Renascimento Comercial e Urbano

O que foi o Renascimento Comercial e Urbano?

Desde o século X, a Europa estava em paz, o fim das invasões normandas, feitas pelos Vikings (o mal do norte) e a conversão dos magiares, fazia com que o povo trabalhasse mais no campo, produzindo mais alimentos e com isto aumentava a população.

Havia entre os servos e nobres um excedente de produção que passaram a ser levados as feiras que se realizavam em torno dos castelos (burgos em alemão, daí a origem do nome burguês, dado aos comerciantes). Com o fim das cruzadas, o dinheiro passou a circular, aparecem os primeiros banqueiros que trabalhavam com o câmbio de moedas e com empréstimos.

Muitos servos e vilões conseguem abandonar o campo e passam a morarem próximos as feiras, há um grande número de artesãos, como tecelões, ourives e ferreiros, que vendem o fruto de seu trabalho. Esta nova classe de gente endinheirada é chamada de burguesia.

Cidade Medieval, note as casas protegidas pela muralha e outras que ficam próximas a ela. O comércio deu uma nova dinâmica na vida da Europa Medieval. O mundo de senhores feudais e de cavaleiros, começava a ruir. O sinal de poder começava a deixar de ser a terra e passava a ser o dinheiro.

Os artesãos se organizavam dentro da cidade em corporações de ofícios, chamadas de guildas onde estipulavam o preço e a qualidade dos seus produtos. Já os comerciantes de uma cidade passaram a formar hansas, para defender seus interesses. Mas houve a união dos comerciantes de várias cidades, como a Liga Hanseática, que representava os comerciantes (burgueses) de várias cidades do norte da Europa.

Por Frederico Czar
Professor de História