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Hanseníase – O que é
Apesar de ser uma doença que tem cura quando diagnosticada de forma precoce, a hanseníase (lepra) é pouco conhecida nacionalmente: não é ensinada nas universidades e muitos médicos, por terem pouco conhecimento sobre o assunto, podem acabar fazendo diagnósticos errados (consideram-na como uma micose).
Conhecida também pelo nome de lepra, morféia ou bacilo de Hansen (em homenagem ao médico norueguês Gerhard Armauer Hansen, que a descreveu em 1874), a moléstia é causada por uma bactéria em forma de bastão, Mycobacterium leprae, similar ao bacilo responsável pela tuberculose, e pode ser não contagiosa ou contagiosa (doente sem tratamento).
Hanseníase – Doença
Na primeira dose do tratamento, 99% dos bacilos são muito difícil afirmar a época do aparecimento de uma doença com base em textos antigos, por dados fragmentados e suposições de tradutores dos mesmos, o assunto se torna confuso e gera uma série de falsas interpretações.
Esse é o caso da Hanseníase, muito já se escreveu sobre sua origem e existência, por outro lado muitos desses escritos são citações de fontes descrevendo a moléstia sem os seus aspectos peculiares.
Apesar disso, há referências bastante claras com relação à Hanseníase em livros muito antigos. Ao que parece, essa doença já era conhecida na Índia em 1500 a.C., e no Regveda Samhita (um dos primeiros livros sagrados da Índia ), a Hanseníase é denominada de KUSHTA. Contudo, na China, referências muito antigas sobre essa doença, como aquela que é feita em um dos tratados médicos chineses mais antigos, o Nei Ching Su Wen, dão conta de descrições compatíveis com pacientes portadores de Hanseníase, por volta de 2600 A.C.
A Bíblia é outra fonte de confusão quanto à existência da Hanseníase entre os judeus na época do êxodo. O termo tsaraath, no hebraico, significava uma condição anormal da pele dos indivíduos, das roupas, ou das casas, que necessitava de purificação. Segundo o Livro Sagrado, o Tzaraat pele dos judeus seriam manchas brancas deprimidas em que os pelos também se tornavam brancos.
Na tradução grega, a palavra tsaraath foi traduzida como lepra e “lepros” em grego, significa algo que descama. A palavra lepra também foi usada pelos gregos para designar doenças escamosas do tipo da Psoríase.
A Hanseníase mesmo, eles chamavam de Elefantíase.
A Hanseníase, entretanto, não era conhecida na Europa na época de Hipócrates (467 AC. ). Nos trabalhos do PAI DA MEDICINA, não há referência a qualquer condição que se assemelhasse àquela doença.
Admite-se que foram as tropas de Alexandre, o Grande, quando voltaram à Europa, depois da conquista do mundo então conhecido, que trouxeram soldados contaminados com a doença nas campanhas realizadas na Índia ( 300 AC. ). Tempos depois as conquistas romanas se encarregaram de disseminar a doença para outras regiões europeias.
A Hanseníase continuou sua disseminação pela Europa depois da queda do Império Romano e no início da Idade Média. Ela atingiu o seu máximo, naquele continente, entre os anos 1000 DC e 1300 DC que coincide com o período das Cruzadas que com certeza concorreram para o aumento do número de doentes.
Acontece, porém, que a Hanseníase era designada como lepra, como também eram denominadas todas as doenças que se supunham ser idênticas ou ter alguma relação com ela.
Outra condições como a miséria tinham a mesma conotação.
Por esta época ( Idade Média ), o diagnóstico da doença era feito de uma maneira imprópria.
No fim do século XV a lei de Strasbourg, exigia que quatro pessoas (um médico, um cirurgião e dois barbeiros) fizessem o teste para a confirmação ou não da doença ( testes da urina e do sangue).
Para o teste do sangue, por exemplo, uma amostra, retirada do indivíduo suspeito de ser portador da doença, era depositada em um recipiente que continha sal. Se o sangue se descompusesse, o paciente era sadio, se não, era considerado leproso.
Depois disso, água fresca era derramada em um vaso e misturada com sangue. Se a mistura dos dois líquidos era impossível, era porque se tratava de sangue de um leproso.
Quando se juntava gotas de sangue ao vinagre, se não houvesse formação de bolhas tratava-se de sangue de leproso.
Os conceitos imprecisos a respeito da doença e a impropriedade dos métodos diagnósticos fazem com que a noção que se tem a respeito do número de doentes na Europa na Idade Média seja falsa.
Seja qual for o número de doentes que havia na Europa naqueles tempos, o certo é que esse número diminuiu a partir do século XVI. Uma das causas poderia ter sido a melhoria das condições de vida, e outra que não pode ser descartada é que o “complexo” lepra foi se esvaziando porque as doenças cutâneas foram sendo melhor estudadas e foram recebendo os seus nomes definitivos.
Hoje, na Europa, ainda persistem focos de Hanseníase em Portugal, Espanha, Rússia e Turquia.
Nas Américas, a Hanseníase deve ter chegado com os coloniza- dores entre os séculos XVI e XVII. Hoje, todos os países sul-americanos têm Hanseníase com exceção do Chile, o Brasil é o que apresenta a prevalência mais alta, sendo o segundo país do mundo no número de casos.
No Brasil, os primeiros documentos que atestam a existência da hanseníase em nosso território datam do fim do século XVII, tanto que, em 1696, o governador Arthur de Sá e Menezes procurava dar assistência no Rio de Janeiro, aos “míseros leprosos”, já então em número apreciável.
O Brasil e em especial o estado de São Paulo, adotaram o modelo isolacionista, isto é, a internação compulsória de todos os pacientes de Hanseníase no início da década de 1930.
Esse modelo estava sendo utilizado também em outros países endêmicos.
Essa política pretendia eliminar a Hanseníase para a qual não havia ainda tratamento, afastando os doentes da comunidade, internando-os em Asilos-Colônias.
No VII Congresso Internacional de Leprologia realizado no Rio de Janeiro em 1963, foram apresentados muitos trabalhos atestando os resultados ineficazes da política isolacionista e os bons resultados do tratamento ambulatorial dos pacientes.
Hoje, com o auxílio de medidas terapêuticas eficazes, está se realizando um trabalho coordenado e intenso para controlar a Hanseníase em nosso país, fazendo com que o Brasil irmanado à outras nações e sob a égide da Organização Mundial da Saude consiga atingir a meta de eliminar a doença como um problema de saúde pública logo no início do século XXI.
Hanseníase – Moléstia Infecciosa Crônica
Hanseníase
A Hanseníase é uma moléstia infecciosa crônica, cujo agente etiológico é o Mycobacterium leprae. No mundo todo há cerca de 1.000.000 de pacientes em registro ativo, mas estima-se que realmente haja 1.260.000 pacientes que se distribuem em países de pobre situação socioeconômica. Essas estimativas estão aquém da realidade, pois só no Brasil, estima-se cerca de 500.000 casos.
A Hanseníase não teria a importância que tem se fosse apenas uma doença de pele contagiosa. Mas é a sua predileção pelos nervos periféricos que causa as incapacidades e deformidades, que são responsáveis pelo medo, pelo preconceito e pelos tabus que envolvem a doença. É, portanto uma doença contagiosa e que deforma.
Até agora o agente causador da Hanseníase, o M. leprae ainda não é cultivável. O que se sabe sobre o bacilo, foi determinado através de experimentos com patas de camundongos e tatus, pela inoculação desses animais.
Continua-se admitindo que a fonte de contágio é o homem com as formas bacilíferas da moléstia, virchowiana e dimorfa. As vias de eliminação dos germes são as vias aéreas superiores, pelo grande número de lesões que existem na mucosa nasal, na boca e na laringe. As lesões cutâneas ulceradas podem constituir também uma via de eliminação importante.
Hoje se considera que a Hanseníase seja como a tuberculose e a poliomielite, isto é, muitas pessoas se infectam mas poucas adoecem.
Fatores que teriam influência no aparecimento da moléstia seriam as deficiências proteíno-calóricas, com as consequentes implicações na formação de fatores imunitários, e mais a promiscuidade, a falta de higiene e a miséria geral.
Responsabilizou-se o clima como tendo um papel considerável na disseminação da doença, porque os países onde a Hanseníase é endêmica se localizam nas áreas onde o clima é tropical ou subtropical.
Mas essa distribuição está mais ligada às condições sócio-econômicas do que climáticas, haja visto que na Noruega, que é um país frio, a Hanseníase atingiu altas prevalências na última metade do século XVIII e a doença só terminou com a melhora das condições sanitárias da população e do seu nível de vida.
Hanseníase – Manifestação
Hanseníase
A Hanseníase apresenta uma variedade de manifestações clínicas, que estão relacionadas com as condições imunológicas do paciente.
A primeira manifestação da doença se constituirá de manchas hipocrômicas ou eritêmato-hipocrômicas ou simplesmente áreas circunscritas de pele aparentemente normal que apresentam distúrbios de sensibilidade.
A esse nível há uma anidrose ou hipohidrose, queda de pelos e ausência da horripilação.
As lesões podem ser únicas ou múltiplas, com localização e tamanho variáveis. Nestes casos não há comprometimento de troncos nervosos, portanto os doentes não apresentam incapacidades e não são contagiantes.
Nesta fase classificam-se os pacientes como: HANSENÍASE INDETERMINADA.
No tipo: HANSENÍASE TUBERCULÓIDE, as lesões cutâneas são constituídas por pápulas ou placas delimitadas, cheias ou com elevação apenas nas bordas.
O tom da lesão é eritêmato-acastanhado, o tamanho varia e sua forma pode ser oval, circular, anular ou figurada. Podem ser únicas ou múltiplas. A esse nível há distúrbios da sensibilidade e da sudorese.
Nesses casos há com frequência comprometimento de troncos nervosos, bastante intenso, com as consequentes alterações sensitivas e motoras. Aqui como no caso anterior ainda se trata de uma forma não contagiante.
No polo anérgico (imunidade celular deprimida ) da moléstia está a HANSENÍASE VIRCHOWIANA. Nesta forma há um polimorfismo de lesões com pápulas, tubérculos, nódulos, placas, ulcerações e infiltração difusa da pele. As lesões têm limites imprecisos e uma tonalidade ferruginosa típica. Quando há uma infiltração acentuada na face, com acentuação dos sulcos naturais e conservação dos cabelos, configura-se o clássico facies leonina da Hanseníase. Aqui os doentes estão com cargas altas de bacilos pelo corpo, configurando, portanto, forma contagiante, contágio este que cessa com o tratamento específico instituído.
Entre os dois pólos, o de resistência, tuberculóide; e o anérgico, virchowiano, estão os casos intermediários, “borderline”, classificados como: HANSENÍASE DIMORFA.
As lesões cutâneas nesses casos são em geral numerosas e lembram muitas vezes àquelas observadas nos tuberculóides, ou àquelas encontradas nos virchowianos, com tonalidade ferruginosa e imprecisão de seus limites. Os casos típicos dimorfos, apresentam placas com uma área central circular de pele hipocrômica ou de aparência normal, bem delimitada, e que se difunde na periferia, perdendo os seus limites gradual e imprecisamente na pele que a circunda(lesões esburacadas, em favos de mel, ou em queijo suíço).
Os nervos periféricos são comprometidos com frequência e esse comprometimento é intenso e extenso. Aqui a carga bacilar tende a ser alta, portanto, uma forma contagiosa até o início da quimioterapia específica.
Hanseníase – Reações
A Hanseníase é uma moléstia de evolução crônica, mas por vezes o seu curso é interrompido por episódios agudos, denominados “Reações”.
As reações que ocorrem nos tuberculóides e dimorfos são mediadas por células e se mostram por eritema e edema das lesões pré-existentes e aparecimento de lesões novas agudas, poucas ou muitas.
Nos virchowianos a imunidade celular está ausente ou deprimida, e os surtos agudos que apresentam são mediados por anticorpos. Estes surtos constituem o eritema nodoso hansênico, que se mostra com o aparecimento agudo de pápulase nódulose às vezes placas, que podem se ulcerar ou pustulizar nos locais onde há lesões e infiltrados prévios. No eritema nodoso hansênico de média intensidade, o indivíduo apresenta febre, mal-estar e, além de lesões cutâneas, aumento doloroso dos linfonodos, dores articulares, neurites, hepato e esplenomegalia, irites, iridiciclites, orquites, orquiepididimites.
Hanseníase – Diagnóstico
Do ponto de vista prático, o diagnóstico da Hanseníase baseia-se na pesquisa de sensibilidade e no encontro de bacilos álcool-ácido resistentes.
Não há outra doença que apresente lesões com distúrbios de sensibilidade, e por isso, nos casos em que os bacilos são difíceis de encontrar, o diagnóstico é eminentemente clínico, mostrando-se pelas alterações neurológicas ao nível das lesões cutâneas. A pesquisa de sensibilidade pode ser feita com o auxílio de um tubo de água quente e outro com água fria (sensibilidade térmica), ou de uma agulha (sensibilidade dolorosa ), ou de um chumaço de algodão (táctil).
Os sintomas, como as erupções cutâneas características que não desaparecem, a perda da sensibilidade ao tato e as deformidades particulares que são resultantes da fraqueza muscular, fornecem fortes indícios para o diagnóstico de hanseníase. O exame microscópico do tecido cutâneo infectado confirma o diagnóstico. Do ponto de vista diagnóstico, nem os exames de sangue nem as culturas são úteis.
Hanseníase – Terapêutica
As principais drogas em uso na hanseníase são a dapsone, a clofazimina e a rifampicina.
Com o uso indiscriminado da dapsone e da rifampicina por anos a fio, em monoterapia, tornou-se evidente o aparecimento de casos de resistência secundária e primária à esses medicamentos.
A OMS recomendou então, que o tratamento dos pacientes virchowianos e dimorfos fosse feito com as três drogas principais, no mínimo durante 02 anos. Os paucibacilares, indeterminados e tuberculóides, seriam tratados durante 06 meses utilizando-se a dapsone e rifampicina.
O tratamento da Hanseníase é um assunto muito complexo, e não se trata somente de se contar com medicamentos que destroem os bacilos. A doença ataca os nervos periféricos, provocando deformidades e incapacidades, que são responsáveis pela marginalização psico-social do indivíduo. A presença da incapacidade, a sua correção cirúrgica quando já instalada, e a educação do doente e da comunidade em que vive fazem parte da terapêutica e não podem ser esquecidas.
Hanseníase – Transmissão
O modo de transmissão da hanseníase é desconhecido. Quando um indivíduo gravemente doente e não tratado espirra, as bactérias Mycobacterium leprae são dispersas no ar. Aproximadamente 50% dos indivíduos com hanseníase provavelmente a contraiu através de um contato íntimo com uma pessoa infectada.
A infecção pelo Mycobacterium leprae também pode ser originária do solo, de contato com tatus e inclusive o contato com percevejos e mosquitos.
Aproximadamente 95% dos indivíduos expostos ao Mycobacterium leprae não apresentam hantuberculina seníase, pois o seu sistema imunológico combate e elimina a infecção.
Naqueles que desenvolvem a doença, a infecção pode variar de leve (hanseníase tuberculóide) a grave (hanseníase lepromatosa). A forma tuberculóide não é contagiosa. Mais de 5 milhões de indivíduos em todo o mundo estão infectadas pelo Mycobacterium leprae.
A hanseníase é mais comum na Ásia, na África, na América Latina e em ilhas do Pacífico. Aproximadamente 5.000 deles nos Estados Unidos estão infectadas. A maioria deles habita a Califórnia, o Havaí e o Texas.
Quase todos os casos de hanseníase dos Estados Unidos envolvem indivíduos que emigraram de países em desenvolvimento.
A infecção pode iniciar em qualquer idade, mas é mais comum em indivíduos com 20 a 40 anos de idade. A forma grave da hanseníase, a lepromatosa, é duas vezes mais comum em homens que em mulheres, enquanto que a forma leve, a tuberculóide, afeta igualmente ambos os sexos.
Contato íntimo e prolongado com pacientes que eliminam bacilos
Após a inalação do bacilo, os macrófagos alveolares podem agir de três formas:
Destruição dos bacilos por pessoas bastantes resistentes
Defesa imunológica para isolamento do bacilo e permitindo disseminação para linfonodos regionais e depois para partes mais frias.
O paciente sem tratamento elimina bacilos não só pela pele mas também pelas secreções nasais etc. (superfície)
Solução de continuidade
Pessoa com lesão entra em contato com a superfície rica em bacilos
Incubação dura de 2 a 7 anos.
Eliminação de bacilos se dá pela pele e secreções nasais.
As 3 formas do destino do Mycobacterium depende da resistência imunológica do indivíduo
O bacilo tem maior tropismo por nervos, principalmente por bainha de schwan, ou seja, ele destrói nervos essencialmente periféricos característica tal que ajuda no diagnóstico.
Isto leva à alteração de sensibilidade (1º- térmica, 2º- dolorosa e 3º- tátil). Quando as lesões são cutâneas, pequenos nervos são destruídos e há perda de anexos.
Uma hiperssensibilidade, do tipo formigamento, ocorre antes da perda da sensibilidade.
A lesão dos nervos não dá só anestesia, mas com a evolução possui repercussões clínicas divididas em formas clínicas (na disseminação).
Hanseníase – Sintomas
Como a bactéria que causa a hanseníase multiplica – se muito lentamente, os sintomas comumente manifestam-se pelo menos um ano após a infecção, se bem que o habitual é que eles se manifestem 5 a 7 anos após e, frequentemente, muitos anos mais tarde. Os sinais e os sintomas da hanseníase dependem da resposta imune do indivíduo. O tipo de hanseníase determina o prognóstico a longo prazo, as prováveis complicações e a necessidade de uma antibioticoterapia. Na hanseníase tuberculóide, aparece uma erupção cutânea formada por uma ou várias áreas esbranquiçadas e planas.
Essas áreas são insensíveis ao tato devido à lesão nervosa causada pelas micobactérias. Na hanseníase lepromatosa, aparecem pequenos nódulos ou erupções cutâneas elevadas com tamanho e forma variados.
O indivíduo apresenta perda de pelos corpóreos, incluindo as sobrancelhas e os cílios.
A hanseníase limítrofe (borderline) é uma condição instável que apresenta características de ambas as formas de hanseníase. Para os indivíduos com hanseníase limítrofe, a sua condição pode melhorar (tornando-se semelhante à forma tuberculóide) ou piorar (tornando-se semelhante à forma lepromatosa).
Durante a evolução da hanseníase, tratada ou não, podem ocorrer certas reações imunológicas, que algumas vezes produzem febre e inflamação da pele, de nervos periféricos e, mais raramente, de linfonodos, de articulações, dos testículos, dos rins, do fígado e dos olhos. De acordo com o tipo de reação e sua gravidade, o tratamento com corticosteróides ou com a talidomida pode ser eficaz.
O Mycobacterium leprae é a única bactéria que invade os nervos periféricos e quase todas as suas complicações são uma conseqüência direta dessa invasão.
O cérebro e a medula espinhal não são afetados. Como a capacidade de detectar o toque, a dor, o calor e o frio diminui, os indivíduos com lesão de nervos periféricos podem queimar-se, cortar-se ou ferir-se sem perceber. A lesão de nervos periféricos também pode causar fraqueza muscular, produzindo algumas vezes dedos em garra e uma deformidade conhecida como “pé caído”. Por essa razão, os indivíduos com hanseníase podem tornar-se desfigurados.
Os indivíduos com hanseníase também podem apresentar lesões na planta dos pés. A lesão das vias nasais pode acarretar obstrução crônica do nariz. A lesão dos olhos pode causar cegueira.
Os homens com hanseníase lepromatosa podem apresentar impotência e esterilidade, pois a infecção pode reduzir tanto a quantidade de testosterona quanto a quantidade de espermatozóides produzidos pelos testículos.
Hanseníase – Prevenção e Tratamento
No passado, as deformidades causadas pela hanseníase levavam ao ostracismo e os indivíduos com a doença eram isolados em instituições ou colônias. Em alguns países, esta prática é ainda comum.
Embora o tratamento precoce possa impedir ou corrigir a maioria das principais deformidades, os indivíduos com hanseníase podem apresentar problemas psicológicos e sociais.
No entanto, o isolamento não é necessário. Somente a forma lepromatosa não tratada da hanseníase é contagiosa e mesmo assim ela não é facilmente transmitida.
Além disso, a maioria dos indivíduos apresentam uma imunidade natural contra a hanseníase e somente aqueles que convivem durante um longo tempo com um indivíduo infectado apresentam risco de desenvolver a infecção.
Aparentemente, os médicos e os enfermeiros que tratam indivíduos com hanseníase não apresentam um maior risco.
Os antibióticos podem interromper a evolução da hanseníase ou inclusive curá-la. Como algumas das micobactérias podem ser resistentes a certos antibióticos, o médico pode prescrever mais de uma droga, sobretudo para os pacientes com hanseníase lepromatosa. A dapsona, o antibiótico mais comumente utilizado no tratamento da hanseníase, é relativamente barata e, geralmente, a sua utilização é segura.
Ela apenas causa ocasionalmente erupções cutâneas e anemia.
A rifampina, mais cara, é ainda mais potente que a dapsona. Os seus efeitos colaterais mais graves são a lesão hepática e sintomas semelhantes aos do resfriado.
Outros antibióticos que podem ser administrados a pessoas com hanseníase incluem a clofazimina, a etionamida, a minociclina, a claritromicina e a ofloxacina.
A antibioticoterapia deve ser mantida durante um longo tempo, pois a erradicação da bactéria é difícil. Dependendo da gravidade da infecção e da avaliação médica, o tratamento pode ser mantido por 6 meses a vários anos. Muitos indivíudos com hanseníase lepromatosa tomam dapsona durante a vida toda.
Hanseníase (doença de Hansen)
A hanseníase, também conhecida como hanseníase, é uma doença crônica (de longa duração) causada pela infecção pelo bacilo Mycobacterium leprae (M. leprae).
A doença foi muito temida por muitos séculos por causa da extrema desfiguração que pode causar; é amplamente conhecido hoje a partir de referências a Tzaraath na Bíblia hebraica, traduzida como “lepra”, embora a tradução provavelmente inclua uma ampla gama de doenças de pele.
A hanseníase é tratável por terapia combinada de medicamentos, e campanhas de erradicação estão em andamento na África, Índia, Brasil e outros lugares onde a doença permanece comum.
A hanseníase, como comumente se supõe, não causa a queda dos dedos das mãos, pés e nariz: esse é um efeito colateral do ataque da doença aos nervos periféricos.
A perda de sensibilidade torna os pacientes incapazes de responder a pequenas lesões e infecções nos dedos das mãos e dos pés e em outros lugares, e são essas causas secundárias que levam à perda característica de partes do corpo. No entanto, a hanseníase também pode causar lesões inchadas e deformantes na face e em outros lugares, além de vários outros sintomas.
Fonte: www.geocities.com/www.patologiaonline.hpg.ig.com.br/www.encyclopedia.com/ghafreire.sites.uol.com.br/dtr2001.saude.gov.br
Hanseníase
A Hanseníase é uma moléstia infecciosa crônica, cujo agente etiológico é o Mycobacterium leprae. No mundo todo há cerca de 1.000.000 de pacientes em registro ativo, mas estima-se que realmente haja 1.260.000 pacientes que se distribuem em países de pobre situação socioeconômica. Essas estimativas estão aquém da realidade, pois só no Brasil, estima-se cerca de 500.000 casos.
A Hanseníase não teria a importância que tem se fosse apenas uma doença de pele contagiosa. Mas é a sua predileção pelos nervos periféricos que causa as incapacidades e deformidades, que são responsáveis pelo medo, pelo preconceito e pelos tabus que envolvem a doença. É, portanto uma doença contagiosa e que deforma.
Até agora o agente causador da Hanseníase, o M. leprae ainda não é cultivável. O que se sabe sobre o bacilo, foi determinado através de experimentos com patas de camundongos e tatus, pela inoculação desses animais.
Continua-se admitindo que a fonte de contágio é o homem com as formas bacilíferas da moléstia, virchowiana e dimorfa. As vias de eliminação dos germes são as vias aéreas superiores, pelo grande número de lesões que existem na mucosa nasal, na boca e na laringe. As lesões cutâneas ulceradas podem constituir também uma via de eliminação importante.
Hoje se considera que a Hanseníase seja como a tuberculose e a poliomielite, isto é, muitas pessoas se infectam mas poucas adoecem.
Fatores que teriam influência no aparecimento da moléstia seriam as deficiências proteíno-calóricas, com as consequentes implicações na formação de fatores imunitários, e mais a promiscuidade, a falta de higiene e a miséria geral.
Responsabilizou-se o clima como tendo um papel considerável na disseminação da doença, porque os países onde a Hanseníase é endêmica se localizam nas áreas onde o clima é tropical ou subtropical.
Mas essa distribuição está mais ligada às condições sócio-econômicas do que climáticas, haja visto que na Noruega, que é um país frio, a Hanseníase atingiu altas prevalências na última metade do século XVIII e a doença só terminou com a melhora das condições sanitárias da população e do seu nível de vida.
Hanseníase – Manifestação
Hanseníase
A Hanseníase apresenta uma variedade de manifestações clínicas, que estão relacionadas com as condições imunológicas do paciente.
A primeira manifestação da doença se constituirá de manchas hipocrômicas ou eritêmato-hipocrômicas ou simplesmente áreas circunscritas de pele aparentemente normal que apresentam distúrbios de sensibilidade.
A esse nível há uma anidrose ou hipohidrose, queda de pelos e ausência da horripilação.
As lesões podem ser únicas ou múltiplas, com localização e tamanho variáveis. Nestes casos não há comprometimento de troncos nervosos, portanto os doentes não apresentam incapacidades e não são contagiantes.
Nesta fase classificam-se os pacientes como: HANSENÍASE INDETERMINADA.
No tipo: HANSENÍASE TUBERCULÓIDE, as lesões cutâneas são constituídas por pápulas ou placas delimitadas, cheias ou com elevação apenas nas bordas.
O tom da lesão é eritêmato-acastanhado, o tamanho varia e sua forma pode ser oval, circular, anular ou figurada. Podem ser únicas ou múltiplas. A esse nível há distúrbios da sensibilidade e da sudorese.
Nesses casos há com frequência comprometimento de troncos nervosos, bastante intenso, com as consequentes alterações sensitivas e motoras. Aqui como no caso anterior ainda se trata de uma forma não contagiante.
No polo anérgico (imunidade celular deprimida ) da moléstia está a HANSENÍASE VIRCHOWIANA. Nesta forma há um polimorfismo de lesões com pápulas, tubérculos, nódulos, placas, ulcerações e infiltração difusa da pele. As lesões têm limites imprecisos e uma tonalidade ferruginosa típica. Quando há uma infiltração acentuada na face, com acentuação dos sulcos naturais e conservação dos cabelos, configura-se o clássico facies leonina da Hanseníase. Aqui os doentes estão com cargas altas de bacilos pelo corpo, configurando, portanto, forma contagiante, contágio este que cessa com o tratamento específico instituído.
Entre os dois pólos, o de resistência, tuberculóide; e o anérgico, virchowiano, estão os casos intermediários, “borderline”, classificados como: HANSENÍASE DIMORFA.
As lesões cutâneas nesses casos são em geral numerosas e lembram muitas vezes àquelas observadas nos tuberculóides, ou àquelas encontradas nos virchowianos, com tonalidade ferruginosa e imprecisão de seus limites. Os casos típicos dimorfos, apresentam placas com uma área central circular de pele hipocrômica ou de aparência normal, bem delimitada, e que se difunde na periferia, perdendo os seus limites gradual e imprecisamente na pele que a circunda(lesões esburacadas, em favos de mel, ou em queijo suíço).
Os nervos periféricos são comprometidos com frequência e esse comprometimento é intenso e extenso. Aqui a carga bacilar tende a ser alta, portanto, uma forma contagiosa até o início da quimioterapia específica.
Hanseníase – Reações
A Hanseníase é uma moléstia de evolução crônica, mas por vezes o seu curso é interrompido por episódios agudos, denominados “Reações”.
As reações que ocorrem nos tuberculóides e dimorfos são mediadas por células e se mostram por eritema e edema das lesões pré-existentes e aparecimento de lesões novas agudas, poucas ou muitas.
Nos virchowianos a imunidade celular está ausente ou deprimida, e os surtos agudos que apresentam são mediados por anticorpos. Estes surtos constituem o eritema nodoso hansênico, que se mostra com o aparecimento agudo de pápulase nódulose às vezes placas, que podem se ulcerar ou pustulizar nos locais onde há lesões e infiltrados prévios. No eritema nodoso hansênico de média intensidade, o indivíduo apresenta febre, mal-estar e, além de lesões cutâneas, aumento doloroso dos linfonodos, dores articulares, neurites, hepato e esplenomegalia, irites, iridiciclites, orquites, orquiepididimites.
Hanseníase – Diagnóstico
Do ponto de vista prático, o diagnóstico da Hanseníase baseia-se na pesquisa de sensibilidade e no encontro de bacilos álcool-ácido resistentes.
Não há outra doença que apresente lesões com distúrbios de sensibilidade, e por isso, nos casos em que os bacilos são difíceis de encontrar, o diagnóstico é eminentemente clínico, mostrando-se pelas alterações neurológicas ao nível das lesões cutâneas. A pesquisa de sensibilidade pode ser feita com o auxílio de um tubo de água quente e outro com água fria (sensibilidade térmica), ou de uma agulha (sensibilidade dolorosa ), ou de um chumaço de algodão (táctil).
Os sintomas, como as erupções cutâneas características que não desaparecem, a perda da sensibilidade ao tato e as deformidades particulares que são resultantes da fraqueza muscular, fornecem fortes indícios para o diagnóstico de hanseníase. O exame microscópico do tecido cutâneo infectado confirma o diagnóstico. Do ponto de vista diagnóstico, nem os exames de sangue nem as culturas são úteis.
Hanseníase – Terapêutica
As principais drogas em uso na hanseníase são a dapsone, a clofazimina e a rifampicina.
Com o uso indiscriminado da dapsone e da rifampicina por anos a fio, em monoterapia, tornou-se evidente o aparecimento de casos de resistência secundária e primária à esses medicamentos.
A OMS recomendou então, que o tratamento dos pacientes virchowianos e dimorfos fosse feito com as três drogas principais, no mínimo durante 02 anos. Os paucibacilares, indeterminados e tuberculóides, seriam tratados durante 06 meses utilizando-se a dapsone e rifampicina.
O tratamento da Hanseníase é um assunto muito complexo, e não se trata somente de se contar com medicamentos que destroem os bacilos. A doença ataca os nervos periféricos, provocando deformidades e incapacidades, que são responsáveis pela marginalização psico-social do indivíduo. A presença da incapacidade, a sua correção cirúrgica quando já instalada, e a educação do doente e da comunidade em que vive fazem parte da terapêutica e não podem ser esquecidas.
Hanseníase – Transmissão
O modo de transmissão da hanseníase é desconhecido. Quando um indivíduo gravemente doente e não tratado espirra, as bactérias Mycobacterium leprae são dispersas no ar. Aproximadamente 50% dos indivíduos com hanseníase provavelmente a contraiu através de um contato íntimo com uma pessoa infectada.
A infecção pelo Mycobacterium leprae também pode ser originária do solo, de contato com tatus e inclusive o contato com percevejos e mosquitos.
Aproximadamente 95% dos indivíduos expostos ao Mycobacterium leprae não apresentam hantuberculina seníase, pois o seu sistema imunológico combate e elimina a infecção.
Naqueles que desenvolvem a doença, a infecção pode variar de leve (hanseníase tuberculóide) a grave (hanseníase lepromatosa). A forma tuberculóide não é contagiosa. Mais de 5 milhões de indivíduos em todo o mundo estão infectadas pelo Mycobacterium leprae.
A hanseníase é mais comum na Ásia, na África, na América Latina e em ilhas do Pacífico. Aproximadamente 5.000 deles nos Estados Unidos estão infectadas. A maioria deles habita a Califórnia, o Havaí e o Texas.
Quase todos os casos de hanseníase dos Estados Unidos envolvem indivíduos que emigraram de países em desenvolvimento.
A infecção pode iniciar em qualquer idade, mas é mais comum em indivíduos com 20 a 40 anos de idade. A forma grave da hanseníase, a lepromatosa, é duas vezes mais comum em homens que em mulheres, enquanto que a forma leve, a tuberculóide, afeta igualmente ambos os sexos.
Contato íntimo e prolongado com pacientes que eliminam bacilos
Após a inalação do bacilo, os macrófagos alveolares podem agir de três formas:
Destruição dos bacilos por pessoas bastantes resistentes
Defesa imunológica para isolamento do bacilo e permitindo disseminação para linfonodos regionais e depois para partes mais frias.
O paciente sem tratamento elimina bacilos não só pela pele mas também pelas secreções nasais etc. (superfície)
Solução de continuidade
Pessoa com lesão entra em contato com a superfície rica em bacilos
Incubação dura de 2 a 7 anos.
Eliminação de bacilos se dá pela pele e secreções nasais.
As 3 formas do destino do Mycobacterium depende da resistência imunológica do indivíduo
O bacilo tem maior tropismo por nervos, principalmente por bainha de schwan, ou seja, ele destrói nervos essencialmente periféricos característica tal que ajuda no diagnóstico.
Isto leva à alteração de sensibilidade (1º- térmica, 2º- dolorosa e 3º- tátil). Quando as lesões são cutâneas, pequenos nervos são destruídos e há perda de anexos.
Uma hiperssensibilidade, do tipo formigamento, ocorre antes da perda da sensibilidade.
A lesão dos nervos não dá só anestesia, mas com a evolução possui repercussões clínicas divididas em formas clínicas (na disseminação).
Hanseníase – Sintomas
Como a bactéria que causa a hanseníase multiplica – se muito lentamente, os sintomas comumente manifestam-se pelo menos um ano após a infecção, se bem que o habitual é que eles se manifestem 5 a 7 anos após e, frequentemente, muitos anos mais tarde. Os sinais e os sintomas da hanseníase dependem da resposta imune do indivíduo. O tipo de hanseníase determina o prognóstico a longo prazo, as prováveis complicações e a necessidade de uma antibioticoterapia. Na hanseníase tuberculóide, aparece uma erupção cutânea formada por uma ou várias áreas esbranquiçadas e planas.
Essas áreas são insensíveis ao tato devido à lesão nervosa causada pelas micobactérias. Na hanseníase lepromatosa, aparecem pequenos nódulos ou erupções cutâneas elevadas com tamanho e forma variados.
O indivíduo apresenta perda de pelos corpóreos, incluindo as sobrancelhas e os cílios.
A hanseníase limítrofe (borderline) é uma condição instável que apresenta características de ambas as formas de hanseníase. Para os indivíduos com hanseníase limítrofe, a sua condição pode melhorar (tornando-se semelhante à forma tuberculóide) ou piorar (tornando-se semelhante à forma lepromatosa).
Durante a evolução da hanseníase, tratada ou não, podem ocorrer certas reações imunológicas, que algumas vezes produzem febre e inflamação da pele, de nervos periféricos e, mais raramente, de linfonodos, de articulações, dos testículos, dos rins, do fígado e dos olhos. De acordo com o tipo de reação e sua gravidade, o tratamento com corticosteróides ou com a talidomida pode ser eficaz.
O Mycobacterium leprae é a única bactéria que invade os nervos periféricos e quase todas as suas complicações são uma conseqüência direta dessa invasão.
O cérebro e a medula espinhal não são afetados. Como a capacidade de detectar o toque, a dor, o calor e o frio diminui, os indivíduos com lesão de nervos periféricos podem queimar-se, cortar-se ou ferir-se sem perceber. A lesão de nervos periféricos também pode causar fraqueza muscular, produzindo algumas vezes dedos em garra e uma deformidade conhecida como “pé caído”. Por essa razão, os indivíduos com hanseníase podem tornar-se desfigurados.
Os indivíduos com hanseníase também podem apresentar lesões na planta dos pés. A lesão das vias nasais pode acarretar obstrução crônica do nariz. A lesão dos olhos pode causar cegueira.
Os homens com hanseníase lepromatosa podem apresentar impotência e esterilidade, pois a infecção pode reduzir tanto a quantidade de testosterona quanto a quantidade de espermatozóides produzidos pelos testículos.
Hanseníase – Prevenção e Tratamento
No passado, as deformidades causadas pela hanseníase levavam ao ostracismo e os indivíduos com a doença eram isolados em instituições ou colônias. Em alguns países, esta prática é ainda comum.
Embora o tratamento precoce possa impedir ou corrigir a maioria das principais deformidades, os indivíduos com hanseníase podem apresentar problemas psicológicos e sociais.
No entanto, o isolamento não é necessário. Somente a forma lepromatosa não tratada da hanseníase é contagiosa e mesmo assim ela não é facilmente transmitida.
Além disso, a maioria dos indivíduos apresentam uma imunidade natural contra a hanseníase e somente aqueles que convivem durante um longo tempo com um indivíduo infectado apresentam risco de desenvolver a infecção.
Aparentemente, os médicos e os enfermeiros que tratam indivíduos com hanseníase não apresentam um maior risco.
Os antibióticos podem interromper a evolução da hanseníase ou inclusive curá-la. Como algumas das micobactérias podem ser resistentes a certos antibióticos, o médico pode prescrever mais de uma droga, sobretudo para os pacientes com hanseníase lepromatosa. A dapsona, o antibiótico mais comumente utilizado no tratamento da hanseníase, é relativamente barata e, geralmente, a sua utilização é segura.
Ela apenas causa ocasionalmente erupções cutâneas e anemia.
A rifampina, mais cara, é ainda mais potente que a dapsona. Os seus efeitos colaterais mais graves são a lesão hepática e sintomas semelhantes aos do resfriado.
Outros antibióticos que podem ser administrados a pessoas com hanseníase incluem a clofazimina, a etionamida, a minociclina, a claritromicina e a ofloxacina.
A antibioticoterapia deve ser mantida durante um longo tempo, pois a erradicação da bactéria é difícil. Dependendo da gravidade da infecção e da avaliação médica, o tratamento pode ser mantido por 6 meses a vários anos. Muitos indivíudos com hanseníase lepromatosa tomam dapsona durante a vida toda.
Fonte: www.geocities.com/www.patologiaonline.hpg.ig.com.br/ghafreire.sites.uol.com.br/dtr2001.saude.gov.br