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Cateterismo Cardíaco – Definição
O cateterismo cardíaco é um procedimento diagnóstico e ocasionalmente terapêutico que permite um exame abrangente do coração e dos vasos sanguíneos circundantes. Ele permite que o médico faça angiogramas, registre o fluxo sanguíneo, calcule o débito car
díaco e a resistência vascular, realize uma biópsia endomiocárdica e avalie a atividade elétrica do coração. O cateterismo cardíaco é realizado através da inserção de um ou mais cateteres (tubos finos e flexíveis) através de um vaso sanguíneo periférico no braço (artéria ou veia antecubital) ou perna (artéria ou veia femoral) sob orientação de raios-x.
Cateterismo Cardíaco – O que é
O cateterismo cardíaco, significa a introdução de um pequeno tubo especial chamado introdutor numa veia e/ou numa artéria do braço ou perna.
Os cateteres são depois dirigidos sob controlo radiológico pelos vasos sanguíneos até ao coração.
A finalidade do cateterismo é descobrir qualquer anomalia nos vasos sanguíneos principais (aorta e artéria pulmonar), nas cavidades ou válvulas cardíacas e nas artérias coronárias.
O conhecimento e importância relativa da anomalia encontrada, permitirá ao médco e ao cirurgião estabelecerem os planos para o tratamento médico ou cirúrgico.
O cateterismo cardíaco surgiu no final da década de 60 e, desde então, é o melhor exame para avaliar as artérias do coração.
O cateterismo cardíaco é um exame onde através de um cateter introduzido em uma artéria da perna chegamos às artérias do coração e as visualizamos em um monitor. Ele é realizado, na maioria das vezes, em pacientes nos quais se investiga a doença arterial coronariana, ou seja, a existência de obstrução ao sangue nas principais artérias do coração e a gravidade de obstrução destas artérias.
A causa da obstrução é a chamada placa aterosclerótica, uma placa de gordura, que impede a passagem adequada do sangue através da artéria, causando dor no peito, devido o estreitamento da artéria.
A dor no peito, ou angina, vai depender do grau de obstrução e de quantas artérias estão obstruídas, além de outros fatores como grau de esforço necessário para reproduzir a angina, idade, sexo e diabetes mellitus.
Por exemplo, um paciente pode exercitar-se um pouco e já apresentar muita dor no peito, enquanto outro necessita de um esforço muito maior para queixar-se de dor. Os pacientes diabéticos, em sua maioria, não apresentam dor no peito quando possuem obstruções das artérias do coração. Quando um paciente que nunca apresentou angina, inicia com dor e procura seu médico, este pode optar por realizar exames menos invasivos antes de indicar um cateterismo cardíaco.
Se o paciente apresentar ao exame não invasivo, por exemplo, uma cintilografia cardíaca ou teste ergométrico, evidência de pequeno comprometimento do coração devido à obstrução das artérias do coração e ficar sem dor no peito com o tratamento clínico através de remédios, provavelmente não haverá necessidade de cateterismo cardíaco naquele momento. Sempre lembramos que cada caso é um caso e, o que pode servir para um paciente pode não servir para outro.
O cateterismo cardíaco deve ser realizado, de um modo geral em pacientes que, apesar do tratamento clínico referem angina, em pacientes com grandes áreas de comprometimento do coração indicados pelos exames não invasivos, em pacientes que sobreviveram a uma parada cardio-respiratória e em pacientes que estão sofrendo um infarto agudo do miocárdio.
Nestes pacientes o cateterismo será ao mesmo tempo um método diagnóstico e terapêutico, pois os pacientes com infarto devem ter a obstrução arterial desfeita rapidamente através da angioplastia realizada logo após identificação da artéria que está fechada. Lembramos que todo e qualquer exame, sempre é deverá ser indicado por um médico, conforme a avaliação realizada.
O cateterismo procura identificar as lesões das artérias para planejar, conforme necessário, uma angioplastia que é a colocação de uma molinha (stent) para desobstruir a artéria afetada.
Assim, o cateterismo cardíaco nada mais é que um exame diagnóstico que visualiza as artérias do coração de maneira direta, sendo até hoje o melhor exame para identificar a obstrução das artérias coronarianas (assim chamadas as artérias do coração).
O cateterismo cardíaco tem sua maior indicação em casos de investigação de doença arterial coronariana, mas ele também pode ser utilizado para avaliar doenças da artéria aorta, artérias renais e doenças das válvulas cardíacas.
Cateterismo Cardíaco – Propósito
Cateterismo Cardíaco
O cateterismo cardíaco é mais comumente realizado para examinar as artérias coronárias, porque ataques cardíacos, angina, morte súbita e insuficiência cardíaca geralmente se originam de doenças nessas artérias.
A doença arterial coronariana é a primeira causa de morte para homens e mulheres nos Estados Unidos. O cateterismo cardíaco com angiografia coronária é recomendado em pacientes com angina (especialmente angina instável); suspeita de doença arterial coronariana; suspeita de isquemia silenciosa e história familiar de ataque cardíaco; miopatia cardíaca isquêmica; insuficiência cardíaca congestiva; cardiopatia congênita; e doença pericárdica. O cateterismo também é recomendado para pacientes com suspeita de doença valvar, incluindo estenose ou regurgitação aórtica e estenose ou regurgitação mitral.
Além disso, o procedimento pode ser realizado após infarto agudo do miocárdio; antes de cirurgias não cardíacas de grande porte em pacientes de alto risco para problemas cardíacos; antes de cirurgia cardíaca em pacientes de risco para doença arterial coronariana; e antes de tecnologias e procedimentos intervencionistas como stents e angioplastia coronária transluminal percutânea (PTCA).
O cateterismo cardíaco pode revelar a presença de outras condições, incluindo aumento do ventrículo esquerdo; aneurismas ventriculares (dilatação anormal de um vaso sanguíneo); estreitamento da válvula aórtica; insuficiência da válvula aórtica ou mitral; e defeitos septais que permitem um fluxo anormal de sangue de um lado do coração para o outro.
Os sintomas e diagnósticos que podem estar associados às condições acima e podem levar ao cateterismo cardíaco incluem:
Dor no peito caracterizada por pressão pesada prolongada ou uma dor de aperto
Resultados anormais de um teste de estresse em esteira
Infarto do miocárdio (ataque cardíaco)
Defeitos cardíacos congênitos
Doença valvar
Cateterismo do lado esquerdo e direito
O cateterismo cardíaco pode ser realizado em ambos os lados do coração para avaliar diferentes funções. Testar o lado direito do coração permite ao médico avaliar a função das válvulas tricúspide e pulmonar, além de medir a pressão arterial e coletar amostras de sangue do átrio direito, ventrículo direito e artéria pulmonar. O cateterismo do lado esquerdo do coração é realizado para testar o fluxo sanguíneo nas artérias coronárias, bem como o nível de função das válvulas mitral e aórtica e do ventrículo esquerdo.
O médico pode avaliar a adequação do suprimento de sangue pelas artérias coronárias, a pressão sanguínea e o fluxo sanguíneo nas câmaras do coração, coletar amostras de sangue e tirar radiografias dos ventrículos ou artérias do coração.
Cateterismo Cardíaco – Angiografia coronária
A angiografia coronária, também conhecida como arteriografia coronária, é uma técnica de imagem que envolve a injeção de um corante no sistema vascular para delinear o coração e os vasos coronários.
A angiografia permite a visualização de quaisquer bloqueios, estreitamentos ou anormalidades nas artérias coronárias. Se esses sinais forem visíveis, o cardiologista pode avaliar a prontidão do paciente para a cirurgia de revascularização do miocárdio ou uma abordagem menos invasiva, como a dilatação de um vaso sanguíneo estreitado por cirurgia ou o uso de um balão (angioplastia). Como algumas intervenções podem ser realizadas durante o cateterismo cardíaco, o procedimento é considerado tanto terapêutico quanto diagnóstico.
Cateterismo Cardíaco – Precauções
Contra-indicações
O cateterismo cardíaco é categorizado como um procedimento invasivo que envolve o coração, suas válvulas e artérias coronárias, além de uma grande artéria no braço ou na perna.
O cateterismo cardíaco é contraindicado para pacientes com as seguintes condições:
Um distúrbio hemorrágico ou tratamento anticoagulante com Coumadin (varfarina sódica). Estes podem afetar o sangramento e a coagulação durante o procedimento de cateterismo.
Insuficiência renal ou mau funcionamento dos rins (especialmente em pacientes diabéticos), que podem piorar após a angiografia.
Hipertensão grave não controlada.
Doença vascular periférica grave que limita o acesso às artérias.
Infecções ativas não tratadas, anemia grave, desequilíbrios eletrolíticos ou doenças coexistentes que podem afetar a recuperação ou a sobrevivência.
Endocardite (uma infecção inflamatória do revestimento do coração que geralmente afeta as válvulas).
Anatomia cardíaca
O coração consiste em quatro câmaras separadas por válvulas. O lado direito do coração, que consiste no átrio direito (câmara superior; às vezes chamado de aurícula direita) e no ventrículo direito (câmara inferior), bombeia sangue para os pulmões. O lado esquerdo do coração, que consiste no átrio esquerdo (ou aurícula) e no ventrículo esquerdo, bombeia sangue simultaneamente para o resto do corpo.
As artérias coronárias direita e esquerda, que são os primeiros vasos a se ramificar da aorta, fornecem sangue ao coração. A artéria coronária descendente anterior esquerda supre a parte anterior do coração; a artéria coronária circunflexa esquerda envolve e irriga o lado esquerdo e a parte posterior do coração; e a artéria coronária direita supre a parte posterior do coração. Há, no entanto, uma quantidade considerável de variação na anatomia das artérias coronárias.
Cateterismo Cardíaco – Procedimento
Cateterismo Cardíaco
Durante o procedimento de cateterismo, o paciente deita sobre uma mesa de costas, conectado a um equipamento de monitoramento, incluindo um aparelho de eletrocardiograma. O local de inserção é anestesiado com um anestésico local e o acesso à veia ou artéria é obtido por meio de uma agulha. Uma bainha, um tubo de borracha que facilita a inserção de cateteres e a infusão de medicamentos, é colocada no local da punção. Sob orientação fluoroscópica, um fio-guia, que é um fio fino que guia a inserção do cateter, é enfiado através de uma artéria braquial ou femoral até o coração.
O cateter, um tubo flexível ou pré-moldado de aproximadamente 80 a 110 cm de comprimento, é então inserido sobre o fio e enfiado no coração. O paciente pode sentir pressão à medida que o cateter é inserido no coração.
O agente de contraste ou corante usado para a imagem é então injetado para que o médico possa ver o coração e os vasos circundantes.
O paciente pode sentir uma sensação de rubor ou leve náusea após a injeção do meio de contraste. Dependendo do tipo de cateterismo (coração esquerdo ou direito) e da área a ser fotografada, são usados cateteres diferentes com várias formas e extremidades.
O sistema radiográfico/fluoroscópico possui um subsistema de raios X e um sistema de vídeo com monitores de visualização que permitem ao médico visualizar o procedimento em tempo real por meio de fluoroscopia, além de tirar radiografias fixas para fins de documentação. A maioria dos sistemas mais novos usa um sistema de angiografia digital que permite que as imagens sejam gravadas, manipuladas e armazenadas digitalmente em um computador.
O procedimento geralmente dura cerca de duas ou três horas. Se uma intervenção adicional for necessária, uma angioplastia, implante de stent ou outro procedimento pode ser realizado. Ao final da cateterização, o cateter e a bainha são removidos e o local da punção é fechado com um dispositivo de vedação ou compressão manual para estancar o sangramento. Um dispositivo de vedação comumente usado é chamado Perclose, que permite que o médico costure o buraco na virilha. Dois outros dispositivos chamados AngioSeal e VasoSeal usam selos de colágeno para fechar os orifícios na artéria femoral.
Cateterismo Cardíaco – Preparação
Antes de se submeter ao cateterismo cardíaco, o paciente pode ter feito outros exames diagnósticos não invasivos, incluindo eletrocardiograma (ECG), ecocardiograma, tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM), exames laboratoriais (por exemplo, exames de sangue) e/ou exames nucleares medicina de imagem cardíaca.
Os resultados desses testes não invasivos podem ter indicado a necessidade de cateterismo cardíaco para confirmar uma suspeita de condição cardíaca, definir melhor a gravidade de uma condição previamente diagnosticada ou estabelecer a necessidade de um procedimento intervencionista (por exemplo, cirurgia cardíaca).
Os pacientes devem fornecer ao médico ou enfermeiro uma lista completa de seus medicamentos regulares, incluindo aspirina e anti-inflamatórios não esteróides (AINEs), porque podem afetar a coagulação do sangue.
Diabéticos que estão tomando metformina ou insulina para controlar seu diabetes devem informar o médico, pois esses medicamentos podem precisar ter suas dosagens alteradas antes do procedimento.
Os pacientes também devem notificar os membros da equipe sobre quaisquer alergias a mariscos que contenham iodo, iodo em si ou aos corantes comumente usados como agentes de contraste antes do cateterismo cardíaco.
Como o cateterismo cardíaco é considerado uma cirurgia, o paciente será orientado a jejuar por pelo menos seis horas antes do procedimento.
Um sedativo leve pode ser administrado cerca de uma hora antes do procedimento para ajudar o paciente a relaxar. Se o cateter for inserido pela virilha, a área ao redor da virilha do paciente será raspada e limpa com uma solução anti-séptica.
Cateterismo Cardíaco – Cuidados posteriores
Embora o cateterismo cardíaco possa ser realizado em regime ambulatorial, o paciente requer monitoramento rigoroso após o procedimento; ele ou ela pode permanecer no hospital por até 24 horas.
O paciente será orientado a descansar na cama por pelo menos oito horas imediatamente após o teste. Se o cateter foi inserido em uma veia ou artéria na região da perna ou da virilha, a perna será mantida estendida por quatro a seis horas. Se uma veia ou artéria do braço foi usada para inserir o cateter, o braço precisará permanecer estendido por no mínimo três horas.
A maioria dos médicos aconselha os pacientes a evitar levantamento de peso ou exercícios vigorosos por vários dias após o cateterismo cardíaco.
Aqueles cuja ocupação envolve um alto nível de atividade física devem perguntar ao médico quando podem retornar ao trabalho com segurança. Na maioria dos casos, uma crista dura se formará sobre o local da incisão que diminui à medida que o local cicatriza. Uma descoloração azulada sob a pele geralmente ocorre no ponto de inserção, mas geralmente desaparece dentro de duas semanas. O local da incisão pode sangrar durante as primeiras 24 horas após a cirurgia. O paciente pode aplicar pressão no local com um tecido ou pano limpo por 10 a 15 minutos para parar o sangramento.
O paciente deve ser instruído a chamar o médico imediatamente se houver sensibilidade, febre, tremores ou calafrios, o que pode indicar uma infecção.
Outros sintomas que requerem atenção médica incluem dor intensa ou descoloração na perna, o que pode indicar que um vaso sanguíneo foi danificado.
Cateterismo Cardíaco – Complicações
Como em todos os procedimentos invasivos, o cateterismo cardíaco envolve alguns riscos. As complicações mais graves incluem acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio e morte resultante de coagulação ou ruptura em um dos vasos coronários ou cerebrais. Outras complicações incluem arritmias cardíacas, tamponamento pericárdico, lesão de vasos e insuficiência renal. As complicações mais comuns decorrentes do cateterismo cardíaco são vasculares, incluindo sangramento externo no local da punção arterial, hematomas e pseudoaneurismas.
O paciente pode receber medicamentos anticoagulantes para diminuir o risco de desenvolver um coágulo de sangue arterial (trombose) ou de formação de coágulos sanguíneos e viajar pelo corpo (embolização).
O risco de complicações do cateterismo cardíaco é maior em pacientes com mais de 60 anos; aqueles que têm insuficiência cardíaca grave; ou aqueles com doença valvar avançada.
Reações alérgicas relacionadas ao agente de contraste (corante) e anestésicos podem ocorrer em alguns pacientes durante o cateterismo cardíaco.
As reações alérgicas podem variar de pequenas urticárias e inchaço a choque grave. Pacientes com alergia a frutos do mar ou penicilina correm maior risco de reação alérgica; administrar anti-histamínicos antes do procedimento pode reduzir a ocorrência de reações alérgicas a agentes de contraste.
Cateterismo Cardíaco – História
Cateterismo Cardíaco
O médico alemão Werner Forssmann foi o primeiro a acessar o coração por meio de cateter após tê-lo inserido por dissecção em uma veia de seu próprio braço, registrando através do raios X a presença do cateter no átrio direito em 1929. Em 1950, Zimmerman realizou o primeiro cateterismo ismo esesquerdo e em 1958, as artérias coronárias foram pela primeira vez cateterizadas seletivamenteron por Mason Sones.
Seldinger, em 1953, descreveu a técnica de punção com o uso de introdutor e fio-guia, dispensando a necessidade de dissecção arterial ou venosa facilitando a difusão do cateterismo como método diagnóstico. Em 1964, Judkins introduzia o uso de cateteres pré-moldados, introduzidos por punção femoral, dando início à técnica mais utilizada atualmente em todo o mundo.
A primeira angioplastia coronária com cateter-balão foi realizada por Andreas Gruentzig, em Zurich em 1977, havendo uma ampla difusão desta técnica a partir dos anos 80.partir de 1977, quando da realização da primeira angioplastia coronária por 3Andreas Gruentzig, colocando esta terapêutica como alternativa real à cirurgia de revascularização miocárdica, a sala de hemodinâmica transformou-se rapidamente em um local adequado não apenas para o diagnóstico mas também para o tratamento da doença arterial coronária.
No ano de 1987, o primeiro implante de stent no mundo ocorreu no Brasil pelo Dr. José Eduardo de SousaDesde o final dos anos 80, e a partir da publicação de Colombo em 1995, com a com a introdução da técnica de liberação dos stents com alta pressão no balão (liberação ótima) edos stents coronários, da o uso de farmacologia adjunta com antitrombínicos e antiagregaçãontes plaquetária duplaos ocorreu a potentes e seguros e com a sedimentação da ICPintervenção coronária percutânea (angioplastia com stent) como técnica segura, eficaz e preferencial, quando possível, para o tratamento da doença arterial coronária.
Com o início da utilização dos stents com eluição de medicamentos, em 1999, pelo Dr. José Eduardo de Sousa e sua comprovada eficácia na redução das taxas de reestenose, a ICP tem sido indicada ems síndromes miocárdicas isquêmicas procedimentos de maior instáveis (SIMI), as salas de hemodinâmica têm recebido um número crescente de pacientes com maior complexidade (lesões multiarteriais, bifurcações, oclusões totais e pacientes diabéticos).clínica ( choque cardiogênico, infarto agudo do miocárdio (IAM), idade avançada, portadores de patologias como insuficiência renal crônica e doença pulmonar obstrutiva crônica, diabetes mellitus, etc).
Cateterismo Cardíaco – Resumo
Cateterismo Cardíaco
Destinado a detectar anomalias cardíacas, o cateter é introduzido na prega do cotovelo ou na virilha e chega até o coração.
Um das técnicas mais elaboradas de diagnósticos de alterações cardíacas é a das veias ou artérias do indivíduo. Essa sonda pode chegar até o coração e, por meio de dispositivos especiais, retirar amostras de sangue, medir a pressão ou injetar substâncias opacas aos raios X.
Preparação para o cateterismo – a técnica praticamente não apresenta perigos para o paciente, podendo ser utilizada até em crianças.
Geralmente o doente é internado na véspera ou alguns dias antes do exame e recebe antibióticos, para evitar uma eventual infecção. Antes da introdução da sonda, realiza-se a anestesia na porção por onde será introduzido o cateter, ou faz-se a anestesia geral.
Examinando o lado venoso – para que a sonda chegue ao lado direito do coração, disseca-se uma veia geralmente na prega do cotovelo, em adultos ou na região inguinocrural (virilha), em crianças e através dela, o cateter é introduzido e levado em direção ao coração. A extremidade do cateter é opaca aos raios X, possibilitando que seu trajeto pelas veias acompanhado por meio da radioscopia.
Esse tipo é chamado de cateterismo direito porque, através das veias, o cateter chega ao átrio e ao ventrículo direitos, passando pela válvula tricúspide que os separa, e pode alcançar a artéria pulmonar e suas ramificações.
Quando a sonda atinge a porção direita do coração, pode-se retirar, desse local, amostra de sangue, que serão analisadas posteriormente para a verificação de seu teor de oxigênio; esse dado pode fornecer informações importantes sobre a alteração cardíaca existente.
Existe também a possibilidade de se utilizarem substâncias indicadoras, introduzidas nas cavidades cardíacas através dm cateter.
Um exemplo importante é o da diluição da vitamina C: quando se introduz uma quantidade de vitamina C num coração normal, no interior do ventrículo direito, a vitamina passa pelos pulmões volta para coração, já para o átrio e o ventrículo esquerdos em determinado tempo e com um grau de diluição previamente conhecidos. Se, por exemplo, existir uma comunicação anormal entre os ventrículos, a vitamina C será detectada no ventrículo esquerdo numa concentração maior num tempo menor; nesse caso, o acontecimento constituirá excelente pista para o diagnóstico da alteração existente.
Por sua vez, a introdução de substâncias radiopacas permite a visualização contrastada do coração, técnica que recebe a denominação de angiocardiografia.
As várias medições – durante seu trajeto, cateter é conduzido através do átrio e do ventrículo direitos e ao longo das paredes da artéria pulmonar. Assim, a medição de pressão provocadas por anomalocais pode revelar alterações na tensão de oxigênio e gás carbônico no sangue. Esses dados poderão revelar, por exemplo, uma estenose (estreitamento) da artéria pulmonar. Já colocação do cateter e medição de pressão nas pequenas ramificações da artéria pulmonar (artéria que, saindo do ventrículo direito, leva o sangue venoso aos pulmões, para ser oxigenado) possibilitam uma avaliação exata das condições da circulação pulmonar e, paralelamente, permitem inferir a pressão do átrio esquerdo.
A utilização do cateter permite, ainda a identificação de uma comunicação anormal entre átrios ou ventrículos; passagem do cateter de um átrio (ou de um ventrículo) para outro confirma o diagnóstico de comunicação interatrial (ou interventricular).
No coração arterial – a colocação do cateter na câmaras cardíacas esquerdas tomou grande impulso graças ao avanço da cirurgia do coração no terreno das válvulas cardíacas. Inicialmente, essa técnica era empregada para a medição de pressões no interior do átrio e ventrículo esquerdos; se as pressões registradas não fossem normais, poder-se-ia suspeitar, por exemplo, de uma estenose da válvula mitral, que separa o átrio e o ventrículo esquerdos. Mas, atualmente, o cateterismo esquerdo do coração vem sendo empregado frequentemente com a finalidade de introduzir substâncias indicadoras, que possibilitam estudos de sua diluição no sangue, e de substâncias radiopacas; que permitem a realização da angiocardiologia. A técnica utilizada com maior frequência no cateterismo do lado esquerdo retrógrado.
A designação retrógrado. A designação advém do fato de o cateter ser introduzido nas artérias, contra a corrente sangüínea.
Complicações do exame – enquanto se está realizando o cateterismo, aparelhos fornecem continuamente os registros do eletrocardiograma do paciente; esse dado mostra, com precisão, a atividade elétrica exercida pelo coração. O controle por meio do eletrocardiograma é de grande importância, pois, comumente, no decorrer do exame, verifica-se o aparecimento de extrasístoles (impulsos elétricos anômalos). Os impulsos podem surgir isoladamente ou agrupados; além disso, podem perpetuar-se, desencadeando crises de taquicardia. Essas arritmias (alterações do ritmo cardíaco) derivam do estímulo mecânico provocado pela ponta do cateter, quando esta se choca com a câmara cardíaca. Quando a sonda chega ao coração, provoca estímulos anormais, que se traduzem por movimentos cardíacos também anormais.
Além de alterações do ritmo cardíaco, podem ocorrer tromboses (coagulações do sangue no interior de vasos sangüíneos ou do coração) e infecções. No entanto, as vantagens dessa técnica superam significativamente os riscos, pois o cateterismo é um método de alterações do coração.
De maneira geral, até recentemente, cateterismo cardíaco tinha apenas interesse teórico, diante das limitações da cirurgia cardíaca. Hoje, o grande avanço desse setor, aliado a conquistas tecnológicas como a invenção do coração-pulmão artificial e a fabricação de válvulas cardíacas artificiais, passou a exigir um perfeito diagnóstico da anomalia existente.
Fonte: www.acc.org/www.hopkinsmedicine.org/www.americanheart.org/www.cardiologychannel.com/www.encyclopedia.com/www.consulteme.com.br/www.medicoassistente.com/themedicalden.com