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A Síndrome do intestino irritável é caracterizada por um conjunto de vários sintomas associados que irão refletir no intestino.
Os sintomas são bastante incomodos, porém é possível controlar.
Alguns alimentos devem ser evitados para melhorar o quadro. Medicamentos para estresse e ansiedade também podem ser utilizados.
Essa doença pode piorar dependendo da alimentação e do estresse. O médico gastroenterologista é o profissional que deverá avaliar os sintomas e quais os tratamentos necessários para o problema.
Os sintomas mais comuns da SII são:
– dor e cólicas, o que pode ser aliviada por ter um tempo
– uma mudança em seus hábitos intestinais – tais como diarreia , obstipação , ou às vezes ambos
– inchaço do estômago
– flatulência
– ocasionalmente, experimentando uma necessidade urgente de ir ao banheiro
Síndrome do Iintestino Irritável (SII), é uma condição comum, a longo prazo do sistema digestivo. Ela pode causar crises de dores de estômago, inchaço, diarréia e / ou constipação.
Os sintomas variam entre indivíduos e afetar algumas pessoas mais severamente do que outros. Eles tendem a ir e vir em períodos que dura alguns dias a alguns meses de cada vez, muitas vezes, em épocas de estresse ou depois de comer certos alimentos.
SII é pensado para afetar até uma em cada cinco pessoas em algum momento de sua vida, e, geralmente, primeiro se desenvolve quando uma pessoa é entre 20 e 30 anos de idade. Por volta de duas vezes mais mulheres são afetadas que os homens.
A condição é muitas vezes ao longo da vida, embora possa melhorar ao longo de vários anos.
Resumo
A síndrome do intestino irritável é uma patologia intestinal funcional crónica, caracterizada clinicamente por dor ou desconforto abdominal, alteração da frequência e/ou do formato das fezes na ausência de uma causa orgânica identificável. A fisiopatologia é pouco compreendida e o tratamento direcionado à sintomatologia predominante e à severidade das queixas.
O que é
Posto isto, atualmente considera-se a SII como um transtorno intestinal funcional crónico, recidivante, definido por critérios diagnósticos baseados em sintomas, na ausência de causas orgânicas detetáveis. O quadro sintomático não é específico da SII, pois os sintomas podem apresentar-se ocasionalmente em qualquer indivíduo.
A síndrome do intestino irritável (SII) é a desordem gastrintestinal funcional (DGIF) mais comum e mais bem estudada. Estima-se que cerca de 20% da população ocidental tenha sintomas compatí- veis com a presença desta síndrome, que acomete principalmente indivíduos jovens, com prevalência maior em mulheres. Embora somente 30% dos pacientes procurem assistência médica, a SII é responsável por aproximadamente 12% das consultas de assistência primária e 28% das consultas com gastroenterologistas.
A SII é um distúrbio funcional do intestino que pode determinar diversos sintomas, tais como desconforto abdominal ou dor abdominal, constipação ou diarréia, ou alternância de uma e outra, muco nas fezes, urgência evacuatória, distensão abdominal e flatulência.
Os diversos sintomas apresentados na SII exercem importante impacto na qualidade de vida de seus portadores, prejudicando os estudos, a produtividade no trabalho e os relacionamentos sociais.
O tratamento da SII ainda representa um desafio para os estudiosos da área, pois não há ainda tratamento definitivo e eficaz para a doença. Sabese que algumas alterações realizadas na dieta do indivíduo portador da SII podem trazer melhora dos sintomas.
Essas alterações incluem: retirada de gordura e de alimentos flatulentos, adição de fibras e aumento da ingestão de líquidos. Intolerâncias alimentares, como à lactose e ao glúten, também devem ser investigadas. Estudos recentes vêm investigando novas terapias para o tratamento da SII.
Uma recente terapia é o emprego de probióticos. Estes são microrganismos vivos, administrados em quantidades adequadas, que conferem benefícios à saúde do hospedeiro. A utilização destes modula a microbiota intestinal, estimulando a proliferação de bactérias benéficas em detrimento de bactérias potencialmente prejudiciais. Assim, os probióticos contribuem para o alívio dos sintomas da SII, como a dor e a distensão abdominal, além da diarréia.
O presente estudo teve como objetivo realizar uma revisão da literatura sobre o tratamento com probiótico na síndrome do intestino irritável. Utilizou-se os artigos científicos publicados no perí- odo de 2000 a 2007 das bases de dados Lilacs e Medline.
Foram revisados estudos de interven- ção, controlados, em humanos adultos de ambos os sexos e que fizeram o uso de probióticos no tratamento dos sintomas da síndrome do intestino irritável.
Foram usadas como palavras-chave para a pesquisa: probióticos, síndrome do intestino irritável e sintomas.
A SII é uma combinação de sintomas gastrintestinais crônicos e recorrentes, não identificados por anormalidades estruturais ou bioquímicas detectadas por métodos laboratoriais convencionais.
A SII ocorre por uma complexa conjunção de fatores. A fisiopatologia da doença ainda não é claramente explicada. Sabe-se que ocorrem várias alterações na motilidade gastrintestinal. Segundo relatos da literatura, além das alterações na motilidade intestinal, a hipersensibilidade visceral, os reflexos intestinais alterados, as desordens psicológicas, o desequilíbrio endócrino, as intolerâncias e alergias alimentares, as infecções gastrintestinais e a disbiose intestinal são fatores correlacionados à patogênese dessa doença.
A SII é pelo menos parcialmente uma desordem da motilidade colônica, que fica irregular e descoordenada. Isso interfere no movimento normal dos alimentos e na sua excreção, permitindo que haja um maior acúmulo de muco e toxinas no intestino.
Esse acúmulo de material gera uma obstrução parcial do trato digestivo, armazenando gases e fezes, que se manifestam através de inchaço, distensão abdominal e constipação. A ativação imunológica e a inflamação da mucosa também estão associadas à fisiopatologia da doença.
A hipersensibilidade visceral é uma resposta aumentada dos circuitos neuroimunes no sistema nervoso ou no trato gastrintestinal a partir de um estímulo psicossocial/ambiental ou um estímulo de irritação, inflamação ou infecção dos tecidos.
Esta resposta exacerbada pode resultar em anormalidades na motilidade gastrintestinal, induzindo os sintomas da SII11. Relatos recentes propõem que ocorram altera- ções na regulação das conexões do sistema nervoso central (SNC) com o intestino, assim, o SNC processaria anormalmente as informações na SII, uma vez que a integração das atividades motoras, sensoriais e autônomas do trato digestivo interage continuamente com o SNC2 . Investigações relativas à fisiopatologia da doença apontam mecanismos de inflamação da mucosa intestinal como causadores dos sintomas.
A influência dos fatores psicológicos é notável nos doentes. Estudos demonstram que alterações de humor e doenças psiquiátricas são mais comuns em pacientes portadores da SII quando comparados com os não portadores. Sabe-se que a microbiota intestinal pode ser afetada na SII.
A estabilidade desta microbiota está relacionada a vários fatores: secreção de ácido clorídrico, motilidade intestinal, secreção de sais biliares, fatores relacionados à defesa imunológica, uso de antiinflamatórios, analgésicos, antibió- ticos, antiácidos, pH intestinal e competição entre microorganismos por substratos ou por sítios de ligação.
O diagnóstico da SII é feito com base em critérios clínicos, uma vez que a doença não provoca alterações estruturais ou bioquímicas identificáveis. Primeiramente, eram usados os critérios de Manning e colaboradores, atualmente estes critérios evoluíram e foram atualizados.
Primeiramente eram chamados de critérios de Roma I e hoje são denominados de critérios de Roma II.
São eles: pelo menos 12 semanas, consecutivas ou intercaladas, nos últimos 12 meses, de desconforto abdominal ou dor abdominal, com pelo menos duas das três características a seguir: alívio com as evacuações; início associado à alteração na freqüência das evacuações e/ou início associado a alterações no aspecto das fezes (consistência e forma).
A presença dos seguintes sintomas acrescenta suporte adicional ao diagnóstico: mais que três evacuações ao dia ou menos que três evacuações na semana, forma anormal das fezes (cíbalos, líquidas), esfor- ço para a evacuação ou sensação de evacuação incompleta, presença de muco nas fezes e sensação de distensão e/ou dor abdominal. Esses últimos critérios são importantes, pois classificam o predomínio de obstipação ou de diarréia ou de alternância entre os dois.
O tratamento é determinado pelo tipo e intensidade dos sintomas, bem como pela abordagem psicossocial. A orientação dietética é importante para os portadores da SII. Deve-se investigar a existência de intolerâncias e alergias alimentares, além de intoxicação por metais e a presença de fatores antinutricionais.
Para tal, é necessário observar a relação existente entre os sintomas e os alimentos consumidos, como o café, o álcool, os vegetais formadores de gases, a lactose, os adoçantes e alimentos dietéticos, orientando a restrição destes se necessário.
O tratamento pode ser feito com o uso de fármacos, além da associação com acompanhamento dietético. A estratégia terapêutica atual visa o melhor controle dos sintomas. Desse modo, deve-se tratar o paciente de maneira individualizada, tentando identificar os fatores desencadeantes ou agravantes da sintomatologia.
Fonte: www.colegiosaofrancisco.com.br/www.nhs.uk/repositorio-aberto.up.pt/www.escs.edu.br