PUBLICIDADE
Papa Adriano VI (1459 – 1523)
Papa da Igreja Cristã Romana (1522-1523) nascido em Utrecht, na Holanda, substituto de Leão X (1513-1521), foi exemplo de piedade e ascetismo. Filho de pais pobres e piedosos, seu pai era um trabalhador da construção naval, teve uma boa formação religiosa através dos Irmãos da Vida Comum e, financiado por Margaret de York, a viúva Duquesa da Burgúndia, conseguiu seu doutorado em teologia em Louvain (1491). Ali continuou como professor de teologia, publicou dois livros, tornou-se chanceler da universidade, duas vezes reitor, e teve como aluno o brilhante Erasmo de Rotterdam. Tornou-se conselheiro da Duquesa Margaret, e foi indicado pelo Imperador Maximiliano para ser tutor do seu neto e herdeiro (1515) o príncipe Carlos, o futuro imperador Carlos V. Notável pelo seu fervoroso catolicismo, foi nomeado um dos vice-reis da Espanha (1516), bispo de Tortosa e grande inquisidor de Aragão, Navarra e Castela (1517-1518) e cardeal (1517). Depois que o co-governante e reformista Ximenes morreu, tornou-se o único vice-rei. Eleito papa após a morte de Leão X (1513-1521) como candidato de consenso e consagrado em 31 de agosto (1522), antes que soubesse disso, e escolheu ser chamado Adriano VI. Chegou em Roma oito meses depois de sua escolha, sem saber ao certo a cruz o aguardava em Roma.
Determinado a reformar a Igreja e começar diretamente por Roma, logo se mostrou que não seria uma ferramenta nas mãos imperiais, surpreendendo os conservadores (1522) e impôs sua autoridade sobre os humanistas pagãos, os caçadores de posições e compradores de empregos. Negligenciou as artes e, por isso, foi chamado bárbaro, para combater os vícios da cúria, principalmente o nepotismo, a simonia. Com rara coragem moral, reconheceu a existência dos abusos que fomentaram às reformas de Lutero. Cortou as despesas da corte romana, suprimiu cargos inúteis e lutou contra o nepotismo. Enviou um núncio à dieta de Nuremberg (1522-1523) para pôr um freio à reforma luterana, mas não obteve a execução do edito de Worms. Tentou unir os príncipes cristãos contra os turcos e juntou-se a Carlos V (1523) para combater Francisco I, rei da França, aliado dos muçulmanos, mas nada pode fazer para evitar a queda de Rodes para os turcos. Em luta contínua contra os turcos muçulmanos, sem resultados positivos, infelizmente um grave surto de peste, durante seis meses, assolou Roma e região e matou vários de seus cardeais colaboradores, enquanto que outros fugiam para buscar de regiões mais seguras. Embora tenha permanecido e sobrevivido, quando a praga acabou e os cardeais voltaram, o valoroso papa caiu doente, numa grande perda para a Igreja, segundo os historiadores. Papa de número 219, morreu em 12 de setembro, em Roma, e foi sucedido por Clemente VII (1523-1534).
Fonte: www.dec.ufcg.edu.br
Redes Sociais