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Dos vários pequenos reinos em que se dividia a Itália, era o reino de Sardo-Piemonte o mais industrializado e que possuía uma monarquia constitucional, fato que levou os interesses da burguesia (homens de comércio, industriais e banqueiros) a querer unificar o país, pois haveria com a unificação, mais acesso a matérias-primas e maior mercado consumidor. O povo influenciado pelo romantismo heroico e pelo nacionalismo acreditava que a unificação melhoraria a vida, mas na verdade foi a burguesia que mais lucrou com isto.
E o maior responsável pela unificação da Itália foi o Conde de Cavour (1810 – 1861), que fez uma aliança com a França que era governada por Napoleão III (1808-1873), para derrotar os austríacos que dominavam certas regiões no norte da Itália.
Enquanto Cavour lutava ao norte no sul Giuseppe Garibaldi (1807-1882), que já havia lutado no sul do Brasil na Guerra de Farrapos, lutava no sul no Reino das Duas Sicílias, com seu exército conhecido de camisas vermelhas.
Tanto Cavour quanto Garibaldi tiveram sucesso nas guerras, mas Garibaldi invadiu os territórios da Igreja Católica que eram quase metade da Itália, o Papa Pio IX (1792-1878) em resposta pediu aos fiéis para não votarem nas eleições e se disse prisioneiro do Vaticano. O problema só foi resolvido em 1929, quando foi assinado o Tratado de Latrão que devolvia a autonomia política ao Vaticano, mas sem o gigantesco território que a Igreja possuía.
Foi coroado em 1871 Vitor Emanuel como rei de toda Itália em uma monarquia parlamentarista, mas mesmo com a unificação muitos italianos do sul, devido a pobreza passaram a migrar para a América.
Por Frederico Czar
Professor de História
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