Termômetro – Definição
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Termômetro é um instrumento para medir a temperatura, muitas vezes um tubo de vidro selado que contém uma coluna de líquido, tal como o mercúrio, que se expande e contrai, ou sobe e desce, com mudanças de temperatura, a temperatura a ser lida, onde o topo da coluna coincide com uma escala calibrada marcada no tubo.
Nos cuidados de saúde, os Termômetro são usados para medir a temperatura do corpo humano.
Termômetro – O que é
Termômetro de Mercurio
Medir a temperatura do corpo humano, da atmosfera ou de qualque outra substância, é hoje, brincadeira de crianças.
É suficiente munir-se de um termômetro e pô-lo em contato com o corpo ou com a substância de que se quer se conhecer a temperatura.
Fácil, não?
Mas não foi tão fácil, porém, chegar a conceber e realizar esses simples mas preciosos aparelhos, que são os termômetros, que requerem, agora, uma construção cuidadosa e de alta precisão.
O primeiro termômetro foi idealizado por Galileu Galilei, no início do século XVII, mas, antes de surgir um termômetro um pouco semelhante aos de hoje, passou-se mais de um século, e foi o físico Gabriel Daniel Fahrenheit quem o realizou. Atualmente, os termômetros mais difundidos são aqueles de mercúrio, que derivam do termômetro de Fahrenheit.
Para explicar o funcionamento de um termômetro, é preciso saber que todas as substâncias, quando adquirem calor, ou seja, quando aumentam de temperatura, dilatam-se, crescem de volume e, quando perdem calor, restringem-se.
Este fenômeno pode ser mais ou menos evidente, segundo as várias substâncias: se nos servirmos de uma substância em que o fenômeno da dilatação seja mais marcante, poderemos medir a quantidade da dilatação ou da restrição pondo-a em contato com um corpo de temperatura diversa, e conhecer, assim, a temperatura deste último corpo.
Isto é justamente o que acontece com o mercúrio contido no pequeno bulbo que forma a ponta do termômetro clínico, que possuímos em casa: pondo o bulbo em contato com o nosso corpo, que é de temperatura superior à do mercúrio, este se dilata e se expande ao longo do único caminho da saída que se encontra, ou seja, ao longo do ubinho situado ao centro da escala graduada. O mercúrio expande-se proporcionalmente à quantidade de calor que lhe é transmitida e daí, a um certo ponto, pára. em correspondência àquele ponto, pode-se ler a temperatura do nosso corpo, medida com a dilatação do mercúrio.
Com isso, parece bem claro como a medida da temperatura é uma medida relativa, isto é, obtida fazendo-se a relação entre as temperaturas de duas substâncias.
Os graus da escala termométrica que nós usamos são chamados centígrados, porquanto vão de zero a cem, e estes dois valores correspondem à temperatura da água, quando se torna gelo e quando ferve, se transformando em vapor.
Fabricar um termômetro é, aparentemente, fácil e podemos fazê-lo até nós mesmos; é preciso ter uma pequena bolha de vidro. Ao tubinho, unimos, solidamene, uma hastezinha de metal ou de outro material, na qual se assinalam os graus.
Imergimos a bolha, contendo o mercúrio, numa mistura de água e gelo: o mercúrio não se estabilizará num dado ponto do tubinho. Em correspondência com este ponto, assinalamos o zero da haste.
Depois desta operação, levamos o nosso aparelho ao contato dos vapores de água fervendo: o mercúrio se moverá ao longo do tubinho e, em correspondência com o ponto onde parará, indicaremos, na haste, o úmero 100. Agora só nos resta dividir em cem partes o espaço compreendido entre zero e o cem. Na prática, naturalmente, as coisas não correm tão simplesmente. Na verdade, devemos ser muito exatos para fazer a graduação.
Escolheu-se o mercúrio, de preferência a outros líquidos, porque sua dilatação é muito regular, pois muda de temperatura muito rapidamente e porque permite medir uma vastíssima gama de temperaturas de cerca de 30º abaixo de zero até 320º acima de zero.
Termômetro – História
Termômetro
Sempre se referem a Galileu Galilei quando se pergunta quem é o inventor do termômetro.
Contudo, seu instrumento (o termoscópio, previamente desenvolvido por Philon de Bizâncio no ano 3 a.C.) apenas indicava temperaturas diferentes, sem conseguir medi-las adequadamente. O italiano Santorio Santorio, em 1612, foi o primeiro a colocar uma escala em um termoscópio aéreo. Apesar da pouca precisão de medição, ele é considerado o verdadeiro inventor do instrumento.
Aluno de Galileu, Torricelli usou o mercúrio em vez de água e inventou o barômetro, esclarecendo o fenômeno da pressão atmosférica, sem, contudo, se importar com a medição de temperatura.
Em 1654, o grão-duque de Toscana, Ferdinand II, desenvolveu um termômetro com álcool dentro de um recipiente de vidro. Mas não havia ainda uma escala padrão de medida.
Daniel Gabriel Fahrenheit difundiu o uso do mercúrio no termômetro em 1714. Como resultado, obteve uma maior precisão dos resultados. E resolveu criar uma escala de medida dividida em 180 graus. 32 foi escolhido para ser a menor temperatura (mesmo uma combinação de gelo, água e sal o impediu de alcançar temperaturas próximas de zero). A escala é utilizada até hoje por países anglo-saxões.
Uma escala criada por René Antoine Ferchauld de Réamur (em 1731), com o ponto de fusão da água a 0° e o de ebulição a 80°, acabou sendo marginalizada com o tempo.
A famosa escala Celsius surgiu em 1742, na Suécia. Entretanto, Anders Celsius havia definido 100° para o ponto de fusão e 0° para o ponto de ebulição. Um ano depois, Jean Pierre Cristin inverteu a escala para criar a escala Centígrados, a qual utilizamos atualmente e que teve seu nome modificado para Celsius em 1948, após um acordo internacional.
A escala padrão de medida de temperatura utilizada por todos os cientistas foi proposta por sir William Thomson, Lorde Kelvin da Escócia, em 1848. 0° Celsius é equivalente a 273,15 Kelvin e 100° Celsius é equivalente a 373,15 Kelvin; zero Kelvin é considerado o zero absoluto.Sir Thomas Allbutt criou o primeiro termômetro para se medir a temperatura de um homem em 1867.
Termômetro – Uso
O termômetro é um aparelho utilizado para medir a temperatura corporal.Existem diferentes tipos de termômetros no mercado, e o modo de uso depende do tipo escolhido pelo indivíduo.
Termômetros podem registrar temperaturas corporais na boca (oral), braço (axilar), tímpano (membrana timpânica), ou ânus (retal).
Um termômetro de mercúrio consiste de uma haste de vidro estreito em cerca de 5 (12.7 cm) de comprimento com marcas ao longo de um ou ambos os lados, indicando a escala de temperatura em graus Fahrenheit, centígrado ou ambos.
É preciso cuidados especiais no manuseio de todos eles para que a temperatura corporal seja medida com precisão.
Os principais tipos de Termômetros:
Termômetro de Mercúrio: É preciso colocar o aparelho em contato com a pele, de preferência nas axilas, e esperar alguns minutos (aproximadamente 4) para fazer a medição da temperatura.
Esse tipo de termômetro apresenta desvantagens, pois podem quebrar, e o mercúrio tende a vaporizar e ser inalado.
Este tipo de termômetro consiste em um tubo de vidro fechado a vácuo, contendo mercúrio no seu interior. Por ser extremamente sensível o mercúrio se dilata a qualquer variação de temperatura, perfeitamente visível no termômetro utilizado.Termômetro digital: O termômetro digital utiliza sensores eletrônicos para registrar a temperatura do corpo. Ele pode ser usado na boca, nas axilas e na parte final do intestino grosso.
Por questões de higiene é recomendado utilizar termômetros diferentes para medir a temperatura retal e as restantes.
Entre os aparelhos digitais existem o termômetro auricular digital, que mede a temperatura do interior do ouvido, e o termômetro da artéria temporal que mede a temperatura através da artéria temporal da testa.Termômetro de Cristal líquido: Esse tipo de termômetro existente no mercado não é muito recomendado pelos especialistas por não ser preciso. Para utilizá-lo basta colocá-lo em contato com a pele que dependendo da temperatura, a substância presente dentro dele muda de cor.
É indicado fazer uso do termômetro todas as vezes que houver a suspeita de febres e após fazer uso de antitérmicos. Porém ao medir a temperatura deve-se evitar tocar na extremidade inferior do termômetro (bulbo), pois pode influenciar na temperatura.
O aparelho pode ser armazenado em temperatura ambiente, e sua limpeza pode ser realizada apenas com água corrente.
Termômetro – Instrumento
Termômetro
O que é um Termômetro?
Termômetro é um aparelho, um instrumento que mede a temperatura de um sistema de uma maneira quantitativa. A maneira mais fácil de se fazer isto é encontrar uma substância que tenha uma propriedade física que mude de uma maneira regular com a variação de sua temperatura.
A maneira direta ‘regular’ é a mudança linear:
t(x) = ax + b,
onde:
t é a temperatura da substância, e muda quando a propriedade x da substância muda. As constantes a e b dependem da substância usada e pode ser encontrada especificando dois pontos na escala de temperaturas tais como 0° para o ponto de congelamento da água e 100° para o seu ponto de ebulição.
Por exemplo, o elemento mercúrio é líquido na faixa de temperaturas de -38,9° C a 356,7° C. Como um líquido, o mercúrio se expande ao seu aquecimento, a sua taxa de expansão é linear e pode se calibrado com precisão.
Um termômetro de mercúrio como ilustrado na figura acima contém um bulbo cheio do líquido que se expande em um capilar.
Sua taxa de expansão é calibrada levando-se em conta o vidro.
O Desenvolvimento dos Termômetros e Escalas de Temperatura O texto a seguir está baseado em um texto de Beverly T.Lynds-que por sua vez baseou-se em “Temperature” de T. J. Quinn e “Heat” de James M. Cork.
Uma das primeiras tentativas de se fazer um padrão de escala de temperaturas ocorreu a cerca de 170 DC, quando Galeno, em seus escritos médicos, propôs um padrão “neutro” de temperaturas feito a partir de quantidades iguais de água fervendo e gelo; em ambos os lados deste padrão existiriam quadro graus de calor e quatro de frio, respectivamente.
O instrumento mais antigo usado para medir temperaturas foram chamados de termoscópios.
Termoscópio Florentino
Eles eram constituídos de um bulbo de vidro tendo um longo tubo estendendo-se para cima em um vaso de água colorida, embora, Galileo em 1610 tenha usado (supõe-se) vinho. O ar no bulbo foi expelido quando de sua colocação no líquido, permitindo a subida do líquido pelo tubo. Quando o ar remanescente no bulbo era aquecido ou esfriado, o nível do líquido no tubo deveria variar, refletindo a mudança na temperatura do ar. Uma escala colada no tubo permitia acompanhar a medida quantitativa das flutuações.
O ar no bulbo é conhecido como o meio termométrico, i.e., o meio cuja propriedade muda com a temperatura.
Em 1641, o primeiro termômetro selado que usava líquido ao invés de ar como o meio termométrico foi desenvolvido por Ferdinando II, Grão-Duque da Toscana. Seu termômetro usava álcool selado em vidro, com 50 “graus” marcados em sua haste mas nenhum “ponto fixo” era usado como zero da escala. São termômetros que podemos considerar hoje como “espíritas”.
Robert Hook, Curador da Royal Society, em 1664 usou um corante vermelho no álcool. Sua escala, para cada grau representado equivalia um incremento igual de volume de cerca de 1/500 partes do volume do termômetro líquido, necessitava somente de um único ponto fixo. Ele selecionou o ponto de congelamento da água. Desta maneira, Hook mostrou que uma escala padrão poderia ser estabelecida para termômetros de uma variedade de tamanhos. O termômetro original de Hook ficou conhecido como o padrão do Gresham College e foi usado pela Royal Society até 1709. (O primeiro dado meteorológico inteligível usou esta escala).
Em 1702, o astrônomo Ole Roemer de Copenhagen baseou sua escala em dois pontos fixos: neve (ou gelo picado) e o ponto de ebulição da água, e mediu a temperatura diária de Copenhagen em 1708- 1709 com este termômetro.
Em 1724 Gabriel Fahrenheit, um mercador de Däanzig (atual Gdansk na Polônia) e Amsterdã (Holanda), usou mercúrio como o líquido termométrico. A expansão térmica do mercúrio é grande e praticamente uniforme, não adere ao vidro e permanece no estado líquido em uma faixa grande de temperaturas. Sua aparência metálica torna fácil a leitura.
Fahrenheit descreve como calibrou o seu termômetro de mercúrio:
“Colocação do termômetro numa mistura de amoníaco de sal ou sal marinho, gelo, e água num ponto da escala será encontrado que é designado como zero. Um segundo ponto é obtida se a mesma mistura é usado sem sal. Indicar esta posição 30. um terceiro ponto, designada como 96, é obtido se o termômetro é colocado na boca, de modo a adquirir o calor de um homem saudável “. (D. G. Fahrenheit, Phil. Trans. (Londres) 33, 78, 1724)
Nesta escala, Fahrenheit mediu o ponto de ebulição da água como sendo 212. Mais tarde ajustou o ponto de congelamento da água a 32 de maneira que o intervalo entre estes dois pontos pode ser representado pelo número racional 180. Temperaturas medidas nesta escala são denominadas de graus Fahrenheit (° F) [usado em alguns países como os EUA].
Em 1745, Carolus Linnaeus (aquele mesmo da classificação dos seres vivos) de Upsula, Suécia,descreveu uma escala na qual o ponto de congelamento da água era zero e o de ebulição 100, construindo uma escala centigrama( passos de um centésimo). Anders Celsius (1701-1744) usou a escala reversa onde representou 100 como o ponto de congelamento e 0 o ponto de ebulição da água, e naturalmente, com 100 graus entre os dois pontos definidos.
Em 1948 o uso da escala centigrama caiu em favor de uma nova escala que usa graus Celsius (° C).
A escala Celsius é definida pelos dois itens seguintes discutidos mais adiante:
1) O ponto triplo da água é definido como sendo 0,01 C
2) Um grau Celsius é igual à mesma mudança de uma grau na escala do gás ideal.
Na escala Celsius o ponto de ebulição da água a pressão atmosférica padrão é 99,.9750 C em contraste com os 100 graus definidos pela escala centigrada.
Só para quem for aos EUA e uns poucos países.
Para converter de Celsius para Fahrenheit, ou vice-versa, usar a relação abaixo:
° F = 1,8° C + 32
Em 1780, J. A. C. Charles, um físico francês, mostrou que para o mesmo acréscimo na temperatura, todos os gases exibem o mesmo acréscimo no volume.
Como o coeficiente de expansão dos gases é tão aproximadamente o mesmo para todos eles, é possível estabelecer uma escala de temperaturas baseada em um único ponto fixo ao invés de dois pontos fixos, tais como as escalas Fahrenheit e Celsius. Este fato trouxe de volta um termômetro que usa um gás como um meio termométrico.
Termômetro a gás a volume constante
Em um termômetro a volume constante, um grande bulbo B de gás, hidrogênio, ou um outro qualquer,sob uma pressão estabelecida liga-se a um “manômetro” cheio de mercúrio por meio de um tubo de um volume muito pequeno comparado com o do bulbo.(O bulbo B é a porção sensível à temperatura e deve conter sempre todo o hidrogênio). O nível do mercúrio em C deve ser ajustado subindo ou descendo o reservatório R de mercúrio. A pressão que o gás hidrogênio, que é a variável “x” na relação linear com a temperatura, é a diferença de níveis D e C mais a pressão acima D.P. Chappuis em 1887 conduziu extensivos estudos de termômetros a gás a pressão constante ou a volume constante usando hidrogênio, nitrogênio, e dióxido de carbono como meio termométrico. Baseado em seus resultados, o Comitê Internacional de Pesos e Medidas adotou a escala a volume constante de hidrogênio baseadas nos pontos fixos do gelo (0°C) e do vapor(100° C) como a escala prática para a meteorologia internacional.
Experimentos com termômetros a gás mostraram que é muito pequena a diferença na escala de temperaturas para gases diferentes. Então, é possível construir uma escala de temperaturas independente do meio termométrico se o gás está a baixa pressão.
Neste caso, todos os gases comportam-se como um “gás ideal” e tem uma relação muito simples entre pressão, volume e temperatura:
pV= (constante).T.
Esta temperatura é chamada de temperatura termodinâmica e é atualmente aceita como a medida fundamental da temperatura. Note que há um zero naturalmente definido nesta escala – é o ponto que tem a pressão do gás ideal igual a zero, levando a que a temperatura também seja zero. Continuaremos a discussão de “zero absoluto” em uma seção a seguir. Como existe um ponto na escala, somente um outro ponto fixo é necessário.
Em 1933, o Comitê Internacional de Pesos e Medidas adotou este ponto fixo como o ponto triplo da água(a temperatura na qual água, gelo e vapor de água coexistem em equilíbrio); seu valor é tomado como 273.16.
A unidade de temperatura nesta escala é denominada de kelvin, em homenagem a Lord Kelvin (William Thompson), 1824-1907, e seu símbolo é K (nenhum símbolo de grau é usado).
Lord Kelvin (William Thompson)
Para converter de Celsius para Kelvin, adicione 273.
K = ° C + 273.
Temperatura termodinâmica t é a temperatura fundamental; sua unidade é o kelvin que é definido como a fração 1/273,16 da temperatura termodinâmica do ponto triplo da água.
Sir William Siemens, em 1871, propôs um termômetro cujo meio termométrico é um condutor metálico cuja resistência varia com a temperatura. A platina não oxida a altas temperaturas e tem uma mudança relativamente uniforme na resistência elétrica com a temperatura em uma faixa bastante larga.O termômetro de resistência de platina é atualmente bastante usada como um termômetro termoelétrico e cobre faixas de temperaturas de cerca de -260° C a 1235° C.
Muitas temperaturas foram adotadas pontos primários de referência tal como definiu a Escala Prática Internacional de 1968.
A Escala Internacional de Temperatura de 1990 foi adotado pelo Comitê Internacional de Pesos e Medidas em seu encontro em 1989. Entre 0,65 K e 5,0 K, a temperatura é definida em termos de relações da pressão de vapor-temperatura dos isótopos de hélio. Entre 3,0 K e o ponto triplo do neônio (24,5561 K) a temperatura é definida por meio de um termômetro a gás hélio. Entre o ponto triplo do hidrogênio (13,8033 K) e o ponto de solidificação da prata (961,78° C) a temperatura é definida por meio de termômetros de resistência de platina. Acima do ponto de solidificação da prata a temperatura é definida em termos da lei de radiação de Planck.
T. J. Seebeck, em 1826, descobriu que quando fios de metais diferentes eram fundidos em um ponto terminal e aquecidos, uma corrente fluía de um metal a outro. A força eletromotriz gerada pode ser quantitativamente relacionada temperatura e então, o sistema pode ser usado como um termômetro, conhecido como termopar. O termopar é usado na indústria e muitos metais diferentes são usados – platina e platina/ródio, níquel-cromo e níquel-alumínio, etc. O National Institute of Standards and Technology (NIST) dos EEUU mantém uma base de dados para padronizar os termômetros.
Para a medida de temperaturas muito baixas, a susceptibilidade magnética de uma substância paramagnética é usada como a quantidade termométrica física. Para algumas substâncias, a susceptibilidade magnética varia inversamente com a temperatura. Cristais como o nitrato de magnésio e potássio de cromo e alumínio têm sido usados para medir temperaturas abaixo de 0.05K; estes cristais são calibrados na faixa do hélio líquido. Este diagrama e a última ilustração neste texto foi tomado do picture archive do Laboratório de Baixas Temperaturas da Helsinki University of Technology’s. Para estas temperaturas muito baixas, e mesmo mais baixas, o termômetro também é usado como mecanismo de resfriamento. Muitos laboratórios de baixas temperaturas desenvolvem pesquisas aplicadas e teóricas interessantes. Muitos destes fenômenos poderão ser utilizados um dia em nosso dia a dia.
Termômetro – Tipos
Termômetro
Um termômetro clínico tradicional consiste num tubo capilar (tubo com um diâmetro interno muito reduzido) ele vidro, selado numa extremidade e com um bolbo com mercúrio na outra. Podem ser usados diferentes tipos de termômetros para medir a temperatura na boca, na axila ou na final do intestino grosso.
Os termômetros clínicos podem ser calibrados em graus Celsius (centígrados), em graus Fahrenheit, ou em ambos. A parede do termômetro é mais espessa de um dos lados, por forma a criar urna lente cilíndrica que torna o mercúrio mais facilmente visível.
Quando o bolbo do termômetro é colocado na boca, na axila ou na parte final do intestino grosso, o mercúrio expande-se, subindo pelo tubo capilar. O termômetro é removido e a temperatura do corpo – indicada pelo nível elo mercúrio – é então Hda na escala marcada no vidro. Existe um estreitamento elo tubo capilar mesmo por cima do bolbo para impedir que o mercúrio desça pelo tubo quando. O termômetro é removido, antes de poder ser usado novamente, o termômetro tem de ser sacudido para que o mercúrio regresse ao bolbo.
Uma versão moderna do termômetro clínico tradicional usa uma sonda eletrônica ligada a um «écran» de leitura digital. Em anos recentes, tem vindo a tornar-se popular o uso de termômetros cutâneos descartáveis; estes termômetros empregam substâncias químicas sensíveis ao calor que mudam de cor a temperaturas específicas.
Os termômetros cutâneos são geralmente menos precisos do que os de mercúrio ou digitais por poderem ser mais facilmente afetados por fatores externos, como a temperatura do meio ambiente.
Termômetro Clínico
Termômetros são aparelhos com os quais se medem temperaturas. O utilizado para medir a dos seres humanos e animais é denominado termômetro clínico, um instrumento feito de vidro e com números em escala, tendo na ponta um recipiente (bulbo) onde fica depositado um líquido chamado mercúrio. Sua destinação é medir temperaturas entre 35°C e 44°C, e por isso ele possui escala graduada entre esses números. O estrangulamento existente na ponta da haste impede que o mercúrio desça quando o termômetro é retirado do paciente, facilitando assim a leitura da medida indicada.
As tentativas do homem para medir as variações térmicas começaram na Antigüidade, e segundo os relatos a respeito, foi Philon de Bizâncio, lá pelo século 3 a.C., quem primeiro criou um aparelho sensível à variação térmica. Batizado com o nome de termoscópio, ele consistia em um vaso de chumbo vazio e um vaso de água, unidos por um tubo. Quando o vaso de chumbo era aquecido, o ar existente nele e no tubo expandia-se, produzindo bolhas na água do outro vaso. Ao ser resfriado, o inverso ocorria, era, então, a água que subia pelo tubo, indo molhar o recipiente de chumbo. Contudo, foi só no século 17, com o surgimento da iatromecânica – iatro, termo de composição usado como prefixo e significando médico, medicina, cura, tratamento -, doutrina médica que explicava todos os fenômenos vitais do corpo humano por meio de princípios físicos, que René Descartes, Santorio Santorio e Giovani Borelli cuidaram de aprofundar os estudos sobre eles. Coube a Santorio, médico veneziano (1561-1636) a idealização, em 1612, de um termômetro considerado o ponto de partida na utilização de aparelhos simples que permitem obter dados de valor para a complementação do exame clínico.
Entretanto, a fama pela criação do primeiro desses instrumentos é atribuída ao físico italiano Galileu Galilei (1564-1642), que em 1592 idealizou um tubo cheio de ar e mergulhado em tigela com água, cujo nível descia na medida em que subia a temperatura. Mas os resultados não eram confiáveis porque o aparelho ficava exposto às variações da ainda desconhecida pressão atmosférica, o que só foi alterado em 1643 quando o físico italiano Evangelista Torricelli (1608-1647) demonstrou que o ar tem peso. Aluno de Galileu, Torricelli usou o mercúrio em vez de água e inventou o barômetro, esclarecendo o fenômeno da pressão atmosférica sem, contudo, se importar com a medição de temperatura. Daí em diante os termômetros tornaram-se hermeticamente fechados, permitindo que as medições da temperatura corporal não sofressem alterações caso feitas ao nível do mar ou no alto de qualquer montanha. Em 1654, o grão-duque de Toscana, Ferdinand II, desenvolveu um termômetro com álcool dentro de um recipiente de vidro.
Mas não havia ainda uma graduação numérica que pudesse servir como padrão de medida, e ela teve que esperar mais um pouco para ser estabelecida. Até então eram utilizados pontos fixos de temperatura conhecidos, como a da neve, a de uma vaca e até mesmo a da fusão da manteiga, e foi só século 18 que surgiram as escalas termométricas usadas até hoje. Em 1714 o físico alemão Gabriel Daniel Fahrenheit (1686-1736), fabricante de instrumentos meteorológicos, usou mercúrio nos termômetros, ao invés de álcool, aproveitando a rapidez e regularidade de sua dilatação em presença do calor e conseguindo com isso maior precisão nos resultados. Além disso, estabeleceu uma escala de medição dividida onde 212°F correspondiam à temperatura de ebulição da água, e 32°F à sua temperatura de congelamento, numa leitura variável de 30°F negativos a 320°F positivos. Essa escala é utilizada até hoje por países anglo-saxões.
Posteriormente, em 1731, uma escala criada por René Antoine Ferchauld de Réamur, (1683 – 1757) com o ponto de fusão da água a 0° e o de ebulição a 80°, acabou sendo marginalizada com o tempo.
Mais tarde, em 1742, o cientista sueco Anders Celsius (1701-1744) inventou o termômetro centígrado, com escala de 0°C a 100°C, dividindo esse intervalo em cem partes iguais chamadas graus centígrados, prolongáveis para baixo ou para cima. Curiosamente, porém, ele definiu como zero grau o ponto de ebulição da água, e cem graus o de seu congelamento, mas esses dois pontos de referência foram invertidos em 1747 e a escala transformada na que é usada até hoje, por ação do médico Carl von Linné ou Carolus Linnaeus (1707-1778), que convenceu um fabricante de instrumentos científicos, Daniel Ekström (1711-1760), de que isso era mais conveniente para o seu trabalho. Sobre tal fato, porém, existem controvérsias
A equivalência entre os sistemas Fahrenheit, usado nos Estados Unidos e Inglaterra, e Celsius, é a de que 32°F correspondem a 0°C, enquanto 212°F representam o mesmo que 100°C. Para que graus Fahrenheit possam ser transformados em graus Celsius (nome adotado por acordo internacional em 1948, para substituir a menção centígrados), basta diminuir 32 do primeiro e dividir o resultado por 5/9.
Exemplo: 50°F – 32 = 18, donde 18 dividido por 5/9 = 90/9, ou seja, 10°C.
Por volta de 1866 sir Thomas Clifford Albutt (1836-1925) observou que, embora os termômetros já fossem bastante utilizados pelos médicos, eles eram desajeitados e de formato pouco cômodo; às vezes requeriam mais de 20 minutos para uma leitura confiável. Isso o levou a inventar o termômetro clínico de mercúrio, muito menor que os modelos usados da época, e que requeria apenas 5 minutos para medir a temperatura. O termômetro de Allbutt ainda é o termômetro clínico dominante, apesar da recente introdução do termômetro digital.
Termômetro Digital
Fonte: mocomi.com/saude.gov.br/www.fernandodannemann.recantodasletras.com.br
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