Peste Negra

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A Peste Negra de 1348-1350

Peste Negra chegou à Europa por mar em outubro 1347, quando 12 navios comerciais genoveses, atracado no porto siciliano de Messina após uma longa viagem através do Mar Negro.

As pessoas que se reuniram no cais para saudar os navios foram recebidos com uma surpresa horripilante: A maioria dos marinheiros a bordo dos navios estavam mortos, e aqueles que ainda estavam vivos estavam gravemente doente.

Eles foram superados com febre, incapaz de manter o alimento para baixo e delirante de dor.

O mais estranho de tudo, eles estavam cobertos de misterioso preto furúnculos que o sangue e o pus escorria e deu a sua doença o seu nome: “. Peste Negra”.

As autoridades sicilianas às pressas ordenou a frota de navios “morte” para fora do porto, mas era demasiado tarde: ao longo dos próximos cinco anos, a misteriosa morte preta mataria mais de 20 milhões de pessoas na Europa, quase um terço da população do continente.

Peste Negra – Europa – 1347

A doença introduzira-se na Europa através do porto Siciliano de Messina: os marinheiros de navios chegados da Ásia haviam contraído a moléstia durante a viagem.

A peste propagou-se rapidamente pela cidade e os mortos eram enterrados em vala comum. Não havia tempo para chora-los.

O mal desconhecido alastrava-se com rapidez e não escolhia suas vítimas.

Os manuais de medicina da época não mencionavam nada que recordasse outros males semelhantes àquela epidemia.

Levantavam-se hipóteses: sábios franceses acreditavam que a doença era provocada pelos terremotos que estavam abalando vastos territórios no Extremo Oriente.

Para eles, essas conturbações na crosta terrestre estariam contaminando o ar.

Enormes fogueiras foram acesas por toda a Europa, com o intuito de purificar a atmosfera.

Tudo inútil: a peste continuava a dizimar milhares de pessoas todos os dias.

Os marinheiros que sobreviveram à peste foram expulsos da cidade, mas isso não impediu que toda a Europa sofresse os efeitos da terrível praga.

Não se tratava de ira divina, como muitos pregavam, mas as péssimas condições de higiene do final da Idade Média.

Os autores são unânimes em afirmar que a Europa, no século XIV, era terreno propício à disseminação de epidemias: as cidades eram superpovoadas.

No século anterior, grandes contigentes humanos tinham-se deslocado para os centros urbanos, onde se processava intensa reativação das atividades econômicas, amortecidas desde a queda do Império Romano (século V).

Nas cidades onde a densidade populacional era maior, três pequenos cômodos serviam, em média, de morada para cerca de dezesseis pessoas.

Com ruas estreitas e tortuosas, essas cidades eram cercadas por altos muros, que serviam de proteção contra ataques de ladrões e bandos famintos que viviam nos campos.

As condições sanitárias eram precárias e só algumas cidades possuíam esgoto subterrâneo.

O hábito do banho não era generalizado entre as populações dessa época e os detritos das casas e das pequenas oficinas artesanais eram atirados às ruas e não havia serviço de coleta do lixo ali amontoado.

Essa situação, evidentemente, favorecia a proliferação de ratos e pulgas.

Um bacilo chamado Pasteurella pestis foi o causador da terrível moléstia.

A bactéria é transmitida pelas pulgas aos roedores, mas pode contaminar outros animais, inclusive o homem.

A peste manifestou-se, de início, com a morte repentina de um grande número de ratos em Messina. Os moradores estranharam o fato, mas só avaliaram o perigo a que estavam expostos quando a doença já contaminara a população.

Um pequeno tumor na perna ou no braço, do tamanho de uma lentilha, era a marca prenunciadora da morte rápida. Em menos de três dias, a pequena ferida espalhava-se pelo corpo da pessoa contaminada.

Quando o doente passava a vomitar sangue, era sinal de que a bactéria penetrara os aparelhos digestivo e respiratório. A vítima falecia em poucas horas.

O perigo da contaminação levou populações inteiras a abandonar as cidades em direção ao campo.

Entre os fugitivos, porém, havia centenas de pessoas que já portavam o mal.

Dessa forma, a doença se propagou entre as populações camponesas.

Poucos anos depois, cerca de 25 milhões de pessoas tinham sido dizimadas pela doença.

Milhares de camponeses deixaram a lavoura e passaram a viver como nômades, vagando por diferentes países da Europa.

A catástrofe não tardou a afetar todo o sistema de produção de bens.

A falta de alimentos permitiu que muitos comerciantes fizessem fortuna com a especulação enquanto a miséria aumentava.

Bandos de famintos lançaram ao saque e o terror vigorou nas cidades.

O desespero fazia o povo buscar refúgio na religião e estranhos profetas viajavam de cidade em cidade arrastando atrás de si multidões de peregrinos.

Para os historiadores, a peste negra foi um dos fatores que impulsionaram os levantes camponeses da época e que culminaram, como na Inglaterra, com a própria desagregação do sistema feudal.

Peste Negra – O que é

Peste Negra é uma das doenças mais fatais e perigosas que existe.

A Peste negra ou peste pneumônica é uma infecção pulmonar causada pela bactéria, Yersínia pestis.

A grande maioria dos indivíduos contaminados e não tratados morre nas 48 horas que sucedem o início dos sintomas.

A doença é transmitida ao ser humano através das pulgas dos ratos-pretos, ratazanas, coelhos, marmotas, esquilos ou outros roedores.

Os surtos de peste bubônica têm origem em determinados focos geográficos onde a bactéria permanece de forma endêmica, como no Himalaia e na região dos Grandes Lagos Africanos.

As restantes populações de roedores infectados hoje existentes terão sido apenas contaminadas em períodos históricos.

Peste Negra – Transmissão

A peste nos humanos é causada pelo contato com roedores infectados.
As pulgas dos roedores recolhem a bactéria do sangue dos animais infectados, e quando estes morrem, procuram novos hóspedes.
Entretanto a bactéria multiplica-se no intestino da pulga.
Cães, gatos e seres humanos podem ser infectados, quando a pulga liberta bactérias na pele da vítima.
A Y. Pestis entra então na linfa através de feridas ou micro abrasões na pele, como a da picada da pulga.
Outra forma de infecção é por inalação de gotas de líquido de espirros ou tosse de indivíduo doente.
A bactéria entra por pequenas quebras invisíveis da integridade da pele.
Daí espalha-se para os gânglios linfáticos, onde se multiplica.

Peste Negra – Sintomas

Após no máximo sete dias, em 90% dos casos surge febre alta, mal estar e os bulbos, que são protuberâncias azuladas na pele.
São na verdade apenas gânglios linfáticos hemorrágicos e inchados devido à infecção. A cor azul-esverdeada advém da degeneração da hemoglobina.
O surgimento dos bulbos corresponde a uma taxa média de sobrevivência que pode ser tão baixa como 25% se não for tratada.
As bactérias invadem então a corrente sanguínea, onde se multiplicam.
As hemorragias para a pele formam manchas escuras, de onde vem o nome de peste negra.
Do sangue podem invadir qualquer órgão, sendo comum a infecção do pulmão.
A peste pneumônica pode ser um desenvolvimento da peste bubônica ou uma inalação direta de gotas infecciosas expelidas por outro doente.
Há tosse com expectoração sanguinolenta e purulenta altamente infecciosa.
A peste inalada tem menor período de incubação (2-3 dias) e é logo de início pulmonar, sem bulbos.
Após surgimento dos sintomas pulmonares a peste não tratada é mortal em 100% dos casos.
Mesmo se tratada com antibióticos, exceto se na fase inicial, a peste tem ainda uma mortalidade de 15%.

Diagnóstico: O diagnóstico é feito por recolha de amostras de líquido dos bulbos, pus ou sangue e cultura em meios de nutrientes para observação ao microscópio e análise bioquímica.

Peste Negra – Prevenção

Evitar o contato com roedores e erradicá-los das áreas de habitação é a única proteção eficaz.
O vinagre foi utilizado na Idade Média, já que as pulgas e as ratazanas evitam o seu cheiro.
Contato de indivíduos infectados ainda hoje são postos em quarentena durante seis dias

Peste Negra – Formas

O mundo medieval não foi mais o mesmo depois da  peste negra.

peste negra foi um conjunto de epidemias que devastaram a Europa entre os séculos XIII ao XV. Desde os séculos VI e VII,  já se tinha notícia da ocorrência dos primeiros surtos. Nessa época, doenças contagiosas se espelharam e infectaram a população da Bacia do Mediterrâneo.

No século XIV, ela reapareceu de modo brutal, espalhando-se por todo Ocidente europeu.

peste bubônica, uma doença transmitida pelas pulgas dos ratos, cujos primeiros sintomas são caroços negros no pescoço e nas axilas, veio da Criméia, na Ásia, e chegou à Europa trazida pelos  navios genoveses.

A doença se apresenta em três formas: bubônica, pulmonar e intestinal. A precariedade das condições higiênicas das cidades facilitou o disseminação da peste.

Foram tempos muito difíceis. A população foi reduzida e os surtos epidêmicos modificaram a  mentalidade e o comportamento medieval. O medo da morte rondava a todos.

Esse sentimento provocava atitudes opostas:  o aumento da fé religiosa, o abandono dos doentes pelas ruas e estradas, a fuga em massa das cidades, o medo do diabo e o surgimento de pregadores anunciando o fim do mundo. Religiosos viam a peste como um castigo divino para punir os pecados dos homens. O medo do diabo, a crença em bruxas e em todo o tipo de superstições dominavam os sentimentos. Nesse momento, começaram a surgir as macabras danças da morte ? representações em que um “esqueleto” tirava suas vítimas para dançar, sem fazer distinção de sexo, idade ou posição social.

A epidemia matou um terço da população europeia. Como consequência, faltaram trabalhadores no campo o que  provocou uma onda de fome.

Peste Negra – História


Peste Negra

Em outubro de 1347, uma frota de doze galeras (antiga embarcação de vela e remos) genovesas chegou ao porto siciliano de Messina; os tripulantes traziam “a doença aderida aos ossos” e chegavam milhares de ratos.

Naquela época as condições higiênicas sanitárias das cidades europeias eram muito precárias.

O esgoto corria à céu aberto e o lixo ficava acumulado nas ruas. Aquele ambiente era favorável para os ratos,os quais proliferavam rapidamente.

Esses roedores estavam contaminados com a bactéria Yersinia pestis. As pulgas dos ratos transmitiam a bactéria aos homens através da picada.

Após contaminado pela bactéria, o individuo apresentava vários sintomas, como: formação de bubos de pus e sangue (bolhas) nas axilas, virilhas e pescoço.

Logo após, manifestavam-se os vômitos e a febre alta. Como a medicina era pouco desenvolvida, os doentes morriam dentro de poucos dias após a infecção.

Naquela época, quando alguém tentava desenvolver remédios para conter a doença, a Igreja Católica se opunha, perseguindo e condenando-os à morte. A doença foi identificada e estudada séculos depois da epidemia.

Em poucos dias, Messina estava afetada por uma grave epidemia e no ano seguinte toda a Itália estava contagiada. Nas populosas cidades italianas, aproximadamente a metade dos habitantes desapareceu e apenas as comunidades de remotas áreas rurais conseguiram sobreviver sem serem afetadas.

Em Veneza, durante a pior época da Peste Negra, 600 pessoas morriam diariamente.

Da Itália, a Peste se estendeu para outras regiões da Europa: França, em meados do ano 1348; Inglaterra, Espanha e Alemanha, no fim do mesmo ano; Escócia em 1349, e Escandinávia em 1350.

Ao contrário da fome, a peste afetava as pessoas de todos os estratos e classes sociais e os efeitos psicológicos foram consideráveis.

É difícil calcular os índices de mortalidade, mas acredita-se que a Peste Negra eliminou aproximadamente um terço da população europeia entre os anos de 1347 e 1350, com novos surtos graves que causaram perdas consideráveis de vidas entre as décadas de 1360 e 1370. O resultado foi uma séria desordem econômica e social, com uma acentuada escassez de alimentos, mão de obra e consequente inflação.

A peste ainda fez crescer entre as pessoas um sentimento de discriminação, de preconceito muito grandes. Laços familiares foram rompidos, as pessoas tinham medo de chegar perto de seus amigos e ou familiares, para não se contagiarem.

Em nome da fé, do não racionalismo e do preconceito, grupos como judeus e leprosos foram acusados e mortos por serem considerados culpados pela peste. A diminuição da população favoreceu os camponeses, que encontraram novas oportunidades de melhorias de materiais. Porém, muitas destas esperanças frustraram-se pela reação dos senhores e da nobreza urbana. Como houve morte de muitos servos, os senhores feudais obrigaram os camponeses a trabalharem mais e, também a pagarem impostos pelos que haviam morrido. Como naquela época a exploração dos servos já era exagerada, sobretudo, na França e Inglaterra, ocorreram às revoltas camponesas. Os camponeses chegaram invadir e saquear castelos, assassinando os senhores feudais e outros nobres.

Os senhores feudais que sobreviveram às revoltas camponesas, organizaram fortes exércitos e combateram com violência.

Na época, algumas das explicações para a doença foram estas:

Trama dos nobres para que os plebeus fossem para o inferno;
Má conjunção dos astros; “o alinhamento de Saturno, Júpiter e Marte eram responsáveis pelas mortes”;
Castigo de Deus aos pecados humanos,
Os judeus foram acusados de envenenarem os poços de água. Isso levou á morte de vários judeus, na época, forçando o papa Clemente VI a expedir duas bulas (documentos papais) em 1348, tirando desse povo a responsabilidade no contágio da peste.

Em função disso, as cidades e povoações eram guardadas para não permitirem a entrada de pessoas desconhecidas; nos portos, qualquer barco que chegava tinha que passar pela “quarentena”, para que fosse permitido o desembarque.

No meio de tanto desespero e irracionalidade, houve alguns episódios edificantes. Muitos médicos se dispuseram a atender os pestosos com risco da própria vida. Adotavam para isso roupas e máscaras especiais.

Alguns dentre eles evitavam aproximar-se dos enfermos. Prescreviam á distância e lancetavam os bubões com facas de até 1,80 m de comprimento.

Peste Negra – Doença

Peste Negra é uma doença grave, aguda, contagiosa e infecciosa, causada por uma bactéria que é encontrada na pulga dos ratos, caracterizando-se por febre, adenomegalia dolorosa, septicemia e intensa toxemia.

É uma doença que atualmente não tem registros no centros de Vigilância Epidemiológica do país, mas se surgir qualquer caso deve ser comunicado imediatamente para que se possa fazer quarentena e ser dado toda a prioridade para esse tipo de doença que se alastra muito rapidamente.

No Brasil não se tem registros de casos  a vários anos, mas na Índia, China, vários países da África, e América Latina  ainda existem casos endêmicos ou sob a forma de casos esporádicos.

A peste ainda  ocorre  onde existem  condições de vida para os ratos domésticos  e pulgas,  e a sua incidência independe do sexo, idade, raça ou  do clima da região. Devido as manifestações hemorrágicas e necróticas, a pele fica com um aspecto escurecido  nos casos graves e fatais originando a denominação de peste negra ou morte negra.

Peste Negra – Sinonímia

É uma doença também conhecida pelos seguintes nomes:

Peste negra.
Morte negra

Peste Negra – Incidência

Atualmente o índice de mortalidade caiu de 90% para menos de 10%.
A ultima grande epidemia que matou milhares de pessoas foi em 1900, na Índia.

Agente etiológico: Pasteurella pestis ou bacilo de Yiersin e Kitasato; cocobacilo Gram-negativo curto, aeróbio, não-esporulado. Esse bacilo é encontrado na pulga (Xenopsylla cheopis) do rato, que também pica o homem.

Reservatório: Mais de 200 espécies de animais silvestres, principalmente os roedores e diversas espécies de ectoparasitas.

Vetor: A pulga do rato Xenopsylla cheopis.

Peste Negra – Epidemiologia

A epidemiologia da doença pode ser esquematizada em sua característica mais simples:

Infecção de roedores silvestres e a transmissão da Pasteurella pestis por pulgas aos ratos domésticos;
Transmissão da peste dos roedores domésticos ao homem por pulgas, principalmente a Xenopsylla cheopis;
Transmissão de homem a homem pela pulga, nos casos de peste bubônico-septicêmica, ou através de perdigotos, nos casos de peste pneumônica.

Peste Negra – Transmissão

A doença é transmitida ao  homem pela picada da pulga de um rato contaminado. Pode ser transmitida ao homem pelos perdigotos de uma pessoa infectada. É uma doença extremamente contagiosa. As pessoas e o local onde foram contaminadas devem ficar em quarentena rigorosa.

Peste Negra – Formas clínicas

Peste bubônica:  a contaminação se dá através  do ciclo epidemiológico (animais reservatórios – insetos vetores – o homem). Quando a pulga pica o homem ou outro roedor introduz no local da picada milhares de bactérias da doença, assim dando continuidade ao ciclo epidemiológico. 
Peste pulmonar:
  a contaminação se dá através das gotículas da saliva ou pela expectoração (tosse) do doente para uma pessoa suscetível.. O contágio é inter-humano, ocorrendo em habitações superlotadas, ambientes fechados que propicia o alastramento da doença.

Peste Negra – Período de incubação

A peste bubônica  ocorre em média entre 3 a 6 dias.
A peste pulmonar ocorrem em média  entre 3 a 4 dias.

Peste Negra – Sinais e Sintomas

Período prodrômico:

Febre alta com calafrios fortes;
Sudorese;
Dores generalizadas;
Dores nas regiões ganglionares, causada por inflamações dos gânglios linfáticos;
Paciente começa a ter um leve tremor no corpo;
Náuseas e vômitos;

Período intermediário:

Diarreia ou constipação;
Intolerância à luz;
Taquicardia;
Hipotensão arterial;
Mialgias; cefaleia intensa;
Anorexia; sinais de desidratação;
Prostração; sede.

Período agudo:  

Conjuntivas injetadas;
Agitação psicomotora;
Delírios;
Incoordenação motora;
Incontinência esfincteriana;
Albuminúria; oligúria;
Lesões oculares; petéquias;
Tumefação dolorosa dos gânglios linfáticos apresentando a  pele distendida, hiperemiada, com local abaulado,  atingindo o tamanho de um ovo de galinha sendo chamado popularmente de “bubões pestosos”, que é o resultado da conglomeração de vários gânglios de uma determinada região, mas que podem  aparecer em outras regiões do corpo através da via linfática.

Período gravíssimo:

Os bubões pestosos se transformam em  exantemas vesicopustuloso com necroses extensas com comprometimento de aponeurose, músculos e ossos;
Hemorragias digestivas e parenquimatosas;
Pneumonia ou broncopneumonia;
Sufusões hemorrágicas subcutâneas;
Septicemia pestosa.

Depois de 4 a 6 dias esses sintomas se intensificam  e se não houver tratamento imediato, evolui para a toxemia profunda, colapso cardiocirculatório, insuficiência renal aguda, coma e a morte.

Peste Negra – Diagnóstico

Anamnese.
Exame físico.
Exame clínico.
Exames laboratoriais.
Exames bacterioscópico direto.
Exame direto do conteúdo aspirado do bubão ou material do escarro.
Metódos sorológicos.
Diagnóstico post mortem (autopsia), principalmente dos primeiros infectados.

Diagnóstico diferencial: O diagnóstico diferencial deve ser feito para que a Peste Bubônica não seja confundida com outras patologias com quadro clínico semelhante. Através dos exames clínico, físico, laboratoriais e estudos radiológicos o médico pode excluir essas doenças, até chegar ao diagnóstico correto.

As doenças  que podem ser confundidas com a Peste Bubônica são as seguintes: 

Linfogranulomatose venérea de Nicolas Favre.
Cancro mole.
Tuberculose ganglionar.
Sífilis.
Tularemia.
Meningoencefalites agudas.
Pneumonia por vírus da psitacose.
Histoplasmose aguda.
Septicemias bacterianas.
Adenites regionais supurativas.

Peste Negra – Tratamento

Específico: existe tratamento medicamentoso para essa patologia.

Tratamento medicamentoso: através de medicamentos a base de estreptomicina, sulfonamidas, tetraciclinas, cloranfenicol, têm sido empregados com resultados satisfatórios, quando utilizados precocemente.

Tratamento tópico dos bubões pestosos.
Drenagem cirúrgica.
Antipiréticos e analgésicos sob prescrição médica.
Cuidados gerais higiênicos.
Dietoterapia indicada pelo médico.
Hidratação endovenosa.
Reposição de perdas de líquidos.
Transfusão de sangue se for necessário.
Esses cuidados devem ser empregados paralelamente com a antibiocoterapia pesada.

Se o tratamento obtiver êxito a doença irá evoluir para a cura, porém com uma lenta regressão dos sintomas, a febre diminui, os bubões pestosos regridem por reabsorção, mas que podem eventualmente se transformar em fistulas  e deixar cicatrizes não muito estéticas, em alguns casos ocorrem recaídas  dependendo da imunidade do paciente.

Atualmente devido aos recursos terapêuticos a letalidade está em torno de 25%.

Obs: Ao manipular o paciente o profissional de enfermagem deve utilizar todos os meios universais de precaução contra uma doença extremamente contagiosa e perigosa.

Peste Negra – Profilaxia

Medidas contra os vetores:

Exterminação dos ratos domésticos.
Medidas gerais  preventivas contra a proliferação de ratos nos portos, navios, docas, armazéns, esgotos, plantações e paióis.
Exterminar as pulgas através de inseticidas.

Medidas sanitárias:

Notificação imediata e obrigatória às autoridades sanitárias locais e ao Serviço de Vigilância Epidemiológica.
Isolamento rigoroso do doente.
Investigação imediata pelas Autoridades Sanitárias para descobrir o foco principal da doença.
Quarentena obrigatória para os comunicantes.
Proteção para indivíduos expostos.
Quimioprafilaxia.
Vacinação.

Medidas internacionais:

Notificação imediata e obrigatória às autoridades sanitárias locais, aos países vizinhos e a OMS.
Fiscalização rigorosa de todos os meios de transporte  e mercadorias procedentes da zona afetada pela doença.
Quarentena  e vigilância dos viajantes que procedem da mesma zona afetada.

Peste Negra – As três pandemias


Peste Negra

primeira pandemia – a praga de Justiniano – originou-se no Egito, eclodiu em Constantinopla em 541 d.C., espalhou-se para a Irlanda em 544, mas não atingiu a Inglaterra até 120 anos depois.

segunda pandemia teve origem na Índia, na China ou nas estepes da Rússia. Ele tocou as costas da Europa Ocidental (Messina) no outono de 1347, depois se espalhou pelo continente, atingindo lugares tão remotos quanto a Groenlândia. A doença voltou periodicamente ao longo do século XVIII e possivelmente no século XIX. Apesar das afirmações em alguns livros didáticos, a praga de Marselha em 1720-1721 não foi o final europeu desta pandemia. Em 1743, cerca de 48.000 pessoas morreram da praga em Messina, e em 1770-1771, mais de 100.000 pessoas morreram em Moscou.

terceira pandemia começou em meados do século XIX, espalhou-se lentamente pela província chinesa de Yunnan e não chegou a Hong Kong até 1894. A partir daí, o comércio de navios a vapor auxiliou sua transmissão em grande parte do mundo. No entanto, com exceção da Índia e de algumas outras regiões subtropicais, sua disseminação se limitou principalmente às docas de Sydney, Lisboa, Hamburgo, Glasgow e São Francisco. Em vez de milhões de mortes como os europeus temiam, a contagem de mortes nas zonas temperadas raramente ultrapassava 100.

As três pragas eram iguais?

A razão para reivindicar uma identidade entre essas três ondas de epidemia repousa nos sinais supostamente inconfundíveis da peste bubônica. Para a primeira onda de peste, não há registros quantitativos, como enterros ou últimas vontades e testamentos, e poucas fontes narrativas descrevem até mesmo os sinais ou sintomas. A Historia Langobardorum de Paulo, o Diácono, escrita por volta de 790 e descrevendo a peste no norte rural da Itália na década de 560, é a mais explícita. Ele aponta para “inchaços das glândulas… à maneira de uma noz ou uma tâmara” na virilha “e em outros lugares bastante delicados seguidos de uma febre insuportável”. O imperador Justiniano foi atingido por um furúnculo na virilha e sobreviveu. A abadessa Aethelthryth em 680 teve menos sorte; ela morreu de um grande furúnculo sob sua mandíbula – um local estranho para a peste moderna.

Fonte: www.history.com/www.geocities.com/pestenegra1.livejournal.com/mccorreia.com/assets.kompasiana.com/www.historic-uk.com

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