Separação Silábica

Separação Silábica – O que é

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Sílaba

Conjunto de sons que pode ser emitido numa só expiração. Pode ser aberta ou fechada se terminada por vogal ou consoante, respectivamente.

Na estrutura da sílaba existe, necessariamente, uma vogal, à qual se juntam, ou não, semivogais e/ou consoantes. Assim, não há sílaba sem vogal e esse é o único fonema que, sozinho, forma sílaba.

A maneira mais fácil para separar as sílabas é pronunciar a palavra lentamente, de forma melódica.

Toda consoante precedida de vogal forma sílaba com a vogal seguinte. Merece a lembrança de que m e n podem ser índices de nasalização da vogal anterior, acompanhando-a na sílaba. (ja-ne-la, su-bu-ma-no, é-ti-co, tran-sa-ma-zô-ni-ca; mas bom-ba, sen-ti-do)

Consoante inicial não seguida de vogal fica na sílaba seguinte (pneu-má-ti-co, mne-mô-ni-co). Se a consoante não seguida de vogal estiver dentro do vocábulo, ela fica na sílaba precedente (ap-to, rit-mo).

Os ditongos e tritongos não se separam, porém no hiato cada vogal está numa sílaba diferente.

Os dígrafos do h e do u também são inseparáveis, os demais devem ser separados. (cha-ve, ne-nhum, a-qui-lo, se-gue)

Em geral, os grupos consonantais onde a segunda letra é l ou r não se separam. (bra-ço, a-tle-ta)

Em sufixos terminados por consoante + palavra iniciada por vogal, há união dessa consoante final com a vogal, não se considerando a integridade do elemento mórfico (bi-sa-vô ? bis-ne-to, tran-sa-cio-nal ? trans-pa-ren-te).

As letras duplas e os encontros consonantais pronunciados disjuntamente devem ser separados. (oc-cip-tal, ca-a-tin-ga, ad-vo-ga-do, dig-no, sub-li-nhar, ab-ro-gar, ab-rup-to)

Na translineação, devem-se evitar separações que resultem no fim de uma linha ou no início da outra vogais isoladas ou termos grosseiros. (i//déi//a, cus//toso, puta//tivo, fede//ral)

Dependendo da quantidade de sílabas, as palavras podem ser classificadas em: monossílaba (mono = um), dissílaba (di = dois), trissílaba (tri = três) e polissílaba (poli = vários / + de quatro)

Separação Silábica – Palavras

1 – A divisão de sílabas se processa pela silabação das palavras, jamais pelos elementos constitutivos de sua formação. Sabemos, por exemplo, que bisavô se forma de bis + avô, mas, na silabação, teremos bi-sa-vô, sendo esta a separação correta.

2 – Toda consoante precedida de vogal forma sílaba com a vogal seguinte:

janela …………… ja-ne-la

ético ……………. é-ti-co

desumano ……. de-su-ma-no

subumano ……. su-bu-ma-no

subabitação ….. su-ba-bi-ta-ção

superativo …….. su-pe-ra-ti-vo

hiperácido …….. hi-pe-rá-ci-do

Observação:

Como vimos nos dígrafos, as letras m e n muitas vezes são índices de nasalização da vogal anterior.

Para efeitos fônicos, é como se fossem til: transandino, consorte, sentido, bomba, campo, lindo.

Por isso, justificam-se por essa mesma regra as separações: tran-san-di-no, tran-sa-ma-zô-ni-co, con-sor-te, sen-ti-do, bom-ba, cam-po, lin-do.

3 – O que se pode e o que não se pode separar:

Não se separam:

1) os ditongos e os tritongos: lei, fai-xa, a-zei-te, fé-rias, lé-gua, nó-doa, cha-péu, ji-bói-a, mai-o a-ve-ri-güei, quais, pa-ra-guai-a;

2) os dígrafos do “h” e do “u”: cha-ve, fi-lho, ne-nhum, a-qui-lo, se-gue, se-quer;

3) os encontros consonantais no início de palavras: gno-mo, mne-mô-ni-co, pneu-má-ti-co, psi-có-lo-go;

4) em geral, os grupos consonantais em que a segunda letra é “l” ou “r”: a-tle-ta, o-blí-quo, a-tri-to, sa-cro, le-tra, a-dro.

Separam-se:

a) os hiatos: vô-o, ga-ú-cho, fi-lo-so-fi-a, ca-no-a, a-í, Le-o;

b) os dígrafos “rr”, “ss”, “sç”, “sc” e “xc”: bar-ro, os-so, des-ça, nas-ce, ex-ce-to;

c) os encontros consonantais pronunciados disjuntamente: ad-vo-ga-do, dig-no, ar-te, per-cus-são, sub-di-re-tor, sub-li-nhar (pronuncia-se como sub-lo-car);

d) as consoantes duplas: oc-ci-pi-tal, fric-ção;

e) os encontros consonantais (de mais de duas consoantes) em que aparece “s” separam-se depois do “s”: es-tre-la, des-pres-tí-gio, in-ters-tí-cio, feldspa-to, pers-cru-tar, ins-tru-ir.

4 – É claro que, se a palavra já for separada por hífen, essa separação será respeitada, e, na passagem de uma linha para a outra (translineação), tal hífen até deve ser repetido:

………………………………. ex-

-atleta …………………………….

…………………………….. disse-

-nos ……………………………….

……………………………… obra-

-prima …………………………….

……………………………… auto-

-retrato …………………………..

5 – Na translineação, devem-se evitar separações de que resultem, no fim de uma linha ou no início da outra:

a) letras isoladas:

………………………………….. e-

duca…………………………….. ………………………………… ba-

ú ……………………………………

b) termos grosseiros:

……………………………….cus-

toso ……………………………….

………………………………puta-tivo…………………………………

…………………………….. após-

tolo ………………………………..

Separação Silábica – Divisão

A divisão de qualquer vocábulo, assinalada pelo hífen, em regra se faz pela soletração, e não pelos seus elementos constitutivos segundo a etimologia.

Fundadas neste princípio geral, cumpre respeitar as seguintes normas:

1.ª – A consoante inicial não seguida de vogal permanece na sílaba que a segue: cni-do-se, dze-ta, gno-ma, mne-mô-ni-ca, pneu-má-ti-co, etc.

2.ª – No interior do vocábulo, sempre se conserva na sílaba que a precede a consoante não seguida de vogal: ab-di-car, ac-ne, bet-as-mita, daf-ne, drac-ma, ét-ni-co, nup-cial, ob-fir-mar, op-ção, sig-ma-tismo, sub-por, sub-ju-gar, etc.

3.ª – Não se separam os elementos dos grupos consonânticos iniciais de sílaba nem os dos digramas ch, lh e nh: a-blu-ção, a-bra-sar, a-che-gar, fi-lho, ma-nhã, etc.

OBSERVAÇÃO Nem sempre formam grupos articulados as consonâncias bl e br: nalguns casos o l e o r se pronunciam separadamente, e a isso se atenderá na partição do vocábulo; e as consoantes dl, a não ser no termo anomatopéico, dlim, que exprime toque de campanhia, proferem-se desligadamente, e na divisão silábica ficará o hífen entre essas duas letras: Ex.: sub-lin-gual, sub-ro-gar, ad-le-ga-ção, etc.

4.ª – O sc no interior do vocábulo biparte-se, ficando o s numa sílaba e o c na sílaba imediata: a-do-les-cen-te, con-va-les-cer, des-cer, ins-ci-en-te, pres-cin-dir, res-ci-são, etc.

OBSERVAÇÃOForma sílaba com o prefixo antecedente o s que precede consoante: abs-tra-ir, ads-cre-ver, ins-cri-ção, ins-pe-tor, ins-tru-ir, in-ters-tí-cio, pers-pi-caz, subs-cre-ver, subs-ta-be-le-cer, etc.

REGRAS PARA DIVISÃO SILÁBICA

Na modalidade escrita, indicamos a divisão silábica com o hífen. Esta separação obedece às regras de silabação.

Não se separam

1. as letras com que representamos os dígrafos ch, lh e nh:

cha-ma
ma-lha
ma-nhã
a-char
fi-lho
a-ma-nhe-cer

2. os encontros consonantais que iniciam sílaba:

a-blu-ção
cla-va
re-gra
a-bran-dar
dra-gão
tra-ve

3. a consoante inicial seguida de outra consoante:

gno-mo
mne-mô-ni-co
psi-có-ti-co

4. as letras com que representamos os ditongos:

a-ni-mais
cá-rie
sá-bio
gló-ria
au-ro-ra
or-dei-ro
jó-ia
réu

5. as letras com que representamos os tritongos:

a-güen-tar
sa-guão
Pa-ra-guai
u-ru-guai-a-na
ar-güiu
en-xá-guam

Separam-se

1. as letras com que representamos os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc:

car-ro
pás-sa-ro
des-ci-da
cres-ça
ex-ce-len-te

2. as letras com que representamos os hiatos:

sa-ú-de
cru-el
gra-ú-na
re-cu-o
vô-o

3. as consoantes seguidas que pertencem a sílabas diferentes:

ab-di-car
cis-mar
ab-dô-men
bis-ca-te
sub-lo-car
as-pec-to

Divisão de palavras no fim da linha

Muitas vezes, quando estamos produzindo um texto, não há espaço no final da linha para escrevermos uma palavra toda. Devemos, então, recorrer a sua divisão em duas partes. Esta partição é sempre indicada com hífen e obedece s regras de separação silábica que acabamos de mencionar.

Exemplo:

Todo aquele passado doloroso, de que mal começava a despreender-se, surgiu de novo ante ela, como um espectro im- placável. Curtiu novamente em uma hora que ali esteve imóvel todas as aflições e angústias, que havia sofrido durante dois anos. Esta fita escarlate queimava-lhe os olhos e os dedos como uma lâmina em brasa, e ela não tinha forças para retirar a vista e a mão das letras de ouro e púrpura, que entrelaçavam com o nome de seu marido, o nome de outra mulher. (José de Alencar)

Divisão silábica

As sílabas das palavras são separadas pela soletração na fala e pelo hífen na escrita. Ex.: tesoura – te-sou-ra.

Separam-se as vogais que formam hiatos e os dígrafos rr, ss, sc, xc, sç. Ex.: sa-í-da, pas-sa-ri-nho, car-ro, as-cen-são, ex-ce-to, ex-ce-len-te, nas-ça, cres-ça.

E, separam-se palavras como teia, maio, praia, meia e balaio (ditongo+hiato). Ex.: tei-a, mai-o, prai-a, mei-a e ba-lai-o.

Não se separam os ditongos, os tritongos, os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu e os encontros consonantais perfeitos (consoante+l+r). Ex.: au-ro-ra, Pa-ra-guai, cha-ve, a-lho, ni-nho, guer-ra, quei-jo, a-plau-so, li-vrei-ro, a-che-gar, fi-lho.

Os outros encontros consonantais devem ser separados. Ex.: in-dig-no, af-ta, in-te-lec-ção, rit-mo, ap-to.

Separam-se o l ou r dos encontros consonantais caso venham pronunciados separadamente. Ex.: sub-lin-gual, sub-le-gen-da, ab-rup-ção.

A divisão silábica, que em regra se faz pela soletração (a-ba-de, bru-ma, ca-cho, lha-no, ma-lha, ma-nha, má-xi-mo, ó-xi-do, ro-xo, te-me-se), e na qual, por isso, se não tem de atender aos elementos constitutivos dos vocábulos segundo a etimologia (a-ba-li-e-nar, bi-sa- vó, de-sa-pa-re-cer, di-sú-ri-co, e-xâ-ni-me, hi-pe-ra-cús-ti-co, i-ná-bil, o-ho-vai, su-bo-cu-lar, su-pe-rá-ci-do).

Obedece a vários preceitos particulares, que rigorosamente cumpre seguir, quando se tem de fazer em fim de linha, mediante o emprego do hífen, a partição de uma palavra:

1º) São indivisíveis no interior de palavra, tal como inicialmente, e formam, portanto, sílaba para a frente as sucessões de duas consoantes que constituem perfeitos grupos, ou sejam (com exceção apenas de vários compostos cujos prefixos terminam em h, ou d: ab- legação, ad- ligar, sub- lunar, etc., em vez de a-blegação, a-dligar, su-blunar, etc.) aquelas sucessões em que a primeira consoante é uma labial, uma velar, uma dental ou uma labiodental e a segunda um l ou um r: ablução, ce- le-brar, du-plicação, re-primir; a-clamar, de-creto, de-glutição, re-grado; a-tlético, cáte-dra, períme-tro; a-fluir, a-fricano, ne-vrose.

2º) São divisíveis no interior da palavra as sucessões de duas consoantes que não constituem propriamente grupos e igualmente as sucessões de m ou n, com valor de anasalidade, e uma consoante: ab-dicar, Ed-gordo, op-tar, sub-por, absoluto, ad-jetivo, af-ta, bet-samita, íp-silon, ob-viar; des-cer, dis-ciplina, flores-cer, nas-cer, res-cisão; ac-ne, ad-mirável, Daf- ne, diafrag-ma, drac-ma, ét-nico, rit-mo, sub-meter, am-nésico, interam- nense; bir-reme, cor-roer, pror-rogar; as-segurar, bis-secular, sos- segar; bissex-lo, contex-to, ex-citar, atroz-mente, capaz-mente, infeliz- mente; am-bição, desen-ganar, en-xame, man-chu, Mân-lio, etc.

3º) As sucessões de mais de duas consoantes ou de m ou n, com o valor de nasalidade, e duas ou mais consoantes são divisíveis por um de dois meios: se nelas entra um dos grupos que são indivisíveis (de acordo com o preceito 1º), esse grupo forma sílaba para diante, ficando a consoante ou consoantes que o precedem ligadas à sílaba anterior; se nelas não entra nenhum desses grupos, a divisão dá-se sempre antes da última consoante. Exemplos dos dois casos: cambraia, ec-tlipse, em-blema, ex- plicar, in-cluir, ins-crição, subs-crever, trans-gredir; abs-tenção, disp- neia, inters-telar, lamb-dacismo, sols-ticial, Terp-sícore, tungs-tênio.

4º) As vogais consecutivas que não pertencem a ditongos decrescentes (as que pertencem a ditongos deste tipo nunca se separam: ai-roso, cadei-ra, insti-tui, ora-ção, sacris-tães, traves-sões) podem, se a primeira delas não é u precedido de g ou q, e mesmo que sejam iguais, separar-se na escrita: ala-úde, áre-as, co-apeba, co-ordenar, do-er, flu-idez, perdo- as, vo-os.

O mesmo se aplica aos casos de contiguidade de ditongos, iguais ou diferentes, ou de ditongos e vogais: cai-ais, caí-eis, ensaí-os, flu-iu.

5º) Os digramas gu e qu, em que o u se não pronuncia, nunca se separam da vogal ou ditongo imediato (ne- gue, ne- guei; pe- que, pe- quei, do mesmo modo que as combinações gu e qu em que o u se pronuncia: á-gua, ambí-guo, averi-gueis; longín-quos, lo-quaz, quais- quer.

6º) Na translineação de uma palavra composta ou de uma combinação de palavras em que há um hífen, ou mais, se a partição coincide com o final de um dos elementos ou membros, deve, por clareza gráfica, repetir-se o hífen no início da linha imediata: ex-alferes, serená- -los-emos ou serená-los- -emos, vice- -almirante.

Fonte: www.graudez.com.br/www.colegiosaofrancisco.com.br/www.portaldalinguaportuguesa.org

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