Nossa Senhora de Guadalupe

12 de Dezembro

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Em 1531, a Santíssima Virgem, apareceu na Colina Tepejac, México, ao neófito Juan Diego, piedoso e inculto indígena, e comunicou-lhe seu desejo de ele se dirigir ao bispo com o pedido de, naquele local, construir uma igreja.

O Bispo, Dom João de Zumárraga prometeu sujeitar o ocorrido a um meticuloso exame, e retardou bastante a resposta definitiva.

Pela segunda vez, a Santíssima Virgem apareceu a Juan Diego, renovando, e desta vez com insistência, o seu pedido anteriormente feito.

Aflito e entre lágrimas o pobre homem novamente se apresentou ao prelado e suplicou, fosse atendida a insinuação da Mãe de Deus.

Nossa Senhora de Guadalupe
Nossa Senhora de Guadalupe

Exigiu então o bispo que, como prova da veracidade do seu acerto, trouxesse um sinal convincente.

Pela terceira vez a Santíssima Virgem se comunicou a Juan Diego, não mais na colina de Tepejac, mas no meio do caminho à Capital, aonde este se dirigia à procura de um sacerdote para ir junto à cabeceira de seu tio, prestes a morrer. Isto foi num inverno e num lugar inóspito e árido.

Maria Santíssima assegurou-o do restabelecimento do enfermo. Juan Diego, em atitude de profunda devoção, estendeu aos pés da Santíssima Virgem seu manto, e este, imediatamente se encheu de belíssimas rosas. “É este o sinal – disse-lhe Maria Santíssima – que darei a quem tal pediu. Leva estas rosas ao Sr. Bispo”.

A ordem foi cumprida e, no momento em que o piedoso índio espalhou as flores diante do prelado, apareceu sobre o tecido do manto, uma linda pintura de Nossa Senhora, reprodução fiel da primeira aparição na colina de Tepejac.

O fato causou grande estupefação, e às centenas acorreram os fiéis ao palácio episcopal, e mais tarde em triunfo levada à grandiosa igreja que se construiu na colina indicada pela Santíssima Virgem.

Desde então, Guadalupe é o grande santuário nacional do México, visitado continuamente pelas multidões de fiéis, que a Maria Santíssima recorrem em todas as suas necessidades. A devoção a Nossa Senhora de Guadalupe se estendeu sobre toda a América Latina, e numerosas são as igrejas que trazem o seu nome.

A partir daí, a evangelização do México tornou-se avassaladora, sendo destruídos os últimos resquícios da bárbara superstição dos astecas, que escravizavam outros povos e sacrificavam seus próprios filhos em rituais sangrentos.

O manto de Juan Diego é ainda hoje venerado no Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe. Em 1979 o Papa João Paulo II consagrou solenemente a Nossa Senhora de Guadalupe para toda a América Latina. A santa é muito invocada entre aqueles que sofrem doenças nos olhos.

PESQUISAS CIENTÍFICAS

Os olhos da Virgem de Guadalupe – 12/10/2001

A tecnologia vem sendo usada para desvendar um intrigante fenômeno: os misteriosos olhos da imagem da Virgem de Guadalupe.

Em janeiro de 2001, o engenheiro peruano Jos Aste Tonsmann, do Centro Mexicano de Estudos Guadalupenhos, revelou o resultado de sua pesquisa de 20 anos sobre a imagem gravada na tilma de Juan Diego.

Os olhos da imagem, ampliados 2 500 vezes, “mostram o reflexo de umas 13 pessoas”, precisamente como aconteceria com olhos verdadeiros que estivessem refletindo uma cena. Tonsmann acredita que a pequena área da pupila retrata a cena de 9 de dezembro de 1531, quando Juan Diego mostrou sua tilma ao bispo Juan de Zumrraga. O próprio Diego estaria entre o grupo.

Nossa Senhora de Guadalupe
A imagem de várias figuras humanas que parecem constituir uma família (incluindo várias crianças e um bebê levado nas costas por sua mãe, como se acostumava no século XVI), aparecem no centro da pupila da Virgem.

O engenheiro está convicto de que “a imagem não foi pintada por mãos humanas”. Em 1979, Philip Callahan e Jody B. Smith, dos EUA, estudaram a gravação com raios infravermelhos e não encontraram nenhum vestígio de tinta ou de tratamentos químicos no tecido.

Richard Kuhn, ganhador do Prêmio Nobel de Química, descobriu que a imagem não tem corantes vegetais, animais ou minerais. Como não existiam corantes sintéticos na época, a imagem se tornou um grande mistério científico. O mais curioso é que as cores conservam seu brilho, a despeito da passagem dos séculos.

As cores mudam ligeiramente de tonalidade conforme o ângulo de visão do observador.

Tonsmann diz que as fibras de ayate, usadas pelos índios, se deterioram após duas décadas. A tilma e sua imagem permanecem intactos por quase 470 anos. Ele acredita que se trata de um milagre que contém uma mensagem para o mundo moderno. Sobre a família reunida no centro das pupilas o engenheiro sugere que pode ser uma sutil recomendação para que o valor da família, tão ignorado, seja resgatado em nossos dias.

Já em 1666 o manto foi submetido ao estudo uma comissão de sete pintores famosos da época, chegava a conclusão de que a imagem da Jovem Rainha asteca não podia ser uma pintura feita pelo homem. As cores e luminosidade do rosto, das mãos, da túnica e do manto modificam-se e provocam efeitos de refração da luz, como acontece nas penas de certos pássaros e nas asas de algumas borboletas. Coisa impossível de se reproduzir, humanamente falando, e com as técnicas e produtos existentes.

Além destes, em 1751 e em anos posteriores, vários pintores a pesquisaram e concluíram: Não é pintura; o tecido (fibra vegetal de cacto) não suportaria pintura; não existe esboço; não existe marca alguma de pincel ou outro instrumento usado para pintura.

Em 1929, um pesquisador fotografou os olhos da imagem Tequatlaxopeuh e notou uma imagem, do que parecia um homem de barba, refletida. Uma comissão foi nomeada para pesquisar o fato. Com uma ampliação de 10 vezes era apenas perceptível, mas com 25 vezes ou mais, era muito clara. A imagem de Nossa Senhora de Guadalupe iria espantar o mundo, e causar muitas controvérsias entre os mais famosos oftalmologistas do mundo.

Para constar, descobriu-se o efeito chamado de Purkinje-Sanson (nome dos cientistas que, no final do século XIX, descobriram esta característica do olho humano), que é a formação da tripla imagem, no olho da imagem de Guadalupe. Diversas outras pesquisas foram, e ainda estão sendo realizadas pela ciência com auxílio dos mais modernos equipamentos.

CONCLUSÃO

O culto a Nossa Senhora de Guadalupe deu-se rapidamente, muito contribuindo para a difusão da fé, primeiramente entre os indígenas e posteriormente sendo difundida entre o mundo inteiro, em especial na América Latina, onde foi proclamada padroeira. Após a construção sucessiva de três templos ao pé do cerro de Tepejac, edificou-se o atual, concluído em 1709 e elevado à categoria de Basílica por São Pio X, em 1904.

Em 1704 o Papa Bento XIV confirmou o patrocínio da Virgem de Guadalupe sobre toda a Nova Espanha (do Arizona à costa Rica) e concedeu a primeira Missa e Ofício próprios. Porto rico proclamou-a Padroeira em 1758. Em 12 de outubro de 1892 houve coração pontifícia da imagem, concedida por Leão XIII, que no ano interior aprovara um novo Ofício próprio.

Em 1910 São Pio X proclamou-a Padroeira da América Latina; em 1935 Pio XI designou-a Padroeia das Ilhas Filipinas e, em 1945, Pio XII deu-lhe o título de “Imperatriz da América”.

O Papa João Paulo 2º, em 30/07/2002 canonizou, na Basílica de Guadalupe, na Cidade do México, Juan Diego, primeiro índio da América a se converter em santo, em uma cerimônia presenciada por milhares de indígenas.

Uma música interpretada por indígenas usando trajes pré-hispânicos inaugurou as palavras do Papa.

“Declaramos e definimos como santo o beato Juan Diego”, disse o papa, ao som de 10 mil maracas pré-hispânicas agitadas pelos que acompanhavam a missa.

A veneração da Virgem de Guadalupe, solícita a prestar auxílio e proteção em todas as tribulações, desperta no povo grande confiança filial; constitui, além disso, um estímulo à prática da caridade cristã, ao demonstrar a predileção de Maria pelos humildes e necessitados, bem como sua disposição em assití-los.

Oração à Nossa Senhora do Guadalupe (Pelo Papa João Paulo II)

Oh, Virgem Imaculada, Mãe do verdadeiro Deus e Mãe da Igreja! Tu, que desse lugar manifestas tua clemência e tua compaixão a todos que solicitam teu amparo; escuta a oração que com filial confiança te dirigimos e a apresente a teu Filho Jesus, nosso único Redentor. Mãe de Misericórdia, Mestra do sacrifício escondido e silencioso, a ti, que vens ao encontro de nós pecadores, te consagramos neste dia todo nosso ser e todo nosso amor.

Consagramos-te também nossa vida, nossos trabalhos, nossas alegrias, nossas enfermidades e nossas dores. Concede a paz, a justiça e a prosperidade a nossos povos. Tudo o que temos e somos colocamos sob teus cuidados, Senhora e Mãe nossa. Queremos ser totalmente teus e percorrer contigo o caminho de plena fidelidade a Jesus Cristo em sua Igreja. Não nos soltes de tua mão amorosa.

Virgem de Guadalupe, Mãe das Américas, te pedimos por todos os bispos, para que conduzam os fiéis por caminhos de intensa vida cristã, de amor e de humilde serviço a Deus e às almas. Contempla esta imensa messe, e intercede para que o Senhor infunda fome de santidade em todo o Povo de Deus, e envie abundantes vocações sacerdotais e religiosas, fortes na fé e zelosos dispensadoras dos mistérios de Deus.

Concede aos nossos lares a graça de amar e respeitar a vida que começa, com o mesmo amor com que concebeste em teu seio a vida do Filho de Deus. Virgem Santa Maria, Mãe do Formoso Amor, protege nossas famílias, para que estejam sempre muito unidas, e abençoe a educação de nossos filhos.

Esperança nossa, lança-nos um olhar compassivo ensina-nos a procurar continuamente a Jesus e, se cairmos, ajuda-nos a nos levantar, a nos voltarmos a Ele, mediante a confissão de nossas culpas e pecados no sacramento da Penitência, que traz serenidade à nossa alma.

Nós te suplicamos para que nos concedas um grande amor a todos os santos Sacramentos, que são as pegadas de teu Filho na terra. Assim, Mãe Santíssima, com a paz de Deus na consciência, com nossos corações livres do mal e do ódio poderemos levar a todos a verdadeira alegria e a verdadeira paz, que vem de teu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, que com Deus Pai e com o Espírito Santo vive e reina pelos séculos dos séculos. Amém.

Sua Santidade João Paulo II – México, janeiro de 1979.

Fonte: www.paginaoriente.com

Nossa Senhora de Guadalupe

12 de Dezembro

PADROEIRA DA AMÉRICA

A devoção a Nossa Senhora de Guadalupe teve início no México, com sua aparição ao índio batizado Juan Diego.

Por volta de 1531, ele passava pela colina de Tepeyac, perto da capital mexicana, quando ouviu uma suave melodia.

Olhou e viu sobre uma nuvem branca uma linda Senhora resplandecente de luz, envolta em um arco-íris.

Ela chamou-o pelo nome, disse-lhe que era a verdadeira mãe de Deus, e encarregou-o de pedir ao bispo, Dom Juan de Zumárraga que construísse uma igreja naquela colina para sua honra e glória de Deus. Após muita dificuldade o índio conseguiu falar com o bispo, que naturalmente não acreditou na sua história.

Usando de prudência, o bispo pediu um sinal da Virgem ao indígena, que somente na terceira aparição foi concedido, quando Juan Diego estava indo buscar um sacerdote para o tio doente. A Virgem o instruiu para que colhesse flores no bosque e as levasse ao bispo. Diego obedeceu.

O bispo ficou estupefato quando abriu o pano que o índio lhe estendeu. Não podia entender como, em pleno inverno, o índio encontrou um ramalhete de flores frescas e perfumadas !

E, na manta bordada que o índio usou para embrulhar as flores, estava a figura da Virgem de Guadalupe: tez morena, olhos claros, e vestida como as mulheres da Palestina ! Dom Zumárraga, emocionado, acreditou na história do índio e seguiu suas instruções, providenciando a construção do templo em honra da mãe de Deus.

A partir daí, a evangelização do México, até então lenta e difícil, tornou-se avassaladora, sendo destruídos os últimos resquícios da bárbara superstição dos astecas, que escravizavam outros povos e sacrificavam seus próprios filhos em rituais sangrentos.

O manto de Juan Diego, que deveria ter se deteriorado em 20 anos, devido à baixa qualidade do tecido, mantém-se perfeitamente conservado apesar de se terem passado mais de 450 anos, e ainda hoje é venerado no Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, que se tornou o santuário católico mais popular do mundo depois do Vaticano.

Nossa Senhora de Guadalupe foi declarada Padroeira de toda a América, em 1945, pelo Papa Pio XII.

Nossa Senhora de Guadalupe
Imagem miraculosa de Nossa Senhora de Guadalupe

Oração a Nossa Senhora de Guadalupe

Perfeita, sempre Virgem Santa Maria,
Mãe do Verdadeiro Deus, por quem se vive.
Tu que na verdade és nossa Mãe Compassiva,
te buscamos e te clamamos.
Escuta com piedade nosso pranto, nossas tristezas.

Cura nossas penas, nossas misérias e dores.
Tu que és nossa doce e amorosa Mãe,
acolhe-nos no aconchego do teu manto,
no carinho de teus braços.

Que nada nos aflija nem perturbe nosso coração.
Mostra-nos e manifesta-nos a teu amado Filho,
para que Nele e com Ele encontremos
nossa salvação e a salvação do mundo.
Santíssima Virgem Maria de Guadalupe,
Faz-nos mensageiros teus,
mensageiros da Palavra e da vontade de Deus.
Amém.

Fonte: www.geocities.com

Nossa Senhora de Guadalupe

12 de Dezembro

A Virgem de Guadalupe: desafio à ciência moderna

Para o ateu moderno, acostumado a dar valor só ao que julga provado pela ciência, o milagre de Guadalupe, no México, é no mínimo constrangedor. Pois a ciência prova que houve milagre!

Uma pessoa não totalmente atéia, mas profundamente contaminada pelo pensamento moderno, dizia-me que aquilo que não é provado cientificamente não existe.

Mas — típica contradição da alma humana — não queria falar do Santo Sudário de Turim, pois as descobertas científicas sobre ele a abalavam; e se fosse obrigada a olhar o assunto de frente, teria de negar o valor da ciência ou… converter-se.

Vejamos o problema do ponto de vista desses amantes indiscriminados da ciência.

Para eles, tudo aquilo que não se demonstra em laboratório entra para o domínio da fantasia. Ciências, com C maiúsculo, são para eles a Física, a Química, a Biologia, etc. Já a História lhes parece suspeita, pois é irrepetível e muito subjetiva, ao depender de testemunhas.

Muito mais ainda se for história eclesiástica, e o auge do suspeito lhes parecem as histórias dos milagres. São como o Apóstolo São Tomé, que precisou ver para crer.

Para esse tipo de almas incrédulas, que havia até entre os Apóstolos, Nosso Senhor realiza certo tipo de milagres, de forma que não possam alegar a falta de provas. E uma dessas provas é a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, no México.

Os olhos da imagem

Nossa Senhora de Guadalupe
Um olho da Imagem visto de perto

Talvez o que mais intriga os cientistas sobre o manto de Nossa Senhora de Guadalupe são os olhos dela. Com efeito, desde que em 1929 o fotógrafo Alfonso Marcué Gonzalez descobriu uma figura minúscula no olho direito, não cessam de aparecer as surpresas. Devemos primeiro ter em vista que os olhos da imagem são muito pequenos, e as pupilas deles, naturalmente ainda menores. Nessa superfície de apenas 8 milímetros de diâmetro aparecem nada menos de 13 figuras!

O cientista José Aste Tonsmann, engenheiro de sistemas da Universidade de Cornell e especialista da IBM no processamento digital de imagens, dá três motivos pelos quais essas imagens não podem ser obra humana:

Primeiro, porque elas não são visíveis para o olho humano, salvo a figura maior, de um espanhol. Ninguém poderia pintar silhuetas tão pequenas.
Em segundo lugar, não se consegue averiguar quais materiais foram utilizados para formar as figuras. Toda a imagem da Virgem não está pintada, e ninguém sabe como foi estampada no manto de Juan Diego.
Em terceiro lugar, as treze figuras se repetem nos dois olhos. E o tamanho de cada uma delas depende da distância do personagem em relação ao olho esquerdo ou direito da Virgem.

Esse engenheiro ficou seriamente comovido ao descobrir que, assim como os olhos da Virgem refletem as pessoas diante dela, os olhos de uma das figuras refletidas, a do bispo Zumárraga, refletem por sua vez a figura do índio Juan Diego abrindo sua tilma e mostrando a imagem da Virgem. Qual o tamanho desta imagem? Um quarto de mícron, ou seja, um milímetro dividido em quatro milhões de vezes. Quem poderia pintar uma figura de tamanho tão microscópico? Mais ainda, no século XVI…

Tentativa de apagar o milagre

Assim como meu conhecido não desejava falar do Santo Sudário, outros não querem ouvir falar dessa imagem, que representa para eles problemas insolúveis.

O anarquista espanhol Luciano Perez era um desses, e no dia 14 de novembro de 1921 colocou ao lado da imagem um arranjo de flores, dentro do qual havia dissimulado uma potente bomba. Ao explodir, tudo o que estava perto ficou seriamente danificado. Uma cruz metálica, que ficou dobrada, hoje se conserva no templo como testemunha do poder da bomba. Mas… a imagem da Virgem não sofreu dano algum.

E ainda ela está hoje ali, no templo construído em sua honra, assim como uma vez esteve Nosso Senhor diante do Apóstolo São Tomé e lhe ordenou colocar sua mão no costado aberto pela lança. São Tomé colocou a mão e, verificada a realidade, honestamente acreditou na Ressurreição. Terão essa mesma honestidade intelectual os incrédulos de hoje? Não sei, porque assim como não há pior cego do que o que não quer ver, não há pior ateu do que o que não deseja acreditar.

Mas, como católicos, devemos rezar também por esse tipo de pessoas, pedindo a Nossa Senhora de Guadalupe que lhes dê a graça de serem honestas consigo mesmas.

Valdis Grinsteins

Fonte: www.catolicismo.com.br

Nossa Senhora de Guadalupe

12 de Dezembro

No dia 9 de dezembro de 1531, na cidade do México, Nossa Senhora apareceu ao nobre índio Cuauhtlatoatzin — que havia sido batizado com o nome de Juan Diego — e pediu-lhe que dissesse ao bispo da cidade para construir uma igreja em sua honra.

Juan Diego transmitiu o pedido, e o bispo exigiu alguma prova de que efetivamente a Virgem aparecera. Recebendo de Juan Diego o pedido, Nossa Senhora fez crescer flores numa colina semidesértica em pleno inverno, as quais Juan Diego devia levar ao bispo.

Este o fez no dia 12 de dezembro, acondicionando-as no seu manto. Ao abri-lo diante do bispo e de várias outras pessoas, verificaram admirados que a imagem de Nossa Senhora estava estampada no manto.

A fé se espalhava lentamente por essas terras mexicanas, cujos rituais astecas eram muito enraizados. O índio João Diogo havia se convertido e era devoto fervoroso da Virgem Maria. Assim, foi o escolhido para ser o portador de sua mensagem às nações indígenas. Nossa Senhora apareceu a ele várias vezes.

A fama do milagre se espalhou. Enquanto o templo era construído, o manto com a imagem impressa ficou guardado na capela do paço episcopal. Esse tipo de manto, conhecido no México como tilma, é feito de tecido grosseiro, e deveria ter-se desfeito há muito tempo.

No século XVIII, pessoas piedosas decidiram fazer uma cópia da imagem, a mais fidedigna possível. Teceram uma tilma idêntica, com as mesmas fibras de maguey da original. Apesar de todo o cuidado, a tilma se desfez em quinze anos. O manto de Guadalupe tem hoje 475 anos, portanto nada deveria restar dele.

Uma vez que o manto (ou tilma) existe, é possível estudá-lo a fim de definir, por exemplo, o método usado para se imprimir nele a imagem. Em 1936, o bispo da cidade do México pediu ao Dr. Richard Kuhn que analisasse três fibras do manto, para descobrir qual o material utilizado na pintura.

Para surpresa de todos, o cientista constatou que as tintas não têm origem vegetal, nem mineral, nem animal, nem de algum dos 111 elementos conhecidos. Dr. Kuhn foi prêmio Nobel de Química em 1938, não era católico, mas de origem judia.

No dia 7 de maio de 1979, o professor Phillip Serna Callahan, biofísico da Universidade da Flórida, junto com especialistas da Nasa, analisou a imagem.

Desejavam verificar se a imagem é uma fotografia. Resultou que não é fotografia, pois não há impressão no tecido. Eles fizeram mais de 40 fotografias infravermelhas para verificar como é a pintura. E constataram que a imagem não está colada ao manto, mas se encontra 3 décimos de milímetro distante da tilma.

Verificaram que, ao aproximar os olhos a menos de 10 cm da tilma, não se vê a imagem ou as cores dela, mas só as fibras do manto. Ao longo dos tempos foram pintadas no manto outras figuras, mas elas se transformam em manchas ou desaparecem.

O local na colina se tornou ponto de peregrinações. Várias construções se sucederam na colina, ampliando templo após templo, pois as romarias e peregrinações só aumentaram com o passar dos anos e dos séculos.

O local se tornou um enorme santuário, que abriga a imagem de Nossa Senhora na famosa colina, e ainda se discute o significado da palavra Guadalupe. Nele, está guardado o manto de são João Diego, em perfeito estado, apesar de passados tantos séculos.

Nossa Senhora de Guadalupe é a única a ser representada como mestiça, com o tom de pele semelhante ao das populações indígenas. Por isso o povo a chama, carinhosamente, de “La Morenita”, quando a celebra no dia 12 de dezembro, data da última aparição.

Em 1754, escrevia o papa Bento XIV:

“Nela tudo é milagroso: uma imagem que provém de flores colhidas num terreno totalmente estéril, no qual só podem crescer espinheiros; uma imagem estampada numa tela tão rala que, através dela, pode-se enxergar o povo e a nave da Igreja tão facilmente como através de um filó; uma imagem em nada deteriorada, nem no seu supremo encanto, nem no brilho de suas cores, pelas emanações do lago vizinho que, todavia, corroem a prata, o ouro e o bronze…. Deus não agiu assim com nenhuma outra nação”.

Foi declarada padroeira das Américas, em 1945, pelo papa Pio XII. Em 1979, como extremado devoto mariano, o papa João Paulo II visitou o santuário e consagrou, solenemente, toda a América Latina a Nossa Senhora de Guadalupe.

A Igreja também lembra hoje os santos: Maxêncio, Cury e Vicelino.

Fonte: www.franciscanos.org.br

Nossa Senhora de Guadalupe

12 de Dezembro

No contexto histórico de hoje vamos até o México, no ano de 1531. Alguns anos antes, em 1492, Cristovão Colombo desembarcara em uma ilha do continente Americano e lhe dera o nome de San Salvador. Em 1514 o primeiro Santuário Mariano no novo mundo foi construido na cidade de Higuey.

Em 1519 Hernan Cortez chega ao México. No trabalho de colonização, o exército de Cortez luta contra os índios. Em 1521 a capital dos Aztecas foi tomada pelas forças de Cortez.

Em 1524 os 12 primeiros Franciscanos chegaram à Cidade do México. Em 1525 o Índio Quauhtlatoatzin, a quem está diretamente ligada a celebração de hoje, foi batizado por um sacerdote Franciscano e recebeu o nome cristão de Juan Diego.

A Festa

“Dez anos depois da tomada da Cidade do México, a guerra chegou ao fim e houve uma paz entre os povos. Desta maneira começou a brotar a fé, o conhecimento do Deus Verdadeiro, por quem nós vivemos.” Assim escreveu o índio erudito Antônio Valeriano, em meados do século XVI.

Os rituais indígenas locais eram muito enraizados, mas o jovem índio Juan Diego Quauhtlatoatzin, da tribo Nahua, havia se convertido e era profundo devoto de Nossa Senhora.

No ano de 1531 Nossa Senhora apareceu na colina de Tepeyac, perto da capital do México, a Juan Diego, e o manda procurar o bispo local, dizendo que ela queria que se construisse um Santuário, para honra e glória de Deus, nessa colina onde ela aparecera.

O bispo, João de Zumárraga, ouviu e resolveu investigar o assunto. Quando a Virgem aparece a João Diogo pela segunda vez, ele volta ao bispo e insiste no pedido. O bispo lhe responde dizendo que, se a Senhora aparecesse novamente, que ele lhe pedisse uma prova de que ela era realmente a Virgem Maria.

Em outra ocasião, Juan Diego estava indo para a capital por um caminho que não passava na colina de Tepeyac. Ele ia à procura de um sacerdote que pudesse administrar os últimos sacramentos e um tio seu que agonizava.

A Virgem veio novamente ao seu encontro e lhe disse:

“Escute, meu filho, não há nada que temer; não fique preocupado nem assustado; não tema esta doença, nem outro qualquer dissabor ou aflição. Não estou eu aqui, a seu lado? Eu sou a sua Mãe dadivosa. Não o escolhi para mim e o tomei aos meus cuidados? Que deseja mais do que isto? Não permita que nada o aflija e o perturbe. Quanto à doença do seu tio, ela não é mortal. Eu lhe peço, acredite agora mesmo que ele já está curado.”

Em seguida ela lhe pede para subir ao monte e colher algumas flores. Ele vai e encontra, apesar do tempo e do terreno, algumas rosas.

Então a Virgem lhe diz:

Filho querido, essas rosas são o sinal que você vai levar ao bispo. Diga-lhe em meu nome que, nessas rosas, ele verá minha vontade e a cumprirá. Você é o meu embaixador e merece a minha confiança… Quando chegar diante do bispo, desdobre a sua ‘tilma’ (manto) e mostre-lhe o que carrega, porém só na presença do bispo. Diga-lhe tudo o que viu e ouviu, nada omitindo.”

Juan Diego foi até o bispo e, ao abrir seu manto, lá estava, além das rosas, uma pintura de Nossa Senhora, tal qual ele a vira.

O bispo foi, então, até a colina e de lá à casa do tio que se curara.

Ao ver o manto o tio disse: “Eu também a vi. Ela veio a esta casa e falou-me. Disse-me também que desejava a construção de um templo na colina de Tepeyac. Disse que sua imagem seria chamada ‘Santa Maria de Guadalupe’, embora não tenha explicado o porquê.” Bispo e povo se uniram e construiram o Santuário.

Em 1754, escreveu o papa Bento XIV:

Nela tudo é milagroso: uma Imagem que provém de flores colhidas num terreno totalmente estéril, no qual só podem crescer espinheiros; uma Imagem estampada numa tela tão rala que, através dela, pode-se enxergar o povo e a nave da Igreja tão facilmente como através de um filó; uma Imagem em nada deteriorada, nem no seu supremo encanto, nem no brilho de suas cores, pelas emanações do lago vizinho que, todavia, corroem a prata, o ouro e o bronze. Deus não agiu assim com nenhuma outra nação.”

Ainda se encontra lá, guardado, o manto do hoje São Juan Diego. Apesar dos séculos o manto nao mostra sinais de deteriorização, desafiando qualquer explicação científica sobre sua origem. Além disso, os olhos, na imagem gravada, parecem refletir o que estava à Sua frente em 1531. O assunto tem sido objeto de inúmeras investigações científicas.

Nossa Senhora de Guadalupe é chamada carinhosamente de “La Morenita”, que a celebra no dia 12 de dezembro, data da última aparição. Ela foi declarada padroeira das Américas, em 1945, pelo Papa Pio XII. Em 1979, como extremado devoto mariano, o Papa João Paulo II visitou esse Santuário e consagrou solenemente toda a América Latina a Nossa Senhora de Guadalupe.

ILUMINAÇÃO BÍBLICA EM NOSSA VIDA

Na colina de Tepeyac Nossa Senhora se dirigiu ao jovem indio dizendo:

“Saiba e entenda, você é o mais humilde dos meus filhos. Eu, a Sempre Virgem Maria, Mãe do Deus Vivo por quem nós vivemos, do Criador de todas as coisas, Senhor do céu e da terra.”

Mãe do Deus vivo por quem nós vivemos. Linda, simples e tão significativa mensagem, que nos revela toda a beleza do coração e da missão de Maria.

A mensagem de hoje, quando homenageamos a Mãe de Jesus, é ter a convicção de que nossa vida deve se guiar por quem nos revela “Palavras de Vida Eterna”.

E, contritos, repetimos, diante da Mãe, as palavras ditas ao pé da cruz e que se encontram em Mateus 27, 54:

“Ao verem o terremoto e tudo quanto acontecera, o oficial romano e os que com ele guardavam Jesus ficaram com muito medo e diziam: “Verdadeiramente, este era Filho de Deus”.”

Fonte: www.daaz.com.br

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