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Mescalina – Definição
A mescalina, conhecido como peiote, é uma alcaloide extraído do cacto (Lophophora williamsii).
É nativa de uma pequena área da fronteira entre os EUA e o México, nas margens do rio Grande, é uma das mais curiosas e mais bem estudadas plantas alucinogênicas.
Ainda nos dias atuais é objeto de uma espécie de culto, não obstante a pressão contrária das autoridades governamentais dos dois países, por tribos de indígenas americanos e mexicanos. Foi isolado em 1896, e sua semelhança estrutural com a adrenalina ficou estabelecida em 1919.
É preparada por extração e purificação, ou seja, o caule do cacto é cortado em fatias transversais, que, uma vez secas, constituem os ‘botões de mescal’.
Cada participante masca certo número de botões, secos ou mesmo frescos, até o amolecimento, engolindo-os depois em pequenos pedaços.
Em seguida, atinge um estado de intensa excitação cerebral, ou transe, sucedido por perturbações visuais, marcadas por alucinações do tipo caleidoscópio, com uma sequência de imagens coloridas de grande beleza.
Doses demasiadamente fortes resultam, por vezes, na produção de alucinações de caráter desagradável.
Uma longa série de alcaloides foi isolada do peiote, entre eles a mescalina, apontada como responsável pelas alucinações visuais, a analamina, excitante, a lofoforina, a pelotina e muitos outros.
A mescalina cristalina é solúvel em álcool e água.
Sua fórmula química é C11H17NO3.
Aldous Huxley dedicou um livro à mescalina, The Doors of perception (1954), em que descreve o que sentiu sobre os efeitos da droga.
Huxley viu-se transportado ao limiar de dois mundo, o real e o irreal, sem que tivesse perdido a consciência, com grande aumento da sua capacidade sensorial.
Teve, por assim dizer, uma visão ‘sacramental’ da realidade.
É, aliás, o depoimento de pintores que se submeteram a testes com a mescalina: o efeito mais extraordinário que sentiram refere-se a cores e formas.
Parece existir grande semelhança entre a mescalina, a adrenalina e o ácido lisérgico.
Administrada em doses adequadas, a mescalina modifica mais profundamente que qualquer outra droga a percepção, além de ser menos tóxica que as demais.
Mescalina – O que é
Mescalina
Nomes comuns ou de rua: Big Chief, peiote, botões, cacto, mescalina, mesc, mescalito, peiote.
A Mescalina é uma substancia natural encontrada no peiote ou mescal que é um cacto que possui pequenas protusões ou botões, este cacto é originário dos EUA e México.
No entanto, esta substância pode ser produzida sinteticamente. Através do sulfato de mescalina ? uma substância branca e cristalina que é a forma pura da mescalina.
Esta droga pode ser encontrada nas formas citadas logo abaixo:
Em forma de pó
Em forma líquida
Em forma de comprimidos brancos
Em forma de cápsulas gelatinosas
Com a finalidade de causar catalepsia e distúrbios mentais artificiais para fins experimentais e terapêuticos, a Mescalina foi utilizada na psiquiatria. O procedimento era feito via oral, injetado ou aspirado.
Quando esta substancia é utilizada para fins indevidos costuma-se fazer isto via oral.
Mescalina – Tendências de uso
A droga é utilizada em psiquiatria para provocar catalepsia e distúrbios mentais artificiais com fins experimentais e terapêuticos.
O alucinógeno pode ser injetado, aspirado ou ingerido.
O uso indevido é feito por via oral. O gosto é amargo e o experimentador toma a droga com uma bebida qualquer, numa dosagem de 200 a 500mg
O uso do peiote estava bem estabelecido entre os astecas e outros povos nativos do Novo Mundo muito antes da chegada dos primeiros europeus. As autoridades espanholas no México proibiram o peiote em 1720, mas seu uso continuou a ser generalizado, embora os rituais fossem conduzidos em segredo. O uso do peiote estendeu-se para o norte durante o século XIX.
Aumentou dramaticamente quando os nativos americanos foram removidos de suas terras tradicionais e reassentados em reservas do governo. Pouco depois do início do século XX, foi fundado o NAC, que incorporou o uso do peiote às crenças cristãs e outras religiões. Permanece ativo até hoje. Nos tempos modernos, os índios Huichol e Tarahumara no México ainda usam o peiote em cerimônias tradicionais.
Mescalina – Efeitos no corpo
Mescalina – Peiote
Agindo sobre o cérebro, a dose de 200 a 500mg de mescalina pode produzir alucinações auditivas e visuais oníricas, com transformações dos sons em cores, e outros efeitos psicodélicos iguais aos provocados pela psilocobona ou pelo LSD, durando a “viagem” de 5 a 12 horas.
Os botões de peiote têm um sabor muito amargo e desagradável, assim como os chás e pós feitos a partir deles e de outros cactos psicoativos. Frequentemente, a primeira resposta do corpo humano a eles é uma intensa dor de estômago, náuseas e vômitos. Aproximadamente trinta a sessenta minutos após a ingestão da substância, seus efeitos no cérebro começam a ocorrer.
As alucinações são mais intensas por aproximadamente duas horas, mas os efeitos da droga podem durar de dez a doze horas. Outros efeitos da mescalina podem incluir tremores, sudorese, tontura, dormência, pressão alta, aumento da frequência cardíaca, perda de apetite, insônia, pupilas dilatadas e ansiedade. Pode causar contrações dos intestinos e do útero, o que pode ser perigoso para mulheres grávidas que tomam o medicamento.
Muito do que se sabe sobre como os alucinógenos, incluindo a mescalina, atuam no cérebro foi aprendido durante pesquisas feitas sobre o LSD nas décadas de 1960 e 1970.
A estrutura química desses tipos de drogas é semelhante à da serotonina, uma substância que ocorre naturalmente no corpo. A serotonina é um neurotransmissor, ou substância química que passa sinais de uma célula nervosa para outra, a fim de transmitir mensagens ao cérebro. A serotonina não é o único neurotransmissor, mas é especialmente importante porque regula muitos dos outros.
Os efeitos físico:
Aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial,
Dilatação da pupila,
Aumento da glicemia sanguínea, da temperatura corporal, sudorese e náuseas, quando consumidas em doses elevadas pode levar à queda da glicemia levando a uma diarreia hemorrágica e inconsciência.
Doses letais podem levar a convulsão, parada respiratória, arritmias cardíacas e a morte por falência respiratória.
Além desses efeitos, existem os psicológicos que incluem:
Alucinações visuais
Sensação de novos pensamentos
Cenários com qualidade de sonhos
Euforia Experiências místicas
Ansiedade
Medo de morrer
Medo de perder o controle ou não voltar ao estado normal de consciência
Irracionalidade
Dissociação temporária
Estes efeitos podem durar cerca de 5 a 12 horas.
Mescalina – Tratamento
Mescalina – Peiote
Não há tratamentos formalmente reconhecidos para transtorno de percepção persistente por alucinógenos e psicose induzida por drogas.
As pessoas que experimentam flashbacks podem ficar confusas e com medo das alucinações renovadas. Eles muitas vezes sentem que sofreram danos cerebrais e estão perdendo a cabeça. a psicoterapia pode ajudar esses pacientes a lidar com os episódios. Os antidepressivos também podem ser úteis para aqueles que sofrem de Transtorno de percepção persistente por alucinógenos (HPPD) e psicose induzida por drogas.
Os usuários devem consultar seus médicos para determinar o melhor curso de tratamento.
Mescalina – Consequências
A mescalina pode ter sérios efeitos a longo prazo nos usuários. Transtorno de percepção persistente por alucinógenos (HPPD) e psicose induzida por drogas podem exigir tratamento prolongado.
Isso pode afetar o desempenho no trabalho e as relações pessoais.
Pessoas que tiveram problemas psicológicos antes de tomar mescalina podem achar que esses problemas pioram depois de tomar o medicamento. O funcionamento social normal é certamente dificultado pelas alucinações, confusão e emoções fortes que os usuários podem experimentar.
A ansiedade e o medo causados por uma viagem ruim podem levar a um mau julgamento e atos perigosos que podem colocar em risco o usuário ou outras pessoas.
Mescalina – Composição Química Orgânica
Dos alcaloides até agora identificados apenas em L. williamsii, 15 são beta-fenetilamina e alcaloides simples de isoquinolina.
Mescalina, N-metilmescalina, N-acetilemescalina, analamina, anhalonina, analidina, anhalinina, anhalonidina, lofoforina, O-metilanhalondedina e pelotina foram todos identificados como os principais componentes da planta. No entanto, até agora, apenas a mescalina foi determinada como causadora de alucinações.
A mescalina é classificada quimicamente como uma fenetilamina. Alguns de seus compostos químicos identificados são 3,4,5–trimetoxi-beta-fenetilamina, 3,4,5–trimetoxibenzenoetanamina, 3,4,5–trimetoxifeno-tilamina e mescalina. Essa classificação química torna a droga diferente de outros alucinógenos, especificamente do mais popular LSD, que é classificado como um indol. Sua fórmula química é C11H17NO3.
Algumas drogas sintéticas são análogos da mescalina, o que significa que são semelhantes em estrutura química. O análogo de mescalina mais popular é a 3,4-metilenodiozi-metanfetamina (MDMA ou Ecstasy).
Outros análogos da mescalina incluem anfetaminas e metanfetaminas.
Mescalina – História
Mescalina – Peiote
Apesar de causar dor e vômito, no entanto, as plantas que contêm mescalina raramente causam a morte. Alucinações intensas, coloridas e muitas vezes aterrorizantes seguem o consumo, durando muitas horas.
Essas imagens e sons vívidos, que existem apenas na mente do usuário, parecem ser completamente reais para o usuário de mescalina.
As pessoas que viviam em regiões onde cresciam plantas produtoras de mescalina acreditavam que as alucinações eram mensagens de espíritos e deuses, por isso as plantas se tornaram muito importantes em sua cultura.
Arqueólogos descobriram evidências sugerindo que o peiote era usado em rituais sagrados há cerca de 3.000 anos. Arqueólogos em Coahuila, no México, encontraram um esqueleto com um colar de botões secos de peiote que data de 1.000 anos. No Peru, a escultura de um cacto peiote em uma placa de pedra data de 1300 a.C.
Uma escavação arqueológica na Caverna Shumla, no Texas, descobriu matéria vegetal seca contendo mescalina que parecia datar de 5.000 aC.
As primeiras informações escritas sobre o uso de mescalina vêm de Fray Bernardino Sahagun (1499–1590), um missionário espanhol que viveu entre os índios do México e estudou sua cultura.
Ele afirmou que os botões da planta de peiote às vezes eram comidos quando a luta era provável, porque tirava as sensações de fome, sede e medo. Dr. Francisco Hernandez, o médico pessoal do rei Filipe II da Espanha, foi o primeiro a descrever a própria planta peiote. Ele observou que, além dos botões de peiote serem usados para fins espirituais, a raiz da planta poderia ser triturada e aplicada como uma pasta para aliviar dores nas articulações.
Quando os espanhóis começaram a assumir o controle do México em 1500, eles tentaram acabar com o uso de peiote e outras plantas produtoras de mescalina. A maioria dos espanhóis daquela época eram católicos devotos e consideravam o uso da mescalina um ritual pagão. Paganismo é usado para descrever religiões não-cristãs que adoram muitos deuses.
Os espanhóis não aceitavam o paganismo e acreditavam que os povos nativos que usavam o peiote e plantas relacionadas estavam invocando espíritos malignos. Em 1720, uma lei foi aprovada no México proibindo o uso de peiote. Ainda assim, os seguidores dos cultos do peiote continuaram a conduzir suas cerimônias em segredo.
Mescalina – Resumo
Mescalina – Peiote
A mescalina é considerada a mais antiga droga alucinógena conhecida. Suas estranhas qualidades provavelmente foram descobertas acidentalmente, por pessoas antigas que estavam fazendo experiências para descobrir quais plantas davam bons alimentos. A mescalina não era um bom alimento. Na verdade, geralmente faz com que as pessoas tenham dores de estômago intensas se o comerem.
A mescalina é um alucinógeno, que é uma substância que produz alucinações. Tais alucinações fazem com que o usuário experimente visões estranhas, sons ou outras percepções de coisas que não estão realmente presentes. A mescalina é um alcalóide natural que é produzido por certos tipos de cactos. A mais conhecida dessas plantas é o cacto peiote.
Os ingredientes naturais que causam alucinações nas pessoas também podem ser produzidos artificialmente em laboratório.
Por muitos milhares de anos, vários grupos nativos americanos (nos atuais Estados Unidos e México) consumiram peiote em rituais religiosos. Na verdade, alguns povos nativos ainda o fazem.
Eles acreditam que as alucinações que experimentam são visões ou mensagens de espíritos que podem ajudá-los a entender a si mesmos e seu lugar no mundo. Durante o século XX, a mescalina foi estudada como um possível tratamento para doenças mentais, mas nenhum uso médico foi encontrado para ela.
Algum abuso de mescalina como droga recreativa ocorreu durante a última metade do século XX, mas não de forma generalizada. (Usuários recreativos são aqueles que tomam uma droga pelo barato que ela produz, não por qualquer motivo médico.) O uso do peiote não é generalizado porque tanto as formas naturais quanto as artificiais são caras e difíceis de encontrar. Muito do que pode ser vendido na rua como “mescalina” é na verdade alguma outra substância que provavelmente é mais perigosa do que a verdadeira.
Fonte: underpop.free.fr/www.oas.samhsa.gov/www.thecre.com/deseretnews.com/www.angelfire.com/www.drugabuse.gov/www.drugs.com/sunrisehouse.com