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A floresta é fortaleza
de verdes castelos.
Unem-se as copas
em tetos curvos
verde variado, veludo
— abóbada de beleza —
que lenhosas colunas
sustentam.
Farfalha o vento em volta
da folhagem fechada,
onde nem o sol pode penetrar.
Sobem heras,
descem lianas
que se alastram às raízes,
entre musgos e nascentes,
brotando nas sombras.
Mora o silêncio
nas grutas de mistério.
Mas a vida vem,
vem de pios, cicios,
estalos, rumores,
alaridos, zumbidos,
entre mil aromas
de resinas e flores.
A vida vem
dos pássaros que cantam
e dos ninhos pendurados
nos ramos.
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