Período Arcaico

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Período Arcaico – O que foi

Período Arcaico na Grécia refere-se aos anos entre 750 e 480 aC, mais particularmente 620-480 aC.

A idade é definida através do desenvolvimento da arte, neste momento, especificamente através do estilo de cerâmica e escultura, que mostra as características específicas que viria a ser desenvolvidos para o estilo mais naturalista do período clássico.

arcaico é um dos cinco períodos que a história grega antiga podem ser divididas em; foi precedida de Idade das Trevas e seguido pelo período clássico.

período arcaico viu avanços na teoria política, especialmente o início da democracia, bem como na cultura e arte.

O conhecimento e o uso da língua escrita que estava perdido na Idade das Trevas foi restabelecida.

O nome do Período Arcaico é dada por arqueólogos para os primeiros períodos de uma cultura.

Em particular, pode referir-se:

O período arcaico nas Américas (8000 aC-2000 aC)
O período arcaico na Grécia (800 aC-480 aC)
O período dinástico adiantado do Egito (3100 aC-2600 aC)

O Período Arcaico – Características

Nesse período as cidades-estados se desenvolveram com o surgimento dos aglomerados de casas, templos, mercados e a acrópole, onde ficavam as fortificações militares e os templos religiosos.

Surgiram também as relações de hectemoro (camponês) e eupátrida (proprietário de terra), onde o camponês pedia empréstimos ao latifúndio e em troca lhe oferecia parte de sua produção.

Quando não conseguia pagar a dívida, o hectemoro tinha seus bens confiscados e poderia até mesmo ser vendido como escravo.

Com o aumento da população aumentou a desigualdade já que as melhores terras ficavam nas mãos de poucos enquanto faltavam alimentos para os menos abastados. Em função disso entre os séculos VIII e VII a.C. os gregos iniciou um processo de expansão territorial obtendo um bom número de colônias.

Com as transformações econômicas e sociais, a aristocracia passou a ocupar o lugar do rei, enfraquecendo assim a monarquia e fazendo com que a nobreza monopolizasse a política.

Houve o surgimento de uma nova camada social formada por proprietários que comercializavam azeite e vinho, mas não participavam da política. Enquanto isso os camponeses continuavam na miséria e a aristocracia cada vez mais poderosa.

O período arcaico (800-500 AC)

O período arcaico da história grega

período arcaico, ou antigo, da Grécia antiga foi, até a descoberta da civilização micênica, considerado o início da história grega. Embora agora saibamos que a história grega remonta aos tempos micênicos, o período arcaico foi uma época de renascimento. Entre os tempos micênicos e o período arcaico foi a Idade das Trevas grega, uma época de baixa população, fabricação de ferro, ilegalidade, falta de arte e analfabetismo (não ser capaz de ler ou escrever).

Para entender as mudanças no Período Arcaico, devemos revisar a Idade das Trevas da Grécia. O poeta Homero nos dá o nosso melhor olhar sobre esse período em seus poemas, a Ilíada e a Odisséia.

A Idade das Trevas, de acordo com esses poemas, foi uma época em que os reis tinham poder limitado. Os reis são descritos como agricultores pobres, ladrões e piratas.

Houve uma aristocracia que governou durante a Idade das Trevas, homens cujas famílias haviam alcançado o poder, mas esses homens não eram ricos, nem tinham o poder total dos reis micênicos antes deles.

Nenhuma pessoa pode se elevar acima das demais. Os gregos da Idade das Trevas não sabiam ler nem escrever durante esse período (analfabetismo).

A lealdade de uma pessoa era primeiro para consigo mesma e sua família, não para seu país. A Grécia era subpovoada porque havia um suprimento limitado de alimentos.

Os gregos não tinham contato com o mundo exterior, como Egito e Mesopotâmia. Tudo isso mudou no Período Arcaico.

História da Grécia: Arcaico

Arte Grega

O próximo período da história grega é descrito como arcaico e durou cerca de duzentos anos (700-480 aC). Durante essa época, a população grega se recuperou e se organizou politicamente em cidades-estado (Polis) compostas por cidadãos, residentes estrangeiros e escravos.

Esse tipo de organização social complexa exigia o desenvolvimento de uma estrutura jurídica avançada que garantisse a coexistência harmoniosa das diferentes classes e a igualdade dos cidadãos, independentemente de sua condição econômica. Este foi um precursor necessário para os princípios democráticos que vemos desenvolvidos duzentos anos depois em Atenas.

As cidades-estado gregas da época arcaica se espalharam pela bacia do Mediterrâneo por meio de uma colonização vigorosa. À medida que as principais cidades-estado aumentaram de tamanho, elas geraram uma infinidade de cidades costeiras no Egeu, no Jônio, na Anatólia (atual Turquia), na Fenícia (no Oriente Médio), na Líbia, no sul da Itália, na Sicília, na Sardenha e até o sul França, Espanha e Mar Negro.

Esses estados, colônias e feitorias somavam-se às centenas e tornaram-se parte de uma extensa rede comercial que envolvia todas as civilizações avançadas da época. Como consequência, a Grécia entrou em contato e ajudou na troca de bens e idéias em toda a África, Ásia e Europa antigas. Por meio do domínio do comércio no Mediterrâneo, da expansão agressiva no exterior e da competição interna, várias cidades-estado muito fortes começaram a emergir como centros culturais dominantes, mais notavelmente Atenas, Esparta, Corinto, Tebas, Siracusa, Mileto, Halicarnasso, entre outros.

Cidade Estado

O crescimento das desigualdades sociais através da formação de uma sociedade de classes resultou na desintegração dos genos e na formação das cidades-estados.

Cada cidade-estado tinha suas leis, governos e costumes.

Apesar de serem independentes as cidades gregas apresentavam uma certa unidade cultural manifestado em elementos como: língua, crenças religiosas, sentimento comum de que eram diferentes dos povos que não falavam a língua grega (os bárbaros), entre outros.

Exemplo de unidade: os jogos olímpicos.

Duas cidades gregas se destacaram nesse período: Esparta e Atenas.

Jogos Olímpicos

Um evento que ocorreu durante o Período Arcaico foi a criação dos Jogos Olímpicos, tradicionalmente fixados em 776 AC. Embora as Olimpíadas tenham ocorrido em Elis, na Grécia, no Peloponeso, esta competição não foi um evento local. As Olimpíadas foram um evento aberto a todos os povos de língua grega, de onde quer que tenham vindo. Os gregos começaram a pensar que tinham algo em comum.

Nas Olimpíadas, os gregos tiveram a oportunidade de realizar grandes feitos. Os gregos não acreditavam em uma vida após a morte, ao contrário, eles acreditavam que a imortalidade era alcançada fazendo um nome para si mesmo, por meio de realizações físicas, beleza e fala. A adulação pública era importante, e os Jogos Olímpicos, que aconteciam a cada quatro anos, deram aos gregos essa oportunidade. Os vencedores das Olimpíadas foram considerados heróis e estrelas em suas cidades-estado, e seus nomes viveram por gerações.

Período Arcaico – História

Período arcaico (8 – início do século 5 aC)

As primeiras tentativas de escultura na rodada assumir a forma de pequenas figuras de homens, deuses e animais em argila ou bronze.

Até o final do século 8 a influência da Síria começa a ser sentida, no que é tornar-se uma revolução Orientalizing no mundo grego.

Isso leva, no século 7, a figuras de pedra, em pé ou sentado e geralmente menos do que tamanho real, que foram utilizados como dedicatórias ou para decorar edifícios.

Sua forma (chamado ‘Daedalic’) é amplamente sírio, com uma preferência por figuras frontais, cabeças grandes, caras em vez triangulares.

Período “arcaico”, assim chamado por analogia à História da Arte, foi uma das épocas mais brilhantes e profícuas da história da Civilização Ocidental.

Mas, a despeito da redescoberta da escrita no final da Idade das Trevas, os registros de que dispomos são escassos: fragmentos literários; listas dos vencedores das Olimpíadas; listas de reis e magistrados de algumas cidades; e as tradições conservadas por autores tardios, como por exemplo Aristóteles (-384/-322). A arqueologia é, ainda, nossa maior fonte de informações.

Por volta de -750 houve um substancial aumento da população, em grande parte devido ao aumento do rendimento da atividade agrícola. Com a pressão demográfica, entre outros fatores, muitos cidadãos deixaram suas cidades de origem e fundaram numerosas apoikias, “lares distantes”. Com isso, o modo de vida grego se expandiu por toda a costa do Mediterrâneo e do Mar Negro.

O desenvolvimento do comércio, impulsionado em grande parte pela retomada dos contatos com a Ásia Ocidental, e mais as numerosas guerras locais, criaram novos estratos sociais. Com o tempo, a pressão sobre a classe dominante, a dos grandes proprietários de terras, resultou em maior participação de toda a comunidade na vida política da comunidade, e a pólis, cidade-estado influenciada por modelos orientais, assumiu o formato definitivo.

Um florescimento cultural intenso acompanhou a prosperidade das póleis: mais jogos pan-helênicos; estátuas de divindades e templos monumentais em pedra para abrigá-las; os vasos de figuras negras e de figuras vermelhas; a poesia lírica; a filosofia pré-socrática, para citar apenas os exemplos mais significativos.

No final do período, porém, uma guerra entre as cidades gregas independentes e o poderoso Império Persa iria mudar, para sempre, a evolução política e cultural do mundo grego.

Período Arcaico: a formação do Mundo Grego

A cidade-estado grega surgiu a partir da desagregação das genos, período em que ocorreu uma gradativa diferenciação social, propiciada pela divisão da sociedade em classes sociais distintas.

Nessa época, o poder político passou a ser centralizado nas mãos da aristocracia rural.

Esparta

Esparta surgiu por volta do século IX (a.C.), na fértil região da Lacônia, próximo ao litoral do mar Egeu. Em Esparta, diferentemente das outras cidades gregas, não houve transformações políticas, econômicas, sociais e culturais. Isso se deve, em parte, ao seu isolamento.

É localizada no sudeste do Peloponeso, cercada por muitas montanhas.

Foi conquistada pelos Dórios, invadida pelos Aqueus e habitadas pelos povos chamados: Pelasgos.

Houve em Esparta muitas guerras para que fosse conquistado o solo, ou seja, as guerras em Esparta se deram por três motivos:

Necessidade de outras terras;
Abater o poder de um país sobre o seu;
Aumentar as tropas militares, auxiliares ou aliadas.

Assim como em Atenas, a nacionalidade de Esparta, também era permitida somente para quem fosse descendente de uma pessoa naturalizada da cidade.

A educação em Espartas era visada somente para formar soldados.

Esparta – Organização Política

Esparta era uma diarquia governada por dois reis pertencentes a famílias diferentes e, muitas vezes, rivais. Entre suas funções destacavam-se os serviços de caráter militar e religiosos.

As instituições sociopolíticas espartanas foram atribuídas a um legislador lendário, Licurgo, que teria recebido as instruções do deus Apolo.

A organização do Estado Espartano era assim constituída:

a) Dois Reis (Basileus): um era o chefe militar; o outro, religioso.
b) Senado (Gerúsia)
: o conselho dos anciãos.
c) Assembléia do Povo (Ápela)
: caráter deliberativo.
d) Eforado
: cinco anciãos escolhidos na Gerúsia para governar.

A administração política eram exercida pelos seguintes órgãos:

Gerúsia: Constituída por 2 reis e 28 esparciatas (com mais de 60 anos). Tinham funções administrativas, legislativa e judicial.

Ápela: Formada pelos mais importantes cidadãos espartanos, maiores de 30 anos. Possuía as funções de eleger os membros da Gerúsia, exceto os reis, do Conselho de Éforos e de aprovar ou rejeitar as leis encaminhadas pela Gerúsia.
Conselho dos Éforos: 
Formado por 05 membros eleitos anualmente pela Ápela. Eram os verdadeiros chefes do governo, comandavam as reuniões da Gerúsia e da Ápela, controlavam a vida econômica e social de toda a cidade, podiam vetar todos os projetos de lei e até mesmo destituir os reis.

O mandato dos Éforos era de um ano, mas podiam se reeleger indefinidamente. Devido ao enorme poder dos éforos o governo de Esparta era considerado uma oligarquia.

Esparta – Organização Social

A população de Esparta dividia-se em três classes principais:

a) A camada dominante era constituída dos esparciatas ou descendentes dos primeiros conquistadores; somente eles tinham direitos políticos.
b)
 Em segundo, vinham os periecos (que moravam em redor da cidade) e tinham permissão de comercializar e dedicar-se à manufatura, mas não tinham direitos políticos.
c) 
Os hilotas, parte da população submetida a um trabalho compulsório e a um tratamento, muitas vezes, vergonhoso.

Esparta – Disciplina Militar

Os cidadãos espartanos eram condenados a uma existência de privações: na maior parte de suas vidas, estavam submetidos ao serviço militar.

A educação masculina era dedicada ao serviço militar, que começava aos sete anos, quando os homens eram submetidos a açoite, a fim de enrijecê-los para os deveres da guerra.

Entre os vinte e os sessenta anos, os homens estavam a serviço do Estado, que regulava minuciosamente a vida de seus cidadãos: além da educação dos jovens, preocupava-se com o casamento, obrigatório para os celibatários (lei Atímica).

As mulheres espartanas eram preparadas fisicamente para se tornar mães de espartanos sadios. Praticavam ginástica e participavam de jogos esportivos.

Gozavam de maior liberdade que as demais mulheres do mundo grego, o que se explica pela frequente ausência do homem e pela necessidade de administrar o patrimônio familiar.

Organização Econômica: A organização econômica de Esparta visava garantir a eficiência militar e a supremacia dos esparciatas. As melhores terras (também os hilotas que trabalhavam e sustentavam toda a sociedade) eram propriedades do Estado.

Política Externa: Com relação à política externa, no fim do século VI a.C., Esparta dominou quase todo o Peloponeso, formando, juntamente com Corinto, Mégara, Égina e outras, a Liga do Peloponeso.

Essa aliança militar, da qual não participava Argos, sua arqui-rival, transformou-se em um instrumento de dominação espartana.

Atenas

Atenas formou-se a partir de uma miscigenação entre os jônios e os primeiros habitantes da Ática, no século VIII a.C. Estava situada na península Ática, cidade jônica.

Para ser considerado Ateniense era necessário ser filhos de pai e mãe ateniense, ou seja, quem não tinha descendência ateniense poderia usar do que a cidade oferecia, mas não poderia ter total naturalidade (ateniense).

Localiza-se na Península Ática, que se estende por todo o Mar Egeu. Por causa da posição geográfica escapou das grandes correntes invasoras. Por terem poucos solos férteis, os atenienses se dedicaram ao comércio marítimo favorecido pelos portos naturais e pelas minas de prata que facilitaram a emissão de moedas.

O desenvolvimento do comércio transformou Atenas em um grande centro econômico.

Organização primitiva de Atenas

A primeira forma de governo ateniense foi a monarquia. Nessa época, Atenas era governada por um rei (Basileus), com plenos poderes de sumo-sacerdote, juiz e chefe militar, auxiliado por um Conselho de Anciãos (Areópago). Havia também uma Assembleia do Povo.

A sociedade era dividida em classes sociais:

a) os eupátridas eram os aristocratas;
b) 
os geomores eram formados pelos pequenos proprietários rurais;
c) 
os demiurgos eram os pequenos artesãos;
d) 
os estrangeiros (metecos), considerados livres e sem direitos políticos;
e)
 os escravos adquiridos por meio de guerras, de comércio e por dívida constituíam a base de toda a produção econômica.

Em meados do século VIII a.C., a monarquia começou a se deteriorar em função da concentração das terras nas mãos dos eupátridas, o que lhes garantia maior poder. Nesse período, a monarquia foi substituída pela oligarquia, chamada de Arcontado, que era constituído por nove arcontes eleitos pela aristocracia territorial e escravista. Num primeiro momento, o mandato dos arcontes durava dez anos; depois, foi reduzido para um ano.

As principais funções do arcontado eram: Epônimo, função de administrador; Basileus, função religiosa; Polemarca, função militar; e o Tesmoteta, função de juiz.

Embora o governo fosse monopolizado pelos eupátridas, o regime inicialmente era monárquico, sendo chefiado por um monarca basileu (que era o chefe de guerra, juiz e sacerdote), cujo poder era limitado por um conselho de aristocratas (areópago).

Posteriormente o poder em Atenas passou às mãos de uma oligarquia de nobres (o Arcondato), seus membros, arcontes, comandavam o exército, a justiça, a administração pública, entre outras funções.

As Reformas de Drácon e Sólon

As leis, nessa época, eram consuetudinárias (costumeiras) e eram aplicadas pelo Conselho dos Anciãos. Levantaram-se gritos de desespero oriundos do povo e ameaças de revolução, colocando em risco o poder político dos eupátridas. Surgiu, dessa forma, o código de leis escritas draconianas (elaboradas por Drácon).

Sólon foi eleito arconte em 594 a.C., com a ajuda dos comerciantes e artesãos ricos que lhe concederam poderes para realizar reformas, entre as quais destacam-se:

a) a criação do Conselho dos Quatrocentos (Bulé), responsável pela elaboração das leis, com admissão dos membros da classe média;
b)
 criação de um supremo tribunal de recursos (Tribunal dos Heliastas), aberto a todos os cidadãos e eleito por sufrágio universal masculino;
c) 
proibição da escravidão por dívida;
d)
 instituição de uma nova cunhagem de moedas (Drácman).

Dracon

Arconte eupátrida. Elaborou o primeiro código de leis escritas (Leis Draconianas). Embora reforçassem os privilégios dos eupátridas, foram as primeiras leis escritas destinadas a impedir abusos em relação às classes inferiores.

Sólon

Promulgou uma série de leis que limitavam o poder dos eupátridas: fim do monopólio do poder pela aristocracia (que se baseava no critério de nascimento) e instituiu um novo sistema de participação no poder, baseado na riqueza dos cidadãos (eclésia); acabou com a escravidão por dívida.

A Tirania

Em 560 a.C., Psístrato foi eleito com a ajuda do povo e do exército. Justificando a fama de déspota benevolente, protegeu a cultura, reduziu o poder da aristocracia e elevou o padrão de vida dos atenienses da classe média. Seu sucessor, Hípias, foi um opressor vingativo.

As reformas de Sólon não puderam ser devidamente aplicadas devido à rivalidades entre partidos políticos e classes sociais. Isso provocou o aparecimento dos Tiranos.

Eram homens que se apoderavam do poder sem respeitar a legislação estabelecida (vale ressaltar que o termo tirano não possuía o significado pejorativo que hoje apresenta).

Dentre os Tiranos destaca-se a figura de Pisístrato. Ele tomou o poder apoiado pelos camponeses e descendentes em geral. Realizou uma reforma agrária e limitou os poderes da nobreza.

Estimulou o comércio e o artesanato e impulsionou a indústria de navios. Criou uma forte esquadra mercantil e lançou as bases do poderio marítimo de Atenas.

Após a sua morte seus filhos, Hípias e Hiparco, não prosseguiram as reformas e perderam o apoio popular, com isso foram derrubados pelos eupátridas, que restabeleceram a oligarquia em Atenas.

A Democracia Ateniense

A volta da oligarquia provocou a reação do povo e comerciantes que levaram Clístenes ao poder. Ele é considerado o Pai da democracia ateniense.

Clístenes foi eleito arconte, após a derrubada de Hiparco, com a ajuda das massas.

Governou Atenas de 508 a 502 a.C. Suas principais reformas foram:

a) Criou a Democracia (governo do povo).
b) 
Aumentou o número de cidadãos.
c) 
Criou o Conselho dos Quinhentos, cujos membros eram escolhidos por sorteio.
d) 
Aumentou a autoridade da Assembleia do Povo;
e)
 Instituiu o Ostracismo, pelo qual o cidadão considerado perigoso ao Estado era exilado por dez anos, sem o confisco de bens

Reformas de Clístenes

Divisão da Ática em “cem” demos que foram agrupados em dez tribos.Cada tribo era composta por cidadãos atenienses de sua posição social (aristocratas, comerciantes, camponeses, artesãos e marinheiros).

Dessa forma diluía o poder da aristocracia.

Criou o Conselho dos 500  bule  (composto por 500 cidadãos escolhidos por sorteio nas dez tribos em que se agrupavam os demos). O conselho dos 500 era responsável pela elaboração de leis.

Ostracismo: cassação dos direitos políticos e degredo por 10 anos para todo cidadão que ameaçasse o regime democrático. O cidadão não perdia seus bens.

A democracia ateniense era o regime do povo, que constituía a parcela menor da população, pois excluídos por isso, cidadãos ateniensesa mulheres, estrangeiros e escravos.

Ao povo pertenciam apenas os que tinham direitos políticos e eram cons.

A democracia ateniense fez com o poder, antes dominado pelos eupátridas, passasse a ser exercido pelos pequenos proprietários, artesãos, comerciantes, submetendo uma massa de escravos, metecos (estrangeiros) e mulheres.

Período Arcaico – Resumo

O Período Arcaico

Neste período, a falta de terras férteis tornou-se um problema mais grave.

Ao mesmo tempo, surgiu na Grécia uma nova forma de organização política: a cidade-estado, à qual os gregos davam o nome de pólis.

A pólis grega era diferente da cidade de hoje: ela possuía seu próprio governo, sua moeda e suas leis.

No mundo grego havia um grande número de pólis.

A população da maioria delas era pequena, poucas ultrapassavam alguns milhares de habitantes.

Ao mesmo tempo que a população aumentava e surgiam as cidades, muitos camponeses empobrecidos eram escravizados pelos grandes proprietários como forma de pagamento de dívidas.

Outros, contudo, decidiam partir em busca de novas terras, colonizando regiões distantes.

Assim, ao longo de dezenas de anos, os gregos se espalharam pelas margens do Mediterrâneo, ocupando o sul da Itália, as ilhas gregas, o norte da África e a Ásia Menor.

A ideia de cidadania

Apesar da colonização grega, a questão da terra não se resolveu. Isso porque o número de camponeses empobrecidos continuou aumentando, enquanto os grandes proprietários acumulavam terras.

Esses grandes proprietáriose suas famílias formavam uma aristocracia¹. Somente eles eram considerados cidadãos. Ser cidadão significava ter o direito de participação na vida política da cidade, de lutar no seu exército e de possuir terras. Como cidadãos, eles controlavam o governo das cidades gregas.

Apesar do pequeno número de pessoas com direito À cidadania nas cidades gregas daqueles tempos, é importante saber que foi nesse período que surgiu a ideia de cidadania.

Como somente alguns poucos tinham tais direitos, era grande o descontamento entre os outros grupos sociais, como comerciantes, camponeses e pequenos proprietários.

No início do século VII a.C., uma mudança nas táticas de guerra gregas acabou contribuindo para o aumento do número de cidadãos na Grécia. Até então, apenas os aristocratas combatiam no exército e, geralmente, a cavalo. Porém, com o aumento das guerras entre as cidades, formou-se a infrataria, isto é, homens a pé que combatiam com armas leves. Eles eram chamados de hilotas (de óplon, o escudo redondo que levavam).

Os hoplitas, que de modo geral eram pequenos proprietários, começaram a exigir um aumento de participação na vida política da cidade.

As vestimentas e os armamentos dos hoplitas eram comuns em todas as cidades gregas. Usavam uma túnica curta, uma couraça de metal para proteger as costas e o peito (o thórax), um elmo (capacete de metal para proteger a face), encimado por um penacho, perneiras de metal para proteger as pernas e os joelhos.

Como armamento, usavam um grande escudo oval, uma espada com dois gumes e uma longa lança de dois metros.

Entre os século VII e VI a.C., as insatisfações aumentaram a ponto de se fazerem necessárias reformas políticas e sociais.

Fonte: www.ancientgreece.com/pt.slideshare.net/ancient-greece.org/geocities.com/www.penfield.edu

 

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