Literatura de Cordel

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A literatura de Cordel são folhetos ou panfletos populares e de baixo custo, que contêm novelas , poemas e músicas populares . Eles são produzidos e vendidos em mercados de rua e por vendedores ambulantes no Brasil , principalmente no Nordeste . Eles são chamados assim porque estão pendurados em strings para exibi-los em clientes potenciais.

Literatura de cordel

A literatura de cordel teve sucesso, em Portugal, entre os séculos XVI e XVIII. Os textos podiam ser em verso ou prosa, não sendo invulgar tratar-se de peças de teatro, e versavam os mais variados temas. Encontram-se farsas, historietas, contos fantásticos, escritos de fundo histórico, moralizantes, etc., não só de autores anônimos, mas também daqueles que, assim, viram a sua obra vendida a preço baixo e divulgada entre o povo, como Gil Vicente e Antônio José da Silva, o Judeu. Exemplos conhecidos de literatura de cordel são História de Carlos Magno e dos Doze Pares de França, A Princesa Magalona, História de João de Calais e A Donzela Teodora. Algumas tinham origem espanhola, francesa ou italiana, sendo depois adaptadas ao gosto português.

Segundo os pesquisadores, o primeiro folheto de cordel brasileiro foi publicado na Paraíba por Leando Gomes de Barros, em 1893. Acredita-se, entretanto, que outros poetas tenham publicado antes, como Silvino Pirauá de Lima.As primeiras tipografias se encontravam no Recife, e logo surgiram outras na Paraíba, na capital e em Guarabira. João Melquíades da Silva, de Bananeiras, é um dos primeiros poetas populares a publicar na tipografia Popular Editor, em João Pessoa.Apesar dos altos índices de analfabetismo, a popularização da literatura de cordel foi possível porque os poetas cordelistas contavam suas histórias nas feiras e praças, muitas vezes ao lado de músicos. Os folhetos eram pendurados em barbantes (daí o nome Cordel) ou amontoados no chão, despertando a atenção dos transeuntes. Cabe ressaltar que as feiras nordestinas eram verdadeiras festas para o povo do sertão, nas quais podiam, além de comprar e vender seus produtos, divertir-se e se inteirar dos assuntos políticos e sociais.

Os folhetos, confeccionados em sua maioria no tamanho 11x15cm ou 11x17cm e, em geral, impressos em papel de baixa qualidade, tinham suas capas ilustradas com xilogravuras na década de 20. Já nos anos 30 e 50, surgiam as capas com fotos de estrelas de cinema americano. Atualmente, ainda mantêm o mesmo formato, embora possam ser encontrados em outros tamanhos Quanto à impressão, substituindo a tipografia do passado, hoje também são usadas as fotocópias. Contudo, as características gráficas e temáticas dos folhetos podem variar de acordo com o deslocamento da área de atuação do poeta que, muitas vezes, se depara com um público de concepções e comportamentos diferentes aos do matuto nordestino. Exemplo disso é o cordelista Raimundo Santa Helena, tema de mestrado na UFRJ e um dos expoentes hoje da Literatura de Cordel. Paraibano radicado no Rio de Janeiro, Santa Helena mantém, em sua produção literária, o ideário e sensibilidade das composições poéticas dos folhetos nordestinos, e empenha-se, principalmente, em derrubar o mito de Virgulino Ferreira, o Lampião, que teria assassinado seu pai e violentado sua mãe em 1927.

Fonte: en.wikipedia.org/static.recantodasletras.com.br

 

 

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