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Mesopotâmia – O país
A Mesopotâmia é uma estreita faixa de terra situada na Ásia Ocidental, entre as mesetas do Irã, a Armênia, os desertos da Síria e da Arábia e o Golfo Pérsico.
Seu clima é extremado com rigorosos invernos e ardentes verões. A parte sul, mais fértil, chamava-se Caldéia. Ao norte, numa região montanhosa, desolada, com escassas pastagens, encontrava-se a Assíria.
A fertilidade do seu solo deve-se aos rios Tigre e Eufrates, que nascem nas montanhas da Armênia e deságuam no golfo Pérsico.
A Mesopotâmia é uma região do sudoeste da Ásia no sistema dos rios Tigre e Eufrates que se beneficiou do clima e da geografia da área para hospedar os primórdios da civilização humana.
Sua história é marcada por muitas invenções importantes que mudaram o mundo, incluindo o conceito de tempo, a matemática, a roda, os veleiros, os mapas e a escrita.
A Mesopotâmia também é definida por uma sucessão de mudança de corpos governantes de diferentes áreas e cidades que assumiram o controle por um período de milhares de anos.
A Mesopotâmia é considerada um dos lugares onde a civilização primitiva se desenvolveu.
A Mesopotâmia é considerada o lar das antigas civilizações da Suméria, Assíria e Babilônia, esses povos são creditados por influenciarem a matemática e a astronomia.
Onde fica a Mesopotâmia?
A Mesopotâmia está localizada na região hoje conhecida como Oriente Médio, que inclui partes do sudoeste da Ásia e terras ao redor do Mar Mediterrâneo oriental. Faz parte do Crescente Fértil, uma área também conhecida como “Berço da Civilização” pelo número de inovações que surgiram das primeiras sociedades desta região, que estão entre algumas das primeiras civilizações humanas conhecidas na Terra.
A palavra “mesopotâmia” é formada das antigas palavras “meso”, que significa entre ou no meio de, e “potamos”, que significa rio. Situada nos vales férteis entre os rios Tigre e Eufrates, a região abriga hoje o Iraque, o Kuwait, a Turquia e a Síria. Aproveitando sua localização entre os rios, a Mesopotâmia viu pequenos assentamentos agrícolas se desenvolverem em grandes cidades.
Mesopotâmia – Civilização
A civilização mesopotâmica é a civilização mais antiga registrada no mundo.
Os humanos se estabeleceram pela primeira vez na Mesopotâmia na era paleolítica. Por volta de 14.000 a.C., as pessoas da região viviam em pequenos povoados com casas circulares.
Cinco mil anos depois, essas casas formaram comunidades agrícolas com a domesticação de animais e o desenvolvimento da agricultura, principalmente de técnicas de irrigação que aproveitaram a proximidade dos rios Tigre e Eufrates.
O progresso agrícola foi obra da cultura dominante Ubaid, que havia absorvido a cultura Halaf antes dela.
Mesopotâmia – Os povos
A Mesopotâmia, durante muito tempo, foi o centro do mundo antigo, importante passagem entre o Golfo Pérsico e o Mar Mediterrâneo. Sempre esteve exposta à infiltração de nômades do deserto, montanheses rudes e povos indo-europeus. Sua história é uma sucessão de guerras, de invasões, de massacres, de dominações diferentes. Sucederam-se no domínio da ”terra entre rios” sumérios, acádios, amoritas, cassitas, assírios e caldeus. Comecemos com os sumérios.
Mesopotâmia – História Política
Sumérios
As realizações Sumerianas – Os sumérios, de origem desconhecida, ocuparam o Sul do vale no início do terceiro milênio antes de Cristo. Pacíficos, desempenharam relevante sistema de escrita chamada ”cuneiforme”. Elaboram leis. Construíram casas de tijolos cozidos ao sol, aplicando o princípio do arco. Fundaram bibliotecas, escolas, cidades-estados. Dedicaram-se à agricultura, à indústria e ao comércio. Eram baixos, atarracados, com barba e cabelo raspados.
As cidades-estados – As mais notáveis cidades-estados fundadas pelos súmerios foram: Ur, Uruk e Lagash. Estas cidades, grandes centros mercantis, eram governadas por déspotas locais denominados ”patésis”. Estavam em freqüentes lutas pela imposição da supremacia. A mais importante de todas era Ur, opulenta e orgulhosa com seu poderio econômico. Com o declínio de Ur, Lagash tornou-se a cidade hegemônica. O progresso das cidades sumerianas foi interrompido pelas invasões de tribos seminômades, procedentes do deserto da Síria, entre as quais destaca-se a dos acádios.
Acádios
Sagrão (2772 a 2717 a.C.) – Os acádios, semitas, estabeleceram-se ao Norte da Caldéia. Fundaram as cidades de Agadê, Sippar e, mais tarde, Babilônia. Dividiu-se a Mesopotâmia: ao Norte, o país de Acad, ao Sul, o país de Sumer. Lutam pela hegemonia as cidades sumérias e acádias, principalmente Ur e Agadê. Triunfou esta última.
O grande rei acádio guerreiro e conquistador, Sargão I, ”soberano dos quatro cantos da terra”, o primeiro monarca da história da Mesopotâmia, impôs o seu domínio. O poderio de Agadê é obra sua. depois da sua morte, novas invasões ocorreram.
Novas invasões Semitas – As cidades sumérias revoltaram-se. Lagash, sob o comando de Gudea, reconquistou o poder. Outros povos semitas atacaram a região: os guti. Semitas e sumérios se confundem. Dungi restaurou o poderio dos sumérios, que durou pouco tempo. A Mesopotâmia caiu sob o domínio dos amoritas, também semitas, fundadores do Primeiro Império Babilônico.
PRIMEIRO IMPÉRIO BABILÔNICO
Babilônia – Capital dos amoritas, era, até então uma pequena cidade do Eufrates. Tornou-se sede de poderoso império e grande centro comercial.
Hamurábi (1792 a 1750 a.C.) – O mais famoso soberano de Babilônia, foi o verdadeiro fundador do Império. Fortificou a capital, cercando-a com muralhas. Estendeu suas conquistas e realizou grandes obras públicas. Sua mais célebre realização é o ”Código de Leis”, o mais antigo código completo escrito que a História registra.
O Domínio Cassita – No começo do II milênio, o poderio babilônico foi sacudido por invasões de povos indo-europeus, provenientes da Ásia Central. Essas tribos bárbaras possuíam o cavalo e usavam o ferro. Destacaram-se os hititas, cassitas e militanos. Os cassitas estabeleceram-se nos flancos do Tigre. O cavalo por eles introduzido na região era chamado pelo povo ”animal das montanhas”. Babilônia caiu em seu poder e entrou em declínio. Com a decadência de Babilônia, um povo começou a erguer-se nos arredores de Assur: os assírios.
IMPÉRIO ASSÍRIO
Origens – Os assírios, semitas, rudes, nômades, pastores e caçadores, foram vassalos dos babilônios por muito tempo. As lutas contra os indo-europeus favoreceram a sua ascensão. Formaram um pequeno reino com sede em Assur transferida, mais tarde, para Nínive. A belicosidade do povo, a arides do solo e a explosão demográfica contribuíram para as conquistas assírias e a formação de um poderoso império.
Os soberanos assírios que mais se destacaram na luta pela expansão foram: Teglatfalazar, conquistador de Babilônia, A Sagrão II, fundador da dinastia dos sargônidas, Senaqueribe e Assurbanipal.
Sagrão II (722 a 705 a.C.) – Apoderou-se do trono pela violência. Destruiu Samaria, capital do Reino de Israel. Conquistou a Síria e fez do exército assírio notável instrumento de conquista. Seu filho, Senaqueribe, estabeleceu a capital em Nínive e continuou as conquistas militares.
Assurbanipal (669 a 626 a.C.) – Grande guerreiro e administrador. Organizou a Biblioteca de Nínive.
Causas do Declínio – Muitos foram os fatores que contribuíram para o declínio do Império Assírio, destacando-se: o tratamento cruel e sanguinário aos vencidos, que eram cegados e esfolados vivos; pouco interesse pelas atividades econômicas; revoltas dos povos dominados; expedições militares dispendiosas; intrigas palacianas. Nabopolassar, de Babilônia, aliado aos medos, sitiou a odiada Nínive que caiu em 612 a.C. Surgiu o Segundo Império Babilônico.
SEGUNDO IMPÉRIO BABILÔNICO
Babilônia, Metrópole do Oriente – Com a queda de Nínive, o poder retornou a Babilônia, que se tornou a mais notável cidade do Oriente. O extraordinário progresso econômico permitiu o seu embelezamento: templos, palácios, muralhas e os famosos ”Jardins Suspensos”. No centro da cidade, erguia-se o ”Zigurat”, a grande torre do templo, onde os sacerdotes caldeus observavam os astros.
Nabucodonosor (604 a 561 a.C.) – Foi o mais célebre soberano dos caldeus. Estendeu as fronteiras do Império até o Egito. Aniquilou os fenícios. Subjugou os hebreus, levando-os como cativos para Babilônia. No seu reinado, Babilônia recebeu o título de ”Rainha da Ásia”. Depois da sua morte o Império Caldeu declinou.
O domínio Estrangeiro – Os sucessores de Nabucodonosor, déspotas sangüinários, viviam no luxo e no esplendor. Frequentes eram as lutas internas. Estavam abertas as portas ao domínio estrangeiro. O Império Caldeu foi conquistado por Ciro, o Grande, rei persa, em 539 a.C. Mais tarde, chegaram os gregos, os romanos e os árabes.
ORGANIZAÇÃO POLÍTICA
O governo – A forma de governo dos assírios e caldeus era monarquia absoluta. O poder centralizava-se nas mãos do rei, chefe militar, administrador, legislador supremo, sacerdote máximo e supervisor das atividades comerciais. Não era considerado um ser divino, como no Egito. Mas um cerimonial minuciosos o separava dos mortais comuns.
ORGANIZAÇÃO SOCIAL
As classes sociais – A sociedade estava dividida em classes: nobres, sacerdotes versados em ciências e respeitados, comerciantes, pequenos proprietários e escravos.
RELIGIÃO
Mitos sumerianos – Os sumerianos eram politeísta e não acreditavam em recompensas após a morte. Visavam apenas a obter, através da religião, dádivas materiais e imediatas. Acreditavam que Marduk, depois de lutar contra os deuses invejosos, criou o mundo e o homem de barro com sangue de dragão. Conheciam o mito do dilúvio, mandado pelos deuses para castigar a humanidade. Guigamesh, orientado por Marduk, salvou-se recolhendo-se numa arca a sua família.
Os deuses – A religião dos babilônios tinha as seguintes características: politeísmo, desprezo pela vida além-túmulo, crença em gênios, demônios, heróis, adivinhações e magia. Seus deuses eram numerosos com qualidades e defeitos, sentimentos e paixões, imortais, despóticos e sangüinários. Anu, deus do céu; Enlil, deus do ar, Ea, deusa das águas, Sin, deusa da lua, Shamash, deus do sol e da justiça, Istar, deusa do amor e da guerra. Os sacerdotes se esforçam por agrupar os deuses em famílias ou ”tríades”. Cada divindade era uma força da natureza e do dono da sua cidade. Marduk, deus de Babilônia, o cabeça de todos, tornou-se deus do Império, durante o reinado de Hamurábi. Foi substituído por Assur, durante o domínio dos assírios. Voltou ao posto com Nabucodonosor.
Os gênios e a adivinhação – Os gênios bons ajudavam os deuses a defender-se contra os demônios, contra as divindades perversas, contra as enfermidades, contra a morte. Os homens procuravam conhecer a vontade dos deuses manifestada em sonhos, eclipses, movimento doas astros. Essas observações feitas pelos sacerdotes deram origem à astrologia.
ECONOMIA
A agricultura – Era a base econômica dos babilônios. A construção de canais era controlada pelo Estado. Cultivavam trigo, cevada, árvores frutíferas, legumes.
Usavam o arado semeador, a grade e carros de rodas.
A indústrias – Era bem desenvolvida. Os artesãos fabricavam tecidos, ferramentas, armas, joias, brinquedos, cerâmica.
O comércio – A situação geográfica, a pobreza de matérias-primas favoreceram os empreendimentos mercantis. As caravanas de mercadores iam vender seus produtos e buscar o marfim da Índia, o cobre de Chipre e o estanho do Cáucaso. As transações comerciais eram feitas na base de troca, usando-se também barras de ouro e de prata. Usavam recibos, escritas, cartas de crédito.
ARTES
Arte da Mesopotâmia
A arquitetura – A mais desenvolvida das artes, porém não era tão notável quanto a egípcia. Caracterizou-se pelo exibicionismo e luxo. Construíam templos e palácios de tijolos, por ser escassa a pedra na região.
A Escultura e a Pintura – A escultura era pobre, representada pelo baixo-relevo. A pintura mural existia em função da Arquitetura.
CIÊNCIAS
A astronomia – Foi a principal ciência entre os babilônios. Notáveis eram os conhecimentos dos sacerdotes no campo do Astronomia. A torres dos templos serviam de observatórios. Previram eclipses. Distinguiram os movimentos dos planetas. Dividiram o ano em meses, os meses em semanas e as semanas em sete dias, os dias em doze horas, as horas em sessenta minutos e os minutos em sessenta segundos.
A matemática – Alcançou grande progresso entre os caldeus. São considerados os inventores da álgebra. Elaboraram tábuas correspondentes às tábuas de logaritmos atuais. Calcularam a hipotenusa. Inventaram medidas de comprimento, superfícies e capacidade de peso.
LETRAS
A literatura – Era pobre. Destacam-se apenas o ”Mito da Criação” e a ”Epopéia de Guilgamesh”.
A escrita ”cuneiforme”, grande realização sumeriana, usada pelos sírios, hebreus e persas mais tarde, foi decifrada por vários investigadores, destacando-se Grotefend e Rawlison.
O código de Hamurábi – Não é original. É uma compilação de leis sumerianas mescladas com tradições semitas. Contém 282 leis, abrangendo os mais variados assuntos. Suas principais características são: pena de talião, isto é, ”olho por olho, dente por dente”, desigualdade perante a lei, divisão da sociedade em classes, igualdade de filiação na distribuição da herança.
Mesopotâmia Antiga
Mesopotâmia
Essas comunidades agrárias dispersas começaram na parte norte da antiga região mesopotâmica e se espalharam para o sul, continuando a crescer por vários milhares de anos até formar o que os humanos modernos reconheceriam como cidades, que eram consideradas obra do povo sumério.
Uruk foi a primeira dessas cidades, datando de cerca de 3200 a.C. Era uma metrópole de tijolos de barro construída com as riquezas trazidas do comércio e da conquista e apresentava arte pública, colunas gigantescas e templos. Em seu auge, tinha uma população de cerca de 50.000 cidadãos.
Os sumérios também são responsáveis pela forma mais antiga de linguagem escrita, cuneiforme, com a qual mantinham registros clericais detalhados.
Por volta de 3000 a.C., a Mesopotâmia estava firmemente sob o controle do povo sumério. A Suméria continha várias cidades-estado descentralizadas – Eridu, Nippur, Lagash, Uruk, Kish e Ur.
O primeiro rei de uma Suméria unida é registrado como Etana de Kish. Não se sabe se Etana realmente existiu, já que ele e muitos dos governantes listados na Lista de Reis Sumérios que foi desenvolvida por volta de 2100 a.C. também aparecem na mitologia suméria.
Etana foi seguido por Meskiaggasher, o rei da cidade-estado de Uruk. Um guerreiro chamado Lugalbanda assumiu o controle por volta de 2750 a.C.
Mesopotâmia é uma palavra de origem grega que significa “entre rios”
Mesopotâmia
Por volta de 3000 Antes da Nossa Era, no começo da história, as primeiras grandes civilizações tiveram sua origem nas bacias dos grandes rios da Mesopotâmia, ou seja, ao longo das bacias dos grandes rios da Mesopotâmia, ao longo do Nilo no Egito e do Ganges na Índia. A Mesopotâmia é uma estreita faixa de terra situada na Ásia Ocidental, entre as mesetas do Irã, a Armênia, os desertos da Síria e da Arábia e o Golfo Pérsico. Seu clima é extremado com rigorosos invernos e ardentes verões. A parte sul, mais fértil, chamava-se Caldéia. Ao norte, numa região montanhosa, desolada, com escassas pastagens, encontrava-se a Assíria. A fertilidade do seu solo deve-se aos rios Tigre e Eufrates, que nascem nas montanhas da Armênia e deságuam no golfo Pérsico.
Neste relato, veremos de forma breve como estas civilizações começaram.
Civilização aqui deve ser entendido no seu sentido literal, do latim civitas ou cidade: dentro do desenvolvimento de cidades-estado, que pode ser chamado de revolução urbana.
O Paleolítico é um período cultural bem definido, que coincide com o período geológico Pleistoceno, cobrindo os períodos desde a Era Glacial que durou desde cerca de 500000 até 8500 ANTES DA NOSSA ERA.
Por volta do Médio Paleolítico (cerca de 40000 ANTES DA NOSSA ERA), ao Paleolítico Posterior (até ~15000 ANTES DA NOSSA ERA), são encontrados habitats humanos em acampamentos e cavernas, com uma economia baseada em forragens, espécies selvagens e caça de pequenos animais. No período Epi-Paleolítico (até ~8500 ANTES DA NOSSA ERA) já são vistos os primeiros sinais de vilas, mostrando indícios de seleção de espécies e algum controle de animais e rebanhos selvagens.
O período Neolítico (Nova Idade da Pedra) coincide com uma nova era geológica. Nesta fase, temos os períodos culturais da Idade do Bronze e Idade do Ferro.
Estas eras são caracterizadas pelo uso de certos implementos e minerais. A linha de transição difusa entre o Paleolítico e o Neolítico é algumas vezes chamada de Mesolítico.
Neolítico (Nova Idade da Pedra)
Começa uma lenta, mas irreversível mudança nos métodos de coleta de alimentos pela caça, pesca e coleta de plantas/frutas.
Estes foram gradualmente sendo substituídos pela criação de animais domésticos e pela agricultura. Esta mudança ocorre juntamente com a alteração do modo de vida nômade para uma vida sedentária.
O Neolítico é visto como uma época relativamente pacífica, pois não existem fortificações ao redor das vilas e habitações.
Povoações isoladas a partir de 9000 ANTES DA NOSSA ERA: O Neolítico na Mesopotâmia é caracterizado por uma mudança na localização, distribuição e tamanho das povoações: de acampamentos espalhados em áreas na qual a caça e pesca era abundantes, passam a ser ocupados os grandes vales.
As primeiras provas para a domesticação de plantas e animais vêm dos acampamentos datados desta época, e já são vistos em locais esporádicos a partir de 9000 ANTES DA NOSSA ERA; por exemplo, a distribuição de ossos de machos e fêmeas não pode apenas ser explicada apenas pela caça.
O princípio da agricultura
Plantar e colher passa a ocorrer em muitos lugares e em vários períodos. Os primeiros tipos de grãos foram provavelmente a cevada e uma variedade do trigo (espelta).
A seleção de grãos também deve Ter sido descoberta de início, de forma quase automática, pois grãos soltos caem na terra quando da colheita. Apesar do desperdício, aqueles grãos que eram levados para casa e que eram plantados novamente davam origem a grãos mais fortes do que os perdidos, e este fato não deve Ter passado desapercebido pelos mesopotâmicos.
Plantar também em terra fértil estimula novas e melhores variedades, e todos estes fatos passaram a ser levados em conta pelos primeiros agricultores.
O problema de estocar alimentos
Apesar de seguir princípios simples, uma boa colheita exige a solução de muitos problemas de ordem prática.
Um dos grandes problemas com relação ao sedentarismo refere-se a onde estocar os alimentos para preservá-los. A torração de grãos era algo feito com frequência de acordo com achados em escavações, pois impede a germinação prematura e facilita o processo de peneiragem dos grãos. Uma inovação técnica, o uso da cerâmica, surgiu, para proteger os alimentos de ratos e outros animais. Da cerâmica, eram feitos recipientes para guardar alimentos. Temos evidência deste fato, porque as primeiras construções que podem ser descritas como celeiros eram pequenas ou baixas demais para serem classificadas como moradias.
Cerâmica
Origem: Não se sabe ao certo quando foram feitas as primeiras cerâmicas, mas provavelmente isto se deu ao redor de 6000 ANTES DA NOSSA ERA. Por cerca de 5000 ANTES DA NOSSA ERA o uso da cerâmica era bastante difundido. O tipo de argila ou lama, o uso de elementos decorativos e acabamento são sinais usados por arqueólogos para datar estes artefatos e identificar suas distribuições geográficas.
A distribuição também indica sinais de comércio por distâncias maiores, mesmo nos tempos iniciais.
Cerâmica de Halaf
Encontrada em Tell Halaf, ou Tell Halif, no Norte da Síria é uma das primeiras a ser identificada.
O período de Halaf ocorre a cerca de 4000 ANTES DA NOSSA ERA. É uma cerâmica delicada e indica o começo da especialização dos artesãos.
O número pequeno destas cerâmicas indica que eram também consideradas artigos de luxo.
O Período de Ubaid-(4000-3500 ANTES DA NOSSA ERA): Período chamado assim pela cerâmica encontrada no local chamado de Tell el-Ubaid no sul do Iraque.
As características desta cerâmica são formas concêntricas e onduladas.
O uso deste modelo por outras regiões indica uma economia semelhante e alto grau de profissionalismo. A roda do oleiro (introduzida na transição do Período de Uruk) passa a ser encontrada apenas nas regiões mais desenvolvidas. A roda do oleiro exigia uma argila melhor de ser trabalhada, que é obtida com a adição de elementos especiais, ou seja, como por exemplo, óxido de ferro, que confere uma cor marrom-avermelhada típica ao produto.
Comunidades de vilarejos (6000-3000 ANTES DA NOSSA ERA)
Os primeiros povoamentos isolados são encontrados nos vales de pequenos rios nas montanhas de Zagros e nas pequenas planícies também de vales. Novas povoações parecem-se com comunidades de vilarejos, próximas umas às outras, em locais onde os rios correm para vales maiores e onde os rios são mais fáceis de serem controlados. O clima mais seco (começando em cerca 3500 ANTES DA NOSSA ERA) faz com a irrigação comece a desempenhar seu papel na agricultura.
Melhor controle sobre a colheita e a criação de animais domésticos, bem como o uso intensivo da agricultura aumentou a produção de alimentos, fazendo com que maiores comunidades passassem a existir.
A proximidade dos vilarejos tornava mais fácil a comunicação e a interação entre as mesmas. Isto estimulou o intercâmbio cultural e econômico, mas também trouxe a possibilidade de conflitos.
O surgimento de regras e acordos para evitar ou resolver conflitos surge como um fator importante no processo da civilização, sendo considerados mais importantes do que a necessidade administrativa de maior cooperação nos trabalhos de irrigação.
O povoamento das planícies do extremo sul da Mesopotâmia ocorre mais tarde. A irrigação destas planícies, como o sabemos segundo textos babilônicos posteriores, com seus longos canis e falta de água suficiente, exige um sistema de administração de recursos eficiente, o que ocorreu em épocas mais avançadas no tempo.
Cidades Neolíticas de exceção
Há exceções ao modelo padrão recém descrito para a Mesopotâmia. Houveram excepcionais cidades neolíticas datadas do sexto e do quinto milênio antes da nossa era, como Jericó (vale da Jordânia) e Catal Höyük na Turquia, que mostram grande diversidade nas formas de habitação. Mas estas cidades não são a regra para o desenvolvimento da região, tendo em vista o grande período de tempo transcorrido entre o desenvolvimento das construções e a época áurea de desenvolvimento das cidades-estado mesopotâmicas, que deu-se por volta de 3000 ANTES DA NOSSA ERA.
Uso de metais
Metais e minérios de metais já são usados e colecionados no período Neolítico, principalmente como uma curiosidade, por ser esteticamente simples e atraente: eles são raros e bonitos.
Como outras pedras preciosas, tem sido encontrados metais no período Neolítico em locais bem afastados dos ambientes no qual ocorrem normalmente, também como presentes funerários. Eles eram objetos atraentes, conferindo status ao seu possuidor.
Apreciados em especial eram a prata e o ouro.
Indústria de mineração: É conhecida desde o final do Paleolítico e uma indústria bem desenvolvida no período Neolítico.
O cobre, fácil de ser trabalhado, começa a ser usado, e se descobre que o calor pode recuperar as propriedades do metal, em caso de quebras ou lascas.
Simples artefatos de cobre foram encontrados em vilas da Turquia, trabalhados com o uso do martelo, a cerca de 7000 Antes da Nossa Era.
Metalurgia
Os principais metais trabalhados são o cobre, o chumbo, a prata e o bronze.
Povos Mesopotâmicos
Sumérios
Os criadores da primeira grande civilização mesopotâmica foram os sumérios. Provavelmente originaram a Ásia central, os sumérios, por volta do ano 3500 a.C., fixaram-se ao sul da Mesopotâmia, na região em que os rios Tigres e Eufrades desembocam no Golfo Pérsico. Aí estabelecidos, desenvolveram técnicas hidráulicas para armazenar a água que seria usada nos períodos de seca e para controlar as cheias dos dois grandes rios, evitando a destruição das plantações.
Os sumérios desenvolveram um sistema de leis baseados nos costumes, foram habilíssimos nas práticas comerciais e criaram o sistema de escrita cuneiforme, assim chamado porque escreviam em plaquetas de argila com um estilete em forma de cunha.
Os sumérios organizavam-se politicamente em cidades-Estados como Ur, Nipur e Lagash. Cidade-Estado é a comunidade urbana soberana, ou seja, uma unidade política com características de Estado soberano.
Cada uma dessas cidades era independente e governada por um patesi, que exercia as funções de primeiro-sacerdote do deus local, governador, chefe militar e supervisor das obras hidráulicas.
Depois de longo tempo de autonomia, as cidades sumerianas se enfraqueceram, devido às lutas pela gemonia política. O enfraquecimento possibilitou as invasões de vários povos semitas.
Amoritas
O Primeiro Império Babilônico
Entre os invasores estavam os amoritas, que se estabeleceram na cidade de Babilônia, Na Média Mesopotâmia. Hamurábi, omais importante rei da Babilônia, tornou-se famoso por ter elaborado o primeiro código de leis escritas de que se tem notícia. As punições previstas pelos Código de Hamurábi variarvam de acordo com condição social da vítima e do infrator.
Dele se extraiu a Lei de Talião: “Olho por olho, dente por dente…”
Sob o comando de Hamurábi os babilônios conquistaram toda a Mesopotâmia e criaram um Estado unificado. Nascia então o primeiro Império Babilônico. Cada cidade passava a ser governada por homens escolhidos pelo imperador.
Assírios
Depois da morte de Hamurábi, o esplendor da Babilônia não durou muito. Anos mais tarde toda a Mesopotâmia foi conquistada pelos assírios, povo que vivia nas regiões áridas e inférteis do norte mesopotâmico, em cidades como Nínive e Assur.
A crueldade era uma das principais características dos guerreiros assírios. Para eles a guerra era essencial, pois viviam do saque, da escravidão e dos impostos e tributos pagos pelos povos que submetiam.
O império assírio foi destruído em 612 a.C. pelos caldeus.
Caldeus
O Novo Império Babilônico
Com os caldeus, A Babilônia recuperou seu resplendor. No reinado de Nabucodonosor, o Novo Império Babilônico atingiuseu apogeu. Suas terras se estendiam por quase todo o Oriente Médio, limitando-se com o Egito.
A Babilônia enriqueceu-se e embelezou-se com grandes obras publicas, como os até hoje famosos jardins suspensos construídos por Nabucodonosor, tornando-se a mais notável cidade do Oriente.
Em 539 a.C. a Babilônia foi conquistado pelos exércitos dos persas. A vitória foi facilitada pelo apoio dos sacerdotes e comerciantes babilônicos, que se aliaram aos invasores em troca da manutenção de seus privilégios.
Sociedade e Economia: Independentemente dos povos que ocuparam a Mesopotâmia, podemos generalizar e dividir a sociedade, nos diferentes, em: classes privilegiadas (sacerdotes, nobres, militares e comerciantes) e não-privilegiadas (artesãos, camponeses e escravos).
No topo dessa organização social estava o rei, considerado como representante de um determinado deus na Terra.
As classes privilegiadas os altos cargos públicos e monopolizavam o poder, a riqueza e o saber. Viviam ricamente da exploração do trabalho das massas não-privilegiadas.
Na Mesopotâmia as terras cultiváveis pertenciam aos deuses; por isso a maior parte delas era propriedade dos templos e dos governantes.
Essas terras eram entregue aos camponeses para o cultivo de cevada, trigo, legumes, árvores frutíferas como a macieira, o pessegueiro, a ameixeira, a pereira e, principalmente, a tamareira. Pelo direito de cultivar o solo os camponeses eram obrigados a entregar aos sacerdotes parte do que produziam.
Como grandes proprietários e grandes exploradores do trabalho dos camponeses, artesãos e escravos, os sacerdotes acumulavam grandes fortunas.
Além de serem explorados em sua mão-de-obra pela elite latifundiária, os camponeses e os escravos eram obrigados a trabalhar coletivamente na construção de obras hidráulicas e de obras públicas.
Religião
A religião mesopotâmica era politeísta e antropomórfica. Cada cidade tinha seu deus, cultuando como todo poderoso e imortal.
Os principais deuses eram: Anu, deus do céu; Shamash, deus do Sol e da justiça; Ishtar, deusa do amor; e Marduk, criador do céu, da Terra, dos rios e dos homens.
Além de politeístas, os mesopotâmicos acreditavam e gênios, demônios, adivinhações e magias. Procuravam viver intensamente, pois achavam que os mortos permaneciam num mundo subterrâneo e sem esperanças de uma nova vida. Para eles a vida cotidiana e o futuro das pessoas podiam ser determinados pela posição dos astros no céu.
Os sacerdotes se aproveitaram das crendices para divulgar a astrologia, elaborar os horóscopos e monopolizar as previsões diárias através da leitura dos astros.
Artes, Escrita e Ciências
A principal arte da antiga Mesopotâmia foi, sem dúvida, a arquitetura, principalmente voltada para a construção de templos e palácios.
Os templos, chamados zigurates, possuíam na parte superior uma torre piramidal de base retangular, composta de vários pisos superiores. Provavelmente só os sacerdotes tinham acesso à torre, que tanto podia ser um santuário como um local de observação de astros.
A pintura e a escultura eram artes decorativas. Retratavam principalmente temas religiosos e guerreiros e embelezavam o interior dos templos e palácios, com destaque para baixos-relevos para assírios.
Os mesopotâmicos utilizavam a escrita cuneiforme criada pelos sumérios. Essa escrita, como as demais, é uma extraordinária fonte histórica, pois, através da leitura das plaquetas que chegaram até nós, podemos conhecer parte das leis, da literatura, das criações científicas, das práticas comerciais e religiosas e do comportamento social dos povos que viveram entre os rios Tigre e Eufrades.
Os babilônicos acreditavam na existência de uma relação entre os astros e o destino dos homens, e, por isso mesmo, a astronomia era sua ciência predileta.
Eles foram os primeiros a fazer a distinção entre planetas e estrelas, a observar várias fases da Lua, os eclipses e etc. Criaram os signos do zodíaco, dividiram o ano em 12 meses, a semana em 7 dias e o dia em 12 horas duplas.
Foram também os principais responsáveis pelo desenvolvimento da matemática.
Fonte: consulteme.com.br/hystoria.hpg.ig.com.br/www.history.com/eureka.iqsc.sc.usp.br/www.britishmuseum.org/www.nationalgeographic.org
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