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Papa Paulo IV (1476 – 1559)
Papa italiano da Igreja Católica Romana (1555-1559) nascido em Sant’Angelo della Scala, Avellino, eleito em 6 de janeiro (1560) para suceder Marcelo II (1555), e após consagrado no cargo, procurou reformar a Igreja com métodos coercitivos usando o tribunal da Inquisição tanto para com os católicos como para os protestantes. Descendente de uma família da nobreza napolitana, recebeu educação humanista e entrou para a carreira eclesiástica por influência de um tio cardeal, Oliviero Carafa. Tornou-se funcionário da administração eclesiástica (1503), bispo de Chieti (1505) e arcebispo de Brindisi (1518). Também realizou importantes missões diplomáticas em nome do papa Leão X como núncio apostólico na Inglaterra (1513) e na corte da Espanha (1515).
Passou a ser um dos dirigentes da Companhia do Divino Amor, instituída em Roma, no Trastevere (1515), juntamente com Tiago de Tiene, com quem fundou a Ordem dos Clérigos Rregulares, os Teatinos (1523). Mudou-se para Veneza (1527), mas voltou para Roma (1534) chamado pelo papa Paulo III, para ajudá-lo na luta contra o protestantismo. Nomeado cardeal (1536), assumiu a divulgação um programa de reforma, condensado no Consilium de emendanda ecclesia (1537). Apesar da oposição dos cardeais ligados ao imperador Carlos V, foi eleito papa (1555) numa vitória dos que defendiam a radicalização contra o luteranismo. Dedicou-se à organização da Inquisição romana, fundada por Paulo III graças à sua sugestão, e à reconstrução administrativa e moral das altas hierarquias católicas. Promulgou disposições que impunham aos bispos a residência em suas dioceses, proibiu o acúmulo de benefícios, criou novos episcopados nas regiões mais ameaçadas pela pregação protestante e aboliu certos ganhos da cúria. Esses excessos de severidade, porém, contribuíram para tornar mais insolúveis os conflitos e aumentar-lhe a antipatia em alguns setores da Igreja, inclusive de antigos colaboradores. Sua má condução da política externa pontifícia, confiada ao seu sobrinho cardeal secretário de Estado, Carlos Carafa, levou a um conflito aberto com Carlos V (1556) que terminou com a desastrosa derrota militar em Viterbo (1558). Não reconheceu o título imperial de Fernando I (1558) e rompeu com Elisabeth I, da Inglaterra, aumentando o isolamento político que se criara ao redor do papado. O papa de número 224, morreu em 9 de dezembro (1559), em Roma, e foi sucedido por Pio IV (1559-1565).
Fonte: www.dec.ufcg.edu.br
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