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Papa São Félix II ( ? – 492)
Papa da Igreja Cristã Romana (483-492) nascido em Roma, eleito em 13 de março (483) como sucessor de São Simplício (468-483), em um momento particularmente difícil das controvérsias cristológicas. Descendente da nobre família Anicia de senadores de Roma, o papa de número 48, também é chamado de Félix III na lista de papas que inclui ilegítimos, ou enquanto sucessor do antipapa homônimo. Eleito por proposta de Odoacro e consagrado no trono, tratou de estabelecer a paz no Oriente e empenhou-se na luta para purificar a doutrina cristã da heresia de Êutiques, o monofisismo, doutrina daqueles que admitiam em Jesus Cristo uma só natureza, que somente terminaria no século seguinte (518). Enviou embaixadores a Constantinopla para que procurassem entrar em acordo com Acácio, patriarca daquela cidade, que inspirara o tal documento. Um ano antes de sua posse, o imperador do Oriente, Zenão, promulgara o Henetikon, documento cujos termos equívocos pareciam favorecer o monofisismo, que o Concílio de Calcedônia condenara (451). Embaixo da proteção imperial, Acácio não abdicou de seus ideais e tentou corromper os legados pontifícios e, por isso, foi excomungado. Iniciava-se, assim, as desavenças com o patriarcado de Constantinopla, originando o cisma da Igreja oriental, também chamado de Cisma de Acácio. Zenão incentivou Teodorico, rei dos ostrogodos, a lutar contra Odoacro, amigo e protetor do papa. Teodorico venceu e se tornou rei da Itália, porém tanto o imperador como o papa já haviam morrido. Teve filhos, um dos quais foi o pai do famoso São Gregório Magno. Foi considerado, erroneamente, um santo mártir, mas aparentemente morreu naturalmente em 1º de março (492) e foi sucedido por São Gelásio I (492-496). É o único papa que está enterrado na basílica de S. Pablo Extramuros.
Fonte: www.dec.ufcg.edu.br
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