Uso das Letras – Regras Ortográficas
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Escreve -se com S e não com C/Ç as palavras substantivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent.
Exemplos: pretender – pretensão / expandir – expansão / ascender – ascensão / inverter – inversão / aspergir aspersão / submergir – submersão / divertir – diversão / impelir – impulsivo / compelir – compulsório / repelir – repulsa / recorrer – recurso / discorrer – discurso / sentir – sensível / consentir – consensual
Nos sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos.
Exemplos: freguês, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc.
Nos sufixos gregos: ase, ese, ise e ose.
Exemplos: catequese, metamorfose.
Nas formas verbais pôr e querer.
Exemplos: pôs, pus, quisera, quis, quiseste.
Nomes derivados de verbos com radicais terminados em d.
Exemplos: aludir – alusão / decidir – decisão / empreender – empresa / difundir – difusão
No diminutivos cujos radicais terminam com s
Exemplos: Luís – Luisinho / Rosa – Rosinha / lápis – lapisinho
Após ditongos
Exemplos: coisa, pausa, pouso
Em verbos derivados de nomes cujo radical termina com s.
Exemplos: anális(e) + ar – analisar / pesquis(a) + ar – pesquisar
Escreve-se com SS e não com C e Ç
Os nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou com verbos terminados por tir ou meter
Exemplos: agredir – agressivo / imprimir – impressão / admitir – admissão / ceder – cessão / exceder – excesso / percutir – percussão / regredir – regressão / oprimir – opressão / comprometer – compromisso / submeter – submissão
Quando o prefixo termina com vogal que se junta com a palavra iniciada por s
Exemplos: a + simétrico – assimétrico / re + surgir – ressurgir
No pretérito imperfeito simples do subjuntivo
Exemplos: ficasse, falasse
Escreve -se com C ou Ç e não com S e SS
Nos vocábulos de origem árabe
Exemplos: cetim, açucena, açúcar
Nos vocábulos de origem tupi, africana ou exótica
Exemplos: cipó, Juçara, caçula, cachaça, cacique
Nos sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu.
Exemplos: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, esperança, carapuça, dentuço
Nomes derivados do verbo ter.
Exemplos: abster – abstenção / deter – detenção / ater – atenção / reter – retenção
Após ditongos
Exemplos: foice, coice, traição
Palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r)
Exemplos: marte – marciano / infrator – infração / absorto – absorção
Nos sufixos ez e eza das palavras derivadas de adjetivo
Exemplos: macio – maciez / rico – riqueza
Nos sufixos izar (desde que o radical da palavra de origem não termine com s)
Exemplos: final – finalizar / concreto – concretizar
Como consoante de ligação se o radical não terminar com s.
Exemplos:pé + inho – pezinho / café + al – cafezal ? lápis + inho – lapisinho
Nas palavras de origem grega ou árabe
Exemplos: tigela, girafa, gesso.
Estrangeirismo, cuja letra G é originária.
Exemplos: sargento, gim.
Nas terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas exceções)
Exemplos: imagem, vertigem, penugem, bege, foge.
Observação
Exceção: pajem
Nas terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio.
Exemplos: sufrágio, sortilégio, litígio, relógio, refúgio.
Nos verbos terminados em ger e gir.
Exemplos: eleger, mugir.
Depois da letra r com poucas exceções.
Exemplos: emergir, surgir.
Depois da letra a, desde que não seja radical terminado com j.
Exemplos: ágil, agente.
Nas palavras de origem latinas
Exemplos: jeito, majestade, hoje.
Nas palavras de origem árabe, africana ou exótica.
Exemplos: alforje, jibóia, manjerona.
Nas palavras terminada com aje.
Exemplos: laje, ultraje
Escreve -se com X e não com CH
Nas palavras de origem tupi, africana ou exótica.
Exemplos: abacaxi, muxoxo, xucro.
Nas palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J).
Exemplos: xampu, lagartixa.
Depois de ditongo.
Exemplos: frouxo, feixe.
Depois de en.
Exemplos: enxurrada, enxoval
Observação:
Exceção: quando a palavra de origem não derive de outra iniciada com ch – Cheio – enchente)
Escreve -se com CH e não com X
Nas palavras de origem estrangeira
Exemplos: chave, chumbo, chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.
Uso da letra ” K “
1 – A letra K é substituída por “qu” antes de “e” e “i”, e por “c” antes de outra qualquer “letra”.
Exemplos:
Breque, caqui, caulim, faquir, níquel…
Kaiser (alemão) aportuguesando temos-cáiser.
Kamerum (alemão) aportuguesando temos-camarões
Basket (inglês) aportuguesando temos-basquete
Kitchenette (inglês) aportuguesando temos-quitinete
2 – Conserva-se a letra “K”:
Nas abreviaturas de:
K- símbolo químico do potássio;
Kg – quilograma;
Km – quilômetro;
Kw – quilowatt;
Kl – quilolitro;
Kgm – quilogrâmetro;
Kr – símbolo químico do criptônio;
Kwh – quilowatt-hora
Com os nomes próprios personativos e locativos estrangeiros e seus derivados como: Kafka, Kentucky, Kafkiano, Kentuckyano, Frankliniano, Kantismo, Kepleriano, Perkinismo, Kant, Kardec, Bismarck…
1 – É substituída por “v” ou por “u” nos aportuguesamentos.
Exemplos:
Wermut (alemão)-vermute
Twiter (inglês)-tuiter
2 – Nos derivados vernáculos de nomes próprios estrangeiros:
Exemplos:
Darwin, darwinismo;
Wagner, wagneriano;
Zwinglianista…
3 – Como símbolo e abreviatura, usa-se:
Kw – quilowatt
W – oeste ou tungstênio;
W – watt
Ws – watt-segundo
1 – É substituída pela letra “i” nas palavras aportuguesadas
Exemplos:
Boy (inglês) – bói
Yacht (inglês) – iate
Y (ítrio (ytrium)
Yd – jard
Yt – ytterbium
2 – Nos derivados de nomes próprios estrangeiros…
Exemplos: Byroniano, Taylorista, Maynardina, Disney, Disneylandia.
O “y” é empregado em matemática como uma das incógnitas algébricas.
Uso da Letra ” G “
a) As palavras de importação estrangeira, em cuja origem aparece o “G”:
Exemplos: Gim (ing.), ágio, (ital.), sege (fr.), geléia, herege…
b) As palavras em que há as terminações: ágio, égio, ígio, ógio e úgio:
Exemplos: Estágio, egrégio, remígio, relógio, refúgio.
c) As palavras com os sufixos verbais – ger, – gir:
Exemplos: Eleger, fingir, fugir, proteger, submergir
d) As palavras com o emprego do “G” depois da vogal inicial “A”:
Exemplos: Agente, ágil, agiota, agitar…
Uso da Letra ” H “
OBSERVAÇÃO:
Se o segundo elemento for ligado ao primeiro sem hífen: lobisomem.
a) Por força da etimologia:
Exemplos: Harpa, hindu, horta, humilde, hosana, hendecassílabo…
b) Bahia – nome de estado, os derivados, todavia, não são com “h”: baiana, baianada, baiano…
c) As palavras sofreram transformações com a queda do “h” nas palavras:
Exemplos: Iate, ontem, úmido, úmero…
Amá – lo – ei, ser – lhe – ei, trá – lo – ás.
Uso da Letra” E ” e do ” I “
a) Se o verbo termina em-oar ou em-uar, escreve-se com “e” no final das formas verbais.
Exemplos:
Abençoe (v. abençoar)
Aperfeiçoe (v. aperfeiçoar)
Continue (v. continuar)
Efetue (v. efetuar)
b) Se o verbo termina em-uir, escreve-se com “i” no final das formas verbais.
Exemplos:
Contribui (v. contribuir)
Influi (v. influir)
Possui (v. possuir)
Restitui (v. restituir)
Uso da Letra ” J “
a) As palavras de origem árabe, indígena, africana ou mesmo populares com sentido exótico, quando se sente o som palatal do “J”:
Exemplos: Alfanje, alforje, jibóia, jiló, jenipapo, pajé, jipe, jiu – jitsu, jirau, jingar, manjericão, jerivá,….
b) As palavras derivadas de outras escritas com “J” (Observe dentro dos parênteses):
Exemplos: Gorjeio, gorjear, gorjeta (de gorja), sarjeta (de sarja), lisonjear, lisonjeiro (de lisonja).
c) Nos substantivos sempre que a etimologia não justificar um “g”, represente – se o som palatal por “j”.
Exemplos: Arranje (arranjar), suja (sujar), viaje (viajar)…
e) substantivos vindos de verbos em “JAR”:
Exemplos: arranjo, sujeira, jia, jerico, manjerona, caçanje, …
Uso do ” CH “
1 – De “fl” e “pl” latinos para “ch”:
Exemplos: Chão, chave, cheirar, chorar, chuva, …
2 – As palavras vindas do francês:
Exemplos: Brocha, chalé, chapéu, , chefe, …
3 – As palavras vindas do espanhol:
Exemplos: Apetrecho, endicha, mochila, …
4 – As palavras oriundas do italiano:
Exemplos: Chusma, espadachim, flecha, salsicha, …
5 – As palavras oriundas do alemão e do inglês:
Exemplos: Chope, cheque, sanduíches, …
Uso do ” Ç ” e do ” C”
1 – De “T” para “”C”: (de absorto)
Exemplos:
absorção, (de alto)
alçar, (de canto)
canção, (de executar)
execução, (de redentor)
redenção, (de isento)
isenção, …
2 – De TER para TENÇÃO: (de abster)
Exemplos:
abstenção, (de ater)
atenção, (de deter)
detenção.
3 – As palavras com uso do “Ç” e “C” depois do ditongo: Foice, feição, traição, …
4 – As palavras com “Z” espanhol passou para “Ç”: (de azucar) – açúcar, (de danza) – dança, (de Suiza) – Suisça, …
5 – O “SC” passou para “C”: (de scientia – “sc” inicial do latim) – ciência, (de scena) – cena, (de scintillare – latim) – cintilar.
Uso do ” S ” com som de ” SE”
Os verbos tendo – ND – mudam para – NS – : (de pretender) – pretensão, pretensioso.
(de estender) – extensão.
(de ascender) – ascensional.
(de pender) pênsil, pensão
(de tender) – tensão
(de contender) – contensão.
(de distender) – distensão
Baseado na correlação de ” – ND para – NS”, você terá:
De RG – RS – (de aspergir) – aspersão, (de imergir) – imersão.
De RT – RS – (de inverter) – inversão…
Concluindo os cognatos – “de PEL para PULS” – (de expelir) – expulsão; (de impelir) – impulsão.
“De CORR para CURS”: (de correr) – curso, (de discorrer) – discurso, assim como: excursão…
De SENT para SENS (de sentir) – senso, consenso, sensível.
2 – Havendo sufixo erudito ” -ense”:
Amazonense, paraense, riograndense, piauiense, espírito – santense.
Nos grupos “ist”, “ust” -misto, -mistura, justapor, justalinear…
Uso do ” S ” com som de ” Z “
1 – Os verbos formados de substantivos a que se acrescentam o sufixo verbal ” – ar”:
Analisar (de análise), avisar (de aviso), frisar (de friso), irisar (de íris), abusar (de abuso), pesquisar (de pesquisa)…
2 – As palavras de verbos que tenham ” – D”, mudando em ” – S”: Alusão, alusivo (de aludir), decisão, decisivo (de decidir)…
3 – As palavras formadas de verbos que tenham ” – ND”, mudando em ” – S”: Defesa (de defender), despesa (de despender), surpresa (de surpreender), empresa (de empreender), teso (de tender)…
NOTA – Os itens no.s 2 e 3 pela correção entre “S” e “D” e “S” e “ND” têm a base para o emprego de ” – S” com som de “Z” em palavras que representem a mesma característica.
4 – As palavras com títulos de nobreza escritas com “S”: Baronesa, duquesa, marquesa, princesa
5 – As palavras com substantivos gentílicos terminados em “S” no masculino: (chinês, inglês, português, francês, japonês, chinesa, inglesa, portuguesa, francesa, japonesa).
6 – As palavras que têm ditongo escreve – se “S”: Causa, coisa, lousa, maisena, Neusa, Sousa…
7 – As palavras depois da consoante “N”, quando o “S” é pronunciado com som de “Z” e vem antes de vogal: “transa”, transe, transação, trânsito, transitório.
8 – As palavras em formas verbais, cujo infinitivo não têm “Z”: Pus, puser, pusera, pusesse (de, por), quis, quiser, quisera, quisesse (de querer).
Sendo que se o infinitivo do verbo tiver “Z”, então escreve – se “Z” como: Fazer, fiz, fizer, fizesse, fizera. Dizer, dizia, dizerem…
9 – Os diminutivos formados de palavras primitivas contendo “S”:
Exemplos:
Luís, – Luisinho,
Rosa, – Rosinha,
Teresa, – Teresinha.
10 – As palavras vindas de substantivos (veja dentro dos parênteses):
(de burgo): burguesia, burguesa, burguês;
(de corte): cortesia, cortês;
(de campo): camponesa, camponês;
11 – As palavras femininas escritas com sufixo “ISA”: Papisa, pitonisa, sacerdotisa, poetisa.
Uso do ” SC “
Os termos eruditos latinos (emprestados) são escritos com “SC”, enquanto os populares (herdados) e os de formação vernácula se escrevem com “C”
Exemplos: arborescer, crescer, florescer, intumescer, presciência, rescindir…
Celso Pedro Luft, em seu livro Guia Ortográfico, disse: Ö desejável para a simplificação ortográfica seria substituir o dígrafo “SC” por “C”, em todos os casos como se fez com o “SC” inicial: cena, ciência, cintilar, …
Uso do ” SS “
a) De GRED para GRESS – (de agredir) agressão, agressivo; (de progredir) -progressão.
b) De PRIM para PRESS – (de imprimir) – impressão, (de oprimir) -opressão.
c) De TIR para SSÃO – (de admitir) -admissão, (de permitir) -permissão.
d) Do latim a palavra persona – pessoa – logo “RS – SS”;
Do latim a palavra – pérsico – pêssego.
e) Do latim a palavra “dixi” – disse, logo “X” – “SS”;
Do latim a palavra – sexaginta – sessenta.
f) As palavras em que há prefixo em vogal ou terminado por ela; logo, “SE” juntado a palavras que comecem por “S”, este deve ser dobrado, para se ter o tom de “SÊ” assilábico, assindeto, ressurgir, assindética, assimilado.
Uso da Letra ” X “
a) “x” – depois de “en” – enxada, enxovar, enxugar, enxaqueca, enxoval, …
EXCEÇÕES: encher, enchova, encharcar.
b) “x” – depois de “ME” inicial – mexer, mexicano, mexilhão , mexoalho…
c) O “x” com o som de “/ks/” anexar, fixação, óxido, paradoxo, bórax, clímax, índex, látex, tórax, táxi , fixo , nexo…
d) O dígrafo consonantal “XC” intervocálico:
EXCEÇÕES: excelência, excelso, excêntrica, excitar, …
Uso da Letra ” Z ”
1 – De “C” para “Z”: (de ácido) – azedo, (de ferocidade) – feroz, (de contumácia) – contumaz, (de felicidade), feliz, (de preço) – prezar, de vacivo – latim) – vazio, (de vicino – latim) – vizinho, (de velocidade) – veloz, …
2 – As palavras quando formadas entram como consoante de ligação (eufônica) para evitar um som desagradável: Cafezal, pazada, pezinho, …
3 – As palavras oriundas do latim em:
Acem – ecem – icem – ocem – ucem.
Capaz – mordaz – feliz – feroz – mordaz – luz.
4 – Coração
Corações + zinhos – coraçõezinhos
Carretel – carretéis + zinhos – carreteizinhos
Pão – pães + zinhos – pãezinhos
Porque – Por que – Por quê – Porquê
Você deve lembrar-se de que a palavra “que” será acentuada no final da frase.
Exemplo:
Você estudou o quê ?
A menina precisa de quê ?
O menino vive de quê ?
Escreve-se “porque”-junto e sem acento-sendo uma conjunção causal ou explicativa (= geralmente eqüivale a pois).
Exemplo:
Tirou uma ótima nota porque estudou muito ,
Estude, porque as provas estão próximas.
Estudo porque preciso.
Escreve-se “por que”-separado-
Refere-se a preposição “por” seguida de pronome relativo que-eqüivale a “pelo qual” e “flexões”.
Exemplo:
Este é o assunto por que estudas bem.
Referindo-se a preposição “por” seguida do pronome interrogativo “que”-quando depois dele vier escrita ou subentendida a palavra “razão”. Isto ocorrerá no final da frase e deverá ser acentuado
Exemplo:
Por que razão não estudou ?
Você precisa de quê ?
Maria faltou por quê ?
Pedro e Paulo não vieram por quê ?
No início da frase, fazendo-se uma pergunta.
Exemplo:
Por que chegou atrasado ?
Escreve-se “porquê”-junto e com acento-sendo um substantivo- neste caso estará precedido de artigo ou palavra determinante.
Exemplo:
Nem o Presidente sabe o porquê da corrupção.
Li pouco, eis o porquê da questão.
Tirou boa nota porque estudou. Eis o porquê.
Porque – Por que – Por quê – Porquê – Exemplos
Por que (separado e sem acento) é usado nos seguintes casos:
a. Nas frases interrogativas:
Por que o dólar subiu?
Por que o projeto foi rejeitado?
Por que as obras ainda não começaram?
b. Sempre que o sentido for “por que razão”, “por que motivo”, “a razão por que/pela qual”, “o motivo por que/pelo qual”, estejam essas palavras expressas ou subentendidas:
Não se sabe por que o império maia entrou em declínio.
O funcionário explicou por que havia faltado.
Esse é o motivo por que a reunião foi adiada.
Observação: Com esse sentido, por que é também usado nos títulos: Por que apoiar a proposta; Entenda por que o dólar subiu; e após as palavras daí e eis: Daí (Eis) por que a reunião foi adiada.
c. Quando equivaler a “por isto” ou a “pelo qual/pelos quais”, “pela qual/pelas quais”:
Torcemos por que tudo se resolva logo. (= torcemos por isto)
O Relator estava ansioso por que começasse a votação. (= ansioso por isto)
Muitos foram os perigos por que (pelos quais) passamos.
A causa por que (pela qual) tanto lutamos agora é lei.
Por quê (separado e com acento) é usado nos mesmos casos acima, mas somente quando incide no final da frase ou antes de ponto-e-vírgula ou dois-pontos (ou seja, quando se segue pausa longa):
O projeto foi rejeitado por quê?
Há pessoas que vivem insatisfeitas sem saber por quê. Eis por quê: por não saberem o que querem.
Na terapia gestalt, não se pergunta “por quê”; antes, indaga-se “para quê”.
Porque (junto e sem acento) é usado:
a. Para introduzir explicação, causa, motivo, podendo ser substituído por conjunções causais como pois, porquanto, visto que:
Traga agasalho, porque vai fazer frio. A reunião foi adiada porque faltou energia.
Porque ainda é cedo, proponho esperarmos um pouco mais.
b. Nas frases interrogativas a que se responde com “sim” ou “não”:
Ele não votou o projeto porque estava de licença? Essa medida provisória está na pauta de votação porque é urgente?
c. Como conjunção final (= para que), levando o verbo para o subjuntivo:
Rezo porque tudo corra bem. Não expressou sua opinião porque não desanimasse os colegas.
Observação: Contemporaneamente, para exprimir finalidade, objetivo, prefere-se usar para que em lugar de porque: Rezo para que tudo corra bem.
Porquê (junto e com acento) é sinônimo de motivo, causa, indagação.
Por ser substantivo, admite artigo e pode ir ao plural: Os considerandos são os porquês de um decreto.
O Relator explicou o porquê de cada emenda.
Qual é o porquê desta vez?
“Menos” ou “Menas”
Não se pode esquecer de que a palavra menos é invariável, sendo incorreto usar a palavra menas.
Exemplo:
Havia menos meninas na sala
de aula. (e não menas…)Ponha menos água na bacia.
(e não menas…)
Mal ou Mau
Mau – seu antônimo é bom, ou seja, pode-se subentender a palavra bom no lugar de mau-e é adjetivo.
Exemplo:
Era um mau momento.
Escolheu um mau aluno…
Refiro-me ao mau estudante…
Mal – seu antônimo é bem, ou seja, pode-se subentender a palavra bem, no lugar de mal-pode:
Funcionar como substantivo
O mal, às vezes, tem remédio.
O avô foi atacado por um mal incurável.
Eqüivalem a ” assim que”-sendo uma conjunção temporal.
Mal saiu, ele chegou.
Mal disse, o fato aconteceu
Funcionar como advérbio de modo
A menina se comportou mal.
O aluno leu mal.
Mais bem
Mais bem (mais mal) ou melhor (pior)
Observe que devemos usar mais bem (mais mal) quando essa expressão vem antes de um verbo no particípio.
Exemplo:
O estudante mais bem preparado também fica nervoso.
As casas mais mal construídas estão naquela rua.
Devemos usar melhor ou pior junto a verbos e (depois do particípio)
Exemplo:
Ninguém conhece melhor a saúde do doente do que o próprio médico.
A menina sente-se pior.
Há ou A
Há
Está relacionado com a indicação de tempo.
Emprega-se:
Há-indicando tempo passado(eqüivale a faz)
Exemplo:
Há dez dias que o aluno não comparece
Há meses que ele estudou este assunto.
A
Indicando tempo futuro.
Exemplo:
Daqui a dois dias haverá reunião.
Ele chegará daqui a três dias.
Cessão – sessão – seção – secção
Cessão
Cessão-refere-se ao ato de ceder.
José fez cessão da percentagem recebida.
A cessão dos lotes para a construção do edifício .
Agradou a todos a cessão do terreno para construir O ginásio poliesportivo.
Sessão
Indica uma reunião.
Assistimos a uma sessão espírita
Aos deputados reuniram-se em sessão extraordinária.
Seção
Local de trabalho
Ele trabalha na seção de esporte.
Secção
Seccionar, cortar, parte de um todo.
Houve a secção horizontal do prisma.
Lemos a notícia na seccão de esportes.
A cerca de, acerca de ou há cerca de
A cerca de significa a uma distância.
Exemplo:
Vitória fica a cerca de uma hora , de carro , de Anchieta.
Governador Valadares fica a cerca de cinco horas de carro de Vitória.
Acerca de significa sobre
Exemplo:
Conversaram acerca de política salarial
Há cerca de significa que “faz ou existem” aproximadamente
Exemplo:
Moro nesta casa há cerca de nove anos
Há cerca de vinte e dois mil candidatos concorrentes às vagas do concurso.
Fonte: www.brazilianportugues.com/www.graudez.com.br
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