Tomás Vieira da Cruz
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Coqueiros esguios – leques ao vento
abanando a Ilha.
Um dongo flutua
na baia.
E ela, a negra maravilha
condecorada com reflexos de prata
com que o céu a está beijando,
com que o céu a está vestindo,
– adormeceu sonhando
placidamente sorrindo.
Nas águas verdes da baia calma,
caem pétalas vermelhas
de uma linda flor de ónix!
E o timoneiro, um preto atleta,
jovem pescador
é um brutal Cupido,
– é o Deus do Amor
em bronze reproduzido!
Nas águas verdes da baia calma,
caem pétalas de sangue,
duma flor já desfolhada…
Um dongo flutua
na baia.
Vai rompendo a madrugada!
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