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Um pedacinho de pano
florido ou não,
o lenço é útil
e gosto dele
no bolso ou na mão.
Da calçada
ou da janela
dou adeus com ele
para o papai,
quando vai trabalhar,
e para os passarinhos
que vejo voar.
Corro com o lenço
aberto ao vento
— a vela de um barco
ou uma bandeirinha
bem esticadinha…
Mas, de lenço molhado,
na fonte dos olhos,
não gosto não!
E pano encharcado
na água de tristeza
do coração.
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