Pois meus olhos não cansam de chorar (1595)

Sonetos de Luís Vaz de Camões

PUBLICIDADE

Pois meus olhos não cansam de chorar

tristezas, que não cansam de cansar me;

pois não abranda o fogo em que abrasar me

pôde quem eu jamais pude abrandar;

não canse o cego Amor de me guiar

a parte donde não saiba tornar me;

nem deixe o mundo todo de escutar me,

enquanto me a voz fraca não deixar.

E se nos montes, rios, ou em vales,

piedade mora, ou dentro mora Amor

em feras, aves, plantas, pedras, águas,

ouçam a longa história de meus males

e curem sua dor com minha dor;

que grandes mágoas podem curar mágoas

Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br

 

Veja também

Os Reis Magos

PUBLICIDADE Diz a Sagrada Escritura Que, quando Jesus nasceu, No céu, fulgurante e pura, Uma …

O Lobo e o Cão

Fábula de Esopo por Olavo Bilac PUBLICIDADE Encontraram-se na estrada Um cão e um lobo. …

O Leão e o Camundongo

Fábula de Esopo por Olavo Bilac PUBLICIDADE Um camundongo humilde e pobre Foi um dia …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site é protegido por reCAPTCHA e pelo Googlepolítica de Privacidade eTermos de serviço aplicar.