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Papa Honório III ( ~ 1150 – 1227)
Papa da Igreja Cristã Romana (1216-1227) nascido em Roma, eleito em 24 de julho (1216) como sucessor de Inocêncio III (1198-1216), em cujo pontificado cuidou especialmente do aspecto disciplinar e jurídico da eleição do papa e dos bispos, fixando as regras e a cerimônia, e aprovou definitivamente as regras dos Franciscanos e dos Dominicanos e confirmou a ordem dos Carmelitas. De origem nobre, exerceu funções de caráter administrativo na cúria pontifícia e tornou-se cardeal diácono de Santa Luzia na época do pontificado de Celestino III. Eleito papa já com idade avançada, mostrou-se com um temperamento muitas vezes oposto ao de seu predecessor. Homem sereno e bastante religioso, mas de pouca energia e autoridade e desprovido de grandes capacidades políticas. Definiu o Liber Censorium, sobre os direitos dos Pontífices e organizou o cerimonial para a eleição papal. Politicamente não impediu as ambições monárquicas de Frederico da Suábia em troca da promessa de aplicar em seus domínios as severas Constitutiones eclesiásticas contra os hereges e o compromisso de apoiar a quinta cruzada, uma nova expedição militar à Terra Santa. Organizou, então, a quinta cruzada, com André II da Hungria, que não alcançou os objetivos. A primeira ofensiva da quinta Cruzada (1217-1221) tinha como objetivo capturar o porto egípcio de Damieta, o que foi conseguido (1219). Porém a estratégia posterior que era assegurar o controle da península do Sinai não obteve sucesso, principalmente porque os reforços prometidos por Frederico II, então poderoso rei da Sicília e neto de Frederico Barba-Roxa, não chegaram, razão pela qual ele foi excomungado pelo papa Gregório IX. Posteriormente, Frederico II organizou uma Cruzada por sua própria conta, marchou até a Terra Santa e, sem o apoio do papado, conseguiu que os egípcios devolvessem Jerusalém aos cruzados. Em termos políticos teve mais sucesso no restante da Europa ocidental, onde apoiou o rei da Inglaterra João Sem-Terra e obteve o apoio dos soberanos da França e de Aragão contra os albigenses. Durante seu pontificado favoreceu bastante as ordens mendicantes e seus frades pregadores, permitindo-lhes o acesso às universidades francesas, e aprovou a regra dos frades menores (1223), aos quais designou como protetor o cardeal Ugolino de Óstia. Aprovou (1226) as regras dos carmelitas, formulada (1208-1209) por Alberto de Vercelli, patriarca latino de Jerusalém, e ainda hoje professadas pela Ordem. O papa de número 178, morreu em Roma, e foi sucedido por Gregório IX (1227-1241).
Fonte: www.dec.ufcg.edu.br
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