma imagem de N. S. Mãe dos Homens debaixo de um frondoso cajueiro. O Sr. Domingos ficou deslumbrado ao encontrar tal imagem em um local tão deserto.
Originalmente, as terras de Feliz Deserto foram ocupadas por índios Caetés, que habitavam o local. O povoado torne-se cidade em 1960 – antes fazia parte do município de Piaçabuçu.
Feliz Deserto tem recantos onde a natureza revela seu esplendor, como, por exemplo, a praia do Maçunim.
O artesanato, feito da palha de taboa, é conhecido nacionalmente pela beleza e criatividade.
Maceió
Capital de Alagoas. O verde contagiante dos coqueiros que dominam toda a orla praiana pode ser apreciado de longe, em uma das jangadas de velas coloridas que levam você às famosas piscinas naturais formadas na praia da Pajuçara. Museus, teatros, igrejas, bairros, históricos, artesanatos, gastronomia diversificada completam esse cenário inesquecível.
Maceió, cidade com 40 Km de litoral e 22 Km de lagoa e canais, desperta paixão pelas belezas naturais, culturais e históricas.
Belíssimas praias de mar que tem tonalidades que oscila do azul e verde, com piscinas naturais a 02 km da costa.
Praias emolduradas por coqueirais, um realce à ornamentação natural das paisagens. O coqueiro é expressivo na cultura e na história de Alagoas. Contribui com o desenvolvimento econômico; faz parte da culinária típica, tem representatividade no artesanato e na tradição popular.
Maceió passou a ser capital de Alagoas em 1839. Hoje com aproximadamente Um milhão de habitantes; ocupa uma área de 511 mil Km quadrados, e uma temperatura média é de 26 graus centígrados.
Maceió foi proveniente de um engenho de cana-de-açúcar que tinha o nome de Maçai-ok, no século 18, daí a origem do nome que significa “o que tapa o alagadiço”.
Os revitalizados bairros de Jaraguá e Centro preservam um conjunto arquitetônico, acervos e originalidade de uma época que retratam a história da cidade.
Jaraguá, Tombado pelo Patrimônio Histórico e Arquitetônico de Alagoas, representa o berço da história e desenvolvimento de Maceió. O cenário conserva a imponência de uma época através de seus armazéns, casario e igrejas. É um bucólico bairro que nos faz viajar no tempo.
O potencial cultural, representado nas manifestações folclóricas, diversificado artesanato, excelente rede hoteleira, restaurantes nacionais e internacionais, Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, Centro Cultural e de Exposições e o Porto de Jaraguá, associados aos serviços de qualidade, fazem parte da infra-estrutura turística que satisfaz as expectativas de quem visita Maceió.
Maceió tem o Pontal da Barra, bairro que abriga uma comunidade de pescadores e artesãos as margens da Lagoa Mundaú.
O artesanato, exposto nas portas das casas, é confeccionado pelas rendeiras, que tecem o Filé, renda tipicamente alagoana e ocupa importante posição na economia da comunidade.
Na Lagoa Mundaú os pescadores retiram o sururu, um molusco que se destaca na gastronomia alagoana.
O local é ideal para passeios de barcos que entre ilhas navegam indo em direção ao encontro com o mar.
Costa dos Corais
As piscinas naturais, formadas pela segunda maior barreira de corais do mundo, serenidade do mar de intenso azul tornam a região um paraíso perfeito para os mergulhadores, que interagem com a rica fauna marina preservada. Passeios de jipe ou bugre pelas praias de charme, hotéis e resorts, culinária regional e gastronomia sofisticada completam um cenário paradisíaco para as suas férias.
Paripueira
Distante 36 km do centro de Maceió, nome que significa “águas mansas”.
A cidade originou-se a partir de uma colônia de pescadores, e a proximidade com Maceió passou a ser área de veraneio. Até 1988 o povoado pertencia ao município de Barra de Santo Antonio.
A população é de 10 mil habitantes e a economia é gerada pela pesca, turismo e cana-de-açúcar. O município possui infra-estrutura, belas praias a exemplo de Paripueira e Sonho Verde e a maior concentração de piscinas naturais do Brasil.
É um recanto ecológico onde foi criado o primeiro Parque Municipal de Preservação do Peixe-Boi na América Latina.
Barra de Santo Antônio
Barra de Santo Antonio fica a 45 km de Maceió, sua população é de aproximadamente 15 mil habitantes.
O município, as margens do Rio Santo Antonio, rio que deu origem ao nome da cidade, se divide na simplicidade da vida dos seus nativos e na grandiosidade de alguns monumentos históricos da arquitetura holandesa do século 18.
A maior riqueza do município é o patrimonio natural, possui um grande rio margeado por maguezais, belas praias como Tabuba, Carro Quebrado e a Ilha da Croa.
Fora os atrativos naturais, Barra de Santo Antonio possui infra-estrutura para receber seu visitante.
Passo de Camaragibe
Distante 89 Km de Maceió, tem uma população de aproximadamente 14 mil habitantes, é cidade natal de Aurélio Buarque de Holanda.
A margem do rio Camaragibe, começou o povoado de Passo, ponto em que o rio oferecia mais facilidade na passagem dos que vinham de Pernambuco para Alagoas e era ponto de apoio para os navios holandeses, daí a origem do nome, que passou a ser cidade em 1880 e fez parte dos acontecimentos históricos devido a invasão holandesa.
Pousadas e Hoteis fazendas fazem parte da paisagem desse município que tem no cultivo do Coco da Bahia, cana-de-açúcar, pesca e pecuária suas principais atividades econômicas e tem o Coco de Roda e Samba Matuto, os representates da cultura popular.
Os visitantes se encantam com a riqueza do potencial natural: rios, lagoas e manguezais com uma topografia dinâmica contendo morros e penhascos, além de um mar exuberante de recifes e corais, as praias de Barra de Camaragibe, Marceneiro e dos Morros são eleitas como as mais belas.
São Miguel dos Milagres
Distante 93 km de Maceió, com aproximadamente 9 mil habitantes, São Miguel dos Milagres passou a ser município em 1960 e até hoje matém um aspecto de exclusividade.
Conta-se que um pescador muito doente encontrou uma imagem de São Miguel numa praia e se curou da doença imediatamente, daí a origem do nome da cidade.
O seu espaço físico tranquilo e paradisíaco é dividido com as encatadoras pousadas que tem uma das melhores culinária e se destacam por ser um dos circuitos de hospedagem mais charmosos do Brasil.
Um passeio de barco nas águas do Rio Tatuamunha é possível ter um fantástico encontro com peixe-boi nadando entre os manguezais.
As Praias do Toque, Porto da Rua e São Miguel dos Milagres são atrativos do município.
No alto do Morro do Cruzeiro pode-se sentir o quanto é encantadoramente bela a magnífica paisagem litorânea.
Porto de Pedras
Distante 128 km de Maceió, tem uma bela paisagem entre o mar e uma encosta de pedras; o que deu origem ao nome do povoado, que passou a ser município em 1921, e tem uma população de 11 mil habitantes.
Em 1633, Porto de Pedras sofreu a invasão dos holandeses, mas os portugueses conquistaram o domínio de volta, e parte dessa época ainda está preservada na conservação de alguns prédios dos séculos 17 a 19.
Um farol, localizado no alto do morro, deu a cidade um toque de charme e do alto pode-se observar a imensidão do litoral formado por lindas praias.
Praia de Tatuamunha e Praia do Patacho fazem parte das praias quase intocadas e de imensa beleza, é nessa tranqüilidade que vive um casal de peixes-bois.
A travessia de balsa pelo Rio Manguaba que divide o município com o de Japaratinga apresenta um cenário apaixonante, são coqueiros, mangues de belezas exóticas que reinam absoluta numa demonstração de harmonia.
Japaratinga
Distante 121 km de Maceió , tem aproximadamente 8 mil habitantes, o município deve suas origens a uma colonia de pescadores que começou a se desenvolver a partir do século 19 com o início do ciclo do coco. Até 1960 Japaratinga pertencia a Maragogi, Hoje, é um importante pólo turístico, tem excelente infra-estrutura com restaurantes, hoteis e pousadas de charme, que fazem o diferencial na qualiddae dos serviços.
A beleza exótica das fazendas de coqueiros podem ser admiradas por passeios a cavalo, os rios e riachos podem ser contemplados nos passeios de barcos, e as praias que fascinam a exemplo de Barreira do Boqueirão, Bitigui e Japaratinga são alguns atrativos que encantam os visitantes.
A cidade tem construções do século 18. A Igreja Matriz, construída pelos holandeses, mantém suas características originais.
O artesanato típico da cidade são confeccionados com a palha do coqueiro.
Maragogi
Distante 131 km de Maceió, com uma população de 25 mil habitantes, é o segundo destino mais procurado de Alagoas. Devido ao rio que banha o local, Maragogi que significa “rio livre” deu nome ao povoado em 1892.
A excelente infra-estrutura turística, vários hotéis, pousadas, hotéis fazenda, restaurantes, centros de artesanato e várias opções de lazer agregam a qualidade dos serviços do município.
Cenários como vilas de pescadores, fazendas com reservas e trilhas de mata atlântica, abundância de coqueirais, praias belíssimas de águas cristalinas, em destaque as praias de São Bento, Peroba, Burgalhau, Barra Grande e as galés, que ficam a 06 km da costa, formadas por recifes de corais são algumas das riquezas naturais do município.
Maragogi tem um dos ecossistemas mais importantes do Brasil, a diversificada fauna e flora de espécies marinhas são um paraíso para os olhos dos que são apaixonados por mergulhos.
Navegar pelos rios admirando os preservados manguezais, passear de Buggy por belas praias, praticar ecobike, tomar banhos de bicas, cachoeiras, são algumas das opções para quem procura contato com a natureza.
Gastronomia
A gastronomia alagoana seduz o paladar dos visitantes. São pratos feitos com diversos ingredientes e os mais nobres frutos do mar. Os restaurantes oferecem cardápio diversificado, com opções da culinária regional e internacional.
O serviço gastronômico é de qualidade, oferece cardápios com produtos do mar, dos rios e lagoas. O sururu, por exemplo, encontrado nas lagoas, é um molusco preparado à base do ingrediente da terra: leite de coco.
O coqueiro está presente em todo o Estado, ornamentando o litoral alagoano e proporcionando aos alagoanos e visitantes sombra e água fresca. A água-de-coco gelada é uma delícia. Do fruto do coco se extrai o leite para realçar o sabor dos pratos à base de frutos do mar e também para o fabrico de doces e cocadas, sobremesas deliciosas da culinária alagoana.
Maceió
Além da culinária típica de Alagoas, existem outras opções gastronômicas para conquistar o paladar dos visitantes. Pratos da comida japonesa, peruana, portuguesa, italiana, francesa e chinesa, constam no cardápio dos restaurantes da cidade. A culinária também se destaca pela variedade dos pratos da comida regional, a exemplo de carne-de-sol com fava ou feijão verde, feijoada, galinha ao molho pardo, picanha grelhada ou na chapa, pernil, bisteca, frango assado e as nobres carnes de avestruz e de búfalo, uma atração à parte. Para acompanhar as refeições, deliciosos sucos de laranja, acerola, mangaba, graviola, caju, goiaba, maracujá, pinha entre outros, e para sobremesa, doces de frutas tropicais.
O camarão, peixe, carapeba, siri, polvo e outros frutos do mar ou das lagoas fazem parte do cardápio, como, por exemplo, o sururu, molusco extraído das lagoas. A receita pode ser ao molho de coco ou cozinhado na água e sal (Sururu de Capote) e servido com casca. Do caldo é feito o pirão, acompanhado com arroz.
Variedades de quitutes especiais são os doces e bolos de tabuleiros encontrados em Riacho Doce. São produzidos no forno à lenha e alguns embalados com folhas de bananeira, como pé-de-moleque, brasileiras, bolos de milho, macaxeira e massa puba. Pode ser escolhida, comprado e degustado nas portas das quituteiras que mantém, há décadas, essa tradição no litoral Norte de Maceió.
Não podemos deixar de destacar as tapiocas, encontradas na orla das praias de Pajuçara, Ponta Verde e Jatiúca. São feitas na chapa quente, servidas na hora, e o cliente escolhe o sabor do recheio. A tradicional tapioca é apenas feita com a goma e recheio de coco ralado.
Costa dos Corais
Pratos como moqueca de peixe, camarão no alho e óleo, lagosta temperada com azeite, siri na água e sal, maçunim ao leite de coco, lagosta cozida, lula e polvo acompanhado de vinagrete, fazem parte dos cardápios dos restaurantes de grande porte ou dos singelos e típicos do litoral norte, conhecido como Costa dos Corais. Um elemento típico da região é o bolinho de goma em forma de concha, chamado de sequilho.
Uma boa opção gastronômica são os ambientes sofisticados, confortáveis e aconchegantes dos restaurantes das pousadas de charme, que disponibilizam serviços personalizados e deixa o paladar do turista mais exigente.
Lagoas e Mares do Sul
O sururu, caldeirada, moqueca de mariscos, fritada de siri, maçunim ao coco, carapeba frita, camarão, polvo, patinha de uçá, siri, ostras, agulhinha frita, caranguejo, guaiamum são as atrações gastronômicas dessa região tão rica de mar, rios e lagoas.
Como sobremesa, uma tentação são as cocadas ou os doces de frutas variadas: mamão, caju, jaca, goiaba, abacaxi, que podem ser degustados com queijo tipo coalho ou manteiga, uma combinação saborosa.
Nessa região do litoral Sul de Alagoas está localizado o maior pólo gastronômico do Nordeste – Massagüeira –, às margens da lagoa Manguaba, distante 15 km de Maceió, onde a beleza do lugar compete com o paladar.
Cidades do Rio São Francisco
Cidades do Sertão alagoano, margeadas pelo Rio São Francisco, tem na tradicional culinária regional seu ponto forte: pratos exóticos como a buchada de bode, sarapatel, charque na brasa com fava, galinha guisada ou ao molho pardo, macaxeira com carne sol e outras delicias da cozinha sertaneja.
Nos municípios ribeirinhos, o pitu é o carro-chefe da culinária. É um tipo de camarão grande extraído das águas do Rio São Francisco. A Pituzada é feita ao molho de coco, acompanhada de pirão e arroz, prato muito apreciado pelos nativos e visitantes.
Aventura e Esportes
Se aventura é o que você busca, Alagoas é o lugar. As praias, sempre convidativas, propiciam a pratica de diversos esportes, seja na areia ou no mar. As serras permitem, em suas matas, prazerosas caminhadas e revigorantes banhos de cachoeira além da prática do rapel. No sertão, as trilhas na caatinga e a tirolesa no Velho Chico tiram o fôlego de qualquer amante da aventura.
Maceió – A prática de Wind surf, kitesurf, wakeboard, jet-ski, mergulho de observação e de naufrágio, pesca de arremesso e cicloturismo, são a modalidades recomendadas para se praticar na Capital de Alagoas.
Barra de Santo Antonio – A 45 km de Maceió fica uma das praias mais bonitas do Brasil – Praia de Carro Quebrado -, que apresenta cenário ideal para off Road.
Maragogi – Fica no litoral norte de Alagoas, a 131 km de Maceió, ideal para turismo ecológico, cavalgadas, cicloturismo e caminhadas pela reserva de Mata Atlântica ou em fazendas do século 19.
As atividades náuticas como mergulho com cilindro e snorkel, caiaque e pesca de arremesso são bastante procuradas por apresentar ambientes propícios.
Marechal Deodoro – Distante 20 km de Maceió localiza-se a Praia do Francês, onde se pratica as atividades de windsurf, kitesurf, mergulho em naufrágio, pesca de arremesso e banana boat.
Barra de São Miguel – Fica a 30 km de Maceió, as atividades náuticas como Wind surf e kitesurf, a pesca de arremesso e canoagem, são práticas bastante procuradas. Tem um belo cenário para a prática do cicloturismo.
Roteiro – Distante 34 km de Maceió, é ideal para o ecoturismo, pesca de marisco, wakeboard, banana boat, Jet ski e na ponte do Gunga, pratica-se o rapel.
Piaçabuçu – A 135 km de Maceió fica a praia do Pontal do Peba, com 21 km de extensão, é ideal para prática de parasail, sandboard e trekking. Anualmente, no mês de novembro, acontece a gincana de pesca de arremesso, evento nacional.
Praia com dunas altas, areias alvas e vasto coqueiral, é Área de Proteção Ambiental e abriga um rico ecossistema: mangues, restinga, dunas, coqueirais, aves migratórias e tartarugas. É um verdadeiro santuário ecológico.
Chã Preta – Distante 95 km de Maceió, conta com uma plataforma natural com altitude de 846 metros, na Serra do Cavaleiro, ideal para o vôo livre, salto de asa delta e paraglider.
Piranhas – Fica a 280 km de Maceió. Destino perfeito para quem gosta de passeios ecológicos e de aventura em meio à vegetação da caatinga. As trilhas do Rio Capiá, da Via Férrea, do Mirante do Talhado, da Pedra do Sino, são algumas das principais atrações para quem gosta de atividades que meche com o corpo e a mente.
O mergulho nas águas profundas no cânion do Rio São Francisco é mais do que uma ação, é pura emoção.
Delmiro Gouveia – A 300 km de Maceió, o ambiente é ideal para as caminhadas nas trilhas. Para se praticar tirolesa, bungee-jump e rapel, o local mais apropriado é a ponte entre os municípios de Delmiro Gouveia e Paulo Afonso.
Murici – Distante 81 km da capital, o lugar apresenta cenário para o ecoturismo e algumas atividades de aventura. Tem a maior reserva de Mata Atlântica de Alagoas, possui várias trilhas e cachoeira com 72 metros, perfeita para prática de rapel.
União dos Palmares – A 83 km de Maceió fica a Serra da Barriga, que abriga o Parque Memorial Quilombo dos Palmares, em homenagem ao líder Zumbi. É ideal para o ecoturismo em meio à magia da vegetação nativa. Do alto da Serra, vislumbra-se uma bela paisagem realçada pelas palmeiras reais e o rio Mundaú.
Negócios e Eventos
Um moderno Centro de convenções, teatros e diversos outros espaços fazem de Alagoas o lugar perfeito para o seu evento. Um aeroporto internacional de última geração, serviços com excelência em qualidade e uma infra-estrutura hoteleira, que vai de charmosas pousadas a grandes hotéis e resorts, complementam o cenário ideal para qualquer ocasião.
A atividade turística é responsável pelo desenvolvimento do Estado, rico em belezas naturais. A construção civil está em plena expansão, aderindo às tendências empreendedoras com vocação voltada para o segmento de negócios e de eventos, tornando a cidade mais moderna e atrativa.
Com a diversificada instalação de equipamentos turísticos, Maceió evidencia não só o desejo de melhoria da cidade; outros fatores podem ser apontados como favoráveis ao crescimento dos negócios e de eventos que são realizados em Alagoas. Os atrativos naturais, artificiais e humanos são de grande importância para os segmentos econômicos.
O potencial turístico, histórico e cultural satisfaz às expectativas de quem promove eventos e visita Maceió, independentemente de qual motivação seja.
A infra-estrutura é excelente: rede hoteleira bem montada e muitos com capacidade para sediar pequenos e médios eventos, restaurantes de categoria, Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, Porto de Jaraguá, agências de viagens, locadoras e prestadoras de serviços, são equipamentos que contribuem para alavancar o turismo no Estado, que se destaca também pela hospitalidade do seu povo.
Praias
Piscinas naturais, formadas pela segunda maior barreira de corais do mundo, transformadas no paraíso dos mergulhadores. Praias fascinantes, emolduradas por coqueirais, onde o sol trabalha até nos feriados e a areia branca contrasta com o intenso azul do mar. O litoral de Alagoas é assim: 230 km com as paisagens mais encantadoras de todo o nordeste.
PRAIAS COSTA DOS CORAIS
Praia de Paripueira
Possui 25 piscinas naturais, formadas pelos recifes de corais. E na maré baixa é possível andar quilômetros mar adentro com água pelos joelhos.
Área de Proteção Ambiental protegida por lei federal. Um trabalho de educação ambiental esta sendo desenvolvido pelo turismo local.
Complexo turístico com restaurante, recreação, barcos fazem parte da infra-estrutura
Praia de Sonho Verde
Emoldurada por muitos coqueirais, talvez a tamanha beleza justifique o nome da praia.
As águas tranqüilas, onde encontramos formações de recifes de coral, excelente para banho.
Tem estrutura de bares rústicos, que servem pratos típicos.
Barra de Santo Antônio
Praia de Tabuba
Nome que significa o que deságua nas pedras, devido ao rio que faz a divisa com o município de Paripueira.
Praia calma com recifes de corais que formam pequenas piscinas naturais.
Ao sul o mar é aberto e agitado.
Tem estrutura de bares e restaurantes.
Ilha da Crôa
Entre o Rio Santo Antonio e o Oceano Atlântico fica a Ilha da Crôa.
No local tem hotel, bares rústicos com comidas típicas e casas de veraneio, mantém um aspecto selvagem e exótico, a travessia é feita de barco ou balsa pelo Rio Santo Antonio.
Praia de Carro Quebrado
Praia calma com arenito, águas esverdeadas, adornada de falésias coloridas e coqueirais. Talvez para esconder a sua deslumbrante beleza exista um pouco de dificuldade ao acesso. Para se chegar até a praia tem que atravessar o Rio Santo Antonio de balsa até a Ilha da Crôa e ir em direção ao norte da estrada que beira a praia da Crôa.
Não tem infra-estrutura, mais é conhecida nacionalmente por ser considerada uma das praias mais bonitas do Brasil.
Passo do Camaragibe
Praia Barra de Camaragibe
Praia repleta de coqueirais e tem como principal referencial o Rio Camaragibe com seus manguezais e águas cristalinas, ideais para banhos de água doce.
Uma pequena vila de pescadores bastante tranqüila, próxima a foz do rio tem o privilegio de viver em plena natureza.
Praia do Marceneiro
Praia tranqüila que abriga uma vila de pescadores, beleza selvagem que impressiona pela cor esverdeada do mar com piscinas naturais, ideal para mergulhos. A areia fina e dourada emoldurada por uma área de coqueirais testemunham um horizonte de imensa beleza.
Praia dos Morros
A Praia dos Morros é realmente muito bonita, encontra-se totalmente integrada à natureza. Praticamente intocada, ainda não tem estrutura, o som natural é o barulho do mar e dos ventos. A tranqüilidade reina absoluta nas águas mansas e na vegetação de mata atlântica.
São Miguel dos Milagres
Praia do Toque
Área de lindos coqueirais, águas cristalinas ideal para mergulhos. Tem recantos charmosos com belas pousadas que oferecem atendimentos personalizados e gastronomia diversificada.
Passear nas areias brancas ou pedalar de bicicleta são opções para admirar a beleza do lugar.
Porto da Rua
Povoado de pescadores, porto natural de barquinhos pitorescos, lugar muito visitado pelo charme e beleza de suas piscinas naturais, ideais para contemplar a vida marinha do oceano.
Restaurantes servem o melhor da gastronomia; lagostas, aracatu, caranguejo e beijupirá fazem parte dessa culinária deliciosa.
Praia de São Miguel dos Milagres
Praia em forma de enseada, coqueiral contornando a faixa de areia. O mar de águas cristalinas é convidativo para contemplação, a paisagem mescla recifes e currais de peixes – tipo de pescaria indígena em que se armam espetos de pau no mar.
Porto de Pedras
Praia de Tatuamunha
Sem muita infra-estrutura, a praia é pouco freqüentada por turistas. Próxima a uma vila de pescadores, onde ainda existem alguns casarões antigos da época da colonização fica a praia de Tatuamunha. Praia de mar calmo com piscinas naturais e um belo rio do mesmo nome que desemboca suas águas fazendo o cenário perfeito para a moradia de um casal de peixes-bois.
Praia do Patacho
Lugar precioso conhecido por suas maravilhosas piscinas naturais e águas transparentes de temperatura agradável, ideal para os amantes do mergulho pela grande quantidade de fauna marinha , é uma bela praia quase deserta.
Japaratinga
Praia de Japaratinga
As águas calmas e mornas são ideais para os mergulhos.
Praia que ornamenta a cidade e toda a infra-estrutura do lugar.
Vários restaurantes e bares servem cardápios a base do fruto do mar.
Barreiras do Boqueirão
Praia de traços primitivos cercada de belezas naturais.
Barreiras de Boqueirão conta com nascentes de água mineral onde seus visitantes desfutam do banho bica, tornando o lugar ainda mais encantador.
Praia de Bitigui
Praia de águas mornas o que propicia agradáveis mergulhos ou passeio de jangada às piscinas naturais.
Excelentes meios de hospedagem e lazer.
Maragogi
Praia de São Bento
Praia de água escura devido ao Rio Maragogi. Quando a maré baixa apresenta bancos de areia dando um charme a essa praia cercada por coqueiral e barreira de rochas que é habitada por pescadores.
Praia de Peroba
Praia de águas cristalinas ótima para banho, emoldurada de coqueiros. A grande opção é aproveitar a maré baixa para caminhar até as piscinas naturais, não precisa de jangada.
Aconchegantes pousadas e bares completam o cenário e a estrutura da praia que reina na simplicidade de sua beleza.
Praia de Burgalhau
Praia calma de areia branca e fina, recifes de corais e pequenas piscinas naturais
Primeira praia ao norte do centro da cidade. Possui restaurante e hotel.
As águas têm tonalidade azul claro que realça com o azul do céu.
Próximo a praia fica o Rio dos Paus com um rico manguezal ideal para contemplação.
Barra Grande
A praia se alia a paisagem de coqueiral, o mar de águas tranqüilas convidativo para pesca e deliciosos mergulhos. Pousadas, hotéis, casa de veraneio e vila de pescadores e fazem parte da tranqüilidade do lugar.
Galés
Bonitas formações coralinas a 6 km da costa formam as piscinas naturais . As águas mornas e cristalinas na maré baixa mostra a beleza da vida marinha. Essa área é uma das mais importantes do mundo, fazem parte da APA Costa dos Corais.
Praias de Maceió
Praia de Ipioca
Ipioca fica a 20 quilômetros do centro. O nome de origem indígena significa “casa do chão” ou “maloca”.
Praia contemplada por uma faixa litorânea de um azul intenso, contornada por areias brancas e verdes coqueirais, espetáculo ofertado pela natureza que pode ser admirado com mais plenitude no mirante Alto de Ipioca.
A culinária é famosa pelos doces de frutas e pelo preparo dos frutos do mar, servidos com capricho nos vários restaurantes, onde o sabor se destaca na simplicidade do lugar.
Ipioca é terra natal do segundo presidente do Brasil, Marechal Floriano Peixoto.
Praia da Sereia
A Praia da Sereia fica a 16 quilômetros do centro.
O mar exuberante com ondas fortes é protegido por um paredão de recifes, que amortecem a bravura das águas e formam uma grande piscina que proporciona tranqüilos mergulhos.
Simbolizando Iemanjá, na década de 60, foi colocada ali uma escultura de sereia.
Segundo as lendas os mais antigos pescadores contam que, quando saiam para pescar nesta parte do mar, ouviam o canto da sereia.
Do mirante têm-se uma visão encantadora de um litoral com contrastes de cores.
Riacho Doce
A Praia de Riacho Doce fica a 14 quilômetros do centro.
O nome deriva de um riacho de águas doces que deságuam no mar.
É uma tradicional vila de pescadores que sobrevivem no aconchego da simplicidade do dia-a-dia e das iguarias feitas à base de mandioca e coco, um convite delicioso para degustação.
Jacarecica/Guaxuma/Garça Torta
As praias de Jacarecica, Guaxuma e Garça Torta fazem parte do conjunto das belas praias urbanas, próximas ao centro da cidade.
A boa infra-estrutura, restaurantes, pousadas e residências dividem espaços com as belezas do litoral onde a natureza generosamente ofertou espaços para mergulhos, pesca, ondas para o surf etc.
Praia de Cruz das Almas
A Praia de Cruz das Almas fica a 06 km do centro.
Conta-se que esse nome foi dado ao local devido a um cemitério indígena que existia no início do século passado.
Vários hotéis e restaurantes ocupam essa área que se encontra em pleno desenvolvimento e valorização imobiliária.
O mar aberto com ondas fortes é um convite aos amantes do surf e da pesca de arremesso.
Praia de Jatiúca
As ondas fortes da praia de Jatiúca são ideais para a prática do surf.
Até os anos 50 a área chamava-se carrapato, nessa época, o folclorista Théo Brandão, proprietário de um grande sítio na região, batizou o local de Sítio Jatiúca, nome indígena que significa carrapato.
Essa orla dispõe de total infra-estrutura; tem grandes opções de serviços e entretenimento. São restaurantes, hotéis, bares, casa de shows, barracas de tapiocas, lojas, bancos, galerias e espaço destinado à prática de esporte.
Praia de Ponta Verde
A orla tem uma ponta de terra avançando para o mar. Até o final da década de 70 era totalmente verde de coqueiros, daí a origem do nome.
Tornou-se conhecida nacionalmente na década de 50, devido à existência de um coqueiro que tinha o caule semelhante ao pescoço de uma ema, e ficou conhecido pelo nome de Gogó da Ema.
Um Farol foi construído sobre recifes, no início do século 20 para orientar as embarcações vindas do norte, acrescentando um charme extra a essa praia.
É a praia urbana mais bonita de Maceió.
Praia de Pajuçara
Pajuçara é nome de origem indígena que significa “o espinhal”, devido à grande quantidade de espécies de arbustos espinhosos que havia na região.
A beleza da enseada de Pajuçara cria expectativas… Dezenas de jangadas ficam aguardando os visitantes para um passeio as piscinas naturais 02 km da orla.
Quando a maré baixa, várias piscinas são formadas pelos recifes de corais e nas águas mornas, tranqüilas e incrivelmente cristalinas, concentram-se várias espécies de peixes coloridos a circular livremente.
A orla de Pajuçara é completa de infra-estrutura. São quadras de esportes, restaurantes, hotéis e vários centros de artesanato.
Praia da Avenida da Paz
A primeira obra de urbanização da orla foi na Avenida da Paz. A praia passou a ter esse nome em função dos anseios mundiais pela Paz, depois da Primeira Guerra Mundial.
Até o final da década de 70, a praia da Avenida foi o centro inconteste da vida social de Maceió. Com o passar dos anos passou a ser uma área comercial. Alguns casarões ainda resistem a essas mudanças, o que retrata um pouco a nobreza dessa época.
Praias do Sobral/Trapiche/Pontal da Barra
A extrema beleza das praias Sobral, Trapiche e Pontal da Barra que têm o mar aberto e ondas fortes, apesar de não serem apropriadas para banhistas, normalmente são freqüentadas por quem curte surf e outras atividades esportivas praieiras.
LAGOAS E MARES DO SUL
Marechal Deodoro
Praia do Francês
A Praia do Francês faz parte do município de Marechal Deodoro. Distante 20 km de Maceió, com excelente infra-estrutura, é considerada uma das mais bonitas do Brasil.
Protegida por um paredão de recife, o que torna as águas calmas e cristalinas, sendo ideal para lazer e refrescantes mergulhos. A praia também tem uma parte de mar aberto, com ondas fortes, própria para a prática do surf.
Barra de São Miguel
Praia de Barra de São Miguel
Boa parte da praia possui uma extensa barreira de recifes, que, na maré baixa, amansa o mar, formando uma enorme piscina natural de águas calmas e cristalinas, ideal para banhos e mergulhos.
Onde não existe a proteção dos recifes, as ondas, fortes, são propícias à prática de surfe.
Hotéis, bares, restaurantes, condomínios e casas de veraneio integram a paisagem.
Praia Niquim
Praia localizada na desembocadura do rio Niquim. De areia fina e clara, águas cristalinas, é ideal para o mergulho.
Alguns restaurantes, pousadas e residencias completam o cenário
Praia das Conchas
A praia, de areia fina e branca, mar de águas transparentes e de agradável temperatura, é execelente para o banho e mergulho.
A pesca submarina é muito praticada, devido a transparência de suas águas.
Praia do Meio
Praia de areia fina e branca com águas transparentes. É uma das praias onde o surf é um dos esportes mais praticados, sem esquecer a pesca submarina.
Praia do Gunga
Essa praia faz parte do município de Roteiro.
Famoso recanto litorâneo. É uma ponta de areia branca que avança mar adentro. A fascinante praia, realçada por vastos coqueirais, testemunha a união do rio e lagoa com o Oceano Atlântico – um panorama encantador. O acesso ao local é feito por uma fazenda de plantação de coqueiros. Mas, tudo se torna mais encantador fazendo a travessia de barco, que sai do cais da Barra de São Miguel.
A praia tem estrutura de restaurantes, lojas de artesanato e muita beleza natural.
Jequiá da Praia
Praia Barra de Jequiá
A praia, conhecida como Duas Barras, é dotada de infra-estrutura; possui um complexo turístico (pousada e restaurante e barcos para passeios). Tem areia branca e o mar é um pouco agitado. O Rio Jequiá desemboca nas águas do mar dando um charme especial a esse cenário.
Praia de Jacarecica do Sul
Praia emoldurada por falésias, que são formações rochosas de exuberante beleza e chegam a ter 30 metros de altura. Refletem o colorido avermelhado nas águas cristalinas do mar.
Praia praticamente selvagem, apropriada para contemplação. Outra boa opção é caminhar nas areias e sentir a magia do local.
Coruripe
Praia do Pontal do Coruripe
Tem um enorme farol de sinalização para os navios. Um paredão natural de pedras amortece a bravura das águas e, quando a maré enche, se formam duas grandes piscinas naturais.
Pontal do Coruripe é um balneário turístico com total infra-estrutura.
Miaí de Cima
Praia serena de um mar azul sem igual – o cenário é algo que realmente encanta. Areias finíssimas, coqueiros balançando ao vento, muito peixe e camarão para saborear nas refeições dos restaurantes do lugar.
Miaí de Baixo
Uma vasta área deserta de praia faz parte desse paraíso. Praia que preserva os ares de uma vila de pescadores. Do sítio de coqueiros, localizado numa parte mais elevada, se tem uma lindíssima vista de toda praia.
Lagoa do Pau
O Rio do Pau corre paralelo ao mar e permite banho de água doce. Há ainda uma lagoa ao fundo, a lagoa do Pau, cercada por mata atlântica. Cenário perfeito para pesca de arremesso e apropriada aos esportes náuticos. Oferece boa estrutura e restaurantes com cardápios diversificados onde são encabeçados os frutos do mar.
Feliz Deserto
Praia do Maçunim
A praia é extensa e contornada de coqueirais. A água do mar, de um azul degradê, é a principal atração do município. A praia, tranqüila, tem esse nome devido à grande quantidade de maçunim, molusco encontrado em abundância no local, que enriquece a culinária.
Piaçabuçu
Praia do Peba
Tem 26 km de extensão. É Área de Proteção Ambiental. A paisagem é única: grandes dunas que mudam a paisagem, de acordo com os ventos.
A praia é conhecida em todo o país pelos eventos pesqueiros, como a Gincana de Pesca de Arremesso, realizada sempre no mês de novembro.
Possui infra-estrutura, em se tratando de bares, restaurantes e pousadas que serve no seu cardápio a moqueca de camarão, prato típico do lugar.
Cultura e Etnia
Uma mistura de raças, cores e sabores fazem de Alagoas um estado único. Da Serra da Barriga, vem a descendência negra de Zumbi. Dos arredores de Maceió, toda a cultura indígena e a rica culinária. Os trançados das linhas produzem as rendas; filé, boa noite, labirinto… e das palhas, bolsas, cestas e peças de design singular de consumo obrigatório. As danças alegres, o cruzar das fitas e espelhos do Guerreiro, transmitem a todos o verdadeiro espírito alagoano.
Alagoanos que fazem parte da História e Cultura
Zumbi dos Palmares – Criado por um padre, em Porto Calvo, aprendeu a ler e escrever. Líder nato, Zumbi constituiu o maior núcleo de resistência escravagista do Brasil, no chamado Quilombo dos Palmares, que tinha na época 30 mil integrantes. A sede era na Serra da Barriga, no município de União dos Palmares, a 86 km de Maceió.
Marechal Deodoro da Fonseca – Nasceu na cidade de Alagoas, que, em sua homenagem, a cidade passou a ter seu nome. Foi o Proclamador e Primeiro Presidente da República. Na casa onde nasceu funciona um museu com móveis, objetos e fotos, que retratam a sua história.
Marechal Floriano Peixoto – Segundo Presidente do Brasil, nascido no povoado de Ipioca, em Maceió, no ano de 1839.
Graciliano Ramos – Escritor, político, nasceu em Quebrangulo em 1892, mas foi na cidade de Palmeira dos Índios, onde foi prefeito, que ganhou projeção. Na cidade existe um museu que leva seu nome, contendo um importante acervo de suas obras e de sua vida.
Jorge de Lima – Poeta, natural de União dos Palmares. Na casa em que ele nasceu funciona um Centro Cultural, onde há um acervo sobre sua vida e obra.
Théo Brandão – Nascido em Viçosa, foi médico, farmacêutico, pesquisador, professor, poeta e folclorista. É reconhecido internacionalmente por suas pesquisas e dedicação à cultura popular.
Aurélio Buarque de Holanda – Nasceu em Passo de Camaragibe. Tinha uma inteligência privilegiada, apaixonado pelas palavras. Depois de muitos anos de pesquisas, em 1975, publicou o dicionário que leva seu nome. Ficou conhecido internacionalmente como “Mestre”. Fez muitos pronunciamentos sobre assuntos literários e lingüísticos, em vários países.
Nelson da Rabeca – Nasceu na cidade de Marechal Deodoro, e passou sua vida humilde trabalhando no corte da cana de açúcar. Já velho, dedicou-se à música. Com um pedaço de madeira de jaqueira, fabricou uma autêntica rabeca, semelhante ao violino, sendo bem rústico. Hoje é reconhecido nacionalmente.
FOLCLORE
GUERREIRO
O Guerreiro tem grande representatividade na cultura do Estado; é um folguedo genuinamente alagoano.
É uma mistura de vários autos: Reisado, Caboclinhos, Chegança e Pastoril. O Guerreiro surgiu entre os anos de 1927 e 1929. Os trajes são multicoloridos, usando-se fitas, espelhos, diademas, mantos e aljôfares. Os personagens são rei, rainha, índio, Peri e seus vassalos, lira.
Instrumentos musicais: sanfona, tambor e pandeiro.
BAIANAS
Esse folguedo não possui um enredo determinado. As baianas cantam uma seqüência constituída de marchas, peças variadas e, por fim, a despedida. As vestes são as convencionais de baianas e os instrumentos que acompanha são os de percussão.
TORÉ DE ÍNDIOS
De origem indígena, a dança é praticada desde 1740. Os índios dançavam para agradecer as divindades, ou para fazer suas orações. Os trajes são iguais aos dos seus antepassados. Os índios dançam em círculos, fazem coreografias simples e ritmadas.
BUMBA MEU BOI
Auto popular de temática pastoril que tem na figura do boi o personagem principal. Sua apresentação, em Alagoas, é semelhante a um teatro de revista. Consta de desfile de bichos que dançam ao som de cantigas entoadas por cantadores e acompanhadas por conjunto musical de percussão e apito.
CABOCLINHOS
Originário dos maracatus pernambucanos, a dança não tem enredo ou drama, sendo acompanhada por banda de pífano.
Vários personagens compõem esse folguedo: mestre, contramestre, embaixadores, vassalos, mateus, rei, lira, general, borboleta, estrela de ouro, rei catulé e caboclinho. Os trajes são: cocar, tanga, braceletes e perneiras de penas de peru, colares, brincos de dente, conchas ou sementes.
CAVALHADA
Cortejo e torneio a cavalo, em que a parte mais importante consiste na retirada de uma argolinha, com a ponta da lança, em plena corrida. São doze cavaleiros ou pares que estão dividido em cordões azul e encarnado.
Tem origem dos torneios medievais.
CHEGANÇA
É um auto marítimo de danças provenientes da Europa.
O cenário é uma barcaça armada especialmente para essas apresentações. Todo o bailado é cantado e o instrumento que acompanha é o pandeiro. São vários personagens: almirante, capitão, capitão-de-mar-e-guerra, mestre piloto, mestre patrão, padre-capelão, doutor cirurgião, oficiais inferiores, marujos e dois gajeiros.
COCO ALAGOANO
Dança de origem africana, cantada e acompanhada pelas batidas dos pés. Também denominada pagode ou samba. É executada na época junina ou em outras ocasiões, para festejar acontecimentos importantes da comunidade.
Personagens: mestre e dançadores.
Traje: roupa do dia-a-dia. Variações do estilo
Instrumento: Pandeiro
FANDANGO
Auto dramático de temática náutica, como a Chegança. Entoam-se cantigas náuticas de diversas épocas e origens, algumas, portuguesas, que falam de suas grandes navegações. Personagens: almirante, capitão, capitão-de-mar-e-guerra, mestre piloto, mestre patrão, oficiais, marujos e gajeiro. Trajes: oficiais com quepe de pala, paletó azul marinho com camisa e gravata preta, ornado de platinas e alamares, calças brancas, espadas e espadins; marujos de gorro e blusa maruja da mesma cor que a dos oficiais.
Instrumentos: rabeca e viola.
PASTORIL
É um fragmento dos presépios, constituído por jornadas soltas, executando-se a de boa-noite e da despedida. Personagens: mestra, contramestra, Diana; as pastorinhas, o pastor e a borboleta. Trajes: saias, blusas, faixas, aventais, chapéu de palhinha, nas cores azul e encarnado. Levam um pandeiro feito de lata, com cabo e sem tampa, ornado de fita com a cor do cordão a que pertence.
Acompanhamento: instrumentos de percussão e de sopro.
REISADO
Auto popular profano religioso formado por vários grupos de músicos, cantores e dançadores, que apresentam vários episódios.
Personagens: rei, rainha, embaixador, mestre ou secretário de sal, contramestre, mateus e palhaço. Trajes: saiote de cetim colorido, chapéu de aba larga guarnecido de espelhos redondos, flores artificiais e fitas variadas.
Instrumentos: sanfona, tambor e pandeiro.
VAQUEJADA
A vaquejada é muito difundida em Alagoas e no Nordeste como um todo. Os vaqueiros, montados em cavalos, correm em dupla. Um dos vaqueiros faz o papel de “esteira”, para que o boi não saia pelo lado oposto ao do “puxador”, que, segurando a cauda do animal, faz força para derrubá-lo de patas para cima. Na vaquejada cada lance envolve risco e exige coragem. Diz o ditado popular: “é um esporte de cabra macho”.
Traje: Roupa comum, geralmente acompanhado de proteções usadas pelos vaqueiros.
ARTESANATO
Filé – Renda de origem portuguesa, confeccionada pelas artesãs de Alagoas. Dos teares saem lindas peças como colchas, toalhas, peças femininas etc.
Labirinto – É considerado um tipo de renda feita com capricho e glamour.
Redendê, Ponto de Cruz, Boa-Noite, Bordado feitos com linhas coloridas para fabricação de colchas, pano de mesa, saias, blusas, fronhas, toalhas.
Bilro – Um delicado tipo de bordado, feitos com pequenos bastões, que entrelaçados com linhas, dão origem a um tipo de renda.
Madeira – Troncos de jaqueiras e coqueiros, esculpidos pelas mãos ágeis dos artesãos que transformam o entalho em imagens religiosas, bichos, móveis, peças decorativas e carrancas, muito usadas nas embarcações que navegam pelo o Rio São Francisco.
Barro – A arte de transformar a argila em produtos de utilidade, decoração, peças decorativas e utensílios domésticos. São confeccionados em vários municípios.
Casca de coco – Utilizando-se do produto, artesãos confeccionam belas esculturas e xaxim para plantas
Palhas – Palha de ouricuri, taboa, cipó e coqueiro são matérias-primas muito utilizadas no artesanato alagoano. No trançado de palha são fabricadas bolsas, chapéu, abano, vassoura e esteiras. No trançado de cipó são fabricados cestas, balaios, samburás, caçuás, urupembas, esteiras etc.
Turismo (Vídeo)
Fonte: www.turismo.al.gov.br
Alagoas
A História de Alagoas
Dos Caetés aos Marajás
Introdução:
Esse projeto é antigo. Desde que ingressei no magistério, venho lutando para preencher uma grande lacuna em meio a classe estudantil: um livro sobre a História de Alagoas. Mas um livro em linguagem simples e jornalística, sem vícios e sem censura. Lembrando o tempo antigo e fazendo uma comparação com os acontecimentos atuais.
Nunca consegui patrocinadores. Promessas, foram muitas. Mas, sempre vinha a decepção. Era só “conversa fiada”. Desdobrei-me no trabalho, juntei alguns trocados e, finalmente consegui o dinheiro suficiente para pagar a gráfica. Produção independente, feita com muito sacrifício, mas sem dever favor a ninguém. O caminho certo.
Não fiz festa de lançamento, com o famoso “boca-livre”, onde a maioria dos convidados só quer beber e comer de graça e não compra o livro. Optei pela propaganda de boca-a-boca e algumas notas de jornal. Visitei escolas, repartições públicas, empresas e entidades de classe, fazendo palestras, vendendo e autografando os livros. Deu certo. Graças a Deus, vendi os 2 mil exemplares.
E mais: o Impacto Curso, através de seu proprietário, Alberto Dehon, idealizou uma atividade extra-classe, que foi um sucesso: o Bar Fera, reunindo 1.200 alunos num amplo restaurante, e encarregando-me de ministrar uma aula-espetáculo. A cada intervalo, música ao vivo, onde só se cantava músicas lembrando Alagoas. A edição foi impressa na gráfica do próprio Impacto. Autografei cada exemplar, entregando aos alunos.
A terceira edição de maio de 2001, com 1 mil exemplares, foi vendida em menos de um ano. Enfim, foram mais de 4 mil exemplares vendidos em apenas seis meses. Creio ser um recorde em termos de mercado editorial em Alagoas.
Como avanço da Internet e, aproveitando o espaço do meu jornal eletrônico REPÓRTER ECONÕMICO, entra no ar mais essa edição. Um avanço da tecnologia.: ler um livro pela tela do computador. Espero uma boa receptividade em meio aos internautas, interessados em conhecer tudo que se passou em Alagoas desde os tempos dos engenhos até agora nesse início de novo milênio.
A História de Alagoas dos Caetés aos Marajás, é um relato da História desse pequeno Estado brasileiro (o segundo menor, depois de Sergipe), que ao longo de quase cinco séculos, vem demonstrando ao país, que tem um povo trabalhador, honesto e sempre esperançoso. Escolhí esse título, lembrando os índios Caetés, que foram os primeiros a manchar a imagem desta terra, com o episódio do massacre de todos os tripulantes do navio que levava à Portugal o primeiro bispo do Brasil, Dom Péro Fernandes Sardinha. Obviamente , para eles (os índios), um fato normal. Afinal, nunca tinham visto um branco. E, com tantas vestimentas. Imaginem como o bispo estava vestido?
Marajás, foi um termo muito utilizado pelo ex-governador e ex-presidente da República, Fernando Collor de Mello, para designar os privilegiados funcionários públicos, que recebem altos salários e pouco ou nada produzem. Na realidade, o termo vem da Índia, numa alusão aos ricos e poderosos daquele país, onde 90% da população de quase 1 bilhão de habitantes, vive na miséria.
Faço um relato de todos os acontecimentos importantes da verdadeira História de Alagoas, com base em pesquisa realizada ao longo dos últimos anos. Opino, porque sou um formador de opinião, tanto como jornalista, tanto como professor. Abro o debate. Sempre agi assim. Conto fatos que geraram escândalos, culminando com renúncias de governadores e até mesmo um impeachment, o primeiro concretizado no país. As oligarquias políticas que sempre dominaram o Estado até chegar ao “pulo do gato”, que é a ascensão da esquerda aos governos do Estado e de Maceió.
As sucessivas crises econômicas; alguns anos de crescimento; a descoberta das belezas naturais da terra pelos turistas do país e do exterior, e o crescimento rápido de Maceió. A miséria, o desemprego, as doenças endêmicas, o analfabetismo e a mortalidade infantil, esses dois últimos ítens, colocam o Estado como campeão nacional. Enfim, uma História “nua e crua”, contada por um contador de histórias, que não tinha escapatória: virou um jornalista.
No tempo dos Dinossauros
Os arqueólogos comprovam: Alagoas foi habitada por dinossauros. Vez por outra, aparece alguém confirmando que viu inscrições em pedras; descobriu ossos de animais pré-históricos e outros objetos que existiram na pré-história.
O historiador Jayme de Altavilla, em seu livro História da Civilização de Alagoas, refere-se a uma variedade de documentos arqueológicos, encontrados ao longo dos anos em várias regiões.
Em Santana do Ipanema, no vale do rio Caiçara, foram encontrados esqueletos de animais pré-históricos. Também surgiram vestígios desses animais em Viçosa e São Miguel dos Campos. Em Anadia, no sítio Taquara, descobriram um cemitério de índios.
O historiador viçosense, Alfredo Brandão, também é outro que fala em seus livros sobre a pré-história em Alagoas. Afirma que na propriedade Pedras de Fogo (da família Loureiro), encontra-se uma pedra com diversas cruzes gravadas, sendo uma delas tão bem gravadas que passa por milagrosa. Também fala em inscrições descobertas em pedras nos municípios de Capela, Atalaia, Porto de Pedras e Anadia. Sua coleção de instrumentos de pedras, como tambetá, machadinha e outros, está exposta no Instituto Histórico e Geográfico de Maceió.
Nas margens do rio São Francisco, já descobriram muitas ossadas de animais pré-históricos. É uma região, comprovadamente habitada naquela época. Um museu instalado no Xingó Parque Hotel, expõe muitos objetos arqueológicos descobertos por toda aquela imensidão de terras. No Centro de Apoio da Hidrelétrica de Xingó, do lado alagoano, existe uma exposição fixa de arqueologia.
Terra à vista
Quando o Brasil foi descoberto, a terra que constitui hoje o Estado de Alagoas, era um mundo de mata virgem, onde viviam índios nativos. Rios perenes, muito peixe, frutas, animais soltos. Enfim, a flora e a fauna exuberantes, enchiam os olhos dos portugueses que foram chegando para iniciar o processo de colonização.
A grande quantidade de lagoas em seu litoral, fez com que os colonizadores batizassem logo a região de Alagoas. Elas continuam embelezando a paisagem típica do Estado, se constituindo em pontos de atração turística e ainda em sustento de milhares de alagoanos, que tiram dela, o peixe e o sururu, molusco típico, consumido não só pelos pobres, mas presente na mesa dos ricos, da classe média e dos bares e restaurantes.
Esse pedaço de terra brasileiro, entre o Litoral e o Sertão, pertencia a Capitania de Pernambuco, comandada pelo donatário Duarte Coelho, que em visita ao Sul, deparou-se com o rio São Francisco. Lá, edificou um forte e deu origem a cidade de Penedo, comprovadamente o primeiro núcleo habitacional de Alagoas. Hoje, é uma cidade das mais importantes do Estado. Durante várias décadas, foi a mais progressista do interior. Perdeu para Arapiraca na segunda metade deste século. Mas continua imponente, com seu casario colonial, seu povo culto, seu potencial turístico e sua economia que cresce a cada dia.
Imaginemos Alagoas nos tempos do descobrimento do Brasil! Da foz do São Francisco a Maragogi: índios nativos como os Caetés e os Potiguaras. Nus, livres, vivendo da caça e da pesca, falando língua própria, usufruindo dessa beleza natural, com rios e lagoas sem poluição. Um povo festeiro, cultuando suas tradições. Era feliz e livre da presença do branco português, que aqui chegou para marginalizá-lo, exigir que aprendesse sua língua, sua religião e seus costumes. Todos perderam a identidade, e se tornaram escravos da ganância dos colonizadores, que só queriam extrair a riqueza da terra e enviar para Portugal.
Nossos índios eram vaidosos, festeiros e valentes. Adoravam se pintar com várias cores, dançar e cantar. Achavam o nariz chato um importante requisito de beleza. No Sul eram os Caetés e suas sub-tribos, como a dos Caambembes, instalada em Viçosa. No Norte, os Potiguaras.
As demais tribos, eram:
– Abacatiaras, que viviam nas ilhas do rio São Francisco.
– Umans, no alto Sertão, às margens do rio Moxotó.
– Xucurus, em Palmeira dos Índios.
– Aconans, Cariris, Coropotós e Carijós, às margens do São Francisco.
– Vouvés e Pipianos, no extremo ocidental de Alagoas.
Esses nativos alagoanos eram bronzeados do sol escaldante, moravam em cabanas de palha, reunidas em forma de aldeias e viviam da caça e da pesca. Promoviam festas, utilizando-se de instrumentos musicais como corneta, flauta e maracá. Em combate, atiravam sobre o inimigo, flechas envenenadas e sobre as aldeias, flechas com algodão inflamado, para incendiá-las.
As índias alagoanas trabalhavam muito. Fiavam algodão para confeccionar cordas e redes e ainda fabricavam vasos de barro para uso doméstico. O adultério era considerado crime.
Nas aldeias, todos se reuniam em forma de República. O chefe maior era o Cacique, escolhido entre os mais velhos e respeitados. O Pajé era o conselheiro espiritual. Nas grandes crises, eles se reuniam em conselhos, denominados Carbés.
Hoje, Alagoas tem as seguintes tribos:
– Xucurús, em Palmeira dos Índios, muito bem organizada, já toda civilizada, com escola, posto de saúde, posto telefônico e outros benefícios.
– Cariris, em Porto Real do Colégio, também com toda a infra-estrutura econômica e social, funcionando.
– Tingui-Botós, em Feira Grande.
– Wassus em Joaquim Gomes, e uma outra descoberta recentemente, ainda em estudo na Funai – Fundação Nacional do Índio, para constatar sua verdadeira identidade. É um pequeno grupo que vive no alto Sertão alagoano.
Assim era Alagoas na época do descobrimento do Brasil. Esse pedaço de Brasil, abençoado pela natureza, livre, com a Mata Atlântica exuberante, os rios e lagoas de águas cristalinas.
Os colonizadores
A primeira expedição ao Sul da Capitania de Pernambuco, foi conduzida pelo próprio donatário, Duarte Coelho, que saiu do Recife beirando o litoral até chegar a foz do rio São Francisco. De lá, rio acima, deparou-se com um local privilegiado pela natureza, com o rio cheio de pedras. Edificou um forte e deu origem a povoação de Penedo.
Duarte Coelho, segundo os historiadores, era dotado de muita capacidade administrativa e devotado a causa do governo português. Suas cartas ao Rei Dom João III, eram verdadeiros relatos sobre a riqueza da capitania, suas paisagens e os índios. Fundou Olinda, fez aliança com os índios e iniciou o plantio da cana-de-açúcar, dando origem aos primeiros engenhos.
Mas toda essa extensão de terras, entre o Litoral e o Sertão precisava ser colonizada. Aí surge a figura de um alemão: Cristhovan Lintz, depois aportuguesado para Cristovão Lins. Ele vivia em Portugal, onde casou-se com Adriana de Hollanda, filha do holandês Arnault de Hollanda e da portuguesa Brites Mendes de Vasconcellos Hollanda. O casal desembarcou no Recife, na primeira metade do século do descobrimento (XVI) e ganhou uma imensa sesmaria, compreendendo o Cabo de Santo Agostinho até o vale do rio Manguaba.
O segundo colonizador foi o português Antonio de Barros Pimentel, casado com Maria de Hollanda Barros Pimentel, irmã da mulher de Cristovão Lins. Ele chegou ao porto da Barra Grande (Maragogi), ainda com a roupa que usava na Corte, em Lisboa. Era um nobre, descendente de uma das mais importantes famílias de Portugal, originária da cidade de Viana, mas com os seus ancestrais surgidos na Espanha. Ganhou uma sesmaria que compreendia as terras entre os rios Manguaba, passando pelo Camaragibe e chegando ao rio Santo Antonio, em São Luiz do Quitunde. Construiu engenhos de açúcar e criou gado.
A sesmaria que compreendia às margens das lagoas Mundaú e Manguaba, pertencia ao português Diogo Soares, enquanto em São Miguel dos Campos, o dono das terras era Antônio de Moura Castro e as de Penedo, comandadas por Rocha Dantas. Outras sesmarias de menor porte, foram surgindo em vários pontos de Alagoas.
Os engenhos
A História de Alagoas é a história pela posse da terra. Doadas as sesmarias, os novos proprietários procuraram logo fazer a derrubada das matas e plantar cana-de-açúcar, surgindo os engenhos banguês que sustentaram a economia alagoana durante quatro séculos, até serem substituídos pelas usinas.
Os primeiros engenhos surgiram nos vales dos rios Manguaba, Camaragibe e Santo Antônio, na região Norte de Alagoas. A terra fértil, logo adaptou-se a essa nova atividade. E, assim, começa a formar-se a chamada aristocracia açucareira, com as grandes famílias dominando a economia.
O escritor Manoel Diegues Júnior, em seu livro O Banguê das Alagoas, faz um relato apaixonado dessa atividade que iniciou o processo de desenvolvimento sócio-econômico e cultural da Comarca, Capitania e Província de Alagoas. Mostra os costumes e tradições, a religiosidade, o domínio político, o folclore saído dos engenhos, enfim, um estudo de sociologia rural, que deveria ser lido por todos aqueles que realmente se interessam pela História desse povo bom, trabalhador, honesto e hospitaleiro, que é o alagoano.
Os engenhos banguês das Alagoas eram movidos a animais. Produziam o açúcar, o mel e a rapadura. Logo que eram construídos, seus proprietários procuravam também edificar uma Igreja. A casa grande emoldurava a beleza da paisagem típica da região. Algumas eram luxuosas, com móveis e objetos importados. A senzala, onde viviam os escravos amontoados; a bagaceira; a casa de purgar; o armazém (empório comercial) e outras edificações, formavam um povoado.
Os primeiros engenhos foram construídos por Cristovão Lins, o alemão que se constituiu no verdadeiro colonizador de Alagoas. Ele batizou logo com os nomes de Escurial, Maranhão e Buenos Aires. Ficavam no atual município de Porto Calvo, que ele também fundou na segunda metade do século XVI.
Depois foram surgindo outros engenhos, já com o segundo colonizador, Antônio de Barros Pimentel, casado com Maria de Hollanda, irmã da mulher de Cristovão Lins. Esse casal fixou-se às margens do rio Camaragibe, terras hoje pertencentes aos municípios de Matriz e Passo de Camaragibe. Mas a sua sesmaria atingia ainda o vale do rio Santo Antônio, onde também edificou engenhos, como o próprio Engenho Santo Antônio, que funcionou por mais de três séculos, até ser transformado na atual e moderna Usina Santo Antônio, em São Luiz do Quitunde, desde a década de 1950, pertencente a família Correia Maranhão.
Outros engenhos foram surgindo nos vales dos rios São Miguel, Coruripe, Mundaú e Paraiba. E a atividade dominou a economia alagoana. O açúcar seguia para a Europa através do porto do Francês, saindo dos engenhos em lombo de boi ou burro, atravessando montes e rios, até chegar a vila do Pilar, e daí, seguindo em barcaças, passando pela velha capital (atual Marechal Deodoro) e atingir o porto.
Hoje, o transporte é rápido e seguro. Das usinas, saem os caminhões-tanque, com o açúcar a granel, atravessando estradas asfaltadas e chegando à Maceió, onde é descarregado no Terminal Açucareiro do Porto de Jaraguá em fração de minutos, saindo por uma esteira rolante e chegando ao porão dos navios, para daí seguir para a Europa, América do Norte, Ásia, África e outros Continentes, garantindo a Alagoas uma boa posição (segundo lugar a nível nacional) na produção de açúcar, perdendo apenas para São Paulo.
Costumes e tradições
O dia-a-dia nos engenhos alagoanos dos séculos XVII, XVIII e XIX, era muito diferente do das atuais usinas e destilarias. Não existem mais escravos, e sim trabalhadores, mas que continuam servis aos patrões. A maioria sem carteira assinada, ganhando pelo que produz. Os escravos eram negros, enquanto os trabalhadores atuais são mestiços, brancos ou negros. Os costumes e tradições mudaram muito.
Não existem senzalas, mas casas populares, em algumas usinas. A maioria preferiu deixar os trabalhadores morando nas cidades próximas e garantir o transporte para a usina ou o canavial. Assim, se ver livre do vínculo empregatício e a obrigação de garantir moradia e outros benefícios sociais. A casa grande, ainda existe. Mas geralmente o usineiro, vive mais na capital, em confortáveis mansões ou apartamentos luxuosos do Farol ou dos bairros da orla marítima.
As sinhazinhas (filhas dos senhores de engenho) eram preparadas para casar logo que chegassem a adolescência. Estudavam as primeiras letras com professores particulares na própria casa grande, aprendiam noções de latim e francês; bordavam, cozinhavam e liam poesias. Eram românticas, mas dificilmente casavam por amor, sendo obrigadas a casar – na maioria das vezes, logo que iniciavam a adolescência – com primos legítimos e até tios. Tudo para preservar o patrimônio da família.
As patricinhas (filhas dos usineiros) são meninas livres, que vivem a doce vida de filhas de milionários, viajando para o exterior, estudando nos melhores colégios da cidade, ou mesmo fora do país; usam roupas de grifes famosas e não mais são obrigadas a casar com quem o pai quer, embora que dificilmente procurem algum rapaz pobre. Algumas chegam a engajar-se no trabalho da usina, logo que terminam a universidade, seja como administradoras de empresas ou assistentes sociais, economistas, advogadas, médicas, dentistas ou qualquer outra profissão de nível superior. Os rapazes, também participam da atividade produtiva do patrimônio da família, na maioria das vezes, já como profissionais de nível superior, seja como engenheiro, agrônomo ou administrador de empresa.
Hoje, as senhoras dos usineiros, procuram trabalhar também na própria usina, ajudando o marido em atividades sociais, como a assistência às famílias dos trabalhadores. Já não são mais aquelas matronas, que se enfurnavam na casa grande, só cuidando das atividades domésticas e gerando filhos. Algumas optam pela vida produtiva na capital, atuando em atividades do comércio, como boutiques de marcas sofisticadas. Mas, são produtivas, atualizadas, viajadas e não mais esbanjam riquezas.
Nos engenhos, as festas eram restritas a casa grande. Os escravos ficavam nas senzalas, cultuando suas tradições africanas. Eram proibidos de, pelo menos, observar os festejos realizados pelos patrões, que comemoravam as festas do santo padroeiro, as de São João e São Pedro; o Natal e o Ano Novo, além de casamentos, aniversários, batizados e outras cerimônias. A capela, era o centro de todas as atenções.
Nas usinas desse início de século, realizam-se festas promovidas pelos trabalhadores, geralmente em clubes sociais administrados por eles próprios. Ao invés do autêntico folclore típico da zona canavieira, dançam e cantam o axé-music. As moças usam mini-saia ou calça colada ao corpo. Pouco se diferenciam das filhas do patrão. Vez por outra, aparece alguma dessas filhas do proletariado, usando uma calça jeans de marca famosa, comprada a prestação numa boutique da capital.
Ao invés do barracão (armazém de venda de alimentos) dos antigos engenhos, os trabalhadores das usinas, compram em supermercados ou mercadinhos das cidades próximas, ou mesmo na feira-livre. Os hábitos alimentares mudaram muito. Recebem seus salários no último dia útil da semana, e logo providenciam o abastecimento da cozinha, que dispõe de fogão a gás, geladeira, liquidificador e outros eletrodomésticos.
A televisão é a responsável pela mudança de hábito do homem do campo. Nas usinas, o trabalhador fixo, que dispõe de casa, já exibe no telhado, uma antena parabólica. Os filhos crescem vendo Xuxa, Angélica, Ratinho e muito mais.
Em algumas usinas, cujos proprietários são mais conscientes da realidade econômica e social, que prioriza a assistência ao trabalhador, funcionam escolas e creches para as crianças, além de assistência médica e odontológica. Nos engenhos banguês, crianças filhas de escravos ou trabalhadores brancos, não frequentavam escolas, que eram só para os filhos dos patrões.
Existem bons exemplos de como conduzir uma empresa moderna, pensando no social: A Caeté, do Grupo Carlos Lyra ; Coruripe, do Grupo Tércio Wanderley; Leão (Rio Largo), do Grupo Leão; Santo Antonio (São Luiz do Quitunde), do Grupo Correia Maranhão; Porto Rico (Campo Alegre), do Grupo Olival Tenório, entre outras.
As vilas
Quando o primeiro donatário da Capitania de Pernambuco, Duarte Coelho visitou o Sul do seu domínio, deslumbrou-se com a região do baixo São Francisco, parando num local e dando início a povoação de Penedo. Lá construiu um forte , e daí em diante, foram surgindo novos moradores, culminando com o aparecimento da primeira vila fundada em Alagoas.
No século XVII, já despontando como a mais importante vila do Sul da Capitania de Pernambuco, foram sendo construidas as primeiras Igrejas e o convento, além de prédios diversos. Terra fértil, logo foi atraindo agricultores que plantavam todo tipo de lavoura, além do crescimento rápido da pecuária. O comércio expandiu-se. Penedo já era a mais importante vila, bem mais desenvolvida do que a chamada “cabeça-de-comarca”, a vila de Alagoas (atual Marechal Deodoro).
Hoje, Penedo esbanja progresso. Detém um comércio bem movimentado, várias agências bancárias, ligações com o país e o mundo através do DDD/DDI, indústrias de álcool e outros setores; uma sólida formação cultural, com várias escolas de primeiro e segundo graus, além de uma Faculdade, jornal, rádios, teatro e festas tradicionais. O Relatório Estatístico de Alagoas, de 1998, aponta uma população de 40.554 habitantes na cidade e mais 13.888 na zona rural. É tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional. Durante vários anos, foi a mais desenvolvida cidade do interior alagoano, perdendo esse posto para Arapiraca, na década de 1960. Sua decadência, começou quando foi construída a ponte sobre o rio São Francisco, em Porto Real do Colégio, ligando Alagoas a Sergipe. A travessia de carros e passageiros, ainda continua na cidade, ligando-se ao outro lado do rio, através do rio. Mas o movimento mais intenso mesmo ficou por conta da ponte rodo-ferroviária.
Mas aos poucos, a cidade foi soerguendo sua economia, e hoje é importante centro econômico e de turismo cultural. Durante alguns anos, realizava o Festival de Cinema, atraindo artistas e intelectuais de várias partes do país. Mantém o Festival de Tradições Culturais, a Festa do Bom Jesus dos Navegantes, Gincana de Pesca e Arremesso, Penedo Fest e outros eventos de significativa importância sócio-econômica, como seminários, congressos, simpósios, peças de teatro, etc. Suas Igrejas, seus sobrados e a beleza do rio São Francisco atraem muitos turistas, que dispõem de bons hotéis, restaurantes e passeio de barcos pelo rio, indo até a foz, na praia do Peba.
Ainda no século XVII, emancipa-se o Povoado de Porto Calvo, tornando-se a segunda Vila. Sua Igreja, concluída em 1610, garantiu o título de primeira Freguesia fundada em Alagoas, antes da de Penedo. Preserva ainda seu alta-mor, todo em madeira, com a imagem de Nossa Senhora da Apresentação (sua padroeira), do Cristo crucificado e de Nossa Senhora da Conceição.
Palco da luta dos holandeses pela colonização de Pernambuco, Porto Calvo ergue-se em uma colina, onde abaixo um imenso vale cortado pelo rio Manguaba, é ocupado por canavial, pastagem e lavouras de vários tipos. Terra fértil, logo foi atraindo novos moradores. E a vila cresceu, esbanjou progresso, mas foi decaindo ao longo dos séculos, somente ressurgindo no atual. Hoje, detém um comércio em franca ascensão, agências bancárias, sistema de telefonia fixa e celular e toda a infra-estrutura para se desenvolver mais ainda. O Relatório Estatístico de Alagoas, versão 1998, aponta uma população de 24.150 habitantes, sendo 12.798, na cidade. Pouca coisa lembra o seu passado. A Igreja de Nossa Senhora da Apresentação, é a única construção secular. Alguns sobrados construídos no início do século XX e, ainda o Alto da Forca, onde dizem ter sido enforcado um dos seus filhos mais ilustres: Domingos Fernandes Calabar.
A terceira povoação fundada em Alagoas, foi Santa Maria Madalena da Lagoa do Sul, alusão a lagoa Manguaba, onde está edificada às suas margens. A Lagoa do Norte, é a Mundaú, que banha Maceió, Coqueiro Seco, Santa Luzia do Norte e Satuba. A vila foi crescendo e, logo no século XVIII tornou-se cabeça-de-comarca, espécie de capital. Quando da invasão holandesa, foi quase toda destruída, com suas casas sendo incendiadas pelos invasores. Mas, recuperou logo, e cresceu novamente. Na emancipação política de Alagoas, já com o nome de Alagoas, foi escolhida como capital da nova Capitania. Perdeu espaço para Maceió, que surgiu no século XVII, através de um engenho banguê.
Seu patrimônio histórico é rico em beleza arquitetônica, como o Convento e o Museu de Arte Sacra; a matriz de Nossa Senhora da Conceição; o Palácio Provincial; a casa onde nasceu o marechal Deodoro; a cadeia pública e tantos outros monumentos, além do casario colonial e a beleza da lagoa Manguaba.
Hoje, é uma cidade em pleno desenvolvimento sócio-econômico, com boa rede de educação e saúde (possui uma Escola Técnica Federal e colégios de primeiro e segundo graus), além de hospitais e postos de saúde. Detém o Distrito Multifabril, com várias fábricas, gerando empregos e impostos para os cofres públicos, além da usina Sumaúma (açúcar e álcool). Figura entre o quarto maior município arrecadador de ICMS. É importante centro turístico, com seu patrimônio histórico intocável, e a praia do Francês, conhecida em todo o país. Sua população, segundo o Relatório Alagoas, é de 28.215 habitantes, sendo 17.451, na área urbana.
A quarta povoação fundada, foi Santa Luzia do Norte, às margens da Lagoa Mundaú. Quase era destruída pelos holandeses, mas a força de sua população liderada por dona Maria de Souza, impediu a invasão. Eles recuaram e a vila continuou em seu ritmo normal. Muitos anos depois, foi rebaixada condição de vila, ficando pertencendo à Rio Largo, só se emancipando na década de 1960. Hoje, dispõe de uma importante fábrica de fertilizantes e investe também no turismo. Detém uma população de 6.397 habitantes, sendo 5.139, na cidade.
Palmares – grito de liberdade
Os negros africanos, que chegavam aos montes aos engenhos de Alagoas, logo que foi autorizado o tráfego negreiro, viviam como escravos, sendo maltratados, e trabalhando para enriquecer o patrão branco. Obviamente que eram revoltados e procuravam a todo custo, conquistar a liberdade.
Era preciso que surgisse um líder da raça, que incentivasse os demais a lutar pela tão sonhada liberdade. E, assim entra em cena, Ganga Zumba, que levou um grupo de negros para um local distante dos canaviais, no alto da Serra da Barriga, no atual município de União dos Palmares. Os engenhos localizavam-se nos vales dos rios Manguaba, Camaragibe e Santo Antônio. A notícia foi se espalhando e a cada dia, chegavam mais negros fugitivos.
Logo batizaram o local de Quilombo dos Palmares. Terra fértil, boa para o plantio de qualquer tipo de lavoura, foi se tornando um importante centro produtor. Os negros construiram uma verdadeira civilização, assim como era na África. Ganga Zumba se constituia no Chefe de Governo e tinha seus Ministros. Formou-se então uma verdadeira República Parlamentarista. Um avanço na época. Lá, eles viviam livres, falavam seu próprio idioma, não eram maltratados pelos brancos e podiam cultuar suas tradições religiosas e festivas.
Vez por outra, os portugueses, brasileiros e até os holandeses, tentaram acabar com esse refúgio dos negros. Não conseguiram. A população negra era mais numerosa e organizada. O tempo foi passando, e Ganga Zumba já não conseguia ter forças para liderar a comunidade. Na tradição africana, a hereditariedade era passada de tio para sobrinho. E, assim ele escolheu um desses sobrinhos: Zumbi, um jovem negro, forte, educado por um padre de Porto Calvo, que logo afeiçou-se a causa da liberdade, integrou-se ao Quilombo, e tornou-se o maior líder revolucionário da História do Brasil, finalmente reconhecido por decreto assinado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, em 20 de novembro de 1995, exatamente quando o país reverenciava os 300 anos de sua morte.
Zumbi era um líder nato. Sua companheira Dandara, uma mulher forte, guerreira, que liderava o grupo feminino. Organizado, logo pôs ordem no Quilombo, nomeando seus assessores e distribuindo tarefas para toda a população, que era preparada para a batalha. Quando esse dia chegava, ninguém dormia. O quilombo fervia. Eram homens, mulheres e crianças de prontidão para o ataque. E foram vários.
Por quase um século o Quilombo dos Palmares resistiu. Mas em novembro de 1695, os brancos conseguiram subir à Serra da Barriga. Era um grupo numeroso e fortemente armado, liderado por Domingos Jorge Velho e Bernardo Vieira. O sangue jorrou. Milhares de negros foram barbaramente assassinados. Zumbi conseguiu fugir acompanhado de alguns de seus companheiros. Lutou até o fim, quando viu tudo que construiu ser destruído e seus irmãos de cor, sendo mortos.
Existem duas versões sobre a morte de Zumbi. A primeira é a de que ele suicidou-se, pulando de um precipício na Serra da Barriga. Mas os historiadores da época, afirmam que ele foi assassinado mesmo, depois de alguns dias da destruição total do Quilombo. Sua cabeça foi cortada e levada ao Recife, para ser exposta ao público como um troféu. Era o dia 20 de novembro de 1695. E depois de três séculos, essa data vem sendo lembrada como o Dia Nacional da Consciência Negra. A cada ano, centenas de negros e brancos sobem à Serra da Barriga nesse dia, para reverenciar Zumbi e sua raça.
O local é tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional. Mas precisa melhorar sua infra-estrutura. Foi construida uma vila cenográfica, lembrando o ´próprio Quilombo. No alto da serra, existe uma estátua, lembrando a figura do líder maior, mastro para bandeiras e muito espaço, com o verde predominando por todos os lados. Além, é claro, de um bonito visual para toda a zona da Mata. É uma das mais altas serras do Estado.
O projeto para construção do Memorial Zumbi, já existe. Mas continua engavetado. Faltam recursos financeiros. É sempre assim: Quando se pensa em cultura, não existe dinheiro do governo, que só beneficia mesmo os banqueiros e outros grandes produtores. Seria a construção de um espaço cultural no alto da serra, com museu, biblioteca e teatro. A luta dos movimentos negros, continua. Já apresentaram vários avanços. A própria cidade de União dos Palmares, lembra seu passado histórico. Em vários pontos, vê-se o nome de Zumbi e do Quilombo dos Palmares. Em Maceió, existem as praças Ganga Zumba e Zumbi dos Palmares, além de uma escola municipal. O aeroporto também lembra esse episódio que se constituiu no primeiro grito de liberdade do Brasil.
Terra prometida
A fertilidade da terra que depois transformou-se em Capitania, Província e Estado de Alagoas, atraía muita gente. E, com o avanço da invasão de outros povos europeus ao Brasil, logo esse pedaço da então Capitania de Pernambuco, ficou muito visado.
Primeiro foram os franceses, que chegaram para explorar o pau-brasil. Não passaram muito tempo, mas deixaram uma marca: a construção do primeiro porto, que ficou conhecido como Porto dos Franceses, aproveitado depois como único porto da região, para o transporte do açúcar em demanda a Portugal. E foram quase três séculos com esse local contribuindo decisivamente com o progresso de Alagoas, até o surgimento do Porto de Jaraguá. Hoje, ainda existe um resquício aquela época: a carcaça de um navio francês, que, quando a maré está baixa, fica bem visível. E esse curto período vivido pelos invasores, imortalizou-se na História e está com o nome na “boca do povo”. É a praia do Francês, a mais badalada do litoral alagoano, conhecida no país e no mundo, como uma das mais bonitas do Brasil. Pertence ao município de Marechal Deodoro, distante poucos quilômetros da capital.
Mas a fase mais duradoura dessas invasões, foi mesmo a dos holandeses, que transformaram a Capitania de Pernambuco no Brasil Holandês. E muito contribuiram para o seu desenvolvimento, embora Alagoas não tenha experimentado essa fase de apogeu, que restringia-se mais ao Recife e Olinda. Por aqui, foi mais destruição, como ocorreu com a Vila de Santa Maria Madalena da Lagoa do Sul (atual Marechal Deodoro), completamente incendiada pelos holandeses, que ainda tentaram fazer o mesmo em Santa Luzia do Norte, não conseguindo, devido a ação rápida de seus moradores, liderados por dona Maria de Souza. Em Penedo, construiram um forte, depois destruído pelos brasileiros e portugueses, que não queriam qualquer lembrança dessa fase.
Um outro episódio que marcou a presença dos holandeses em Alagoas, foi a Batalha da Mata Redonda, uma alusão ao local (hoje pertencente ao município de Porto de Pedras) onde ocorreu a mais sangrenta batalha entre holandeses, portugueses e brasileiros, vencida pelos primeiros, por ter um maior arsenal e maior contingente de homens.
Mas os holandeses liderados por Maurício de Nassau, muito fizeram por Pernambuco. A cultura, a educação, o avanço na agricultura e na pecuária. Enfim, uma civilização que eles queriam formar, e transformar numa colônia desenvolvida. Construiram pontes (ainda existentes), teatros e outras grandes obras no Recife, cidade que ainda hoje lembra esse período de desenvolvimento cultural e econômico. É notório o gosto pela cultura do povo pernambucano, notadamente de Recife e Olinda. Por lá, surgem movimentos culturais que se expandem Brasil afora. O próprio frevo é criação dos pernambucanos.
Os holandeses eram protestantes (evangélicos), mas não impunham essa religião aos brasileiros que eles já dominavam. Assim a religião católica continuou sendo forte na Capitania. Preocupavam-se com a educação, implantando métodos avançados de alfabetização para crianças e adultos.
Maurício de Nassau, foi inegavelmente o maior administrador que o Brasil já teve. Era organizado, trabalhador e extremamente ético, qualidades que os demais donatários portugueses não possuiam, optando mesmo pela exploração, a escravidão dos negros e índios e o aumento da produção de açúcar para enviar a Portugal.
Calabar – herói ou traidor?
Chamava-se Domingos Fernandes Calabar, um mulato filho de dona Ângela Álvares, nascido na Vila de Porto Calvo. Estudado, rico e com espírito de liderança, avançou no seu tempo. Mesmo assim, ainda era discriminado pelos brancos portugueses e brasileiros, por sua condição de mestiço e filho bastardo. Possuia engenhos de açúcar, muito dinheiro, estudou em Olinda, era culto e muito bem informado.
Quando da Invasão Holandesa à Porto Calvo, lutou ao lado de seus conterrâneos contra esses invasores. Mas logo foi percebendo que eles tinham um projeto de colonização muito mais avançado e ético do que o dos portugueses. Não contou conversa: passou para o lado dos holandeses.
Começa então, a história desse bravo alagoano, que alguns historiadores afirmam ter sido traidor, mas que ele próprio nunca se considerou assim. Deixou uma carta-testamento, mostrando a sua decisão. Nela, alegava que não se considerava traidor, porque o Brasil não era uma pátria. E que o projeto dos holandeses era muito melhor para os brasileiros. Mas não foi compreendido, obviamente.
Calabar viveu as experiências mais desastrosas daquelas época. Acompanhava os holandeses em suas batalhas, destruindo engenhos e fazendas. Sabia que tudo aquilo que acontecia era porque seus conterrâneos não aceitavam a proposta de colonização dos invasores, optando mesmo pelos portugueses, já que eram descendentes destes.
Por conhecer Recife e seu avançado projeto de desenvolvimento econômico-cultural, queria que tudo aquilo fosse implantado em Porto Calvo e Penedo. Não conseguiu. Seus conterrâneos venceram. Mas ele deixou bem patente em sua carta, que preferia derramar seu sangue por uma causa justa, que ele abraçou, do que viver sob o domínio mesquinho dos portugueses, que só queriam mesmo explorar os brasileiros. Foi morto e esquartejado, com partes do seu corpo distribuidas pelas ruas da Vila de Porto Calvo. Mas, os holandeses conseguiram recuperar tudo e fizeram o seu enterro com honras militares. Passou para a História da Holanda, como herói. A História do Brasil, o considera um traidor. Mas era escrita pelos portugueses. Na Holanda, ele é um herói. Existe até uma praça no Centro de Amsterdã, com seu nome, além de livros e documentos que comprovam as idéias de colonização desse bravo alagoano.
Hoje, Porto Calvo só tem como monumentos para lembrar a sua importância na História de Alagoas, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação, inaugurada em 1610 (existe no alto de sua fachada, essa data), com seu alta-mor em madeira, originalíssimo e as imagens da sua padroeira, de Cristo crucificado, de Nossa Senhora da Conceição e outras. É a mais antiga freguesia de Alagoas. Para lembrar Calabar, existem: o chamado Alto da Forca, onde dizem que ele foi enforcado, o Fórum, além de um clube, um bar e restaurante que levam o seu nome. Mas, o importante mesmo é a luta dos filhos da terra para resgatar a memória desse conterrâneo. São publicados livros e outros periódicos, enaltecendo a sua figura. A esperança é de que um dia, ele seja finalmente considerado Herói Nacional, como foi Zumbi, outro que os portugueses também consideravam como traidor.
Rumo à Independência
O progresso do Sul da Capitania de Pernambuco conhecido como Alagoas, fez com que sua população fosse logo desejando a independência. Mas nada era fácil. No início da segunda década do século XVIII, foi criada a Comarca de Alagoas, sob a jurisdição da Capitania de Pernambuco, e nomeado o primeiro Ouvidor Geral: José da Cunha Soares.
Por não existir cursos jurídicos no Brasil, esse cargo era destinado a quem fosse mais letrado, com espírito de liderança. Transformava-se em comandante da Justiça, da Política e da Economia. E no período de mais de um século, entre 1711 a 1817 (ano da sua emancipação política), Alagoas teve 17 ouvidores-gerais.
Foi exatamente na segunda metade do século XVIII, que surge Maceió, de um engenho de açúcar denominado Massayó. A palavra é de origem indígena, significando terra alagadiça, que deu origem ao riacho com o mesmo nome. O engenho, de propriedade de Apolinário Fernandes Padilha, localizava-se na atual Praça Dom Pedro II, com o engenho propriamente dito, a casa de purgar, a senzala, a casa grande e a capelinha em louvor a São Gonçalo, que ficava no meio do morro do Jacutinga (Ladeira da Catedral). Durou poucos anos. Ficou em fogo morto e o povoando foi crescendo. Surgiram novos moradores, que logo foram construindo suas casas e formando um arruado. Em 5 de dezembro de 1815, o povoado é elevado a categoria de Vila, desmembrando-se da Vila de Alagoas (atual Marechal Deodoro).
Surgiram ainda as povoações de Anadia, Atalaia, Camaragibe, São Miguel dos Campos, Poxim e Porto de Pedras. A Comarca tinha como sede a vila de Alagoas, atual Marechal Deodoro, uma espécie de capital, já com suas Igrejas monumentais, ainda hoje preservadas. Penedo, Porto Calvo e Santa Luzia do Norte, eram as outras vilas, que continuavam crescendo e atraindo novos moradores.
Ainda no século XIX existiam em Alagoas as vilas de Água Branca, Mata Grande, Pão de Açúcar, Traipu, Piranhas, Palmeira dos Índios, São Miguel dos Campos, Quebrangulo, Assembléia (Viçosa), Imperatriz (União dos Palmares), São José da Laje, Murici, São Luiz do Quitunde, Coqueiro Seco e Pilar.
A traição que deu certo
A Comarca de Alagoas já esbanjava progresso, provocando ciumeira em meio as lideranças da Capitania de Pernambuco. Nas duas primeiras décadas do século XIX, já apresentava-se em condições de se tornar independente. Mas os donatários não aceitavam. Afinal, era daqui que eles abocanhavam uma boa parcela da arrecadação de impostos, além da grande produção de açúcar dos nossos engenhos.
O Ouvidor Batalha, sempre sonhava em transformar Alagoas em Capitania e, ser o seu primeiro governador. Aproveitou a Revolução Pernambucana, que tinha como objetivo libertar-se de Portugal e, iniciou seu plano. Os revolucionários já haviam conquistado o apoio da Paraiba e Rio Grande do Norte. Faltava Alagoas e Sergipe (Comarcas), além da Bahia e Ceará.
Um emissário foi enviado do Recife a Salvador, para tentar conquistar esse tão sonhado apoio. Passando por Alagoas, propagava os ideais revolucionários e conquistava alguns adeptos. Mas o Ouvidor Batalha não se encontrava na sede da Comarca e sim na vila de Atalaia, já em campanha em prol da emancipação política de Alagoas.
O emissário que trouxe a notícia para Alagoas e seguiu para Sergipe e Bahia, foi o Padre Roma. Aqui, encontrou um apoio de peso: o Comandante das Armas, Antonio José Vitoriano Borges da Fonseca, que atendendo ao pedido do Padre Roma, autorizou a destruição dos símbolos de Portugal e colocou em liberdade todos os presos. Passou por cima da autoridade maior da Comarca: o Ouvidor Batalha. Escreveu ao Conde D’Arcos, governador da Bahia, informando sobre os ideais da Revolução Pernambucana e seu apoio, pedindo o dele. Não conseguiu. Arrependeu-se de ter seguido os conselhos do Padre Roma. Era tarde demais.
Em Atalaia, o Ouvidor Batalha, aproveitando os tumultos, escreve ao Conde D’Arcos comunicando-lhe das medidas que resolveu tomar: desmembrou a Comarca de Alagoas da jurisdição da Capitania de Pernambuco, enquanto durasse a revolução, e auto-nomeou-se governador provisório. Contou com o apoio que precisava, e venceu a batalha. Dias depois, Alagoas separou-se definitivamente de Pernambuco. Mas ele não conseguiu o que tanto sonhava: ser seu primeiro governador.
O decreto assinado por Dom João VI, em 16 de setembro de 1817, emancipando Alagoas de Pernambuco, transformando a Comarca em Capitania, estabeleceu como capital a vila de Alagoas (atual Marechal Deodoro) e nomeando como primeiro governador, o português Sebastião Francisco de Melo e Póvoas, que acabara de governar a Capitania do Rio Grande do Norte.
Ao desembarcar no porto de Jaraguá, o governador encantou-se com a vila de Maceió. Foi recebido com muitas festas e, hospedou-se no sobrado de um português na esquina das ruas do Comércio e Livramento, onde hoje funciona a Ótica Flamengo.
Sua posse aconteceu na matriz de Nossa Senhora da Conceição, na capital, numa solenidade com muita pompa, autoridades diversas e muitos discursos. Mas o governador não gostou muito do aspecto urbano da antiga vila, sempre priorizando Maceió.
E essa opção pela vila ao invés da capital, fez com que várias autoridades protestassem. Os de Alagoas (Marechal Deodoro) não aceitavam sob hipótese alguma, a instalação de repartições públicas na vila de Maceió, enquanto o próprio governador e várias outras personalidades políticas, econômicas e culturais, preferiam mesmo que os principais órgãos públicos fossem instalados em Maceió, por ser mais desenvolvida que a capital, possuir um movimentado porto e toda a infra-estrutura de uma capital. E assim foi feito.
Melo e Póvoas instalou a Junta de Administração e Arrecadação da Real Fazenda, o Quartel Militar e a Alfândega. Ciumeira geral.
Maceió crescia a olhos vistos. O governador, mandou que fosse elaborada uma planta urbana, para proporcionar um novo visual a vila. O traçado das ruas e das praças e os melhoramentos necessários. E assim surgiram as ruas do Comércio, do Sol, Livramento, Boa Vista, Moreira Lima, Augusta, Nova, Alegria e as praças Dom Pedro II e Martírios. O traçado continua o mesmo. Nunca houve alargamento, mudando apenas a arquitetura das casas.
O governador afastou-se do cargo em fevereiro de 1822, retornando à Portugal. Criou-se uma junta governativa formada por Antonio José Ferreira, José de Souza Melo, Nicolau Paes Sarmento, Manoel Duarte e Antonio de Hollanda Cavalcante, que permaneceu até a independência do Brasil, quando a Capitania foi transformada em Província.
A Província de Alagoas
Quando da independência do Brasil, Alagoas já esbanjava progresso, tendo o açúcar, como seu carro-chefe. Dezenas de engenhos produziam e exportavam através do Porto de Jaraguá. Os governadores passaram a ser denominados presidentes. E o primeiro deles, nomeado por Dom Pedro I, foi o pernambucano Nuno Eugênio de Lossio, que instalou o Conselho de Governo e autorizou as eleições para deputados e senadores.
O segundo presidente, foi o mineiro Cândido José de Araújo Viana (Marquês de Sapucaí), que ficou no cargo apenas cinco meses, período em que instalou o Correio Provincial. É substituído por Miguel Veloso da Silveira Nóbrega e Vasconcelos, que determinou a criação de câmaras municipais nas cidades e vilas.
E novos governantes, chegavam e saiam em pouco tempo. Eram baianos, pernambucanos, mineiros, paulistas, gaúchos e de outras províncias, que não se adaptavam por aqui e terminavam renunciando.
Novas vilas foram surgindo nessa primeira fase de Alagoas como Província. Em 13 de outubro de 1831, emanciparam-se de Atalaia, as vilas de Assembléia (atual Viçosa) e Imperatriz (União dos Palmares), ambas na zona da Mata alagoana.
Também nesse período, ocorreu a chamada Cabanada Selvagem, revolta dos índios de Jacuípe, na região Norte da Província, contra o assassinato de seu cacique, provocando muitos conflitos e assassinatos, além de destruição de engenhos e fazendas.
Em 1831, surge o primeiro jornal impresso de Alagoas, mais precisamente em Maceió: o Iris Alagoense. Teve duração curta, porque o coronelismo imperava naquela época. Seu principal redator sofreu um atentando, escapando por milagre e, decidindo-se mudar-se para Recife. Depois, o nome foi substituido por O Federalista Alagoense, já impresso em Maceió. A vila já estava com ares de capital. Tinha até jornal, enquanto a capital propriamente dita (Alagoas, atual Marechal Deodoro) entrava em processo de decadência. Em 1849, mais uma conquista de Maceió (já como capital): o primeiro estabelecimento de ensino secundário: Lyceu Alagoano, ainda hoje funcionando com nome original, depois de se chamado Colégio Estadual de Alagoas.
Nos primeiros anos do Brasil independente, Alagoas “fervia”. Eram constantes conflitos entre brasileiros e portugueses. A Confederação do Equador, que explodiu em Pernambuco, chegou por aqui, tendo o apoio do senhor de engenho Manuel Vieira Dantas e sua mulher Ana Lins, de São Miguel dos Campos. Houve muita perseguição aos revolucionários e ela entricheirou-se em seu engenho em São Miguel dos Campos, lutando até o fim do conflito, tornando-se uma das heroínas de Alagoas.
A notícia da abdicação de Dom Pedro I, chegou a Alagoas e provocou mais brigas entre brasileiros e portugueses. Os primeiros, representando a imensa maioria, em caminhada pelas ruas de Maceió, atacam o Quartel, apoderando-se de munições e chegam a prender lideranças portuguesas. Os manifestantes apoiavam a abdicação, por ser Dom Pedro II, brasileiríssimo. Enfim, o trono do Brasil, com um brasileiro.
Dessa época (1822-1831), restam poucas reminiscências: Igrejas e conventos em Penedo, Marechal Deodoro e Porto Calvo. Em Maceió, o antigo forte de São João, atualmente um quartel do Exército, no Centro da cidade; o próprio traçado das ruas (obviamente que, com as edificações com arquiteturas diferentes); o porto de Jaraguá: a Igreja daquele bairro e, só. Tudo foi mudando aos poucos, preservando-se apenas os monumentos mais importantes.
Maceió, capital
Desde os tempos do primeiro governador, Sebastião Francisco de Melo e Póvoas, Maceió já esbanjava progresso, provocando ciumeira entre os habitantes da velha Alagoas, a capital da Capitania e depois Província. O próprio governador, passava mais tempo na vida do que na capital. E, decidiu instalar as principais repartições públicas em Maceió.
As mais importantes lideranças políticas daquela fase, eram: Tavares Bastos (na capital) e Cansanção de Sinimbu (em Maceió). Chegou-se a se formar uma verdadeira guerrilha, que ficou conhecida como Lisos e Cabeludos, provocando tumultos generalizados e mortes.
No governo de Agostinho da Silva Neves, a situação agravou-se. Ele também permanecia mais em Maceió do que na capital da província. O ano de 1839 foi o pior de todo o período dessa administração. O presidente, chegou a ser preso por ordem do major Mendes da Fonseca, na capital. Solto, encaminhou-se ao porto do Francês, com ordem para deixar Alagoas. Mas pediu ao condutor do navio que fizesse o caminho de volta, dirigindo-se ao porto de Jaraguá. Ao chegar, foi recebido com muita festa pela população, liderada por Sinimbú, já auto-nomeado presidente da Província, enquanto na capital, Tavares Bastos, considerava-se também, presidente. Mas o titular, resolveu a questão de uma vez por todas. No dia 9 de dezembro de 1839, assina o decreto transferindo a capital da velha Alagoas (Marechal Deodoro) para Maceió. O fim de um sonho que tornou-se realidade, por justiça mesmo. Afinal, a vila era muito mais importante do que a capital da Província.
A cada dezembro, os maceioenses comemoraram duas datas festivas: o dia 5, lembra 1815, quando o povoado foi elevado a categoria de vila (município de hoje) e o dia 9, a transferência da capital, a data mais importante, porque era o acontecimento mais esperado naquela época.
Em 1859, Maceió recebe a visita do Imperador Dom Pedro II, que inaugurou a Catedral Metropolitana, com a bonita imagem da padroeira, Nossa Senhora dos Prazeres, presenteada pelo Barão de Atalaia e trazida de Portugal. A imagem representa os sete prazeres de Maria. Sua passagem pela capital ficou na História. Ele hospedou-se no sobrado do Barão de Atalaia (prédio anda hoje existente e preservado, que pertence a Aliança Comercial, na Praça Dom Pedro II). Esse sobrado de dois andares era o maior da cidade, mas seus moradores perderam a visão do mar, por causa de uma intriga com o Barão de Jaraguá, que construiu um outro mais alto, a sua frente (hoje, a Biblioteca Pública). O Imperador participou de festas na capital, e seguiu viagem para Penedo, Traipu, Pão de Açúcar e a cachoeira de Paulo Afonso, além de visita aos engenhos da zona da Mata e a Colônia de Leopoldina.
Até as primeiras décadas do século XX, Bebedouro era o bairro nobre da capital, com suas mansões. Depois surgiu o Farol. A Avenida da Paz, no Centro, a beira-mar, era a preferida para a construção de bangalôs, onde viviam as mais tradicionais famílias da cidade. O Hotel Atlântico, foi durante muito anos, um dos mais procurados pelos viajantes. Construido a beira-mar e ao lado do riacho Salgadinho (limpíssimo), sempre foi um bonito exemplar da arquitetura das primeiras décadas do século XX. Sua arquitetura foi descaracterizada. O sobrado da família Machado, era outro exemplo de beleza arquitetônica. Depois foi adquirido pela Universidade Federal de Alagoas, para servir de Residência Feminina Universitária, passando logo após a abrigar o Museu de Folclore Théo Brandão. Abandonado, o prédio foi ruindo aos poucos e todo o acervo transferido para a antiga Reitoria. Mas, foi recentemente restaurado, esbanjando toda a sua beleza. A Avenida, era também o cartão-postal: praia limpa, com areia branca. Palco do carnaval de rua, com o desfile de blocos e escolas de samba, além de desfiles estudantís e militares, nas comemorações do Dia da Independência e da Emancipação Política de Alagoas.
Os sobrados do Centro, emolduravam a paisagem típica de uma capital provinciana. O Hotel Bela Vista, na Praça dos Palmares, sempre foi o prédio de maior beleza arquitetônica, com sua varandas, com vista panorâmica para o mar da Avenida da Paz. Hoje é um edifício de 13 andares, que serve a representação do Ministério da Saúde. Ao lado, onde estão os edifícios do INSS, existia o antigo palácio do Governo, com quadro andares. A Praça Sinimbú, era repleta de sobrados, onde vivia a burguesia. Em frente o prédio da Linha de Bondes, com seu relógio. Foi derrubado, para construir a Faculdade de Engenharia, depois Reitoria da Universidade Federal de Alagoas, e atualmente, Espaço Cultural da Ufal.
Imaginem Maceió no início do século XX, com seus sobrados, Igrejas e a população andando nas ruas centrais! Os homens de terno, gravata e chapéus e as mulheres de vestidos longos, esbanjando charme e elegância. Os bondes eram puxados por cavalos. Só depois, chegaram os movidos a eletricidade. Faziam o percurso entre o Centro, Trapiche, Bebedouro, Farol e Pajuçara. Até 1958, era esse o principal meio de transporte urbano. A alegria da juventude, que estudavam nos colégios São José, Instituto de Educação, Anchieta, Lyceu, Guido, Diocesano, Sacramento, Batista e outros. Depois surgiram as “sopas”, uma espécie de micro-ônibus. Mas os bondes deixaram saudade.
E Maceió nunca parou de crescer. A cada censo realizado pelo IBGE, constata-se mais gente vivendo na capital alagoana, que neste início de novo milênio, ostenta uma população de mais de 800 mil habitantes. Novos bairros vão surgindo. Mas surgem também, novas favelas, que já somam quase 100, fruto do êxodo rural e do desemprego generalizado.
Os bairros da orla marítima (Cruz das Almas, Jatiúca e Ponta Verde), que até a década de 1960, eram imensos sítios de coqueiros, foram atraindo moradores, com a construção de edifícios de apartamentos. Hoje, formam um verdadeiro labirinto de concreto. Mas existe uma lei municipal que proíbe a construção de prédios a beira-mar com mais de seis andares. Esses bairros só estão crescendo mais verticalmente (edifícios). Não existe mais espaço para casas. Essas são construídas na parte alta da cidade, como Barro Duro, Serraria, Tabuleiro do Martins e Benedito Bentes. Surgem condomínios fechados, com verdadeiras mansões, como o Aldebaran e Jardim do Horto.
Nos anos 60, a novidade foi o Edifício Breda, com seus dez andares, onde a juventude sempre se dirigia para subir até o último andar, de elevador (novidade) e apreciar a beleza da orla marítima e das lagoa de Mundaú. Era ponto de encontro para namorados. Mas também serviu para suicídio de muita gente. Ainda nesse período, é construído o Edifício São Carlos, com 11 andares e 22 apartamentos, na Avenida da Paz, de frente para o mar. Foi o primeiro edifício de apartamento da cidade. Depois, outra atração: a escada rolante da Lobrás. Todos queriam experimentar, subindo na escada, sem precisar dos batentes, e se deliciar com a beleza da loja e suas mercadorias expostas.
A capital modernizou-se, com edifícios comerciais e residenciais. Em 1989 ganhou seu primeiro shopping center: o Iguatemi. A partir daí, foram surgindo outros. Só em 1998, dez deles foram instalados, de pequeno e médio portes, abrindo-se assim 2 mil novos empregos diretos e 600 pontos de venda. O comércio descentralizou-se, atingindo os vários bairros.
O tradicional bairro de Jaraguá está sendo revitalizado. Seus sobrados, ruas estreitas e praças, ganham o visual de antigamente. O imponente prédio da Associação Comercial de Maceió, construido na década de 1920, foi restaurado. O mesmo ocorreu com o prédio da antiga Alfândega (Museu da Imagem e do Som), enquanto as ruas tiveram o asfalto retirado, para dar lugar ao calçamento em pedras. O projeto também beneficia a praia da Avenida, antigo cartão postal.
O Centro da cidade, deverá ser revitalizado. Alguns prédios já foram, a exemplo do próprio Palácio Floriano Peixoto (Palácio dos Martírios – sede do governo), do Instituto Histórico, da Biblioteca Pública, da Aliança Comercial, Tribunal de Justiça, Assembléia Legislativa, Academia Alagoana de Letras e Teatro Deodoro, todos construídos no século passado.
A cidade detém um bom lugar no ranking do turismo nacional. Na alta temporada de verão, fica com seus hotéis e pousadas lotados. Navios de passageiros, chegam ao Porto de Jaraguá, com centenas de estrangeiros. Os turistas visitam as praias, lagoas, bares, restaurantes, mirantes, monumentos históricos e adquirem o artesanato local. A vida noturna é bastante agitada. Existem bares, restaurantes e boates espalhados por vários pontos. Mas os destaques são: Stela Maris, Jatiúca, Ponta Verde, Pajuçara e Jaraguá. Todos na orla marítima.
Guerras e guerrilhas
Alagoas sempre foi palco de conflitos e sua fama de terra violenta correu o país. No século XIX, surgiram vários desses conflitos. Na briga pela disputa da capital entre Marechal Deodoro e Maceió, consagrou-se dois alagoanos: Cansanção de Sinimbu e Tavares Bastos. Surgiu daí a chamada Guerra dos Lisos e Cabeludos, respectivamente conservadores e liberais. Era uma espécie de partidos políticos.
Os Lisos, comandados por Tavares Bastos, denunciavam que Cansanção de Sinimbu queria dominar Alagoas, formando uma verdadeira oligarquia. O dia 4 de outubro de 1844, foi “um dia de cão” em Maceió. Os Lisos invadiram Maceió e comandaram um tiroteio no Centro, que durou duas horas.
Ainda na década de 1840, surgem os temidos irmãos Moraes, que, para vingar a morte do pai, formaram um bando semelhante ao de Lampião, espalhando o terror por toda Alagoas. Para alguém morrer, bastava que o bando desconfiasse que este pertencia ao partido dos Cabeludos. A primeira vítima foi um tenente de Quebrangulo.
Os irmãos Moraes, dividiam o ódio pelos assassinos do pai, aos integrantes dos Cabeludos. Tentaram matar o Barão de Atalaia, que diziam encontrar-se no Sertão de Pernambuco. Não encontraram o alvo, mas mataram um rapaz inocente, que estava na casa onde deveria se encontrar o Barão.
Durante a Guerra do Paraguai, Alagoas enviou cerca de 3 mil homens para combate, inclusive toda a família Mendes da Fonseca (Deodoro e seus irmãos). A mãe, dona Rosa da Fonseca, vibrava com as notícias de vitória do Brasil, e demonstrava essa alegria, exibindo panos brancos nas janelas de sua casa na velha cidade de Alagoas. Mas três de seus filhos morreram em combate. Para ela, um ato de heroísmo. No final, o Paraguai ficou destruído. O que importava para o Brasil era mesmo acabar com aquele pequeno país, que na época adotava um sistema semelhante ao socialismo do século XX. O povo paraguaio, sempre teve espírito cívico. Quando surge algum ditador, procura derrubá-lo do poder. Assim fizeram com Alfredo Stroesner e mais recentemente com Raul Cubas. Ambos se refugiaram no Brasil.
Nas décadas de 1920/30, o terror foi espalhado no Sertão alagoano com as sucessivas passagens de Lampião e seu bando, que evitavam as cidades por onde o trem passava. Mas, foi a polícia alagoana, que conseguiu acabar com essa fase de violência, matando Lampião, Maria Bonita e quase todos os cangaceiros, numa gruta, do outro lado do rio São Francisco, na localidade conhecida como Angicos.
Os chefes políticos sempre dominaram Alagoas, espalhando a violência em várias regiões. Sempre ficavam impunes. Detinham o poder político e econômico. Muitos episódios marcaram a História de Alagoas, envolvendo famílias violentas. Os Malta, de Mata Grande, fizeram história, brigando entre si: Maia, de Pão de Açúcar; Teixeira, de Chã Preta; Mendes, de Palmeira dos Índios; Novaes, de Santana do Ipanema; Fidelis, de Pindoba; Calheiros, de Flexeiras; Tenório, de Quebrangulo (de onde surgiu o lendário Tenório Cavalcante, mais conhecido como o “homem da capa preta”, que migrou para o Rio de Janeiro, aterrorizando a Baixada Fluminense, com sua famosa metralhadora: a Lourdinha.
Essas famílias, brigavam entre sí, por questões de terra e política. aterrorizando os moradores das cidades, que, temiam ser mortos. Em Mata Grande, os Malta brigavam entre primos, irmãos, tios e outros parentes, provocando tiroteios em plena rua. Ninguém se atrevia a abrir a porta. Sempre foram temidos e se orgulhavam disso. Pindoba, sempre foi dominada pelos Fidelis, que aterrorizaram a pequena cidade. Não é mais. Muitos morreram, outros estão presos e, os sobreviventes, já não seguem o que seus antecessores fizeram. Matavam friamente os pobres coitados, que “olhassem atravessado” para um deles. Mas, essa fase também vem acabando. Muitos desses valentões já morreram, e os descendentes, já não mais seguem essa atitude burra, em desuso no mundo moderno em que vivemos. Pindoba hoje é comandada por um jovem fazendeiro, que não tem qualquer grau de parentesco com os Fidelis. A paz estabeleceu-se na cidade.
Outro episódio que ficou na história, ocorreu mais recentemente, envolvendo as famílias Calheiros e Omena, com sucessivos crimes, aterrorizando Maceió. O cabo Henrique, da Polícia Militar, para vingar a morte do pai, juntou seus irmãos (Omena) para matar os integrantes de uma porção violenta da família Calheiros, que assinam-se Cavalcanti Lins, com base na cidade de Flexeiras. Assassinatos sucessivos entre as duas partes, eram manchetes dos jornais na época.
No Sertão alagoano, surgem dois personagens, que aterrorizaram o Estado com sucessivos crimes: Floro e Valderedo. Iniciaram a matança por questão de vingança, e aos poucos, os assassinatos foram se sucedendo, culminando com uma espécie de bando, quase semelhante ao de Lampião.
Neste final de século, surgiu um outro bando, que aterrorizou o Sertão. Era de Marcos Capeta, um jovem revoltado, que assassinou dezenas de pessoas em várias cidades de Alagoas, Sergipe, Bahia e Pernambuco. Sempre conseguiu fugir da polícia. Mas foi morto pela PM baiana em agosto de 1999.
Vez por outra, surgiam famílias que dominavam a política e a economia em seus municípios, envolvendo-se em questões de terras, culminando com muita violência. Aos poucos, o coronelismo vai acabando, graças a democracia, com a liberdade de imprensa e as denúncias feitas, envolvendo figuras importantes do mundo político e econômico, que acabam abandonando esse lado violento e engajando-se ao mundo globalizado, competitivo e criativo, ao lado dos chamados emergentes, que são pessoas pobres, que cresceram economicamente e se tornaram líderes e poderosos.
Partidos e Imprensa
A segunda metade do século XIX foi de agitação política. A nível nacional, surgem os partidos Liberal e Conservador. Em Alagoas, foram criados os Luzias e Saquaremas, instalados durante a presidência de José Bento da Cunha Figueiredo.
O partido dos Luzias, utilizava-se do jornal O Tempo, para alimentar a sua política, com idéias defendidas através de ataques ao presidente. Os Saquaremas, tinham o jornal Timbre Alagoano, atacando o partido oposicionista.
Na presidência de Pereira de Alencastro, esses dois partidos se dividiram. Os Luzias, formaram o Partido Progressista e o partido Histórico. Esse último coligou-se pouco tempo depois aos Saquaremas.
Antes da Abolição da Escravidão, Alagoas já estava na luta por esse objetivo. Em setembro de 1881, foi instalada a Sociedade Libertadora Alagoana, que marcou época. Detinha dois jornais: O Lincoln e o Gutemberg, ambos engajados na luta pelo fim da escravidão.
O ideal republicano começou a surgir com o jornal O Apóstolo, em 1871. Depois surgiu A República. Em 1888, o jornalista João Gomes Ribeiro fundou o Centro Republicano Federal de Maceió. Um ano depois, é proclamada a República, exatamente por um alagoano.
A política em Alagoas sempre foi clientelista. Existiam e ainda existem, verdadeiros “curais eleitorais”, onde os chefes políticos mandam e demandam, comprando votos de eleitores pobres e analfabetos. Aos poucos, esse critério vai mudando. Mas ainda deverá demorar muito, para acabar de uma vez por toda com toda a bandalheira que existe em ano eleitoral, onde o dinheiro está acima de tudo.
No início do século XX, dois irmãos dominaram o governo do Estado, como eleitos pelo povo: Joaquim Paulo e Euclides Vieira Malta, formando o que passou para a História como Oligarquia dos Malta. A família continuou dominando no alto Sertão, elegendo prefeitos e deputados estaduais. Mas, foi se dispersando e a cada eleição, seus candidatos vão sendo derrotados.
Nas décadas de 1930/40, os Góes Monteiro, formaram outra oligarquia. Alagoas passou a ser conhecida como “Alagóes”. Dois irmãos: Ismar de Goes Monteiro e Silvestre Péricles de Goes Monteiro, foram governadores (um, especificamente Interventor, na ditadura de Vargas e o segundo, governador eleito pelo povo).
Já nos anos 70, 80 e até quase o final de 90, uma outra oligarquia dominou o Estado. Mas não uma familiar e sim, de amigos: Divaldo Suruagy e Guilherme Palmeira. Começaram eleitos indiretamente, durante a ditadura militar. Depois, foram ás urnas e ganharam. Quando não se candidatavam, apresentavam, um candidato, que era facilmente eleito. Só perderam e desapareceram da cena política, nas eleições de 1989.
Essas oligarquias estão acabando. Os próprios coronéis da política, já se foram. Surgem os emergentes. Alguns de direita, outros de esquerda. São cidadãos que enriqueceram com esforço próprio, na agropecuária, na indústria, no comércio ou na prestação de serviços. Famílias tradicionais da política alagoana, como os Malta, de Mata Grande; Torres, de Água Branca; Bulhões, de Santana do Ipanema; Dantas, de Batalha; Sampaio, de Palmeira dos Índios; Vilela, de Viçosa; Moreira, de Capela; Gomes de Barros, de União dos Palmares, e tantas outras, estão perdendo espaço para novas lideranças políticas.
O primeiro jornal impresso que surgiu em Alagoas, foi o Iris Alagoense, em 1831, em Maceió, que, ainda não capital da Província. Foi o primeiro passo para o avanço dessa área, com a criação de outros jornais, tanto em Maceió, como em Penedo, Marechal Deodoro e, depois: Viçosa, já na segunda metade do século XIX. Até mesmo nos engenhos, havia a preocupação com a cultura. No Bananal, do coronel Quintiliano Vital, em Viçosa, foi publicado o jornal O Camponês, com notícias envolvendo mais as atividades agrícolas. Seu primeiro número saiu exatamente no dia da Abolição da Escravidão. Seus editores não sabiam desse fato. A notícia chegou depois.
O jornal mais antigo ainda em circulação (quinzenal), é O Semeador, da Arquidiocese de Maceió, fundado em 1913. O Jornal de Alagoas, circulou durante 85 anos, paralisando suas atividades em 1993. Atualmente o diário mais antigo é a Gazeta de Alagoas, da Organização Arnon de Mello, com 65 anos de existência e o de maior circulação no Estado.
Funcionam em Maceió neste início de século, três jornais diários: Gazeta de Alagoas, O Jornal e Tribuna de Alagoas, pela ordem os de maior circulação. São cinco emissoras de Televisão: Gazeta (Globo), Pajuçara (SBT), Alagoas (Bandeirantes), Massayó (MTV) e Educativa. São dezenas de rádios AM e FM distribuidas entre a capital e cidades do interior.
Nepotismo em Alagoas
O nepotismo (emprego público para parentes) é uma prática adotada no Brasil desde o seu descobrimento. Na primeira carta enviada por Péro Vaz de Caminha ao rei de Portugal, depois de vários elogios a nova terra, ele pede um emprego para um parente seu.
Em Alagoas, logo que foi proclamada a República, essa prática aparece. O presidente Deodoro da Fonseca, nomeia seu irmão Pedro Paulino, para governador. De lá para cá, a prática é tão comum, que os pais já criam os filhos pensando num emprego público, que virá logo que ele complete a maioridade. E há casos até mesmo de falsificação de documentos, aumentando-se a idade, para que esse filho ingresse logo no serviço público e torne-se um marajá.
Existe nepotismo abertamente, nos três Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Famílias inteiras, usufruem do dinheiro público. Quando surge uma denúncia na imprensa, com a relação de integrantes de famílias de deputados, desembargadores, conselheiros do Tribunal de Contas, governadores, secretários de Estados e outras lideranças, o escândalo está formado, mas logo surge outro, esquecendo-se daquele. Ninguém perde um centavo da renda. Continuam marajás, usufruindo das benesses do governo.
Na Assembléia Legislativa, cada um dos 27 deputados têm direito a 30 assessores. Um escândalo. Os gabinetes não comportam essa quantidade. Trabalham mesmo, no máximo, cinco. Os demais só aparecem no local para receber o cheque-salário. Boa parte desses assessores é formada por irmãos, primos, cunhados, filhos, sobrinhos e demais parentes dos deputados. O mesmo esquema é montado nos Tribunais de Justiça e de Contas. São ao todo, 1.500 funcionários públicos beneficiados com altos salários, que abocanham mais da metade da folha de pagamento. Uma vergonha nacional.
A bandalheira sempre foi escancarada nas prefeituras do interior, onde os prefeitos empregam parentes nos mais diversos cargos, sem qualquer qualificação profissional. Empregavam. Não empregam mais. A Lei de Responsabilidade Fiscal aprovada pelo Congresso Nacional, de autoria do Executivo, pune os corruptos. Não se pode gastar mais do que arrecada. A torneira está fechada. Não existe dinheiro do governo federal para o que sempre fizeram. Tem que cortar despesas e, muitos já estão demitindo empregados e acabando com certas mordomias.
Os pioneiros
Na época da colonização, os pioneiros foram: o alemão Cristovão Lins, fundador dos três primeiros engenhos, em Porto Calvo, e o português Antônio de Barros Pimentel, que fundou engenhos nos vales dos rios Camaragibe e Santo Antônio. Depois foram surgindo novas famílias, como os Mendonça, com seus engenhos de açúcar e fazendas de criação de gado.
Mas só no século XIX, surge a indústria urbana em Alagoas. Em 1859, o Barão de Jaraguá, fundou a primeira fábrica de tecidos: a de Fernão Velho, ainda hoje existente. É o avanço da industrialização em Alagoas. Depois foram surgindo outras fábricas têxteis, como a de Saúde, da família Nogueira (Maceió): Vera Cruz, em São Miguel dos Campos (Contonifício João Nogueira) ainda funcionando: Alexandria, em Maceió, da família Lôbo e outras em Penedo e Pilar. Rio Largo cresceu com o avanço dessa atividade, através do comendador Teixeira Basto (duas fábricas), avançando mais ainda depois da administração do seu genro Gustavo Paiva, um verdadeiro construtor do progresso de Alagoas, que implantou naquela cidade, a mais avançada legislação trabalhista do Estado. Os operários tinham moradia, com conforto e toda infra-estrutura (energia elétrica e água canalizada), escolas de boa qualidade para os filhos; assistência médica; cinema, clube social, quadras de esportes, com piscina (uma novidade na época) e a garantia de salários e dia e todos os benefícios sociais possíveis.
Outro pioneiro da indústria em Alagoas, foi o português Jacintho Nunes Leite, que estabeleceu-se em Bebedouro (ainda existe o casarão da família, bem preservado). Instalou indústrias (foi proprietário da fábrica de Fernão Velho); Os primeiros bondes da capital; energia elétrica e água canalizada, em Bebedouro e outros benefícios. O bairro, era naquela época (e até as primeiras décadas do século XX) o mais nobre de Maceió. Verdadeiras mansões emolduravam a paisagem que margeava a lagoa de Mundaú, proporcionando um bonito visual aos passageiros do trem que passava pelo local.
Na última década do século XIX, é a vez das usinas. Já havia sido abolida a escravidão. Os engenhos estavam enfrentando uma grave crise, com os escravos livres, tendo que ser remunerados. Os velhos coronéis abandonavam a atividade, procurando outras mais rentáveis e que empregasse menos gente.
Em 1891, surge a primeira usina de Alagoas: a Brasileiro, em Atalaia, fundada pelo Barão de Vandesmant, um francês, que apaixonou-se por Alagoas e aqui implantou uma moderna tecnologia, com a usina dispondo de toda a infra-estrutura tecnológica importada da Europa. E, deu um novo perfil a atividade: os trabalhadores passaram a ser operários, com moradia bem estruturada, assistência médica, extensiva aos familiares: legislação trabalhista avançada e aposentadoria. A usina funcionou até 1958.
Na mesma década de 1890, surge a segunda usina: Leão, no antigo Engenho Utinga, em Rio Largo. A família Amorim Leão, também avança no tempo, implementando um novo estilo de produção, com base no incentivo ao trabalhador. Venceu. Ainda hoje a usina é comandada pela família, já na quinta geração e misturada a família francesa Dubeaux.
A terceira usina fundada em Alagoas, foi em São José da Laje: Serra Grande, aproveitada de um antigo engenho banguê. O coronel Carlos Benigno Pereira de Lyra, foi outro pioneiro na industrialização alagoana. Pernambucano, fixou-se com a família naquela região e fez História. Dava total assistência aos seus empregados, produzia um açúcar de excelente qualidade, e já com a usina em poder de seu filho, Salvador Lyra, na década de 1930, lançou-se no mercado, o álcool como combustível, com a marca Usga (iniciais da usina). Foram instaladas bombas em São José da Laje, Maceió e Recife. Um sucesso, que incomodou as multinacionais. Com o poder de pressão, esses estrangeiros exigiram do então presidente Getúlio Vargas que acabasse com esse projeto da usina alagoana. Foram atendidos. E o álcool deixou de ser combustível, para só retornar na década de 1970, com a criação do Proálcool (Programa Nacional do Álcool), pelo então presidente Ernesto Geisel.
Também no início do século XX, surge outro verdadeiro pioneiro da indústria em Alagoas: o cearense Delmiro Gouveia, que havia saído do Recife, depois que provocou muita confusão por lá, fruto de sua audácia, inteligência e criatividade, que incomodavam os empresários e políticos locais. Lá, na capital pernambucana, ele fundou o Mercado do Derby, uma espécie de shopping center do século XIX. Desembarcando em Penedo, navegou rio acima até chegar próximo à Cachoeira de Paulo Afonso, encantando-se com a paisagem e resolvido ficar. Bem próximo, no povoado Pedra, fundou a primeira fábrica têxtil do Sertão alagoano. Também incomodou os estrangeiros, já que concorria com a linha Corrente (inglesa). Implantou uma verdadeira revolução industrial em plena região da seca. Venceu. Pedra tornou-se uma cidade industrial, com a vila operária e toda a infra-estrutura moderna, onde os operários eram bem tratados pelo patrão, recebendo toda assistência social possível. Luz elétrica, um avanço no início do século XX. Nem a capital dispunha desse benefício. E Delmiro levou a energia elétrica a Pedra, através da Cachoeira de Paulo Afonso, onde ele fundou a primeira Hidrelétrica do Nordeste, hoje ainda esbanjando progresso e tecnologia. Foi assassinado em 10 de outubro de 1917, quando lia jornal na varanda de seu chalé. O crime chocou Pedra e todo o Sertão alagoano. Dois suspeitos, foram presos (ex-empregados da fábrica). Mas a dúvida continuava. Ninguém achava que fossem aqueles pobres coitados, admiradores do ex-patrão e até compadres. Tinha “costa quente” por trás de tudo. Mas foram esses ex-operários que pagaram a conta. Um morreu na cadeia e o outro ficou até o fim da sua pena. Mas a família nunca se conformou e reabriu o processo, já depois dele morto. Venceu. Foi a primeira sentença pós-morte, onde o culpado foi julgado inocente. Coisas de Alagoas mesmo.
A fábrica de Delmiro Gouveia passou por vários donos. Na década de 1980, chegou ao estágio de pré-falência, levando o proprietário ao suicídio. Mas, recuperou-se. Foi adquirida pelo empresário Carlos Lyra, e hoje é uma das mais modernas do país.
A Era Vargas
Quando o Brasil foi sacudido pela Revolução de 1930, levando o gaúcho Getúlio Vargas ao poder, Alagoas era governada por Álvaro Paes. A agitação política se restringia mais as grandes cidades. Inicia-se a fase dos interventores nomeados pelo presidente da República. Foram nove, em 15 anos da Era Vargas, que exerciam o cargo obedecendo as decisões do chefe da Nação.
O primeiro desses interventores foi o sergipano Hermílio de Freitas Melro, que passou um ano no poder, sendo substituido por Luiz de França Albuquerque, alagoano de Viçosa, seguido do capitão Tasso Tinoco, Afonso de Carvalho e Temístocles Vieira de Azevedo. As eleições para deputados são realizadas em 1933, elegendo-se seis alagoanos: Manoel de Goes Monteiro, Izidro Teixeira de Vasconcelos, José Afonso Valente de Lima, Antonio de Melo Machado, Armando Sampaio Costa e Álvaro Guedes Nogueira, representantes do Estado, na Assembléia Constituinte, que promulgou a Constituição de 1934.
Quem mais se destacou como interventor, foi o jurista Osman Loureiro, também eleito governador nas eleições de 1935, permanecendo no cargo até 1937 quando deu-se o Golpe do Estado Novo. Nesse período de dois anos, como representante eleito pelo povo, fez várias obras e liberou recursos para as áreas de educação, saúde e segurança pública. Depois, já na ditadura, voltou a ser interventor.
Passaram ainda pela interventoria: José Maria Correia das Neves, Ismar de Goes Monteiro e Antonio Guedes de Miranda. Acaba assim a Era Vargas em Alagoas, iniciando-se o processo de redemocratização, com as eleições gerais de 1946.
A ditadura de Vargas provocou muitas prisões de alagoanos, que defendiam a democracia. O escritor Graciliano Ramos, já famoso na época, foi preso no Rio de Janeiro. Esse episódio, gerou o livro Memórias do Cárcere, um best-seller.
Apesar da ditadura, o povo adorava Getúlio, que implantou a Legislação Trabalhista, criou o salário mínimo (muito valorizado na época) e o voto da mulher. Alagoas viveu nas interventorias, satisfatoriamente. No Estado Novo não existia Congresso nem Assembléia. Portanto, gastos com deputados e senadores não era preocupação do governo. A arrecadação servia para pagar suficientemente os salários dos funcionários públicos.
Jair Barbosa Pimentel
Fonte: www.arybuarque.com.br
Alagoas
História de Alagoas
Estado de Alagoas
Estado de Alagoas
Localizado na Região Nordeste, Alagoas abriga um litoral rico em belezas naturais, cheio de áreas de mangue e lagoas, que pode ser percorrido pela BR-101 A estrada acompanha toda a costa. desde a foz do rio São Francisco, que desenha a fronteira sul do Estado com Sergipe, até o norte, entrando em Pernambuco.
Alagoas depende das grandes plantações de cana-de-açúcar, que se estendem do litoral á Zona da Mata, sendo o maior produtor de cana do Nordeste, com 28 milhões de toneladas, em 2001 Alagoas só fica atrás de São Paulo no ranking nacional Mais de 90% da exportação do estado sai dos canaviais, 75% em açúcar, 17% em álcool.
Além da cana, as culturas agrícolas de importância para o Estado são algodão, fumo, mandioca, milho e coco, possuindo uma renda per capita um pouco abaixo da média do país.
Na última década, cresceu a atividade do turismo, sendo construídos vários hotéis, pousadas, bem como desenvolvidos planos e programas de incentivo ao turista. O principal destino dos turistas no Estado não é, apenas, a cidade de Maceió, pois outras cidades como Barra de São Miguel, Barra de Santo Antonio, Paripueira, Marechal Deodoro e a histórica cidade de Penedo, também, são visitadas pelos que fazem turismo em Alagoas.
Praias belíssimas e culinária rica e diversificada, à base de frutos do mar, são os principais atrativos. Como prato típico do litoral é oferecido o sururu, espécie de marisco retirado do fundo das lagoas Manguaba e Mundaú.
O Estado desenvolveu e consolidou sua economia, baseada nos engenhos de açúcar e na criação de gado, em que predominava o trabalho escravo de negros e mestiços. Entre os séculos XVI e XVII, piratas estrangeiros atacam sua costa, atraídos pelo pau-brasil, e a região é invadida pelos holandeses. Para manter o domínio do território, os colonizadores entram em choque com os nativos e dizimam tribos indígenas e hostis, como os caetés A partir do fim do século XVI, Alagoas e Pernambuco sediam o mais importante centro de resistência dos negros, o Ouilombo dos Palmares, destruído em 1694 por Domingos Jorge Velho, após quase um século de existência, na Serra da Barriga no Município de União dos Palmares-AL terra do Zumbi.
Na maior parte do período colonial, Alagoas pertenceu á capitania de Pernambuco Tornou-se comarca em 1711 e separou-se em 1817, para se transformar em capitania autônoma A separação foi uma espécie de represália do governo central à Revolta Pernambucana Com a independência do Brasil, em 1822, é convertida em província. Em 1839, Maceió passou a ser a nova capital, em substituição à cidade de Alagoas. Hoje denominada de Marechal Deodoro Mesmo no período republicano, Alagoas manteve as características econômicas e sociais de seu passado colônia, mantendo uma economia agrícola da Zona da Mata e do Agreste e, paralelamente, desenvolvendo o setor industrial, com investimentos na exploração de petróleo e do sal-gema e em outras indústrias de médio e pequeno porte.
DADOS GERAIS
GEOGRAFIA — Área 2 7.818.5 km2 Relevo: planície litorânea, planalto a N e depressão no centro Ponto mais elevado: Serra Santa Cruz (844 m) Principais Rios: São Francisco, Mundaú e Paraíba. Com 102 Municípios, sendo os mais populosos: Maceió (796 842). Arapiraca (186 356). Palmeira dos Índios (68.002), Rio Largo (62 408), União dos Palmares (58 608), Penedo (56 970), São Miguel dos Campos (51.433), Corunpe (48.635).
POPULAÇÃO —2.819 (2000) Densidade: 101,3 hab 1km2 (2000) Cresc. dem.: 1,3% ao ano (1991-2000).
Fonte: www.tce.al.gov.br
Alagoas
Informações sobre Alagoas | |||||
---|---|---|---|---|---|
População | 2.633.339 | Homens | 1.285.173 | Mulheres | 1.348.166 |
Área Total(km2) | 27.933 | Densidade pop. | 94.00 | ||
Fonte: IBGE |
Uma inigualável sucessão de magníficas praias, concentradas numa extensão de 230 Km, caracteriza o litoral deste Estado de 27.731 Km2. Aí, o generoso sol do ano todo, filtrado pela imensidão de coqueirais à beira-mar, revela uma das mais fascinantes paisagens do Nordeste Brasileiro, beneficiada pelas facilidades de acesso e pela tranquilidade de uma natureza quase intocada, junto à qual se preservam importantes conjuntos arquitetônicos e históricos. No centro dessa privilegiada região, visitada pela primeira vez em 1.501, por Américo Vespúcio, está a bela capital, Maceió, com seu variado conjunto de atrações, dotada de todos os recursos que garantem roteiros seguros para se conhecer o que Alagoas tem de melhor. Muito próximo, ligada por rodovia asfaltada e com pontes sobre as lagoas que recortam a paisagem da região, fica a histórica Marechal Deodoro.
No extremo sul, junto ao rio São Francisco, que divide Alagoas e Sergipe, a também histórica Penedo, a 185 Km da capital. A partir de Maceió, na direção norte, outra sucessão de praias bordadas de coqueiros está no caminho até Maragogi, passando por Floriano Peixoto (berço do Marechal Floriano), Barra de Santo Antônio e Porto Calvo. Mas Alagoas é ainda mais do que mar, sol e história. Sua culinária típica, onde estão presentes peixes, camarões e frutos do mar – entre eles o sururu, apanhado nas lagoas que cicundam Maceió – está entre as mais estimulantes do Nordeste. Famoso também é seu artesanato, com destaque para as rendas – filé e labirinto. E o folclore, que pode ser apreciado em diversas ocasiões, reúne um grande número de manifestações, como, entre outras, o reisado, o guerreiro, a chegança e o quilombo. Esta última lembra um dos mais marcantes capítulos da luta de libertação dos escravos, quando, liderados pelo legendário Zumbi, os negros fugitivos organizaram inúmeros “quilombos”, fundando a sua república dos Palmares, exterminada em fins do século XVII.
Fonte: cidades.com.br
Alagoas
Sobre Alagoas
Capital: Maceió
População: 3.037.103 habitantes
Área Total: 27.887,0 km²
Dens. Demográfica: 108,91 hab/km²
Cidades: 102
História do Estado
Formação Histórica
A região onde hoje se encontra o Estado de Alagoas foi invadida por franceses no início do século XVI, sendo retomada pelos portugueses em 1535, sob o comando de Duarte Coelho, donatário da capitania de Pernambuco, que organizou duas expedições e percorreu a área fundando alguns vilarejos, como o de Penedo. Também incentivou a plantação de cana-de-açúcar e a formação de engenhos. Em 1630, os holandeses invadiram Pernambuco e também ocuparam a região de Alagoas até 1645, quando os portugueses voltaram a conquistar o controle da região.
Em 1706 Alagoas é elevada à condição de comarca, primeiro passo para o alcance de sua autonomia. Em torno de 1730 a comarca possuía cerca de 50 engenhos, 10 freguesias e razoável prosperidade. A emancipação política aconteceu em 1817, quando a comarca foi elevada à condição de capitania. Durante os períodos subseqüentes, várias sublevações contra os portugueses se sucederam em Alagoas. A Primeira Constituição do Estado foi assinada em 11 de junho de 1891, em meio a graves agitações políticas, que assinalaram o início da vida republicana.
Em 1839 a sede do governo foi transferida da antiga cidade de Alagoas (hoje Marechal Deodoro) para Maceió.
Palmares
Aconteceu em Alagoas por volta de 1630, a maior revolta de escravos ocorrida no País, onde se organizou o famoso Quilombo dos Palmares, uma confederação de quilombos organizada sob a direção de Zumbi, o chefe guerreiro dos escravos revoltosos. Palmares chegou a ter população de 30 mil habitantes, distribuídos em várias aldeias, onde plantavam milho, feijão, mandioca, batata-doce, banana e cana-de-açúcar. Também criavam galinhas e suínos, conseguindo extrair um excedente de sua produção, que era negociado nos povoados vizinhos. A fartura de alimentos em Palmares foi um dos fatores fundamentais para a sua resistência aos ataques dos militares e brancos em geral, durante 65 anos. Foi destruído em 1694. Em 1695, Zumbi fugiu e foi morto, acabando assim o sonho de liberdade daqueles ex-escravos, que só viriam a conhecer a sua libertação oficial em 1888.
Origem do Nome
O nome Alagoas é derivado dos numerosos lagos que se comunicam uns com os outros e também com os diversos rios que banham a região. Só Maceió, a capital, possui 17 lagoas, entre mais de 30 em todo o Estado.
Dados Gerais
Limites
Localização: Localizado na Região Nordeste do Brasil
Limites:
Norte e noroeste: Estado de Pernambuco
Sul: Estado de Sergipe
Sudoeste: Estado da Bahia
Leste com o Oceano Atlântico
Característica Territorial:
Divide se em três regiões naturais:
(1) o Litoral arenoso com suas praias cobertas de coqueirais e numerosas lagoas costeiras;
(2) a Zona da Mata, estreita faixa paralela à anterior, coberta pela Mata Atlântica no passado e hoje transformada em zona agrícola;
(3) o Agreste, região caracterizada por altitudes maiores, que chegam a alcançar 600 metros no planalto da Borborema em sua porção norte.
Clima / Temperatura
O clima predominante é o tropical, com variação quente e úmida, que abrange a maior parte do território. As chuvas são regulares. O clima varia entre o quente e o seco, e existe maior evaporação e muito calor, devido a presença de serras que impedem a passagem do vento úmido.
A temperatura média anual do Estado varia entre 21ºC e 29ºC, sendo que, na faixa litorânea, as temperaturas são menos elevadas.
O clima de Alagoas sofre influências locais do relevo, altitude, direção das estruturas mais elevadas e das calhas dos rios que canalizam ventos portadores de umidade.
Assim, predomina na parte oriental do Estado um tipo de clima úmido, cujas temperaturas oscilam entre 19ºC e 28ºC, com chuvas abundantes. Na parte ocidental, o clima é semi-árido, com temperaturas oscilantes entre 13ºC e 40ºC, dependendo da estação do ano.
A precipitação média acumulada de janeiro a maio de 2000 ficou acima da média histórica nas regiões ambientais do Baixo São Francisco, Zona da Mata e Litoral e, abaixo da média, no Sertão, Sertão do São Francisco e Agreste.
Na região do litoral foi registrado o maior desvio percentual positivo de precipitação durante o período (47,7%). O maior desvio percentual negativo foi observado no Sertão do São Francisco (-32,7%). As regiões restantes mostraram os seguintes desvios percentuais: Sertão (-9,4%), Agreste (-7,5%), Baixo São Francisco (-34,4) e Zona da Mata (3,9%).
A pluviometria varia de 800 a 1200 milímetros anuais.
Relevo
O relevo alagoano é constituído por planície litorânea, planalto ao norte e depressão no centro do Estado. Alagoas tem altitude média de 605 metros, chegando a atingir altitude máxima de 882 metros.
Alagoas é considerado o “oásis do Nordeste”.
Com a menor porção territorial na zona semi-árida ou sertão, o Estado está dividido em 102 municípios, distribuídos em 13 microrregiões derivadas de três mesorregiões geográficas:
* Sertão Alagoano
1. Serrana do Sertão Alagoano
2. Alagoana do Sertão do São Francisco
3. Santana do Ipanema
4. Batalha* Agreste Alagoano
5. Palmeira dos Índios
6. Arapiraca
7. Traipu* Leste Alagoano
8. Serrana dos Quilombos
9. Mata Alagoana
10. Litoral Norte Alagoano
11. Maceió
12. São Miguel dos Campos
13. Penedo
Hidrografia
O potencial hídrico é constituído de extenso litoral, lagoas e rios. Das dezessete lagoas existentes em todo o Estado, duas se destacam por suas potencialidades: Mundaú, com aproximadamente 20km de extensão, e Manguaba, com 28km de extensão, ambas voltadas para a economia pesqueira e turística.
Os rios são constituídos por duas vertentes: a oriental ou atlântica e a vertente ocidental ou São-Franciscana. Esta última é constituída pelos rios que correm para o Rio São Francisco. Esse rio é o grande fornecedor de água da região semi-árida do Nordeste, possuindo excelente potencial hidrelétrico, onde estão instaladas as usinas de Paulo Afonso e de Xingó.
A hidrografia é caracterizada, em sua maior extensão, por rios de planalto. Existem rios orientais perenes que deságuam no Oceano Atlântico e rios ocidentais, em geral temporários, que compõem a bacia hidrográfica do São Francisco.
Geologia / Solo
Alagoas possui uma das maiores e mais puras reservas de gás natural do Brasil, com um volume de aproximadamente 15 bilhões de metros cúbicos, correspondentes a 10% de toda a reserva nacional que é de 150 bilhões de metros cúbicos.
Dispõe, também, de reservas de cobre, ouro, ferro e calcário, apresentando amplas perspectivas de exploração.
O sal-gema é um dos principais minerais utilizados como matéria-prima para as indústrias químicas. O Estado possui uma reserva estimada em cerca de 3 bilhões de toneladas, explorada para a produção de cloro, soda cáustica e dicloretano.
Alagoas possui enorme potencial para se tornar um grande pólo cerâmico, devido especialmente às expressivas reservas de argilas brancas e vermelhas, estimadas em 14 milhões de metros cúbicos e situadas em vales fluviais das regiões norte e sul do Estado.
Vegetação
Os mangues predominam no extremo leste e na zona litorânea de Alagoas. Na região mais centralizada localiza-se a floresta tropical e no centro-oeste, a caatinga.
Hino
Letra: Luiz Mesquita
Música: Benedito Silva
Alagoas, estrela radiosa,
Que refulge ao sorrir das manhãs,
Da República és filha donosa,
Magna Estrela entre estrelas irmãs.
A alma pulcra de nossos avós.
Como benção de amor e de paz,
Hoje paira, a fulgir sobre nós,
E maiores, mais fortes nos faz.
Tu, liberdade formosa,
Gloriosa hosana entoas:
Salve, ó terra vitoriosa!
Glória a terra de Alagoas!
Esta terra quem há que idolatre-a
Mais que os filhos que lhe são?
Nós beijamos o solo da Pátria
Como outrora o romano varão.
Nesta terra de sonhos ardentes,
Só, palpitam, como alma de sóis,
Corações, corações de valentes,
Almas grandes de grandes heróis!
Tu, Liberdade formosa,
Triunfal hosana entoas:
Salve, ó terra gloriosa!
Berço de heróis! Alagoas!Ide,
algemas que o pulso prendias
Desta Pátria, outros pulsos prender.
Nestes céus, nas azuis serranias,
Nós, só livres, podemos viver.
E se a luta voltar, hão-de os bravos
Ter a imagem da Pátria por fé.
Que Alagoas não procria escravos:
Vence ou morre!…Mas sempre de pé
Tu, Liberdade formosa,
Ridentes hinos entoas:
Salve, ó terra grandiosa
De luz, de paz, Alagoas!
Salve, ó terra que, entrando no templo.
Calmo e ovante, da indústria te vás;
Dando as tuas irmãs este exemplo
De trabalho e progresso na paz!
Sus! Os hinos de glórias já troam!…
A teus pés os rosais vêm florir!…
Os clarins e fanfarras ressoam,
Te levando em triunfo ao porvir!
Tu, liberdade formosa,
Ao trabalho hosanas entoas!
Salve, ó terra futurosa!
Glória a terra de Alagoas!
Bandeira
(Lei Estadual nº 2.628, de 23 de setembro de 1963)
Modifica o Brasão de Armas e cria a Bandeira do Estado de Alagoas e dá outras providências.
O GOVERNADOR DO ESTADO DE ALAGOAS
Faço saber que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º – Fica modificado o Brasão de Armas do Estado de Alagoas, criado pelo Decreto n. 53 de 25 de maio de 1894 e restabelecido pelo Decreto n. 373 de 15-11-1946, passando a ter as seguintes características:
ESCUDO PORTUGUÊS, antigo, em posição natural, partido em prata. À destra com rochedo de goles (vermelho), sainte de um mar ondado e movente da ponta que sustém uma tôrre também de goles (vermelho) que é de Penedo. À sinestra, com três morros de goles (vermelho) unidos, postos em faixa, o do meio mais alto, saintes de um contra-chefe de oito faixas ondadas de blau (azul) e prata, alternadas, que é de Pôrto Calvo. No chefe, ondado de blau (azul), três tainhas de prata, postas em contraroquete, que é das Alagoas. Por apoios, à destra, um côlmo de cana-de-açúcar empendoado, e à sinestra, um ramo de algodoeiro, encapuchado e florado, ambos de sua côr. Em cima, estrêla de prata, de cinco pontas, como timbre. Em baixo, listel de sinopla (verde), dedruado de jalne (oiro), com o mote: Ad Bonum et Prosperitatem em letras do mesmo.
Art. 2º – Fica criada a Bandeira do Estado de Alagoas, com as seguintes características:
Bandeira retangular, terciada em pala, de vermelho, branco e azul. Ao centro, o Brasão de Armas do Estado, sem o mote.
Art. 3º – Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Palácio Marechal Floriano, em Maceió, 23 de setembro de 1963, 74º da República.
LUIZ CAVALCANTE – Governador.
Brasão
Lei Estadual nº 2.628, de 23 de setembro de 1963
Modifica o Brasão de Armas e cria a Bandeira do Estado de Alagoas e dá outras providências.
O GOVERNADOR DO ESTADO DE ALAGOAS
Faço saber que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º – Fica modificado o Brasão de Armas do Estado de Alagoas, criado pelo Decreto n. 53 de 25 de maio de 1894 e restabelecido pelo Decreto n. 373 de 15-11-1946, passando a ter as seguintes características:
ESCUDO PORTUGUÊS, antigo, em posição natural, partido em prata. À destra com rochedo de goles (vermelho), sainte de um mar ondado e movente da ponta que sustém uma tôrre também de goles (vermelho) que é de Penedo. À sinestra, com três morros de goles (vermelho) unidos, postos em faixa, o do meio mais alto, saintes de um contra-chefe de oito faixas ondadas de blau (azul) e prata, alternadas, que é de Pôrto Calvo. No chefe, ondado de blau (azul), três tainhas de prata, postas em contraroquete, que é das Alagoas. Por apoios, à destra, um côlmo de cana-de-açúcar empendoado, e à sinestra, um ramo de algodoeiro, encapuchado e florado, ambos de sua côr. Em cima, estrêla de prata, de cinco pontas, como timbre. Em baixo, listel de sinopla (verde), dedruado de jalne (oiro), com o mote: Ad Bonum et Prosperitatem em letras do mesmo.
Art. 2º – Fica criada a Bandeira do Estado de Alagoas, com as seguintes características:
Bandeira retangular, terciada em pala, de vermelho, branco e azul. Ao centro, o Brasão de Armas do Estado, sem o mote.
Art. 3º – Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Palácio Marechal Floriano, em Maceió, 23 de setembro de 1963, 74º da República.
LUIZ CAVALCANTE – Governador.
Fonte: citybrazil.com.br
Alagoas
Alagoas é um dos 27 estados do Brasil e está situado na parte leste da região Nordeste. Faz fronteira com: Pernambuco; Sergipe; Bahia e do oceano atlântico. Ocupa uma área de 27.767 km ², sendo pouco maior do que o Haiti . Sua capital é a cidade de Maceió.
Ela é composta de 102 municípios e suas cidades mais populosas são Maceió, Arapiraca, Palmeira dos Índios , Rio Largo , Penedo , União dos Palmares ,São Miguel dos Campos , Santana do Ipanema , Delmiro Gouveia , Coruripe , Marechal Deodoro e Campo Alegre .
É um dos maiores produtores de cana de açúcar e coco no país e tem uma economia baseada na pecuária. Alagoas também possui alguns dos mais ricos do país folclore .
Inicialmente, o território constituiu a sul parte da Capitania de Pernambuco e só ganhou a sua autonomia em 1817. Sua ocupação empurrada à expansão da capitania lavoura canavieira, o que exigiu novas áreas de cultivo, ao sul. Assim surgiu Porto Calvo , Alagoas (atual Marechal Deodoro) e Penedo , núcleos que orientaram a colonização, econômica e social da região por um longo tempo.
A invasão holandesa em Pernambuco foi estendida a Alagoas em 1631. Os invasores foram expulsos em 1645, depois de intensos combates em Porto Calvo, deixando a economia totalmente desorganizada.
A fuga de escravos africanos durante a invasão holandesa criou um sério trabalho problema de escassez de açúcar nas plantações. Agrupados em aldeias chamadas quilombos, os africanos só foram completamente dominados no final do século 17, com a destruição do quilombo mais importante, Palmares.
No início do século 20, o sertão Alagoano viveu a experiência pioneira de Delmiro Gouveia , empresário pernambucano que instalou a fábrica de fio Estrela, que chegou a produzir 200 carretéis por dia. Delmiro Gouveia foi assassinado em outubro de 1917 em circunstâncias ainda não esclarecidas, após ser pressionado, de acordo com rumores, a vender sua fábrica para concorrentes empresas estrangeiras. Após sua morte , seus máquinas seriam destruídos e jogados em Paulo Afonso Cataratas .
Apelidada de Terra dos Marechais, por ser o local de nascimento de Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto , Alagoas deu ao país numerosos brasileiros ilustres entre os quais o antropólogo Arthur Ramos , o maestro Hekel Tavares , o filólogo Aurélio Buarque de Holanda , o músico Djavando poeta Jorge de Lima , os juristas Pontes de Miranda e Marcos Bernardes de Mello, além do Lêdo Ivo e escritores Graciliano Ramos .
Geografia
Verão em Maceió
Nome do estado origina com os lagos ao longo de sua costa, perto da cidade de Maceió. A costa é cercada por recifes e muitas praias finas. Atrás das praias, às vezes apenas centenas de metros e definidos por escarpas íngremes, encontra-se um trecho de verdes colinas costeiras com chuvas suficientes para a agricultura considerável e restos escassos da Mata Atlântica (Mata Atlântica), que agora está em grande parte limitada a topos de morros íngremes ou íngremes os lados do vale e partes inferiores. Esta é a área longa dominada pela cana.
Ainda mais para o interior encontra-se o Sertão da região Nordeste do país. O Sertão é uma região de alta seca dominada pelo matagal que muitas vezes é cheio de espinho e, por vezes tóxico, a caatinga. Esta área e seu povo são famosos na lenda e música. É a terra do vaqueiro que é revestido da cabeça aos pés (se tiver sorte) com couro muito grosso para evitar a vegetação afiada.
História
Convento de Santa Maria, Marechal Deodoro
Durante os três primeiros séculos de sua história, Alagoas fez parte da capitania de Pernambuco, mudando apenas em uma capitania independente em 1817. Como uma represália contra a Revolução Pernambucana, o rei D. João VI de Portugal ordenou uma vasta porção do território pernambucano a serem tomadas a partir dele, incluindo a sua mais parte sul, uma parte dada à capitania de Bahia, a outra parte fez independente e criar Alagoas como uma nova capitania brasileira.
Inicialmente, nos primeiros anos do século 16, Alagoas liquidação passou lentamente, porém ajudado por africanos transformados em escravos, cujo trabalho pediu a economia local. No período dos séculos 16 e 17, franceses piratas invadiram seu território atraídos pelo comércio do pau Brasil.
Algum tempo depois, Duarte Coelho, proprietário da capitania de Pernambuco, deu o controle da região de volta para o Português, correndo o território como parte de sua capitania. Ele aumentou o número de plantações de cana-de-açúcar e construiu algumas usinas de açúcar, bem como a fundação das cidades de Penedo e Alagoas – este último originalmente batizado por Português como Santa Maria Madalena da Alagoa do Sul (Santa Maria Madalena da Lagoa do Sul), Atualmente a cidade patrimônio histórico de Marechal Deodoro.
Em 1570, uma segunda expedição ordenados por Duarte Coelho e liderada por Cristóvão Lins, explorou o norte de Alagoas e fundou a colônia de Porto Calvo e cinco engenhos de açúcar, que dois deles ainda suportar, Buenos Aires e Escurial.
Em 1630, o território foi tomado pelos holandeses, cujo interesse era gerenciar o comércio de açúcar na maior parte da região nordeste do Brasil. Como parte de uma das mais ricas capitanias brasileiras, Alagoas prosperou junto com o comércio do açúcar. Eles construíram Maurits Fort em Penedo, no Rio São Francisco.No entanto, os colonizadores holandeses abandonaram o território depois de ser derrotado em 1646.
Décadas antes de Alagoas foi formado em 1817, sua indústria açucareira tinha 200 usinas, e agricultura também envolvido algodão , tabaco e milho plantações.Com a independência do Brasil de Portugal, em 1822, Alagoas se torna uma província . Em 1839, a capital da província foi mudado definitivamente da cidade de Alagoas para Maceió, principalmente devido ao aumento do crescimento da cidade por causa de seu porto.
Pajuçara Praia em Maceió
Economia
Ponta Verde Praia em Maceió
Alagoas é um dos estados mais pobres do Brasil. O setor de serviços é o maior componente do PIB em 55,8%, seguido pelo setor industrial em 36,9%.Agricultura representa 7,3% do PIB (2004). Exportações Alagoas: açúcar 58,8%, álcool de 29,4%, os produtos químicos de 9%, o tabaco de 2,1% (2002).
Ações da economia brasileira: 0,7% (2004).
A economia tem sido agrícola, depende em grande medida grandes cana plantações com alguns tabaco agricultura que se concentra ao redor da cidade de Arapiraca. Cana-de-açúcar foi a base para um álcool indústria que está em declínio. De pequeno e médio porte navios-tanque pegou álcool a bordo no porto de Maceió, com frequência considerável durante o período de pico. Tais cargas ainda acontecem com menos freqüência. Outra indústria local é baseada em produtos químicos de água salgada bombeada de poços profundos, na periferia de Maceió.
Nos últimos vinte anos, o turista indústria tem encontrado nas praias e Maceió se mudou de uma porta em vez pacata com plantações de coqueiros ao longo de suas praias para hotéis altos. O litoral norte, especialmente em torno do Maragogi e Japaratinga cidades está começando a ver alguns deste desenvolvimento na forma de resorts que atraem pessoas do sul e de Europa . Há um investimento considerável para a Europa (a partir de 2007) na praia de propriedade norte de Maceió com compostos de paredes de casas de praia.
Educação
Universidade Federal de Alagoas , em Maceió.
Português é a língua oficial nacional, e, portanto, o principal idioma ensinado nas escolas. Mas Inglês e espanhol são parte do currículo do funcionário de ensino médio.
As instituições educacionais
Universidade Federal de Alagoas (UFAL) (Universidade Federal de Alagoas);
Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) (Universidade Estadual de Alagoas);
Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL) (Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas);
Instituto Federal de Alagoas (IFAL);
Centro de Ensino Superior de Maceió (Cesmac) (Centro de Ensino Superior de Maceió);
Faculdade de Alagoas (FAL) (Faculdade de Alagoas);
e muitos outros.
Cultura
Festa Junina (São João Festival)
Festa Junina foi introduzido Nordeste Brasil pelo Português para quem o dia de São João, em 24 de junho, é uma das festas mais antigas e populares do ano. Diferentemente, é claro, do que acontece no Europeu de Verão Dia, as festividades no Brasil não ter lugar durante o solstício de verão , mas durante o tropical solstício de inverno. As festividades começam tradicionalmente após o dia 12 de junho, na véspera do dia de Santo Antônio, e duram até o dia 29, que é dia de São Pedro. Durante estes dias 15, há fogueiras , fogos de artifício e danças folclóricas nas ruas (nomes de passo são em francês, que mostra as influências mútuas entre a vida da corte e da cultura camponesa na Europa 17, 18 e 19 do século). Uma vez que uma festa exclusivamente rural, hoje, no Brasil, é em grande parte um festival da cidade, durante o qual as pessoas com alegria e teatralmente imitar estereótipos e clichês camponeses num espírito de brincadeira e bom tempo. Pratos típicos e bebidas são servidas. Note-se que, como no carnaval, estas festividades envolvem espetáculos vestindo fantasias (neste caso, os trajes de camponeses), dança e visual (fogos de artifício e danças folclóricas). Como o que acontece no Verão e Dia de São João, na Europa, fogueiras são uma parte central dessas festividades, no Brasil.
Carnaval
O período de quatro dias antes da Quaresma, levando até quarta feira de cinzas é tempo de carnaval no Brasil. Pessoas de diversas origens ou classes sociais participam do evento.
Pajuçara Praia em Maceió
Fandango
Esta é uma dramática dança motivada pelo mar. Ele conta as aventuras marítimas dos primeiros navegadores em suas canções acompanhadas por violão e cavaquinho .
Carnaval – Boi
O Boi no Carnaval é uma popular cultura de exibição derivado do Bumba-Meu-Boi.
Infra-estrutura
Aeroporto Internacional
Alagoas ganhou um complexo novo aeroporto, Zumbi dos Palmares Aeroporto Internacional , em Maceió Região Metropolitana, projetado pelo arquiteto Mário Aloísio homegrown, que combina vidro , de metale granito . Ele inclui espaço para exposições de arte, um deck panorâmico, capela , sete escadas rolantes , nove elevadores e quatro pontes de embarque. Todo o terminal foi projetado para permitir o acesso por deficientes físicos, com rampas e sanitários especiais.
No novo terminal, a Infraero também traz para Maceió “Aeroshopping” – um conceito que está transformando os aeroportos do país em centros de lazer e produtos de alta qualidade e serviços. Todo o edifício tem um sistema computadorizado de ar condicionado , com espaços comerciais que serão ocupados gradativamente. A área de estacionamento era mais do que triplicou. Demanda será capaz de crescer para 1,2 milhões de passageiros por ano desde que o novo terminal de passageiros tem 24 mil metros quadrados, o triplo do seu tamanho original. O balcões de check in foram duplicadas e pode chegar a números mais elevados, sem qualquer remodelação estrutural. O edifício é “inteligente”, ou seja, controlado por um sistema informatizado que regula fatores que vão desde o nível de iluminação a temperatura do ar e mesmo a velocidade das escadas rolantes. Este sistema também controla o acesso a áreas restritas e do sistema de proteção contra incêndio, entre outros.
Lagoa Mundaú
Rodovias
BR-101
BR-104
BR-110
BR-316
BR-423
BR-424
Porto
O Porto de Jaraguá está localizado em Maceió. O desenvolvimento comercial e econômica do porto de Jaraguá, às margens da lagoa Mundaú, foi o responsável pelo surgimento de um importante assentamento que recebeu o nome de Maceió e mais tarde se tornou o atual capital de Alagoas. O Porto de Jaraguá está situado em uma área de porto natural que facilita o encaixe navios. Durante o período colonial brasileiro , os produtos mais importantes exportados pelo Porto foram o açúcar, tabaco, coco e especiarias.
Esportes
Alagoas oferece aos visitantes e moradores com várias actividades desportivas. Há vários clubes de futebol com sede no estado, como o ASA de Arapiraca, CRB , CSA e Corithians Alagoano.
Maceió foi um dos 18 candidatos para sediar jogos da Copa do Mundo 2014 , para o qual Brasil é o anfitrião selecionado, mas não fazer o corte final.
Principais cidades
Maceió é a maior cidade de Alagoas.
– Arapiraca
– Coruripe
– Maceió
– Maragogi
– Marechal Deodoro (H)
– Palmeira dos Índios
– Penedo (H)
– Piranhas (H)
– Porto Calvo
– Porto de Pedras (H)
– São Miguel dos Campos
– Santana do Ipanema
– União dos Palmares
– Viçosa
Povos notáveis
– Aurélio Buarque de Holanda Ferreira – lexicógrafo, filólogo, tradutor e escritor
– Renan Calheiros – PMDB político e presidente do Senado do Brasil
– Deodoro da Fonseca – primeiro presidente do Brasil
– Floriano Peixoto – Presidente Segunda Brasil
– Mário Jorge Lobo Zagallo – O jogador de futebol e gerente
– Djavan – O cantor / compositor
– Hermeto Pascoal – O compositor e multi-instrumentista
– Graciliano Ramos – Autor
– Marta Vieira da Silva – O futebol feminino atacante
– Bruna Tenório Modelo
Bandeira
O brasão de armas simboliza os primeiros assentamentos alagoanos, Porto Calvo e Penedo . Algumas plantações , cana-de-açúcar e algodão , que se destacaram como a riqueza mais importante no passado, são incorporadas ao projeto. As cores de cada faixa, de vermelho, branco e azul, que trazem à mente a bandeira francesa, simbolizam exatamente o lema da Revolução Francesa : liberdade, igualdade e fraternidade. A estrela acima do brasão representa o próprio Estado.
Fonte: en.wikipedia.org
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