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Taiga – O que é
A taiga é uma região geográfica caracterizada por florestas densas de coníferas (perenes) divididas por corpos de água.
Com seus invernos longos e frios e pouca luz, a taiga não suporta uma grande variedade de espécies. No entanto, a taiga cobre uma área maior do que qualquer outro tipo de floresta do mundo.
O nome taiga vem de uma palavra russa usada para descrever a floresta sempre verde da Sibéria.
Também é chamada de floresta boreal e é tirada da palavra boreas que significa vento norte.
A taiga está sempre sujeita ao vento norte porque está localizada apenas nas latitudes setentrionais do Hemisfério Norte, do Alasca, passando pelo Canadá, passando pela Eurásia, até a Sibéria, onde estão localizadas as maiores extensões de taiga. Em uma latitude semelhante no Hemisfério Sul, a terra é muito estreita e, portanto, influenciada pelo oceano, para suportar um ambiente semelhante à taiga.
Uma floresta típica de taiga é fria e escura, dividida por lagos, rios e pântanos. A árvore dominante é a conífera, uma árvore perene que se reproduz fazendo cones. A conífera está bem adaptada à taiga.
Possui galhos que se inclinam para baixo para evitar que a neve se acumule, além de forma pontiaguda e tronco flexível para lidar com ventos fortes. As condições de crescimento são duras, pois os invernos são extremamente longos. O solo da taiga é pobre porque a decomposição (quebra de resíduos) leva muito tempo. O solo também é altamente ácido e pobre em minerais.
A vegetação ao nível do solo consiste principalmente de samambaias, musgos e arbustos que se adaptaram à curta estação de crescimento. Por causa da lenta taxa em que as coisas se decompõem, geralmente há camadas densas de turfa (matéria vegetal apodrecida) no pântano sempre presente (solo úmido e esponjoso consistindo de matéria vegetal em decomposição).
A vida animal na taiga inclui caribus da floresta, alces, ursos marrons, castores, linces e lobos. A maior parte da vida animal é de tamanho médio a pequeno, incluindo roedores, coelhos, zibelinas e martas.
A maioria das aves migra (mudança sazonal) para climas mais quentes no inverno. Enxames de insetos que picam durante o verão tornam a taiga um lugar miserável para humanos e outros animais de sangue quente (sua temperatura interna permanece constante, apesar do ambiente). A maior parte da taiga não é adequada para a agricultura, embora produza grandes quantidades de madeira e apoie o comércio de peles de vison, zibelina e arminho, entre outros.
Taiga – Tipos
Esta faixa sempre-verde estende-se ao redor do hemisfério Norte, exatamente ao sul da tundra.
Os principais componentes de coníferas destes biomas são abertos, alguns pinheiros e lariços decíduos. Árvore de folhas largas são representadas pela bétula, álamo, bálsamo e salgueiro camada de húmus no chão da floresta é fina, porque as folhas caídas decompõem-se muito lentamente. Isso resulta num substrato fortemente ácido, inadequado para o crescimento de ervas e arbustos. Estas plantas de porte mais baixo são também, por sua vez afetadas pela densa sombra.
Na Eurásia as vastas extensões de taiga são dominadas pelo pinheiro escocês ou prateado (Pinus silvestres) e pela bétula ( Betula ssp), misturado com abertos, lariços e pinheiros. Na América do Norte, o aberto branco (Pica glauca) é uma das árvores dominantes da taiga.
O aberto preto ( Picea mariana) tem quase a mesma vasta distribuição, mas está mais restrito aos pântano. Na parte oeste do continente, o aberto de Englemann (Picea engelmannii) formam grandes florestas desde o Alasca, continuando para o sul, nos Estados Unidos. O lariço americano e alguns dos pinheiros do norte, tais como Pinus contorta var. latifolia e Pinus banksian, bem como alguns abertos são também elementos importantes neste bioma.
A taiga, do ponto de vista econômico, é importante, uma vez que é a principal fonte de madeira. Apresenta marcantes mudanças climáticas sazonais com um longo período de não-crescimento, mas não tão longo quanto o do bioma da tundra. Embora as ervas para a eliminação dos vertebrados não seja abundantes, estando, na maior parte, nas campinas e ao longo dos rios, a produção de pinhas é muito grande.
Há alguns anfíbios e répteis, que habitam as florestas setentrionais de coníferas, e várias aves e mamíferos. Embora algumas destas espécies sejam holárticas, não há tantas em proporção ao número total de espécies, que sejam comuns à América do Norte e Eurásia, como ocorre com os vertebrados da tundra. Algumas das aves holárticas são o açor (Accipiter gentilis), o corujão cinzento (Strix nebulosa), os fringilídeos loxia leucoptera, L. cruvirosta, e Pinicola enucleator. A maioria dos pica-paus é específica ou mesmo genericamente distinta no Novo e no Velho Mundo. O pica-pau de- três-dedos do norte é uma exceção. Os chapins do gênero Parus são abundantes na taiga, mas especificamente distintos nos dois continentes. Isto também ocorre com os tordos.
A floresta norte-americana de coníferas é o centro de muitos passarinhos da famíli a Parulida. Na Eurásia, o gênero Phylloscopus da família Sylviidae do Velho Mundo, está abundantemente representado neste bioma.
Algumas mamíferos, habitantes da taiga, tais como o carcaju e o camundongo de dorso vermelho, Clethrionomys rutilus, são holárticos. No entanto, a maioria apresenta diferênças específicas ou genéricas.
Alguns mamíferos do bioma setentrional de coníferas da América do Norte são o ouriço-cacheiro norte-americano (Erethizon dorsatum), o esquilo-voador do norte (Glaucomys volans), o esquilo vermelho (Tamiasciurus hudsonicus), a lebre americana (Lepus americanus) e o lince canadense (lynx canadensis). Alguns mamíferos eurasianos comparáveis são o esquilo voador, o esquilo arborícola (Sciurus vulgaris), a lebre azul (Lepus timidus) e o lince (Lynx lynx).
A maior parte das coníferas tem ciclos de sementes de aproximadamente 4 anos, associado a formação gradual de nutrientes. Isto resulta num ano-pico de sementes, seguido por um declínio abrupto da produção.
Alguns dos mamíferos e aves, que dependem das sementes ou folhas destas árvores, apresentam igualmente semelhantes mudanças populacionais clínicas.
Isto também ocorre entre os predadores dependentes de herbívoros.
Taiga – Floresta Boreal
Taiga – Floresta
No extremo norte, a tundra da Rússia e Escandinávia são caracterizadas por musgos e por líquens.
O sul da tundra, a floresta boreal (taiga) estende-se através da Rússia e da Escandinávia. Estas florestas consistem principalmente de coníferas.
Antes da interferência humana, a floresta boreal descia para o sul em uma zona de floresta mista que estendia-se das Ilhas Britânicas à Rússia.
Entretanto, esta zona foi muito alterada e hoje existem somente algumas poucas áreas.
A vegetação do Mediterrâneo é arbustiva com áreas de florestas.
Vegetação de estepes e pastagens ocorrem na Rússia central e Ucrânia, enquanto que a vegetação semi-desértica ocorre no noroeste, na costa do Mar Cáspio.
Embora existam áreas muito perto de zonas polares, o bioma que mais caracteriza o clima subpolar será, possivelmente, a taiga.
Essa não é mais do que uma designação para a floresta de coníferas (por os frutos das suas árvores se agruparem em pinhas de forma cônica).
A taiga é a mais extensa floresta do mundo, estendendo-se nas regiões setentrionais da América, da Ásia e da Europa.
Trata-se de uma floresta muito densa, que não possui grande variedade de espécies, sendo as mais vulgares o abeto, o pinheiro, o larício e a bétula.
O reduzido número de espécies e a predominância de árvores de folha persistente (as coníferas, de que o pinheiro é um exemplo, nunca perdem as folhas), fazem da taiga uma floresta monótona e sempre verde, quer no curto Verão, quer no Inverno. Porém, devido ao Inverno ser muito longo e frio, durante a maior parte do ano, a taiga está quase sempre coberta de neve.
As coníferas agüentam muito bem o frio (até certos limites) porque, entre outras razões, as folhas pequenas e em forma de agulhas, possuem uma superfície pequena e portanto, a área exposta ao frio também é pequena, e perdem pouca água por transpiração; a sua resina protege os tecidos do frio e também ajuda a diminuir a transpiração; os ramos são muito flexíveis o que lhes permite resistir aos ventos e “dobram-se quando estão cobertos com muita neve, fazendo-a deslizar até ao chão.
Taiga – Botânica
Taiga
A Taiga, como visto em Botânica, é composto por gimnospermas. Com isso, encontramos em regiões mais frias, os pinheiros e os abetos. As suas folhas são pequenas e aciculadas (em forma de agulha), e elas possuem uma camada serosa que impede a perda de água. A cor escura presente nas folhas, aumenta a absorção de calor pelo sol, e assim possibilita que a fotossíntese seja iniciada mais cedo.
Nas regiões menos fria, é possível ver as ciprestes e as sequóias. E é justamente nessas áreas que vai ter a maior gimnosperma do mundo, Sequóia sempervirens.
Taiga – Solo
As plantas no geral possuem micorrizas, que é a simbiose entre raiz e fungo. As folhas aciculadas são decompostas pelos fungos, formando nutrientes.
Essa relação de simbiose permite a absorção dos minerais com nutrientes do solo para a planta.
Não há muitos tipo de espécies de plantas, devido as condições severas do frio.
Devido o processo de decomposição ser lento, há uma acumulação de vegetação degradada, no chão. Em função disso, o solo é altamente ácido e pobre em nutrientes, e é frequentemente coberto por líquens. Portanto, agricultura nessa região se torna inadequado. O tipo de solo presente, é o podzol que permanece gelado durante cerca de seis meses por ano e possui uma camada de húmus.
Taiga – Clima
Situado na zona climática VIII Boreal segundo o sistema de classificação de Heinrich Walter, que está baseado no curso anual de temperatura e precipitação.
Possui clima temperado frio com verões frios e invernos longos. A temperatura anual média está em torno dos 5°C e os invernos são severos. A precipitação anual está num intervalo de 400-1000 mm.
Por ter uma evaporação baixa os solos são bastante úmidos durante a maior parte da estação de crescimento das plantas.
A Floresta Setentrional de Coníferas ou a Floresta Boreal, são nomes encontrados para referenciar a Taiga. Este tipo de floresta ocorre em regiões frias com invernos longos e a época quente só dura cerca de 4 meses.
Taiga – Fauna
A fauna da Taiga é composta principalmente por mamíferos, há herbívoros de grande porte como os cervos, alces e renas; que se alimentam de plantas, e em épocas de frio alimentam-se de casca das árvores e de liquens.
Também encontra-se alguns carnívoros, como ursos, lobos, raposas, linces, arminhos, tigres e martas. Assim como também há a presença de pequenos herbívoros, tais como esquilos, porcos espinhos, gauxinins, coelhos e lebres, que também se alimentam de plantas, e alguns chegam a estocar alimento para o inverno.
Não há presença de répteis, uma vez que o clima é frio, mesmo nas épocas de verão. Há a presença de algumas aves, que permanecem na taiga por certo período do ano (Verão) e emigram no inverno para as regiões quentes ao sul, como pica-paus, falcões e corujas.
Há a presença de alguns insetos xilófagos (que se alimentam de madeira), e que são predados por pica-paus; no fim do verão com o derretimento da neve, muitas áreas permanecem úmidas e há grande proliferação de insetos. Alguns peixes também são presentes nos rios derivados da neve derretida, como o salmão, que procria somente em águas frias dos rios.
Taiga – Flora
Como o próprio nome já diz, a floresta de Coníferas é compostas por gimnospermas da divisão Conipherophyta, com uma vegetação pouco diversificada e adaptada ao clima frio; com folhas aciculares e epicutícula serosa bem desenvolvida.
Encontram-se nas taigas principalmente árvores como os abetos, os pinheiros, larícios e, por vezes, espaçadamente podem ocorrer bétulas e faias.
Não existem uma cobertura vegetal no solo propriamente compacta ou dominante, têm-se a presença de musgos, liquens e algumas espécies arbustivas, que servem de alimento para os pequenos herbívoros.
Os estróbilos, pinhas e sementes, e as cascas das árvores são comumente alimentos de alguns animais durante o inverno rigoroso.
Taiga – Adaptações da fauna
Devido ao clima frio e tipicamente ártico da Taiga, os animais tenderam a desenvolver mecanismos de resistência ao frio e a conservação de calor.
As aves assumiram hábitos migratórios, e no ápice do inverno elas já não se encontram no ecossistema, pois migram para as regiões mais quentes do hemisfério sul, e onde a disponibilidade de alimentos é maio.
Poucas são as aves que permanecem, e quando ficam, possuem penas adaptadas para reter calor corporal.
Os mamíferos da taiga geralmente não migram, e desenvolveram também mecanismos de conservação de energia, possuem pêlos espessos e uma capa de tecido adiposo logo abaixo da pele, certas espécies costumam se entocar em cavernas ou tocas, alguns chegam a entrar em período de hibernação, diminuindo seu metabolismo para manter a homeostase.
Espécies menores, geralmente armazenam alimentos, como os esquilos; ou passam a se alimentar de outras fontes, como os cervos e alces, que passam a consumir casca das árvores ou liquens.
Alguns dos animais chegam mesmo a mudar sua pelagem durante o inverno para manter o mimetismo e a camuflagem, como o arminho, que muda a tonalidade de seus pelos para branco durante o inverno, evitando ser predado.
Taiga – Adaptações da flora
Justamente pelas baixas temperaturas, a água do solo na taiga fica congelada, e sua disponibilidade portanto é baixa.
Nesse sentido, as plantas desenvolveram proteções contra a perda de água e á temperatura baixa. As folhas aciculares das coníferas e a cutícula serosa, por exemplo, auxiliam a manter água na planta, e resistir melhor aos ventos gelados; dessa forma a planta mantém um balanço hídrico tolerável, já que suas raízes absorvem a pouca água disponível.
Outra maneira desenvolvida pelos pinheiros, mais especificamente, foi a manutenção das folhas em braquiblastos, retendo as acículas por até 4 anos e garantindo assim uma estabilidade fotossintética.
A retenção das folhas é uma adaptação favorável, pois logo após que a luz solar volta a incidir, de imediato a planta começa a fazer fotossíntese, e produzir novas folhas.
O formato cônico das árvores da taiga é a adaptação mais importante, uma vez que esse formato impede o acúmulo de neve nos galhos e é dinamicamente mais resistente as pancadas de vento, evitando dessa forma a destruição de ramos e folhas.
Taiga – Situação atual
Hoje a Taiga sofre com a degradação:
Silvicultura
Transformação em floresta de manejo
Está sendo utilizada para fornecer matéria-prima para a produção de papel
O uso de pesticidas e herbicidas está afundando o solo e escarificando-o. Tudo isso simplifica o ecossistema e perde os precedentes do habitat.
Além disso há outras ameaças, como:
Exploração de petróleo e gás
Construção de estradas
Incêndios provocados por humanos
Exploração madeireira, levando a alterações climáticas.
Fonte: www.ceja.educagri.fr/www.geocities.com/www.encyclopedia.com/www.sueza.com.br
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