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Glossário Ecológico
A
ABAXIAL – face inferior ou dorsal das folhas.
ACUME – ponta aguda e comprida. .
ACUMINADO(A) – agudo(a), aguçado(a), pontiagudo(a); terminado(a) em, ou provido(a) de acume, folha terminando gradualmente em ponta.
ADAXIAL – face superior ou ventral das folhas.
ADNATO – ligado a alguma coisa de que parece fazer parte, que nasce junto de; fusão de diferentes partes, como labelo e coluna.
AECIAL – estado esporífico dos fungos destinado à multiplicação zigótica.
AGENTE POLINIZADOR = Ave ou inseto que fecunda a flor.
ALBA (OU ALBINA) – Variedade de flor branca, sem pigmentação, podendo ter nuances amarelos na fauce.
AM – “Award of Merit”, prêmio de mérito, segunda maior premiação dada pela American Orchid Society e outras sociedades orquidófilas a plantas com qualidade de flor avaliada entre 79,5 e 89,4 pontos.
ANAMÓRFICO – estado assexuado, conidial ou clonal dos fungos.
ANDROCEU – conjunto dos órgãos masculinos da flor, conjunto dos estames.
ANTERA – porção dilatada, sacular, que se acha no ápice do filete do estame e que encerra os grãos de pólen.
ANTRACNOSE – infecção fúngica caracterizada por manchas de coloração castanha-marrom, arredondadas ou irregulares, sobre as folhas ou pseudobulbos.
AOS – American Orchid Society, sociedade orquidófila dos EUA, com sede na Flórida, com mais de 550 sociedades afiliadas. Edita mensalmente a revista “Orchids”.
APICULADO – provido de apículo, ponta aguda, rija e curta.
AQUINADA – diz-se das Cattleya e Laelia que apresentam as pétalas manchadas, lembrando a Cattleya intermedia var. Aquini.
ASSIMBIÓTICO – Processo de germinação de sementes, criado por Knudson em 1922, em laboratório, em que as sementes são introduzidas dentro de um frasco esterilizado contendo micronutrientes, onde não é necessária a presença do fungo micorirza, para germinar e se desenvolver. Quando bem executado, pode-se obter milhares de plantas com uma única cápsula de sementes.
B
BAINHA – Bráctea protetora que envolve total ou parcialmente, o escapo floral, quando ainda em formação, protegendo-o até que o mesmo esteja em condições de irromper de seu interior. Também conhecida por espata.
BIFOLIADA – que apresenta duas folhas num só pseudobulbo.
BOTÃO – a flor antes de desabrochar; pode ser usado também para a pequena saliência que nos vegetais dá origem a novos ramos, folhas ou flores.
BRÁCTEA – folha geralmente modificada, em cuja axila nasce uma flor ou uma inflorescência.
BULBO – Na realidade, em orquídea o que chamamos de bulbo, chama-se pseudobulbo pois o bulbo na realidade é um órgão que na maioria das plantas, fica abaixo do solo.
BULBO tRASEIRO – um velho pseudobulbo, frequentemente sem folhas, simpodial, que ainda está vivo e pode ser usado para propagação de uma nova planta ecomo reserva de nutrientes para o restante da planta
C
CÁLICE – invólucro exterior da flor periantada, composto por sépalas livres ou concrescidas/fundidas, total ou parcialmente.
CÁPULA – o fruto que contém as sementes das orquídeas, frequentemente com milhares e até mesmo milhões de sementes.
CAULE – parte de uma planta que suporta as folhas e as flores, com forma, organização e dimensões extremamente variáveis.
CBR – “Certificate of Botanical Recognition”, prêmio da AOS dado apenas uma vez a uma orquídea espécie quando é pela primeira vez apresentada em flor.
CCM – “Certificate of Cultural Merit”, prêmio da AOS dado ao cultivador de uma muito bem tratada planta de orquídea.
CHM – “Certificate of Horticultural Merit”, prêmio da AOS dado a uma espécie de interesse acima dos padrões dos cultivadores.
CITES – Sigla de “Convention on International Trade in Endangered Species”, ou Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Extinção, acordo internacional que relaciona as espécies de plantas e animais consideradas em perigo de extinção e as regras que controlam ou proíbem seu comércio.
CLAMIDOSPORO – célula especial rica em nutrientes e de paredes espessas produzida por algumas espécies de fungos, destinada a resistir a condições ambientais adversas.
CLEITOGAMIA – polinização que ocorre antes da flor desabrochar.
CLEISTOGÂMICA – flor que se autopoliniza, sem estar aberta inteiramente.
CLONE – Todas as diversas manifestações vegetativas (divisões, propagação meristemática, etc.) de uma única planta de orquídea, cultivada originalmente de uma só semente.
COALESCÊNCIA – junção de várias manchas ou lesões, normalmente fúngicas, formando uma área maior e contínua.
COLO – parte da planta situada entre a haste principal e as raízes, no nível do solo.
COLUNA – nas orquídeas, estrutura constituída pelo concrescimento de filetes e estigmas, órgão sexual, localizado na parte superior do labelo, podendo ou não ser envolvida por este. Órgão que se projeta do centro da flor da orquídea e que é o resultado da fusão dos órgãos, masculino (estame) e feminino (pistilo), é a parte característica para a identificação das orquídeas.
CONIDIAL – estado assexuado, vide anamórfico.
CORIÁCEO – de consistência e aspecto semelhante de couro.
COROA – A parte central da roseta de folhas de uma orquídea monopodial, como Phalaenopsis, da qual novos brotos se elevam.
COROLA – invólucro floral, por dentro do cálice, geralmente a parte mais vistosa das flores, de cores variadas, formada por um ou mais segmentos livres ou concrescidos, as pétalas.
CROMOSSOMO – Corpúsculo em que se divide o núcleo celular no curso da mitose; cada espécie vegetal ou animal possui um número constante de cromossomos, que transmitem os caracteres hereditários de cada ser e constituem unidades definidas na formação do novo ser.
CRUZAMENTO – a progênie que resulta da transferência de pólen de uma planta para a flor de outra; o ato em si.
CULTIVAR – em orquídeas, uma planta específica cultivada de uma única semente; deve ser designada com aspas simples em seu nome. Ex.: Cattleya labiata var. ametistina ‘ Canoinha’.
CULTURA DE TECIDOS – ver Meristemagem.
D
DECÍDUA – diz-se da planta cujas folhas caem em certa época do ano ou após amadurecimento, com novas brotações após um período de repouso.
DESCANSO HIBERNAL – Descanso vegetativo da planta
DIANDRAS – diz-se da planta que apresenta dois estames no androceu da flor.
DIPLÓIDE – planta com duas séries cromossomas, também conhecida como 2N.
DIVISÃO – forma de obter novas plantas pelo corte do rizoma de uma orquídea simpodial (ex. Cattleya) em partes contendo pseudobulbos e rizomas, com gemas vivas, ou corte de uma parte superior do tronco de uma orquídea monopodial (ex. Vanda).
DOG -– Deutsche Orchideen Gesellschaft, Associação Alemã de Orquídeas, que atribui, em ordem de valor, medalhas de ouro (GM), prata (SM) e bronze (BM) às plantas julgadas.
DORMÊNCIA – um período de entorpecimento e repouso durante o qual não ocorre crescimento vegetativo, comumente após um período de crescimento ou a perda de folhas; normalmente requer temperaturas mais baixas e menos água.
E
ECTOPARASITA – parasito que se situa na parte externa do hospedeiro.
ENSIFORME – em forma de espada.
EPÍFITA – diz-se de uma planta que vive sobre outra, mas sem parasitá-la, ou seja, sem retirar dela nutrientes, que lhe são providos pela chuva, pelo ar e detritos disponíveis. Pode viver sobre outros tipos de suporte. Que vive sobre árvores usando-as apenas como hospedeiro
EQUITANTE – diz-se das folhas conduplicadas quando as mais velhas envolvem as mais novas da mesma gema ou do mesmo broto (a palavra vem do latim equitare, cavalgar, montar sobre), como no conhecido Oncidium equitans, agora renominado como Tolumnia, ou na Maxillaria equitans (ex Marsupiaria matogrossensis).
ESCAPO FLORAL – Inflorescência.
ESFAGNO – Musgo de água e que é um ótimo substrato para as plantas novas se desenvolverem pois ele mantém umidade por mais tempo e geralmente não produz fungos.
ESPATA – Bráctea protetora que envolve total ou parcialmente, o escapo floral, quando ainda em formação, protegendo-o até que o mesmo esteja em condições de irromper de seu interior. Também conhecida como bainha. Bráctea que fica na base de uma inflorescência, em geral membranosa, que protege a flor em botão.
ESPÉCIE – Um conjunto de plantas ou outros seres vivos muito semelhantes que parecem ter um ancestral tão próximamente relacionado que suas características definitivamente os separam de qualquer outro grupo; várias espécies formam um gênero. Indivíduo representativo de uma classe, de um gênero, de uma espécie, etc; pode indicar também a espécie que tipifica um gênero.
ESPERMOGONIO – órgão produtor dos gametas sexuais masculinos.
ESPOROS – formação geralmente unicelular e uninuclear, capaz de germinar em condições determinadas, reproduzindo, vegetativa ou assexuadamente, o indivíduo que o formou; propágulo dos fungos.
ESTAME – órgão masculino da flor, onde se encontram a antera e os sacos polínicos, que encerram os grãos de pólen.
ESTIGMA – Cavidade existente na parte inferior da coluna, embaixo da antera, preenchida de uma substância gelatinosa, que recebe as políneas para a fertilização (parte feminina da flor).
ESTÔMATO – estrutura microscópica existente na epiderme das folhas e caules, constituída basicamente de duas células que se afastam e se aproximam, permitindo uma abertura pela qual se efetuam trocas gasosas entre a planta e o meio e absorção de água ou sua exsudação.
F
FAUCE – Extremidade do tubo do labelo. Abertura do tubo da corola, do labelo em orquídeas.
FCC – “First Class Classification”, o mais alto prêmio para qualidade de flor dado pela AOS, para plantas avaliadas entre 89,5 e 100 pontos. Este prêmio surgiu na RHS, que o mantém até hoje.
FERRUGEM – infecção causada por determinados fungos, caracterizados por altas taxas de reprodução; no herbário do Instituto Biológico de S.Paulo existem mais de 11.000 espécies de ferrugens coletadas no Brasil.
FILIFORMES – em forma de fios.
FIMBRIADO – em forma de franja, principalmente com relação a segmentos finamente recortados.
FLABELADO – em forma de leque; flabeliforme.
FLÂMEA, FLAMEADA – diz-se da flor que apresenta as pétalas coloridas, da cor de chama, imitando o labelo; é um tipo de pelória.
FLOR – Órgão da planta adaptado à reprodução sexuada em que o pólen proveniente da parte masculina (estame) que é transferido para o ovário da parte feminina (pistilo ou estigma) para que se dê a fecundação e surjam então as sementes.
FLORÍFERA – diz-se de planta que floresce frequentemente.
FOLHA “TERETE” – Folhas ‘terete’ são folhas cilíndricas e engrossadas, com aparência tipo uma cebolinha, para colocar em termos práticos. São uma adaptação comum ao xerofitismo (adaptação a áreas secas=xericas). Em plantas como Brassavola e Leptotes ainda ha um sulco na folha, equivalente ao sulco central em Cattleyas, Laelias etc… Outras espécies, como por exemplo Papilionanthe teres (ex Vanda teres), muito cultivada no Brasil, são completamente cilíndricas, sem qualquer evidencia de sulco. (Cássio Van Den Berg)
FONTE DE INÓCULO – tecidos ou órgãos de plantas sobre os quais os fungos produzem propágulos de disseminação e dispersão.
FORMA LEPTO – ferrugem que produz teliosporos hialinos os quais germinam sem qualquer período de repouso.
FOTOSÍNTESE – síntese de materiais orgânicos a partir de água e gás carbônico, quando a fonte de energia é a luz, cuja utilização é mediada pela clorofila.
FRASCO – vasilha, normalmente de vidro transparente, usado para germinação de sementes ou micropropagação de meristemas de orquídeas (e outras plantas) em laboratório.
FUSIFORME – com a forma de fusos (bobinas), como alguns pseudobulbos.
G
GARGANTA – a parte mais interna de um labelo tubular de orquídea.
GÊNERO– Subdivisão de uma família que agrupa espécies muito próximas. O nome do gênero vem em primeiro lugar na designação latina de uma planta. Um conjunto de orquídeas ou outros seres classificados juntos porque apresentam características similares e um presumível ancestral comum; há cerca de 900 gêneros naturais de orquídeas e cerca de 600 outros intergenéricos, poucos nativos, a maioria feitos pelo homem.
GINECEU – a parte feminina da flor; conjunto de pistilo, que por sua vez é formado de ovário, estilete e estigma.
GINOSTÊMIO – Órgão central, em forma de coluna, das flores das orquídeas, constituído pela junção do estame e do pistilo.
GREX – termo usado para referir toda a progênie de um específico cruzamento.
H
HABITAT – lugar onde um determinado organismo vive ou habita.
HASTE – parte da planta que sustenta alguma outra.
HASTE FLORAL – Longo ramo desprovido de folhas que parte da base da planta e é guarnecido de flores.
HCC – “Highly Commended Certificate”, Certificado de Altamente Recomendável, o menor dos três prêmios para qualidade de flor dados pela AOS, para plantas avaliadas entre 74,5 e 79,4 pontos.
HERBÁRIO– coleção de espécimes de plantas que passaram por um processo de prensagem e secagem, ordenadas de acordo com um determinado sistema de classificação e disponíveis para referências e outros fins científicos.
HIALINO – destituído de cor, transparente.
HÍBRIDO – A progênie (descendência) resultante da união de duas diferentes espécies (o que seria um híbrido primário), ou de uma espécie e um híbrido, ou de dois híbridos (um híbrido complexo). É o resultado do cruzamento entre espécies, subespécies ou outros híbridos, dando origem a uma nova planta que apresenta a junção das características dos pais que a geraram
HÍBRIDO NATURAL – aquele que ocorre na natureza, sem interferência do homem.
HIFAS – qualquer filamento de um micélio.
HIGRÓFITO – vegetais adaptados à vida em ambientes de elevado grau de umidade.
I
IN SITU – locução latina que significa “no lugar”.
IN VITRO – Cultivo assinbiótico, em meio estéril (sem o fungo micorríza)
INFLORESCÊNCIA – qualquer sistema de ramificacão (racimo, panícula ou escapo) terminado em flores. Cacho ou espiga agrupando flores.
INTERGENÉRICO – Cruzamento entre dois ou mais gêneros, resultando um híbrido intergenérico.
J
JC – “Judges’ Commendation”, recomendação dos juízes, prêmio dado pela AOS para planta especial e/ou para flores muito características.
JOGA – “Japanese Orchid Growers Association”, Associação Japonesa dos Cultivadores de Orquídeas, que reúne orquidófilos do Japão.
K
KEIKI – São plântulas que emergem nas hastes florais ou mesmo na base de determinados gêneros, como Phalaenopsis e Dendrobium, inicialmente com folhas e raízes, que, com determinado tamanho, podem ser retiradas e replantadas, constituindo uma nova planta. A palavra tem origem no Havaí e se pronuncia “quêiqui”.
L
LABELO – É a terceira, a maior e mais colorida pétala de uma flor de orquídea, modificada pela evolução num labelo (com a forma de lábio) quase sempre um atrativo campo de aterrissagem para polinizadores.
LANCEOLADA – Folha larga no meio, atenuando-se para as extremidades, em forma de lança.
LINEAR – Folha estreita com bordas paralelas.
LITÓFITA, LITÓFILA – orquídea ou outra planta que cresce ou se desenvolve sobre rochas; rupreste, rupícola.
LOBO, LÓBULO – recorte pouco profundo e arredondado.
LOBOS LATERAIS – os dois lobos de cada lado do lobo central de um labelo trilobado.
M
MANDAIANA – diz-se da variedade de Laelia purpurata que não apresenta estrias na fauce, normalmente de cores suaves no labelo.
MERICLONE – uma cópia exata de uma orquídea, salvo alterações genéticas, feita em laboratório pela técnica de propagação de tecidos meristemáticos; como um cultivar, deve ter seu nome escrito entre aspas simples.
MERISTEMA – Divisão clonal de uma planta, também chamada micropropagação ou cultura de tecido. Para utilizar este método, necessita-se de um ótimo microscópio esteroscópio para facilitar a propagação do núcleo meristemático da orquídea. A escolha da planta é fundamental para iniciar este método. Tecido que se caracteriza pela ativa divisão de suas células e que produz as novas células necessárias ao crescimento da planta; ex. gemas, pontas de raiz e outros. Pode ser usado como sinônimo de mericlone.
MERISTEMAGEM – técnica de laboratório que consiste em fazer novas plantas mediante propagação de tecidos meristemáticos; micropopagação meristemática, merismática.
MICÉLIO – talos dos fungos, composto de filamentos, ditos hifas, destituídos de clorofila.
MICORRIZA – Fungo que vive em simbiose com vários tipos de plantas, geralmente em suas raízes e que ajuda na conversão de alimento das plantas, existe em grande quantidade na raiz das orquídeas e além da conversão, esteriliza a semente propiciando as condições necessárias a sua germinação e desenvolvimento até chegar a um tamanho em que possa se desenvolver sozinha. Associação íntima de raízes de uma planta com as hifas de determinados fungos, necessária à germinação simbiótica de sementes de orquídeas.
MICROCÍCLICA – ferrugem de ciclo curto que produz somente espermogônios e teleosporos ou apenas teleosporos.
MICROESCLERÓCIO – grupo de células ou de hifas enoveladas, formando um corpúsculo compacto, produzido por certas espécies de fungos, destinado a resistir a condições ambientais adversas.
MITOSE – divisão celular em que o núcleo forma cromossomos e estes se bipartem, produzindo dois núcleos filhos com o mesmo patrimônio original.
MONOFOLIADA – que apresenta apenas uma folha por pseudobulbo.
MONANDRA – diz-se da planta que apresenta um só estame no androceu da flor.
MONOPODIAL – Crescimento da planta somente na direção vertical. Tipo de ramificação em que o eixo principal mantém-se retilíneo e uniforme, gerando ramos menores que ele; ex. Vanda, Phalaenopsis, etc.
MULTIFLORA – que apresenta muitas flores; multifloral.
N
NÉCTAR – Líquido açucarado que as orquídeas e outras plantas segregam em várias partes, denominadas nectários.
NECTÁRIO – estrutura glandular que produz néctar, podendo ser de diversos tipos, localizados na flor (nectários florais) ou fora delas (nectário extraflorais).
NEMATÓIDE – verme cilíndrico que apresenta espécies capazes de parasitar plantas.
NIDOEPÍFITAS = Esse termo foi inventado por Hoehne ao descrever as espécies que desenvolveram uma combinação específica de raízes; a Miltonia cuneata é um ótimo exemplo. Crescem nos topos dos troncos das árvores, depois da bifurcação principal, produzem raízes finas.
NÓ – um ponto de junção ou encaixe, numa inflorescência, caule ou pseudobulbo, de onde podem emergir uma haste floral, folhas ou mesmo raízes; o espaço entre dois nós consecutivos é chamado de entrenó.
NOMENCLATURA – vocabulário de nomes.
NOMENCLATURA BINOMINAL – expressão de dois nomes, em latim ou grego latinizado, método científico de nominar seres existentes, com o primeiro termo (com inicial maiúscula) um substantivo significando o gênero e o segundo um adjetivo (com inicial minúscula) significando a espécie. Deve ser grafado em itálico. Ex.: Homo sapiens, Canis domesticus, Cattleya labiata, Tyrannosaurus rex.
O
OBLONGO – Folha com base e ápice arredondados.
OBTUSO – Folha terminando num vértice arredondado.
ORQUIIDACEA – Provavelmente a família com o maior número de plantas. Algumas epífitas, outras rupícolas e as terrestres, rizomatosas na sua maioria
OVÁRIO – a parte do pistilo que contém óvulos.
OVÓIDES – De forma oval.
ÓVULO – unidades contidas no ovário, a célula ovo que se transforma na semente.
P
PANDURIFORME – que tem formato de viola ou violino. Ex. Coelogyne pandurata.
PANÍCULA – inflorescência do tipo cacho composto, em que os ramos vão crescendo da base para o ápice, assumindo uma forma aproximadamente piramidal.
PATÓGENO – organismo que tem a habilidade de produzir doenças.
PEDICELO – haste que suporta uma flor (e mais tarde um fruto) numa inflorescência; o mesmo que pedúnculo.
PELÓRIA – anomalia vegetal, comum nas orquídeas, em que uma flor zigomorfa (com um só plano de simetria, simetria bilateral) mostra tendência a se tornar actinomorfa (com várias simetrias radiadas, ou seja, que permite sejam traçados vários planos de simetria); ex. típico: Cattleya intermedia var aquini.
PELÓRICO – que apresenta pelória; peloriado.
PÉTALA – segmento que compõe a corola, invólucro floral por dentro do cálice; podem ser livres ou concrescidas e geralmente formam a parte mais vistosa da flor, com cores as mais variadas; em orquídeas, os três segmentos que se posicionam entre as três sépalas, um deles modificado como labelo.
PICNÍDEO – estrutura globosa e microscópica onde são produzidos os esporos de alguns fungos.
PLÂNTULA – pequena planta recém-nascida; uma orquídea nova, que ainda não floriu; seedling.
POLÍNIAS ou POLÍNEAS – Grãos de pólen ou massa de consistência gelatinosa, cerosa ou granulosa (parte masculina da flor). Políneas ou polínias são as massas agrupadas de pólen comuns nos grupos mais avançados de orquídeas. São geralmente associadas a outras estruturas peculiares de orquídeas. Na ponta da coluna você encontra as anteras como uma ‘cápsula’ branca com pequenas subdivisões ‘caixas’ dentro das quais se formam as polínias. Ao conjunto de polínias chamamos polinário. Em Cattleya e Laelia ha um pequeno apêndice, amarelo, originado do tecido das polínias, que se chama ‘caudículo’ e que adere ao inseto polinizador. Em outros grupos tais como Oncidium, Catasetum, Zigopetalum, Stanhopea, Maxillaria, Vanda, Phalaenopsis etc. estas caudículas são quase inaparentes e há uma estrutura diferente, como uma pequena haste alongada, geralmente branca e originada de tecido da Coluna e não da Polínia… Este é chamado estipe. Na sua extremidade oposta as polínias freqüentemente ha um outro tecido aderente, que é chamado viscidio e ajuda a esta estrutura toda (polinário+estipe+viscidio) aderir ao polinizador. Grupos mais primitivos, tais como Sobralias, Epistephium e Cleistes e muitas outras terrestres tem o pólen granuloso ou farináceo e mais ou menos solto, ao invés de agrupados em massas (Cássio Van Den Berg)
PÓLEM – espécie de fina poeira que esvoaça das anteras das plantas floríferas e cuja função é fecundar os óvulos, representando, assim, o elemento masculino da sexualidade vegetal.
POLIPLÓIDE – planta com um número de séries de cromossomas maior que dois e que normalmente apresenta flores com ganho de tamanho e forma.
PROPAGAÇÃO VEGETATIVA – a criação de novas plantas mediante divisão (corte) formação de keikis, ou métodos meristemáticos, mas não por semente.
PROPÁGULO – qualquer estrutura, conjunto de células ou mesmo gemas especiais que servem à propagação ou multiplicação vegetativa de uma planta; organela de reprodução.
PULVEROLENTO – coberto ou cheio de pó; semelhante a pó.
PARASITA – Vegetal que suga a seiva de outro vegetal, o que não acontece com as orquidáceas.
PROTÓTIPO – Original, modelo exemplar mais perfeito.
PSEUDOBULBO – Bulbo ou parte da planta, que armazena água e substâncias nutritivas.
Q
R
RACIMO – inflorescência indefinida na qual as flores são pedunculadas e se inserem no eixo a distância considerável umas das outras; o mesmo que racemo ou cacho.
RAIZ – órgão de fixação do vegetal ao solo ou onde esteja ancorado, por onde retira água e nutrientes, com variáveis morfologias interna e externa; no caso das orquídeas epífitas, as raízes não absorvem nutrientes dos hospedeiros.
RAIZ NUA – método para despachar uma orquídea, retirada do vaso e com as raízes limpas de substrato.
RAÍZES AÉREAS – Que se desenvolvem no ar, emitidas por caules aéreos. Sua funções são freqüentemente, a de segurar a planta a árvores ou a outros suportes e a de absorver unidade do ar.
RENIFORME – com a forma de rim.
RESSUPINADO – órgão ou segmento vegetal que está invertido em relação à posição normal; em orquídeas, aquelas flores cujos labelos estão posicionados para baixo em relação ao eixo da inflorescência.
RESSUPINAR – ato ou efeito de tornar ressupinado; no caso da grande maioria das orquídeas, o labelo está voltado para cima dentro do botão da flor.
RESSUPINAÇÃO – Movimento que a flor faz, de até 180º, antes de abrir-se, colocando o labelo em posição horizontal.
RHS – “Royal Horticultural Society”, a Real Sociedade Horticultural, que reúne orquidófilos e cultivadores de outras plantas no Reino Unido, fundada em …. e que mantém hoje o registro de híbridos de orquídeas, talvez a única família botânica com a grande maioria de seus híbridos registrados.
RIZOMA – Caule carnudo da planta que une os pseudobulbos. Pode estar no subsolo ou na superfície do solo nas espécies terrestres, ou ainda nas epífitas que ficam na superfície da casca da árvore. Caule que se desenvolve horizontalmente, sobre o solo ou substrato, de onde emergem os pseudobulbos das orquídeas simpodiais.
ROSTELO – parte estéril do estigma das orquídeas que se projeta em ponta.
RUPESTRE – orquídea ou outra planta que nasce ou se desenvolve sobre rochas; litófila, rupícola.
RUPÍCULA – orquídea ou outra planta que nasce ou se desenvolve sobre rochas; litófila, rupestre; ex. Laelia rupícolas. Planta que vegeta sobre as pedras. Veja também sobre LITÓFITAS
S
SAPRÓFITA – Planta que retira o alimento de organismos mortos. São raríssimas. A primeira orquídea foi coleta em 1928 na Austrália, trata-se da Rhizanthella gardneri.
SAPRÓFITO – organismo que vive da matéria orgânica morta.
SEEDLING – Planta nova. Período que varia do nascimento da semente, até à 1ª floração. Plântula, uma orquídea nova ainda não florida.
SELF – orquídea obtida pela fertilização da mesma flor, aplicando-se o seu pólen sobre o próprio estigma.
SEMI-ALBA – variedade de orquídea com pétalas e sépalas brancas e labelo colorido.
SÉPALA – segmentos que compõem o invólucro exterior (cálice) da flor periantada, podendo ser livres (cálice dialissépalo), como em Cattleya, ou fundidos total ou parcialmente em uma só peça (cálice gamossépalo), como em Paphiopedilum, Masdevalia e outras.
SÉPALA DORSAL – aquela que se posiciona na parte superior da orquídea.
SÉPALA LATERAL – aquelas duas que se apresentam nos lados, apontando para baixo, formando um triângulo com a sépala dorsal, na maioria das orquídeas.
SEPTO – parede que separa os segmentos das hifas ou de esporos dos fungos.
SIBLING – orquídea resultante de um cruzamento selecionado de plantas da mesma sementeira.
SIMBIOSE – Processo de propagação das plantas, na natureza, em que o embrião das sementes, é atacado pelo fungo micoriza, que vive em simbiose nas raízes. Esse fungo transforma a água, o ar e os detritos que são depositados nas raízes, em elementos nutritivos para que as sementes germinem.
SIMBIÓTICO – Processo de propagação das plantas na natureza em que o embrião das sementes é atacado pelo fungo micorriza.
SIMPETALIA – fenômeno de concrescimento de pétalas em maior ou menor extensão.
SIMPODIAL – Crescimento da planta em dois sentidos(horizontal e vertical). Tipo de ramificação lateral em que o eixo não prevalece, sendo substituído por outro ramo, que, posteriormente, será substituído por outro, horizontalmente, de forma mais irregular que na ramificação monopodial; no caso das orquídeas, o tipo de crescimento dos rizomas que, após crescimento de um pseudobulbo e sua floração, abrem uma gema na base do pseudobulbo e iniciam novo crescimento, sempre seguindo horizontamente, em frente ou irregularmente.
SINSEPALIA – fenômeno de concrescimento de sépalas em maior ou menor extensão.
SISTÊMICO – assim são chamados os inseticidas, fungicidas e outros pesticidas que, quando aplicados, são absorvidos pelas folhas e vegetações, atuando de dentro da planta.
SPHAGNUM – Musgo d’água (ótimo substrato, por manter a umidade por mais tempo) e não proliferar fungos
SUBSTRATO – Material onde se plantam as orquídeas o meio, o material ou mistura de materiais usado para se plantar uma orquídea, envolvendo suas raízes e onde essas podem se desenvolver adequadamente; no Brasil, são mais comuns o xaxim em fibra (raízes de samambaia), esfagno (musgo), coxim (fibras de coco), cascas de pinhos e outras madeiras, piaçava ou piaçaba (fibras de folhas de determinadas palmeiras) pedaços de carvão, cascalho fino, etc. Para orquídeas terrestres e rupícolas há outros substratos, que incluem terra, areia, compostos orgânicos etc.
T
TELEOSPORO – tipo de propágulo (esporo) dos ficomicetos que possui a capacidade de se movimentar na água.
TERETE – Folhas ‘terete’ são folhas cilíndricas e engrossadas, com aparência tipo uma cebolinha, para colocar em termos práticos. São uma adaptação comum ao xerofitismo (adaptação a áreas secas=xericas). Em plantas como Brassavola e Leptotes ainda ha um sulco na folha, equivalente ao sulco central em Cattleyas, Laelias etc… Outras espécies, como por exemplo Papilionanthe teres (ex Vanda teres), muito cultivada no Brasil, são completamente cilíndricas, sem qualquer evidencia de sulco. Que tem forma cilíndrica, redonda; teretiforme.
TERETICAULE – que tem caule cilíndrico. Ex. Vanda teres, hoje reclassificada como Papilionanthe teres.
TERETIFOLIADO – que tem folhas de seção circular.
TERRESTRE – Plantas que vegetam na terra, em orquídeas, aquelas que vivem no solo ou no pouco substrato, normalmente detritos vegetais, sobre o solo.
TETRAPLÓIDE – planta com quatro séries de cromossomas, também conhecida como 4N e que normalmente apresenta flores com ganho de tamanho e forma.
TRIPLÓIDE – planta com três séries de cromossomas, também conhecida como 3N e que dificilmente pode ser cruzada.
TÚNICA – Invólucro exterior livre, membranoso ou fibroso, que envolve vários tipos de bulbo
U
UNGUICULADO – De forma semelhante à unha.
UNIFOLIADA – que apresenta apenas uma folha por ramo ou, em orquídeas, no pseudobulbo.
UREDINIOSPORO – esporo clonal ou assexual das ferrugens. .
V
VARIEDADE – uma subdivisão de uma espécie que agrupa plantas com uma forma diferenciada que se transmite à progênie.
VASO COLETIVO – Muitas plântulas, ou “seedlings”, plantadas junto num único vaso, antes de atingir um tamanho que permita serem replantadas individualmente.
VELA, LUMEM OU LUX – unidades de medida de intensidade luminosa.
VELAME – células de paredes espessadas e cheias de ar, absorventes, que envolvem as raízes das orquídeas epífitas e que têm um papel protetor e também de reservatório de água; velâmen.
VISCOSO – que tem visco, que é pegajoso, grudento; o mesmo que visguento e víscido.
VIRASOLE – Produto utilizado para eliminar vírus em orquidáceas, segundo Malavolta (Instituto Botânico do Estado de São Paulo)
W
X
XAXIM – tronco de determinadas samambaias arborescentes, cuja massa fibrosa é utilizada como substrato para cultura de orquídeas e outras plantas.
XERÓFITO – vegetais adaptados, morfológica ou fisiologicamente, à vida em ambientes secos.
Y
Z
Fonte: www.damianus.bmd.br
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