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O Parque Nacional da Serra dos Órgãos é caracterizada por sua topografia acidentada e por grandes desníveis, com altitudes que variam de 300 metros até 2.263 metros, onde se encontra seu ponto culminante, a Pedra do Sino.
Localiza-se na parte de mais altas vertentes da Serra do Mar, que formada em épocas geológicas muitíssimo antigas, as rochas sofreram na região movimentos mais recentes, o que resultou no imenso paredão que acompanha a planíce costeira em direção ao Rio de Janeiro.
Neste paredão, bem ao alto, encontramos o Dedo-de-Deus, bloco rochoso de 1.692 metros em forma de uma mão fechada com o indicador erguido, onde em dias claros se pode avistar a cidade do Rio de Janeiro.
Outros monumentos geológicos importantes são o Garrafão, com 1.980 metros, a Pedra da Cruz, com 2.130 metros, São Pedro, com 2.234 metros, São João, com 2.100 metros e Cara de Cão com 2.180 metros.
Cortado por notável rede hidrográfica, representada pelos rios Paquequer, Beija-Flor, Soberbo e Iconha, o solo do Parque deu origem à densa floresta, com diversos ambientes. Na vegetação secundária, predominam as palmeiras, e, em altitudes até 500 metros, há a ocorrência de palmito, pindobinhas, xaxim e, particularmente, embaúba.
Entre altitudes de 500 e 1.500 metros, a chamada floresta montana, a vegetação atinge aproximadamente 25 metros, onde encontramos espécies como o baguaçu, jequitibá, canelas e canela-santa, muito admirada por suas floradas amarelas.
Já acima de 2.000 metros, a vegetação é representada principalmente por gramíneas e espécies que crescem sobre os rochedos. A fauna é rica e diversificada, constituindo-se num de seus últimos redutos na região.
Sobre os galhos observam-se bandos de coatis e tamanduás-mirins, enquanto cutias procuram alimentos sobre o solo. Há também grandes predadores carnívoros, como o puma, ameaçado de extinção.
Entre as aves ameaçadas estão o papagaio-de-peito-roxo, bicudo e jacutinga e também podem ser vistos os araçaris, formando bonito contraste com a vegetação.
Um cuidado que se deve ter é com as cobras venenosas, como a jararaca e jaracuçu, que camufladas se deslocam pelas folhas em busca de presas desprevenidas.
A 90 quilômetros do Rio de Janeiro, ou menos de duas horas por rodovia, o Parque recebe o ano todo grande número de visitantes. Seu acesso principal é pela rodovia que vai do Rio para Teresópolis.
Além dessa cidade, as vizinhas Petrópolis e Nova Friburgo, há completa infraestrutura para receber o visitante.
Parque Nacional da Serra dos Órgãos – Dados
Parque Nacional da Serra dos Órgãos
Data de criação: 30 de novembro de 1.939, pelo decreto federal nº. 1.822.
Localização: Rio de Janeiro e Minas Gerais, abrangendo os municípios de Teresópolis, Petrópolis, Guapimirim e Magé.
Área: 11 mil hectares
Perímetro: 87 km
Clima: tropical, quente úmido, com dois ou mais meses secos.
Temperaturas: média anual de 18ºC, máxima absoluta de 36 a 38ºC e mínima absoluta de 0 a 4ºC
Chuvas: entre 1.250 e 1.500 mm anuais.
Relevo: montanhoso
Parque Nacional da Serra dos Órgãos – Brasil
Parque Nacional da Serra dos Órgãos
O Parque Nacional da Serra dos Órgãos é um parque nacional no estado do Rio de Janeiro, Brasil. Protege a Serra dos Órgãos e as nascentes da serra. Foi o terceiro parque nacional a ser criado no Brasil.
Conservar e proteger amostra do ecossistema da floresta primitiva da Serra do Mar, e do ecossistema de “campo de altitude”, onde encontra-se grande parte dos casos de endemismo do Parque e promover a pesquisa e a educação ambiental na unidade
DECRETO E DATA DE CRIAÇÃO: Foi criado pelo Decreto n° 1.822 de 30 de novembro de 1939 e alterada pelo decreto n.º 90.023 de 02 de agosto de 1984.
ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS
O objetivo do parque era proteger as cabeceiras dos rios que desaguam na bacia fluminense e proteger o montanhas espetaculares.
Abrangeu partes dos municípios de Magé, Petrópolis e Teresópolis.
A área onde se localiza o Parque abrange a região de Petrópolis à Friburgo, tem origem ocupacional antiga, datando de 1788 num primeiro documento cartográfico produzido para a área de Teresópolis.
O Parque Nacional da Serra dos Órgãos tem dez picos com mais de 2.000 metros e seis outros picos com mais de 1.500 metros de altura.
O ponto mais baixo do parque está localizado no município relativamente plano de Magé, a 145 metros.
O pico mais alto é a Pedra do Sino (Bell Rock), a 2.263 metros.
A formação mais famosa do parque é o pico Dedo de Deus, que lembra uma mão esquerda com o dedo indicador esticado, apontando para o céu. Tem 1.692 metros de altura e pode ser visto ao fundo da bandeira do estado do Rio de Janeiro.
Esforços foram feitos para restaurar o parque a partir de 1980, incluindo a publicação do plano de manejo e compra de terras para regularizar a posse do parque.
O decreto 90.023 de 2 de agosto de 1984 delimitou a área do parque em 10.527 hectares (26.010 acres).
Na década de 1990 o município de Guapimirim foi desmembrado de Magé, e abriga também a maior parte do parque.
A partir da década de 1990, os prédios antigos foram restaurados e novos foram construídos. O parque foi incluído no Mosaico da Mata Atlântica Central do Rio de Janeiro, criado em 2006.
ÁREA, LOCALIZAÇÃO E ACESSOS
Possui uma área de 10.527 ha e 87 Km de perímetro.
Está localizada na região sudeste do Brasil, estado do Rio de Janeiro, nos municípios de Teresópolis, Petrópolis, Magé e Guapi-mirim.
O acesso à sede do Parque é feito através da Av. Rotariana que liga a BR-116 à cidade de Teresópolis.
A cidade mais próxima à unidade é Teresópolis que fica a 90 Km de distância da capital.
A origem do nome incomum é creditada aos primeiros colonizadores portugueses que pensavam que o conjunto dos topos das colinas se assemelhava aos tubos de órgãos das catedrais europeias.
O parque faz parte da maior cadeia de montanhas da Serra do Mar, e a teoria mais aceita sobre sua origem é que ele surgiu há cerca de 60 milhões de anos durante os terremotos que causaram a elevação dos Andes. Isso significa que está localizado em um local geologicamente instável, embora nenhum incidente tenha sido registrado na área.
CLIMA
Situa-se numa faixa climática variando entre o quente, sub-quente e super-úmido; porém com período de sub-seca intermediário.
A porção do Parque acima das cotas altimétricas de 800 m possui um clima denominado de Mesotérmico brando com temperaturas entre 18 e 19° C.
QUE VER E FAZER (ATRAÇÕES ESPECIAIS)/ÉPOCA IDEAL PARA VISITAÇÃO
O Parque é atrativo principalmente pela vegetação exuberante e suas serras.
É mais visitado na época de férias do meio do ano, em julho, e no final do ano, de dezembro a fevereiro.
A visitação deve ser feita de terça a domingo e o valor do ingresso é R$ 3,00.
RELEVO
Está na faixa de dobramento remobilizado formado por escarpas e reversos da Serra do Mar; também denominada “frente dissecada do bloco falhado”, sendo que esse bloco falhado se apresenta dividido em dois grupos aparentemente distintos.
O Parque está na província biogeográfica da Serra do Mar e no domínio morfoclimático Tropical Atlântico.
VEGETAÇÃO
O Parque possui uma Floresta Tropical Pluvial Atlântica rica em palmeiras, cipós, epífitas, e árvores de elevado tamanho. As formas florestais, apesar de apresentarem aparência primitiva são na verdade matas secundárias bem evoluídas com respeito à sucessão florestal. Entretanto alguns trechos do Parque apresentam cobertura original.
FAUNA
Parque Nacional da Serra dos Órgãos
A fauna do parque é semelhante a de outros parques situados na região, com grande número de pequenos mamíferos. A avifauna é muito rica em formas de diferentes grupos, entre as aves ameaçadas, encontramos o papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea), o bicudo (Oryzoborus crassirostris) e a jacutinga (Pipile jacutinga).
USOS CONFLITANTES QUE AFETAM A UNIDADE E SEU ENTORNO: Poluição hídrica, desmatamentos, erosão dos solos, lixo, ação dos palmiteiros, perturbações humanas, vandalismo, poluição do ar pelo tráfego intenso na BR-116, caça ilegal, ventos poluídos e riscos constantes de afogamentos no Parque.
BENEFÍCIOS INDIRETOS E DIRETOS DA UNIDADE PARA O ENTORNO: A manutenção da área inalterada assegura a proteção da paisagem, incluindo as formações geológicas e geomorfológicas e a proteção dos mananciais, através da minimização da erosão, garantindo o fornecimento de água potável para as populações do entorno.
Fonte: paginas.terra.com.br/www.brasilturismo.com/www.transportal.com.br
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