Ondados fios d’ouro reluzente (1598)

Sonetos de Luís Vaz de Camões

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Ondados fios d’ouro reluzente,

que, agora da mão bela recolhidos,

agora sobre as rosas estendidos,

fazeis que sua beleza se acrecente;

Olhos, que vos moveis tão docemente,

em mil divinos raios entendidos,

se de cá me levais alma e sentidos,

que fora, se de vós não fora ausente?

Honesto riso, que entre a mor fineza

de perlas e corais nasce e parece,

se n’alma em doces ecos não o ouvisse!

Se imaginando só tanta beleza

de si, em nova glória, a alma se esquece,

que fará quando a vir? Ah! quem a visse!

Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br

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