Estâ-se a Primavera trasladando (1595)

Sonetos de Luís Vaz de Camões

PUBLICIDADE

Está o lascivo e doce passarinho

com o biquinho as penas ordenando;

o verso sem medida, alegre e brando,

espedindo no rústico raminho;

o cruel caçador (que do caminho

se vem calado e manso desviando)

na pronta vista a seta endireitando,

lhe dá no Estígio lago eterno ninho.

Dest’ arte o coração, que livre andava,

(posto que já de longe destinado)

onde menos temia, foi ferido.

Porque o Frecheiro cego me esperava,

para que me tomasse descuidado,

em vossos claros olhos escondido

Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br

Veja também

Os Reis Magos

PUBLICIDADE Diz a Sagrada Escritura Que, quando Jesus nasceu, No céu, fulgurante e pura, Uma …

O Lobo e o Cão

Fábula de Esopo por Olavo Bilac PUBLICIDADE Encontraram-se na estrada Um cão e um lobo. …

O Leão e o Camundongo

Fábula de Esopo por Olavo Bilac PUBLICIDADE Um camundongo humilde e pobre Foi um dia …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site é protegido por reCAPTCHA e pelo Googlepolítica de Privacidade eTermos de serviço aplicar.