A fotografia desempenhou um papel vital na história da humanidade. Antes da fotografia, a informação era transmitida por escrito, boca a boca ou por ilustrações e pinturas.
O advento da fotografia anunciou a primeira e única maneira de replicar totalmente algo que uma pessoa viu, sem nenhum erro, sem exagero na história e sem adulteração.
Foi um dos maiores avanços na tecnologia humana.
As fotografias podem contar histórias e fornecer evidências ao mesmo tempo. Este se tornou o verdadeiro poder da fotografia.
História da Fotografia – Definição
Processo que permite fixar uma imagem sobre uma superfície fotossensível por meio da exposição à luz durante determinado tempo.
Surge em plena industrialização, como uma “máquina de pintar”. Seu marco inicial é 1822, quando o físico francês Joseph Nicéphore Niépce (1765-1833) consegue fixar a primeira imagem fotográfica numa placa sensibilizada quimicamente colocada numa câmara escura com orifício para exposição à da luz. Essa exposição demorava horas. Em 1826, ele aprimora a sua técnica e faz a foto A Mesa Posta. Mas é em 1839 que o também francês Louis Daguerre (1787-1851) anuncia a criação de um aparelho capaz de fixar a imagem com um tempo menor de exposição, o que possibilitava fotografias mais rápidas, popularizando o processo.
Mas cada foto ainda é um exemplar único do qual não é possível fazer cópias. O governo francês divulga rapidamente o processo para o mundo. No ano seguinte, o primeiro Daguerreótico chega ao Brasil.
A fotografia, nascida como simples divertimento, desempenha papel preponderante na indústria, no comércio, na medicina e em outras ciências.
História da Fotografia – Processo
Todo o processo evolutivo sobre a história da fotografia está aqui.
Também as biografias dos personagens mais relevantes da época, a origem da fotografia, a câmera escura, a primeira foto, a primeira fotografia analogica, xilografía, a evolução da fotografia preto e branco, tudo sobre a câmera fotográfica está neste site de fotografia com dicas de fotografia para o fotógrafo. Desfrute!
A evolução da fotografia é a contribuição de numerosos pesquisadores através de suas intuições a grandes descobertas.
Os princípios óticos e químicos em que se baseia o processo fotográfico já eram conhecidos na antiguidade, mas foi somente no século XIX que se desvendou uma síntese, que permitiu revelar e fixar a primeira imagem sobre uma placa de peltre coberta com uma suspensão betuminosa de cloreto de prata.
A fotografia é como a arte de fixar e reproduzir por meio de reações químicas em superfícies preparadas as imagens obtidas da câmera escura (J. Casares).
A Arte Gráfica, segundo Juan Carretel em Gravura e Criação Gráfica, define a arte gráfica (e não as artes gráficas) como um conceito geral que abraça às diversas técnicas e procedimentos para a realização de estampas e por extensão qualquer sistema de retrografia para aplicar a criação artística.
Aqui aparecem novos conceitos: estampa e criação artística.
História da Fotografia – Origem
A crise de 1929 e dos anos subsequentes teve sua origem no grande aumento da produção industrial e agrícola nos EUA durante a Primeira Guerra Mundial, uma vez que o mercado consumidor, principalmente o externo, representado pelos países em guerra na Europa e pelos da América Latina, tradicionais consumidores dos produtos europeus, conheceu ampliação significativa.
A partir de 1925, apesar de toda euforia reinante, a economia norte-americana começou a enfrentar sérios problemas:
Enquanto a produção industrial e agrícola cresceu num ritmo acelerado, o aumento dos salários foi muito lento.
A consequência progressiva da mecanização da indústria e da agricultura foi o desemprego que aumentou de modo preocupante;
Os países europeus recuperando-se dos prejuízos de guerra os levou a comprar cada vez menos dos EUA e a concorrer com eles nos mercados internacionais.
Por falta de consumidores internos e externos, começaram a sobrar grandes quantidades de produtos no mercado norte-americano, configurando-se, assim, uma crise de superprodução. Diante disso, os agricultores viram-se obrigados a armazenar cereal. Para tanto, tiveram que pedir empréstimos bancários, oferecendo suas terras como garantia de pagamento, o que muitas vezes os levou a perdê-las. Os industriais, por sua vez, foram forçados a diminuir o ritmo da produção e, consequentemente, a despedir milhares de trabalhadores, aprofundando a crise.
A pesar da crise galopante, os pequenos, médios e grandes investidores continuaram especulando com ações. Comercializavam esses papéis por preços que não condiziam com a real situação das empresas. Enfim, agiam como se a economia do país estivesse saudável. Entretanto, como era de se esperar, chegou o momento em que a crise atingiu a Bolsa de Nova Iorque, um dos importantes centros do capitalismo mundial.
Refletindo a real situação das empresas, os preços das ações começaram a baixar. Os acionistas correram para tentar vendê-las, mas não havia quem quisesse comprá-las. Em 29 de outubro de 1929, havia 13 milhões de ações à venda, mas faltavam compradores. O resultado foi que os preços das ações despencaram, ocorrendo o crash (quebra) da Bolsa de Valores de Nova Iorque. Com isso, milhares de bancos, indústrias e empresas rurais foram à falência e pelo menos 12 milhões de norte-americanos perderam o emprego.
Abalados pela crise, os EUA reduziram drasticamente a compra de produtos estrangeiros e suspenderam totalmente os empréstimos a outros países. Assim, a crise propagou-se rapidamente por todo o mundo capitalista. Os Estados Unidos retomam a sua estabilidade econômica, durante a Segunda Grande Guerra Mundial.
A crise de 1929 fez com que os futuros investidores refletissem melhor, sobre o que fazer nas próximas décadas.
Novos institutos de pesquisas econômicas foram criados para projetar e avaliar a conjuntura econômica mundial do próximo milênio.
A corrida espacial norte-americana e os investimos na tecnologia digital são exemplos concretos disto.
Os Estados Unidos, durante segunda grande guerra mundial já havia testado exaustivamente a digitalização nas comunicações por meios de mensagens criptografadas para táticas bélicas e serviços de contra espionagem.
DIGITAL, MERCADO ESTÁVEL
A fotografia digital, como todas as novas tecnologias, é embrionária da Guerra Fria, mais especificamente no programa espacial norte-americano.
As primeiras imagens sem filme registraram a superfície de Marte e foram capturadas por uma câmera de televisão a bordo da sonda Mariner 4, em 1965. Eram 22 imagens em preto e branco de apenas 0,04 megapixels, mas que levaram quatro dias para chegar à Terra.
Ainda não eram ?puramente digitais?, já que os sensores daquela época capturavam imagens por princípios analógicos televisivos.
A necessidade dessa nova invenção se justificava da seguinte forma: ao contrário das tradicionais missões tripuladas, onde os astronautas retornavam à Terra para revelar os filmes (as famosas fotos da Lua, por exemplo), as sondas que sumiriam para sempre no espaço precisavam de uma forma eficaz de transmitir suas descobertas eletronicamente.
O propósito da época era investir em bem de consumo estável para o próximo milênio, justificando a nova demanda pela estabilidade política capitalista.
As primeiras fotos são de 1965, mas a Mariner 4 foi lançada ainda em 1964. Neste mesmo ano, os laboratórios da RCA criavam o primeiro circuito CMOS, sem ter a menor ideia de que um dia este seria a base das primeiras câmeras digitais. Já o CCD, primeiro tipo de sensor usado na fotografia digital, foi inventado em 1969, nos laboratórios Bell.
A primeira versão comercial chegaria ao mercado em 1973, obra da Fairchild Imaging. Batizado de 201ADC capturava imagens de 0,01 megapixels.
Em 1975, a Kodak apresentaria o primeiro protótipo de uma câmera sem filme baseada no sensor CCD da Fairchild. O equipamento pesava quatro quilos e gravava as imagens de 0,01 megapixels em fita cassete uma a cada 23 segundos! No ano seguinte, a própria Fairchild, por sua vez, colocaria no mercado sua câmera de CCD, a MV-101 o primeiro modelo comercial da história.
A primeira câmera digital seria a Fairchild All-Sky Camera, um experimento construído na Universidade de Calgary, no Canadá, a partir do sensor 201ADC mencionado acima.
Diferente de todos os outros projetos de astrofotografia da época, quase todos baseados nesse mesmo sensor, a All-Sky tinha um microcomputador Zilog Mcz1/25 para processar as imagens acopladas, o que lhe renderia o título de digital.
Apesar do pioneirismo da Kodak e da Fairchild, quem daria às câmeras sem filme (ainda não digitais) o status de produto de consumo seria a Sony, que em 1981 anunciaria sua primeira Mavica, com preço estimado em US$ 12 mil. O protótipo, de 0,3 megapixels, armazenava até 50 fotos coloridas nos inovadores Mavipaks, disquetes de 2 polegadas precursores dos de 3½ atuais, também inventados pela Sony. Suas imagens, entretanto, eram similares às imagens televisivas estáticas.
Mas a segunda revolução, ainda segundo a PMA, (Phorography Marketing Association, Estados Unidos) aconteceu durante o ano de 2003, quando, pela primeira vez, a penetração das câmeras digitais superou os 22% das residências americanas (patamar a partir do qual um produto é considerado de massa), chegando a 28%. No ano passado, atingiu 41%, o que leva a crer que, neste momento, há uma câmera digital em mais da metade dos lares norte-americanos.
No mesmo ano, as câmeras digitais também fizeram uma outra conquista significativa: passaram a ser mais usadas pelas mulheres do que pelos homens ? o que terá um grande impacto no mercado de revelação.
Entre 1999 a 2003, houve um salto de 46 para 53% de usuárias femininas de câmeras digitais.
Ao mesmo tempo em que crescem as vendas, cresce a resolução dos modelos mais populares. Em agosto de 2005, a fatia mais disputada do mercado foi a das câmeras de 5 megapixels, responsável por 39% das unidades vendidas e 38% da receita. A segunda faixa mais popular, constituída pelos modelos de 4 megapixels, respondeu por 30% das câmeras vendidas, mas apenas 19% do faturamento ? quase o oposto do segmento de 7 ou mais megapixels, com 14% das unidades e 29% da receita.
Para efeito de comparação, a PMA revela que no início de 2005, os modelos mais populares eram os de 4 megapixels, posição que um ano antes, era ocupada pelas câmeras de 3 megapixels.
Em compensação (e provavelmente por causa disso), os preços vêm caindo rapidamente: as câmeras de 5 megapixels queridinhas dos consumidores, por exemplo, devem ficar 12% mais baratas até o fim do ano (em relação aos preços de agosto, nos Estados Unidos).
Aqui no Brasil, conforme a Revista Info Exame, edição de abril 2005, o crescimento da fotografia digital foi de 160% em 2004, atingindo um milhão de unidades vendidas, com uma penetração ainda irrisória, de apenas 3%, segundo o IDC. Não se sabe se esses números consideram o mercado informal e as câmeras trazidas legalmente por viajantes internacionais, mas o fato é que ainda há muito espaço para crescer.
As consequências do aumento do número de câmeras, mudanças ainda mais radicais vêm acontecendo no mercado de filmes (em franca desaceleração) e revelação (em processo de adaptação), onde sempre se concentraram os maiores lucros do setor. Não é à toa que mega-empresas como a Kodak estão tendo que se reinventar e outras, como a tradicional Agfa, estão fechando as portas em dezembro de 2005.
Qual a base da fotografia?
Uma das bases da fotografia surgiu no século XIII, quando o filosofo e cientista inglês Roger Baccon descobriu o fenômeno da câmara escura. Ele fez um orifício na parede de uma sala escura; do lado de fora, usou uma sombra para projetar figuras e formatos sobre essa parede; a luz entrou no orifício e projetou na parede oposta uma imagem invertida dos objetos exteriores.
Outra base veio dos alquimistas, que haviam descoberto que a luz modifica o aspecto de uma placa de cloreto de prata fundido.
A associação desses dois fenômenos resultou na fotografia: a imagem invertida da câmara escura foi gravada numa placa de cloreto da prata.
A máquina fotográfica
Uma máquina ou câmera fotográfica reproduz a câmara escura descoberta por Roger Baccon. No que corresponderia ao orifício, coloca-se uma lente para aumentar a luminosidade da imagem, e, no fundo uma película sensível aos raios luminosos (o filme) que capta a imagem invertida dos objetos externos. Para ser visível ao olho humano, a imagem precisa ser “revelada”.
Na Revelação, o filme é mergulhado em produtos químicos, como o nitrato de prata ou o sulfito de sódio, obtendo-se uma imagem permanente, porem negativa imagem original.
As zonas mais escuras aparecem mais claras ou vice-versa. A partir desse negativo obten-se as cópias positivas, isso é, as fotografias em papel ou em diapositivos.
Máquina Fotográfica – História
Em 1901, o cartão postal é introduzido no pais por Castro Moura. Paralelamente, o fotógrafo Válerio Vieira (1862-1941) realiza pesquisa em montagens fotográficas com vários negativos. Em 1904, seu alto retrato.
Os trinta Valérios recebe medalhas de prata na feira internacional de Saint Louis (EUA). Em 1922, Vieira ganha medalha de ouro na mesma feira pela maior impressão fotográfica do mundo, uma panorâmica da cidade de São Paulo de 16m x 1,4m.
A difusão da fotografia no pais entre as décadas de 30 e 50 deve-se a Conrado Wessel (1891-1941), engenheiro químico formado em Viena. Em 1928 funda, em São Paulo, a primeira fábrica de papel fotográfico da América Latina, comprada mais tarde pela Eastman Kodak, quando a empresa se instalou no Brasil.
No final do ano 30, fotógrafos de origens alemã imigram para o Brasil trazendo influencias do movimento Bauhaus. Nos anos 40 e 50 Geraldo de Barros (1923) impulsiona a fotografia de autor que deixa de se preocupar-se com o retrato da realidade e busca novas formas de expressão.
FOTO JORNALISMO
As primeiras fotos da imprensa brasileira aparece na revista da semana em 1900. Mas o grande impulso para o fotojornalismo no pais é dado na década de 50 pela revista O Cruzeiro e pelo jornal do Brasil, do Rio.
A fotoreportagem atinge o auge nos anos 60, com o surgimento da revista realidade e do jornal da tarde, de são Paulo. Fotógrafos como Maureem Bisilliat (1931) e David Drew Zingg (1923) fazem fotos informativas e de grande qualidade estética.
Entre 1970 e 1975, Cláudia Andujar e Jeorge Love (1937-1995) desenvolvem o workshop de fotografia no museu de arte de São Paulo (Masp), que influencia a produção de dezenas de fotógrafos paulistas nas décadas seguintes.
Nos anos 80, a imprensa intensifica o uso de fotos com a introdução do sistema digital de transmissão de imagens, que permite o envio por telefone. Atualmente, os principais nomes do fotojornalismo brasileiro são Sebastião Salgado (1944). Mário Cravo Neto (1947). Walter Firmo (1937) e Pedro Martinelli (1950).
Radicado na França, Salgado é reconhecido mundialmente como um dos grandes mestres da fotografia contemporânea.
Desde o inicio da século IV a.C., os gregos antigos já conheciam os princípios da câmara escura – um quarto escuro no qual a imagem invertida do mundo exterior é projetada através de uma pequena abertura sobre uma superfície plana em seu interior.
Fotografia – Desenvolvimento
Estrutura
A fotografia é um processo mediante o qual se consegue registrar de modo permanente sobre o papel ou sobre uma chapa transparente as imagens fornecidas por uma objetivo apropriada.
O princípio básico da técnica fotográfica é a propriedade de alguns sais de prata se reduzirem em presença da luz, isto é, formarem-se pequenos grãos de prata metálica nos pontos atingidos pela luz.
Quanto maior é a intensidade da luz, tanto maior é a quantidade de grãos formados. O descobrimento da fotografia foi dado em (1765).
Em 1839, seu sócio Louis Daguerre (1789-1851) passou o comercializar o Daguerreótico, que utilizava uma placa de cobre coberta com cloreto de prata fotosenssível que exigia exposição por meia hora.
A máquina fotográfica
De certo modo, a máquina fotográfica é uma câmara escura de orifício incrementada com lentes e filme fotográfico. A lente convergente chamada objetiva, é responsável pela formação da imagem no fundo da máquina onde fica o filme fotográfico que registra a imagem.
A máquina fotográfica funciona do mesmo modo que o olho humano. O globo ocular tem a função da câmara escura de orifício, que é fixar a imagem externa no fundo do olho.
O cristalino faz a função da lente convergente, e o lugar onde a imagem é fixada se chama retina.
Pintura e fotografia
Desde o seu surgimento existe a polemica em relação ao caráter artístico da fotografia. Os primeiros fotógrafos tentam aproxima-la da pintura. Para isto costumavam retocar suas fotos ou embaçam a imagem.
Seus temas em geral são paisagens, naturezas mortas, e retratos, muito apreciados pela burguesia em ascensão. Entre os grandes fotógrafos desta fase está o francês Felix Nadar ( l820-1910).
Apesar do preconceito dos pintores em geral com a fotografia, vários se basearam em fotos para pintar como é o caso dos franceses Ingres (1780-1867) e Delacroix (1798-1863), e de muitos impressionistas.
A fotografia nasceu a muito tempo atrás, mas foi se modificando e melhorando cada vez mais, com a tecnologia que o mundo vem adquirindo ao passar do tempo.
Antes a fotografia era bem precária, preto e branca, as pessoas colocavam roupas especiais parar tirar fotos, e só quem era rico conseguia fazer.
Agora é bem mais sofisticado, colorida perfeitamente, agora as pessoas tiram fotos em qualquer ocasião e de qualquer jeito, e qualquer um pode tirar fotos.
Evolução da Fotografia
Essa fase de subordinação da fotografia à pintura entra em crise na virada do século, quando o norte-americano Alfred Stieglitz (1864-1946) funda movimento conhecido com fotosseceão.
Pessoas em situações quotidianas passam a ser o tema das fotos. As técnicas de impressão sofisticam-se. Um importante seguidor dessa linha é o francês Henri Cartier-Bresson (1980).
A nova concepção torna a fotografia mais espontânea e a aproxima do jornalismo.
As imagens obtidas no inicio eram em preto e branco. Embora a primeira fotografia colorida seja de 1861, apenas em 1935 passa a haver amplo uso comercial. Câmeras, filmes, lentes, flashes, fotômetros eletrônicos e processos de revelação e ampliação vivem em constante evolução.
A fotografia colorida: A luz direta contêm três cores primarias vermelho, azul e amarelo. As combinações dessas cores criam as cores que podemos perceber.
Fotografia no Brasil
A história da fotografia no Brasil começa em 1833 quando Hércules Florence (1804-1879), um Francês residente em Campinas SP consegue as primeiras imagens fotográficas. Niepce fixou a primeira fotografia, Florence pesquisou a gravação de imagens pela ação da luz. No ano seguinte, são feitas as primeiras fotos da família real e do Palácio de São Cristóvão.
As primeiras fotos da imprensa brasileira apareceram na revista da semana de 1900, mas o grande impulso para o fotojornalismo no pais é dado na década de 50 pela revista o cruzeiro e pelo jornal do Brasil, no Rio.
Na França Salgado é conhecido mundialmente com um dos grandes mestres da fotografia contemporânea.
No final dos anos 30 fotógrafos de origem alemã imigraram para o Brasil. Nos anos 40 e 50 Geraldo de Barros impulsionou a fotografia de autor, que deixa de se preocupar com o retrato da realidade e busca novas formas de expressão.
Origens do Processo fotográfico
Para que possamos compreender este fenômeno da câmara escura, é necessário conhecer alguns propriedades da luz.
A luz é uma forma de energia eletromagnética que se propaga em linha reta a partir de uma fonte luminosa. Quando um desses raios luminosos incide sobre um objeto que possui superfície irregular ou opaca, é refletido de um modo de fuso, isto é, em todas as direções.
O orifício da câmara escura, quando diante desse objeto, deixara passar para o interior alguns desses raios que irão se projetar na parede branca.
Como cada ponto do objeto corresponde a um disco luminoso, a imagem formada possui pouca nitidez, e a partir do momento em que se substitui a parede branca pelo pergaminho do desenho, essa falta de definição passou a ser um grande problema aos artistas que pretendiam usar a câmara escura na pintura.
Holografia
Método de fotografia que fornece imagens em três dimensões. Inventado pelo físico húngaro Dennis Gabor em 1948. Não se usa lente e sim raio laser para captar a imagem.
Consiste na divisão do laser em dois feixes: o primeiro é fletido pelo objeto antes de atingir o filme fotográfico; o outro, incide diretamente sobre o filme. No percurso, os dois feixes se cruzam e as ondas de luz interferem umas nas outras. Onde as cristas das ondas se encontram, forma-se luz mais intensa; onde uma crista de um feixe encontra o intervalo de onda de outro, forma-se uma região escura. Esta sobreposição é possível porque o laser se propaga através de ondas paralelas e igualmente espaçadas. O filme revelado ainda não mostra a imagem.
Aplica-se novamente o laser sobre a chapa fotográfica e o resultado é o holograma, uma imagem que pode ser vista de vários ângulos como se fosse de fato tridimensional.
A holografia é usada na pesquisa científica (localiza deformações em objetos sólidos), na indústria (identifica objetos para evitar falsificações) e nas artes plásticas. Ainda uma novidade como forma de expressão artística, já destacou alguns artistas plásticos, como a inglesa Margaret Benyon, os norte-americanos Harriet Casdin e Ruddie Berkhout, os brasileiros Haroldo e Augusto de Campos e a japonesa Setsuko Ishii.
Kodak
Já em 1841 o físico inglês William Talbot (1800-1877) cria uma base de papel emulsionada com sais de prata que registra uma matriz em negativo por o qual se fazem cópias positivas. Esse processo, mais barato do que o Daguerreótico, torna a fotografia mais acessível é, portanto, mais presente vida das pessoas. A partir de 1880, as chapas já podem ser compradas sensibilizadas. Em 1888, a fotografia populariza-se com a primeira câmara fotográfica portátil com filme em rolo, a Kodak lança pelo norte-americano George Eastman (1845-1932).
CRONOGRAMA
1920 – início da transmissão de imagens Londres/Nova York pelo cabo submarino – 3 horas.
1957 – Russel Kirsch, NBS – escaneou a primeira imagem e introduziu em um computador.
1964 – NASA-Jet Propulsion Lab.
Receberam as primeiras imagens enviadas pelas câmeras da Mariner 4.
1981 – Sony introduz no mercado mundial a Mavica.
1981 – IBM apresenta sistema operacional MS-DOS.
1984 – Apple introduz os computadores Macintosh.
1985 – Thunderscan e MacVision – scanners de baixa resolução e baixo custo.
1986 – placas TrueVision/Targa -imagens coloridas.
1987 – Macintosh II – 16,7 milhões de cores no monitor.
1988 – novos periféricos para Mac: slides printer, scanners para cromos 35 mm, impressoras coloridas, ImageStudio-soft para manipulação de imagens P&B, etc. 1989 – arquivos JPEG são adotados com padrão. Microsoft inicia o Windows 3.0.
1990, 29 de novembro. Guerra do Golfo.
1991 até hoje. Aparecimentos de diversos modelos avançados de câmeras digitais: SinarScitex – PhaseOne – Dicomed – Kodak/Nikon, Canon, Epson, etc.
A chegada da fotografia no Brasil
Enquanto toda a Europa no período do século XIX passava por profundas revoluções no universo artístico, cultural, intelectual implodidos pelo advento da fotografia, no Brasil o invento de Daguerre era recebido com outra conotação.
Poucos meses se passaram da tarde de 19 de agosto de 1839, quando a invenção foi consagrada em Paris, para que a fotografia chegasse ao Rio de Janeiro em 16.01.1840, trazida pelo Abade Louis Compte, de posse de todo o material necessário para a tomada de vários daguerreótipos, conforme ilustra o Jornal do Comércio deste período:
“É preciso ter visto a cousa com os seus próprios olhos para se fazer ideia da rapidez e do resultado da operação. Em menos de 9 minutos, o chafariz do Largo do Paço, a Praça. do Peixe e todos os objetos circunstantes se achavam reproduzidos com tal fidelidade, precisão e minuciosidade, que bem se via que a cousa tinha sido feita pela mão da natureza, e quase sem a intervenção do artista.” (Jornal do Comércio, 17.01.1840, p.2)
Afastados geograficamente das metrópoles, o estágio de desenvolvimento do país era bem inferior àqueles das metrópoles europeias. As novidades aqui eram muito bem recebidas, tornando- se moda num prazo bem curto de tempo. Os debates na Europa em relação a validade ou não da fotografia enquanto manifestação artística, comparada à pintura, não encontrariam espaço no Brasil durante as primeiras décadas. A sociedade brasileira do período do Império estava mais preocupada em usufruir a nova técnica, conhecida até então teoricamente, em se deixar fotografar do que em refletir sobre os aspectos artísticos e culturais do novo invento.
O Brasil desta época, agrário e escravocrata, tinha a sua economia voltada para a cultura do café, visando exclusivamente o mercado externo e dependendo dele para importações de outros produtos.
A sociedade dominante ainda cultuava padrões e valores estéticos arcaicos, puramente acadêmicos, já ultrapassados em seus respectivos países de origem, que só seriam questionados e combatidos com a Semana de Arte Moderna de 1922. Os Senhores do Café e a sociedade como um todo, tinham uma visão de mundo infinitamente estreita e só poderiam conceber a fotografia como mágica divertida, mais uma invenção europeia maluca!
Em 21 de Janeiro do mesmo ano, Compte dava uma demonstração especial para o Imperador D.Pedro II, registrando alguns aspectos da fachada do Paço e algumas vistas ao seu redor.
Estes e muitos outros originais se perderam e já em novembro, surgem os primeiros classificados da venda de equipamentos fotográficos na Rua do Ouvidor, 90-A …
Desde o dia que Compte registrou as primeiras imagens no Rio de Janeiro, D Pedro II se interessou profundamente pela fotografia, sendo o primeiro fotografo brasileiro com menos que 15 anos de idade.
Tornou-se praticante, colecionador e mecenas da nova arte. Trouxe os melhores fotógrafos da Europa, patrocinou grande exposições, promoveu a arte fotográfica brasileira e difundiu a nova técnica por todo o Brasil.
Apesar de todos os seus esforços a febre da fotografia no Brasil não poderia ser comparada aos Estados Unidos daquela época, devido as diferenças econômicas…
Os profissionais liberais, grandes comerciantes e outros, donos de uma situação financeira abastada, já podiam se dedicar á fotografia em suas horas vagas. Para essa nova classe urbana em ascensão, carente de símbolos que a identificassem socialmente, a fotografia veio bem a calhar criando-lhe uma forte identidade cultural. O grande exemplo disso foi o jovem Santos Dumont.
Em suas constantes idas á Paris, Dumont apaixona-se por fotografia e compra seu primeiro equipamento fotográfico. De volta ao Brasil, monta seu laboratório e aos poucos vai demonstrando interesse em registrar o vôo dos pássaros, até conceber os primeiros princípios da aviação.
Daí para chegar ao 14 Bis e ao Relógio de Pulso foi um pequeno passo…
A Descoberta Isolada no Brasil
Por mais paradoxal que seja, foi justamente dentro desse cenário que o Brasil, do outro lado do Atlântico, disparava na frente das grandes metrópoles europeias, descobrindo a fotografia no interior do Estado de São Paulo, em 15 de agosto de 1832.
A quase inexistência de recursos para impressão gráfica daquela época, levou Hércules Romuald Florence, desenhista francês, radicado no Brasil, a realizar pesquisas para encontrar fórmulas alternativas de impressão por meio da luz solar.
Francês, natural de Nice, Florence chegou ao Brasil em 1824 e durante os 55 anos que aqui viveu até a sua morte, na antiga Vila de São Carlos Atual Campinas/SP, dedicou-se a uma série de invenções. Entre 1825 e 1829, participou como desenhista de uma expedição científica, para registrar a Fauna e Flora Brasileira, chefiada pelo Barão Georg Heirich von Langsdorff, cônsul geral da Rússia no Brasil. De volta da expedição, Florence casou-se com Maria Angélica Alvares Machado e Vasconcelos, em 1830.
Durante a década de 30, Florence deu sentido prático á sua descoberta que ele próprio denominou de “Photographie”: imprimia fotograficamente diplomas maçônicos, rótulos de medicamentos, bem como fotografara desde 1832 alguns aspectos de sua Vila, isto é, cinco anos antes do Inglês John Herschel, a quem a história sempre atribuiu o mérito de ter criado o vocábulo.
Em 1833 Florence aprimora seu invento, e passa a fotografar com chapa de vidro e papel pré-sensibilizado para contato. Foi o primeiro a usar a técnica “Negativo/Positivo” empregado até hoje. Enfim, totalmente isolado, contando apenas com os seus conhecimentos e habilidade, e sem saber as conquistas de seus contemporâneos europeus, Niépce, Daguerre e Talbot, Florence obteve em terras brasileiras o primeiro resultado fotográfico da história.
O Nitrato de Prata, agente sensibilizante e princípio ativo da invenção de Florence, tinha um pequeno inconveniente: a imagem após revelada, passava por uma solução “fixadora” que removia os sais não revelados, mantendo a durabilidade da imagem. Constatou que a amônia além de ter essa função, também reagia com os sais oxidados durante a revelação, rebaixando o contraste da imagem final. Conforme seu diário, passou a usar a urina, rico em amônia como fixador “fiz isso por acaso”!
De fato, um dia enquanto revelava, esqueceu e preparar o Fixador tradicional. Como a vontade e urina apareceu de repente, não poderia abrir a porta de seu laboratório, com risco de velar seus filmes.
Acabou urinando em uma banheira e na confusão, acidentalmente passou suas chapas para lá. Além de descobrir a própria fotografia, descobriu também o processo mais adequado para a fixação da imagem, que atualmente foi substituído pelo “Tiossulfato de Amônia” ou FIXADOR RÁPIDO utilizado atualmente na fotografia Preto & Branco, Colorida, Cinema, Artes Gráficas e Radiologia.
Enfim, totalmente isolado, contando apenas com os seus conhecimentos, criatividade e habilidade, e sem saber as conquistas de seus contemporâneos europeus, Niépce, Daguerre e Talbot, Florence obteve em terras brasileiras o primeiro resultado fotográfico da história.
Alguns exemplares de Florence existem até hoje, e podem ser vistos no Museu da Imagem e do Som, SP. Sua contribuição, entretanto, só ficou sendo conhecida pelos habitantes de sua cidade, e por algumas pessoas na Capital de São Paulo e Rio de Janeiro, não surtindo, na época, qualquer outro tipo de efeito.
Primeiro desenho da câmera escura
A ideia da fotografia nasce em síntese de duas experiências muito antigas. A primeira é a descoberta de que algumas substâncias são sensíveis à luz. A segunda foi a descoberta da câmera escura.
A máquina escura da qual deriva a câmera fotográfica, foi realizada muito tempo antes de que se encontrasse o procedimento para fixar com meios químicos a imagem ótica produzida por ela.
Aristóteles, filósofo grego que viveu em Atenas entre 384 e 322 a. C, afirmava que se se praticasse um pequeno orifício sobre a parede de uma habitação escura, um feixe luminoso desenharia sobre a parede oposta a imagem invertida do exterior.
A primeira descrição completa e ilustrada sobre o funcionamento da câmera escura
A primeira descrição completa e ilustrada sobre o funcionamento da câmera escura, aparece nos manuscritos de Leonardo da Vinci (1.452-1.519).
Na antiguidade os artistas dispunham de uma habitação escura na qual entravam para fotografar uma paisagem circundante, mas estas montagens e instrumentos, tinham um grande inconveniente, eram muito pouco manejáveis.
câmera escura, aparece nos manuscritos de Leonardo da Vinci (1.452-1.519
Mesa de desenho
Por volta da segunda metade do século XVII se inventou uma mesa de desenho portátil seguindo o princípio da câmera escura.
Era uma grande caixa de madeira, cujo lado dianteiro estava fechado por uma lente, o artista dirigia esta caixa para onde queria e copiava a imagem fotografada sobre uma cartolina semi transparente, apoiando-a num cristal situado na parte superior.
Este artifício, foi utilizado durante vários séculos por artistas pintores, incluindo entre eles duas personalidades famosas, como; Canaletto e Durero que o utilizavam para angariar anotações com bastante precisão na perspectiva.
A câmera escura
A câmera obscura (Lat. câmara escura ou câmera escura) foi uma invenção no campo da óptica e um dos passos mais importante que conduziram à fotografia; ainda hoje os dispositivos de fotografia são conhecidos como “câmeras”.
Algumas câmeras escuras foram construidas como atrações turísticas, embora poucas existam ainda hoje. Exemplos podem ser encontrados em Grahamstown na África do Sul, Bristol na Inglaterra, Kirriemuir, Dumfries e Edinburgh, Escócia, e Santa Monica e São Francisco, Califórnia. Existe uma grande e bem montada câmera escura no Museu da Vida da Fundação Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro.
Uma versão pequena de mão usando papel fotográfico para registrar a imagem é conhecida como camêra pinhole.
O Material Fotosensível
1727 – O alemão, Johann Heirich Schulze, professor de anatomia de Altdorf, descobre e comprova que o fenômeno do engrecimento da prata se deve a incidência da luz.
O primeiro passo para fixar a imagem reproduzida na caixa escura sem ter que chegar a copiá-la ou colar a mão, ocorreu realizando uma demonstração da investigação experimental sobre a sensibilidade à luz do nitrato de prata.
Joseph Nicéphore Niépce
O mérito da obtenção da primeira imagem duradoura, fixa e inalterável à luz pertence ao francês Joseph Nicéphore Niépce. (1765-1833).
As primeiras imagens positivas diretas as conseguiu utilizando placas de peltre (liga de metais de zinco, estanho e chumbo) cobrindo-as de graxa da Judéia e fixadas com azeite de lavanda.
Nicéphore utilizou uma câmera escura modificada e impressionou em 1827 com a vista do pátio de sua casa captando a primeira fotografia permanente da História.
A este procedimento lhe chamou heliografia Não obstante Nicéphore, não conseguiu um método para revestir as imagens, e preferiu começar a pesquisar um sistema para obter positivos diretos.
Também tropeçou com o problema das extensíssimas exposições.
Amostra da fotografia fixada por Josep Nicéphore Niépce
Louis Jacques Mande Daguerre, vinte anos mais jovem que Niépce e famoso pintor, estava interessado na forma de fixar a luz com sua câmera escura e ao inteirar-se dos trabalhos de Niépce lhe escreveu para conhecer seus métodos, mas este se negava com evasivas; depois de visitar-lhe várias vezes e tentar convencê-lo para associar-se, deu por inúteis suas tentativas e se lançou a pesquisar tenazmente.
Em 1835 Jacques Daguerre publicou seus primeiros resultados do seu experimento, processo que chamou Daguerrotipo, consistente em lâminas de cobre plateadas e tratadas com vapores de Iodo.
Reduziu ademais os tempos de exposição para 15 ou 30 minutos, conseguindo uma imagem mal visível, que posteriormente revelava em vapores quentes de mercúrio e fixava lavando com água quente com sal.
O verdadeiro fixador não o conseguiu até dois anos mais tarde. Alguns dos daguerrotipos que produziu se conservam ainda na atualidade.
O Daguerreótipo
meteorología, 1895, Bernardo Rodríguez Largo
Daguerre e Niepce trocaram correspondência e se tornaram sócios nos conhecimentos a respeito da nova invenção que compartilharam: o daguerreótipo.
Niepce era velho e morreu antes que pudesse apresentar o seu invento. Assim Daguerre pode ter a glória da invenção da fotografia e até mesmo vendê-la ao governo francês em troca de uma pensão vitalícia.
O daguerreótipo utiliza-se de uma propriedade da prata de tornar-se enegrecida quando é exposta a luz e assim formar uma imagem. Que é negra nos locais onde a prata recebe intensa quantidade de luz, cinzenta onde recebe média intensidade e branca (ou inalterada) onde nenhuma luz a atinge. Apesar desta técnica fotográfica basear-se na prata, ela nada tem a ver com a fotografia como a conhecemos atualmente.
A técnica do daguerreótipo consistia de usar como material sensível a luz uma placa revestida de prata e sensibilizada com o iodeto de prata, que depois de exposta era revelada com vapor de mercúrio aquecido.
E finalmente fixada com tiossulfato de sódio, conhecido como o hipossulfito dos fotógrafos.
Vários foram os motivos que fizeram com que o daguerreótipo não sobrevivesse por mais do que algumas décadas: apesar da alta qualidade das imagens, a mesma era invertida lateralmente e produzia imagens que eram as vezes vistas de um ângulo em positivo e em outro negativo ou as duas coisas ao mesmo tempo.
Não era possível ter cópias ou mesmo ampliá-las, sem contar que o processo utilizava-se de vapor de mercúrio que é extremamente tóxico.
A invenção de uma lente dupla (acromática) muito luminosa, com abertura de f 3.6 pelo Húngaro Josef Petzval trouxe uma contribuição importante para a popularização do daguerreótipo, pois diminuiu em 30 vezes os tempos de exposição que eram em torno de 15 a 30 minutos naquela época.
Daguerre e o daguerreótipo
próprio Roberto Cornelius
No final de 1829 Daguerre e Niépce formaram uma sociedade na qual se reconhecia a este último como inventor.
Morto Niépce em 1833, passa as mãos de Daguerre o invento de forma quase completa.
O filho de Niépce herdou os direitos do pai em seu contrato, mas depois de várias modificações; aproveitando a maltrecha economia do herdeiro, o nome de Daguerre seria o único que apareceria como criador do invento.
Aperfeiçoou-o com a ação do vapor de mercúrio sobre o yoduro de prata e depois com a possibilidade de dissolver o yoduro residual numa solução quente a base de sal comum.
O lançamento se produziu de 1838 a 1839
Daguerre se converte numa iminência reconhecida e premiada. Imediatamente começa a fabricar uma série de material fotográfico fazendo demonstrações em público; em uma delas ficou refletida num livreto de doze páginas de grande rigor, publicando o descobrimento do segredo que encerrava. Sem contribuir com nenhuma nova melhora importante morre em 1851.
Daguerre ao invés de Niépce contribuiu do lado mercantilista e espetacular com um procedimento cuja originalidade lhe era própria. Ainda que se tratava de algo custoso e de difícil manipulação, que tão só produzia uma prova única não multiplicável. Pese a seus defeitos se propagou por todo mundo, abrindo definitivamente o caminho à fotografia.
A Época do Daguerreótipo
O Daguerreótipo teve uma muito boa acolhida e cedo começou a difundir-se pela Alemanha, Estados Unidos, Itália, Inglaterra, etc. Ademais se começaram a vender câmeras que não levavam a assinatura de Daguerre.
Estes vendedores e os aficionados que as compravam, foram os responsáveis da evolução das câmeras, aliviando-as de importância, construindo-as com materiais baratos e lentes simples; e também reduzindo pouco a pouco o tempo de exposição (em 1842 já estava reduzido a 30 ou 40 segundos).
O segundo estúdio oficial foi criado na Inglaterra por Antonie Claudet, que chegou a ser nomeado retratista ordinário da rainha Victoria. A primeira revista fotográfica do mundo foi fundada em Nova York em 1850 ( The Daguerreian Journal)
A grande popularidade do retrato forçou de certa maneira a aparição dos até agora chamados, Estúdios Fotográficos. Naquela época ainda não existiam a luz elétrica nas cidades, os estúdios fotográficos eram grandes naves de armação metálica onde as cúpulas de cristal faziam como se estas estivessem dotadas de luz natural. Ademais, é de se mencionar, a decoração destes estúdios, onde o primordial era fazer cômoda a longa exposição à que era submetido o modelo. Um bom exemplo desta decoração era o estúdio de Luther Holman Holle em Boston, onde não faltavam um piano, uma caixa de música, jaulas de pássaros, longas cortinas, esculturas, pinturas, estampas, etc, que ajudavam, além do anteriormente mencionado, a apaziguar os nervos e à obtenção de uma boa foto.
Seria curioso mencionar que em certo tempo foram de uso aparelhos e artigos que, em forma de cabideiros, aguentavam as cabeças e punham as costas retas, de maneira que o modelo não pudesse mover-se, isto foi muito caricaturizado na época.
O retrato não foi tudo, já que se algo tinha a paisagem era a luz e a não mobilidade necessária nos princípios da fotografia. Estas paisagens foram denominadas mortas já que, ao ser as fotos de longa exposição, não era possível captar nenhum movimento animal ou humano. Se num daguerreótipo se encontrava um elemento animado resultava desnecessário ou não mais nítido do que uma mancha.
Mesmo assim se encontraram primitivos daguerrotipo’s feitos por aficionados tanto em cidades européias como nos Estados Unidos
Entre 1840 e 1844 se publicou a primeira coleção de álbuns de mãos do óptico Lerebours, Excursões daguerriennes. Esta estava composta por daguerreótipos copiados em gravuras, e realçados com personagens, barcos, carruagens e animais adicionados pelo gravador; feitos todos eles por fotógrafos de todo mundo contratados por Lerebours.
Em 1842 o fotógrafo Carl F. Stelzner lança com o daguerreótipo aquela que seria a primeira fotografia de um acontecimento, um bairro de sua cidade, Hamburgo, desolado por um incêndio.
Entre 1840 e 1844 se publicou a primeira coleção de álbuns de mãos do óptico Lerebours, Excursões daguerriennes. Esta estava composta por daguerreótipos copiados em gravuras, e realçados com personagens, barcos, carruagens e animais adicionados pelo gravador; feitos todos eles por fotógrafos de todo mundo contratados por Lerebours.
Em 1842 o fotógrafo Carl F. Stelzner lança com o daguerreótipo aquela que seria a primeira fotografia de um acontecimento, um bairro de sua cidade, Hamburgo, desolado por um incêndio.
Além de tudo isto seria conveniente mencionar que o daguerreótipo se utilizou com fins científicos. Já em 1839 o óptico Soleil construiu um microscópio-daguerreótipo; e em 1840 John Wiliam Draper lançou uma fotografia da Lua, cinco anos mais tarde, Fizeau e Foucault, faziam o mesmo com seu astro gêmeo, o Sol.
Como vemos o daguerreótipo foi muito expandido, mas por causa de sua difícil manipulação estava destinado a desaparecer. A isto ajudou esse trabalho investigativo dos aficionados que, como mencionamos anteriormente, melhoraram em grande parte o daguerreótipo.
Daguerre ou Talbot?
Quem inventou o avião?
Pergunte a um brasileiro e ele dirá que foi Santos Dumont. Pergunte a um norte-americano e ele dirá que foram os irmãos Wright.
Com a fotografia, existe uma polêmica do mesmo gênero. Enquanto os franceses celebram Daguerre como o pai da fotografia, os ingleses garantem que quem inventou a fotografia como a conhecemos hoje foi Talbot.
Na verdade, os princípios técnicos que permitem a obtenção de uma fotografia já são conhecidos há muito tempo.
A produção de imagens pela passagem da luz através de um orifício é um fenômeno relatado desde Aristóteles (384 AC -322 AC), na Grécia Clássica, e que se tornou popular na Renascença Italiana (século XVI), quando foi batizado de camera obscura (em latim, câmara escura). Numa sala (ou numa caixa) mantida na escuridão, uma pequena abertura que permita a passagem de luz formará na parede oposta uma imagem invertida dos objetos do exterior. Uma lente no orifício proporcionará melhor qualidade à imagem.
Basicamente, é um processo semelhante ao que ocorre com o olho humano.
Louis Daguerre em 1838
Fixar a imagem fotográfica sobre uma superfície, porém, foi um problema que levou mais tempo a ser resolvido. Desde o século XVII, é conhecida a propriedade de certos compostos de prata de escurecerem quando expostos à luz. Mas uma imagem capturada desta maneira desaparecia em seguida.
Foi somente no século passado que métodos de conservar uma imagem foram aperfeiçoados.
O francês Joseph Nicéphore Niépce (1765-1833) é o autor da imagem fotográfica mais antiga que conhecemos, feita em 1826 ou 1827 sobre uma placa de estanho sensibilizada com sais de prata.
Obter uma imagem daquelas era um processo lento e trabalhoso, e Niépce morreu antes de poder aperfeiçoá-lo. Coube a Louis Jacques Mandé Daguerre (1789-1851), que há alguns anos mantinha correspondência com Niépce e com ele compartilhava a pesquisa fotográfica, dar os passos seguintes. Foi Daguerre que, em 1835, descobriu como reduzir o tempo de exposição de várias horas para cerca de meia hora (aparentemente, a descoberta foi fruto de um acidente no qual uma chapa foi deixada perto dos restos de um termômetro quebrado). Dois anos depois, Daguerre resolveu o problema da fixação da imagem e batizou então o processo de daguerreotipia. Basicamente, era uma imagem positiva em chapa de cobre coberta por uma fina camada de prata polida e sensibilizada com vapores de iodo.
Daguerre inicialmente tentou vender a invenção para a iniciativa privada, mas quando ficou claro que o empresariado francês não se interessava pela idéia voltou-se para os políticos e conseguiu o que queria: dinheiro e fama.
Ele e o filho de Niépce foram premiados com pensões vitalícias do governo francês. Até hoje, Louis Daguerre é considerado herói nacional.
Boulevard du Temple, Paris, daguerreótipo feito pelo próprio Louis Daguerre em 1838
Boulevard du Temple, Paris, daguerreótipo feito pelo próprio Louis Daguerre em 1838
A daguerreotipia gerava fotos únicas, já em positivo e sem cópias. Coube ao inglês William Henry Fox Talbot (1800-1877) desenvolver o sistema de negativo e positivo que nos permite hoje fazer inúmeras cópias da mesma foto. Desde 1833 Talbot se interessava por capturar imagens em superfícies sensíveis à luz, e já havia feito várias experiências do gênero mas com pouco sucesso. Quando soube do lançamento oficial da daguerreotipia na França, intensificou seus estudos e em 1841 apresentou à Royal Society o seu novo processo, chamado calotipia ou talbotipia. O calótipo era um negativo fotográfico obtido sobre papel normal de escrita sensibilizado com iodeto de potássio e nitrato de prata.
Depois de exposto era normalmente encerado para aumentar a translucidez. A partir de então passou a ser possível reproduzir uma imagem fotográfica quantas vezes fosse necessário.
E então, quem inventou a fotografia?
A Calotipia
O inglês Willian Henry Fox Talbot no mesmo ano da invenção do daguerreótipo (1839) mostrou o sua importante invenção do primeiro processo fotográfico que possibilitava através do negativo original em papel produzir quantas cópias positivas se quisesse também em papel.
Estas cópias eram feitas por contato. O inconveniente era que o papel não permitia a passagem de toda a luz que formaria a imagem fotográfica positiva e assim a mesma tinha como característica ser esmaecida.
Este processo criado por Talbot foi chamado de Calotipia.
Calótipo, fotografia sobre papel
O desenvolvimento da imagem sobre papel começou em 1937 com pequenas idéias por Bayard e Talbot.
William Henry Fox Talbot, pôs no ponto um procedimento fotográfico que consistia em utilizar papel negativo, no qual se podia reproduzir um número ilimitado de cópias, partindo de um único negativo.
Em janeiro de 1839 Faraday apresentou umas imagens obtidas, por Talbot, por simples exposição ao sol de objetos aplicados sobre um papel sensibilizado.
Talbot depois do conhecimento do hiposulfito através de Herschel, obteve imagens negativas.
Talbot descobriu que o papel coberto com yoduro de prata, era mais sensível à luz, se antes de sua exposição se submergir numa dissolução de nitrato de prata e ácido gálico.
Dissolução que podia ser utilizada para a revelação do papel depois da exposição. Uma vez finalizado o processo de revelação, a imagem negativa se submergia em tiosulfato sódico ou hiposulfito sódico para fixá-la, para fazê-la permanente. A este método Talbot lhe denominou Calótipo, requeria umas exposições de 30 segundos para conseguir a imagem no negativo.
Talbot chegou a conseguir, com câmeras muito reduzidas e com objetivas de grande diâmetro, imagens muito perfeitas mas extremamente pequenas. No final de 1840 ensinaria sua nova modificação do processo, o Calótipo. Com uma segunda operação Talbot conseguia uma imagem positiva. Este método fazia possível a obtenção de quantos positivos se quisessem de um só negativo.
A câmera seguiu evoluindo. Em 1854 aparece através de Petzval, a objetiva grande angular que alcançava 92 graus, e em 1860 por Harrison e Schnitzer adaptam a este um diafragma íris.
Depois do desaparecimento do daguerrotipo ao redor dos 50 o Calótipo cede rapidamente seu lugar ao Colidión. A possibilidade da imagem instantânea numa época onde o retrato era a finalidade da fotografia, faz com que comece a aparecer a imagem do fotógrafo de rua.
Calótipo: O calótipo é um método fotográfico, baseado num papel sensibilizado com nitrato de prata e ácido gálico que após ser exposto à luz era posteriormente revelado com ambas substâncias químicas e fixado com hiposulfito.
Processo
Criado por William Fox Talbot,este procedimento é muito parecido ao da revelação fotográfica regular, dado que produzia uma imagem em negativo que podia ser posteriormente positivada tantas vezes como necessário.
A primeira fotografia que podia ser copiada de um negativo, tinha suas qualidades próprias: um aspecto atraente, macio e rico, parcialmente resultante das fibras de papel do qual o negativo era feito. As linhas, no entanto, não eram bem definidas, o que tornava os detalhes apagados e enevoados.
O aspecto do calótipo lembra um desenho artístico a carvão e muitos fotógrafos usaram-no deliberadamente para obter um resultado pictórico, em particular em cenas de arquitetura, paisagens e naturezas-mortas.
O inventor, William Henry Fox Talbot, deve ter percebido que o calótipo se prestava a esse tipo de fotografias, pois seus melhores trabalhos reproduzem aqueles motivos.
A Chapa Úmida (Colódion úmido)
O processo que veio a seguir foi o do colódio úmido inventado por Frederick S. Archer em 1851.
Que utilizava uma chapa de vidro preparada com nitrato de celulose e um iodeto solúvel sensibilizado com nitrato de prata.
Este processo acabou por suplantar o daguerreótipo devido aos bons resultados conseguidos, principalmente no tocante a facilidade na obtenção de cópias.
O colódion úmido
O escultor e fotógrafo, Sir Frederick Scott Archer, propôs à revista inglesa The Chemist, em março de 1851, o método do colódion perfeitamente experimentado. O colódion, conhecido também como algodão-pólvora, é uma classe de explosivo cuja base é a celulose nítrica.
Frederick Scott Archer, pôs uns ferros de cristal úmido ao utilizar colódion em lugar de albumina como material de recobrimento, para aglutinar os compostos sensíveis à luz.
Estes negativos deviam ser expostos e revelados enquanto estavam úmidos. Os fotógrafos precisavam de um quarto escuro próximo, para poder dispor dos ferros antes da exposição e revelá-los de imediato.
Esta grande descoberta, representava um passo importante e decisivo no desenvolvimento da fotografia, ao cercar-se à imagem instantânea com uma exposição 15 vezes inferior à do daguerrotipo mais aperfeiçoado.
Mas o mais relevante, foi sua aplicação sobre diversos suportes além do vidro, como o couro, o papel, o férro, outros plásticos e cerâmicas.
A Emulsão de Gelatina Seca
Em 1871 outro processo suplantou o anterior, deixando-se de usar as delicadas chapas de vidro. O seu autor foi o médico Richard L. Maddox. E usava uma emulsão de gelatina seca de alta sensibilidade.
Também já era possível ter os filmes em rolos. Com isto pôde-se fabricar as câmaras em tamanho menores do que as encontradas até então. Estas máquinas passaram a dominar o mercado fotográfico.
Exposição do negativo fotográfico a seco
Depois da dificuldade que apresentava a manipulação nos exteriores do colódion, para aperfeiçoar um tipo de negativo que se pudesse expor a seco, sem que se precisasse revelar imediatamente depois de sua exposição, leva a um novo estudo em investigação da placa seca.
Depois de muitas tentativas sem sucesso se propôs a gelatina de bromuro, ficando desbancado o colódion (1882). A placa seca com gelatina de bromuro.
Foi o fotógrafo britânico Charles E. Bennett em 1878, quem inventou um ferro a seco recoberto com uma emulsão de gelatina e de bromuro de prata, similar às modernas. Em 1879, Swan patenteou o papel seco de bromuro.
O afã de procurar um suporte mais prático do que o cristal, faz o colódion e outros similares a nos levar para 1886 onde aparece a celulose como superfície fotográfica e com alguns excelentes resultados.
Mais adiante, o acetato de celulose substituirá ao celulóide. As emulsões se relacionam segundo os diferentes tipos de sensibilidade e a exposição à luz e o suporte da emulsão.
Estes tipos de sensibilidade se denominam de forma bem escalonada em Din ou em Asa/Iso.
Enquanto se iam pesquisando e fazendo experimentos para aumentar a eficácia da fotografia em branco e preto, levaram-se a cabo grandes esforços para conseguir imagens dos objetos em cor natural. Para isso se utilizavam ferros recobertos de emulsões.
Em 1861, o físico britânico James Clerk Maxwell obteve a primeira fotografia em cor, com o procedimento aditivo de cor.
A Kodak
A partir daí um homem chamado George Eastman escreveu o seu nome na história da fotografia ao criar a emulsão de gelatina e brometo de prata em forma de rolos.
Juntou a estes a fabricação de câmaras pequenas, leves, fáceis de usar e com preço baixo o suficiente para que qualquer um pudesse adquirir uma delas.
A produção em massa destas câmaras foi responsável pela enorme popularização da fotografia desde então.
Para os usuários destas máquinas bastava tirar as fotos e entregá-las a Eastmans American Film que processava-os e entregava as câmaras já com filmes prontos para novas fotos. Em 1888 foi lançada a câmara Kodak Brownie, uma das mais populares produzidas em larga escala pela industria de George Eastman.
Passados mais de cem anos esta técnica fotográfica que utiliza filmes em rolos ainda permanece como a mais utilizada por profissionais e amadores. Os filmes se aprimoraram, mas o processo continua praticamente inalterado.
Primeiro filme fotográfico em carretel
Em 1884 o americano George Eastman fabricou o primeiro filme em carretel de 24 exposições.
Em 1888 lançou ao mercado outro aparelho revolucionário de pequenas dimensões (18cm de comprimento) que estava provisto de um carregador de 100 exposições.
Dotado de um foco fixo e uma velocidade de obturação de 1/25 segundos. Depois de realizar o último disparo, enviava-se à casa, que revelava as 100 fotos e recarregava de novo a máquina com outro carretel.
Custava ao redor de 25 dólares e se publicou com o slogan “Você aperta o botão, nós faremos o resto”.
Este novo invento recebeu um nome que se faria famoso na história da fotografia: Kodak.
Eastman ao criar a primeira câmera fotográfica, fundou também em (1854-1932) a casa Kodak.
Eastman incluiu em 1891 o primeiro filme intercambiavel à luz do dia.
Do filme sobre o papel passou em 1889 para filme à celulóide, sistema que continuamos empregando até hoje em dia.
Cinematógrafo. Primeiro aparelho cinematográfico
Os irmãos Lumière, Auguste Marie Louis Nicholas Lumière (19 de Outubro de 1862?10 de Abril de 1954) e Louis Jean Lumière (5 de Outubro de 1864, 6 de Junho de 1948) nasceram em Besançon, na França.
Foram os inventores do projector cinematográfico e considerados, por muitos, como os pais do cinema.
Eram filhos de um fotógrafo e dono de empresa de papéis fotográficos. Foram os criadores do projetor cinematográfico, a partir do qual se desenvolveu a Sétima Arte.
Louis viria mais tarde a dedicar por completo a sua vida ao cinema, realizando documentários curtos, e Auguste, mais tarde, seguiu carreira na medicina. Casaram-se com duas irmãs e moravam todos na mesma mansão.
O primeiro espectáculo pago dos Irmãos Lumière ocorreu em Paris, no Grand Café no Boulevard des Capucines. Fizeram um digressão com o cinematógrafo, em 1896, visitando Mumbai, Londres e Nova Iorque.
As imagens em movimento rapidamente tiveram uma forte influência na cultura popular, com L’Arrivée d’un train en gare de la Ciotat (pt: Chegada de um comboio) e com os filmes de actualidades, muitas vezes citados como os primeiros documentários – ainda que o tema seja algo polémico – tal como La Sortie des ouvriers de l’usine Lumière (pt: Saída dos operários das Fábricas Lumière) ou Le Déjeuner de Bébé (O almoço do bebé), incluindo algumas das primeiras tentativas cómicas, incluindo o humor pastelão de L’Arroseur Arrosé (O regador regado).
Cinematógrafo
De cinemat(o) + grafo. Nome dado ao aparelho inventado pelos Irmãos Lumière – um aperfeiçoamento do cinetoscópio de Thomas Edison – e que constitui um marco na História do Cinema.
Na descrição dos próprios inventores, tal aparelho permite armazenar, previamente, por uma série de instantâneos (fotogramas), os movimentos que durante um certo tempo, sucedem diante de uma lente fotográfica e depois reproduzir estes movimentos projetando estas imagens sobre um anteparo.
Fotografia Colorida: A fotografia colorida foi explorada durante os anos de 1800.
História
Os experimentos iniciais em cores não puderam fixar a fotografia nem prevenir a cor de enfraquecimento.
A primeira fotografia colorida permanente foi tirada em 1861 pelo físico James Clerk Maxwell.
O primeiro filme colorido, o Autocromo, não chegou ao mercado antes de 1907 e era baseado em pontos tingidos de extrato de batata.
O primeiro filme colorido moderno, o Kodachrome, foi introduzido em 1935 baseado em três emulsões coloridas. A maioria dos filmes coloridos modernos, exceto o Kodachrome, são baseados na tecnologia desenvolvida pela Agfacolor em 1936.
O filme colorido instantâneo foi introduzido pela Polaroid em 1963.
Técnica
A fotografia colorida pode formar imagens como uma transparência positiva, planejada para uso em projetor de diapositivos ou em negativos coloridos, planejado para uso de ampliações coloridas positivas em papel de revestimento especial.
A Última é atualmente a forma mais comum de filme fotográfico colorido (não digital), devido a introdução do equipamento de fotoimpressão automático.
Autocromo Lumiére
Em 1907 se puseram a disposição do público em geral os primeiros materiais comerciais de filmes em cores.
Consistiam numas placas de cristal chamadas Autocromo Lumiére (cromo, elemento químico-metal) em honra a seus criadores, os franceses Auguste e Louis Lumiére.
Nesta época as fotografias em cores se realizavam com câmeras de três exposições.
Mais tarde se começou a utilizar a fotografia na tipografia para a ilustração de textos e revistas, o que gerou uma grande demanda de fotógrafos para as ilustrações publicitárias.
Também chegou a proliferação desta arte, ofício e profissão, já que foi requerido por personagens da política, a cultura etc., que valorizavam na fotografia a possibilidade de permanecer para a posteridade, refletindo a sua imagem o mais próximo da realidade, e assim perpetuar-se na recordação de seus descendentes.
Fotografia a cores por Charles Cros e Louis Ducos
Já Niépce e Daguerrere se lamentaram de não poder reproduzir as cores na superfície sensível.
Tanto Abel Niépce, como Alphonse Poitevin e Edmond Becquerel obtiveram resultados de suas investigações, mas nenhuma concludente.
Charles Cros e Louis Ducos du Hauron coincidiram em enviar, no mesmo dia 2 de maio de 1869, à Sociedade francesa de Fotografia métodos similares sobre a reprodução das cores em fotografia. Ducos (1837-1920) obtinha sucessivamente três negativos do mesmo tema através de um filtro colocado entre a placa e a objetiva. Um seletor apropriado interceptava uma das cores primárias para cada negativo.
O positivo transparente se obtinha com a utilização de corante correspondente à cor que representava cada negativo. A tricromía é o princípio de todos os métodos de fotografia em cor, sejam subtrativos ou aditivos.
Depois dos procedimentos que precisam três negativos, os sistemas de reticulados ou de mosaicos simplificaram muito o processo, já que obtinham a seleção das cores primárias numa só superfície.
Imagem tomada por Louis Ducos Du Haron 1872 França
O procedimento Autochrome, lançado pelos irmãos Lumiére em 1908, utilizaram-se durante alguns anos e mais tarde se abandonou seu uso, pelo alto custo.
Uma fotografia auto cromada observada com uma lupa ou ampliada, dá-nos a mesma impressão visual que de um quadro pintado.
Polaroid Land, de Edwin Herbert Land
Alguns pesquisadores se dedicaram a experimentar o método da fotografia instantânea, isto é, com a possibilidade de revelar o filme no interior do aparelho, em lugar da câmera escura.
A fotografia instantânea se fez realidade em 1947, com a câmera Polaroid Land, baseada no sistema fotográfico descoberto pelo físico estadounidense Edwin Herbert Land.
Adicionou à fotografia de aficionados o atrativo de conseguir fotos totalmente reveladas poucos minutos depois de tê-las tomado.
Primeiras objetivas por Zeiss
Os avanços nas prestações das objetivas, chegaram a partir do ano 1903 com as objetivas fabricados por Zeiss. Outros progressos foram contribuídos pelo sistema reflex em 1828.
A primeira câmera reflex binocular com uma objetiva para a tomada, outra para o enquadre e o enfoque, foi construída por H.Cook em 1865.
O Advento da Fotografia em Cores
Embora o advento da fotografia tenha causado forte impacto em todo o universo cultural, artístico e intelectual de sua época, as primeiras fotos eram todas em preto e branco.
Mediante um trabalho adicional, os primeiros daguerreóticos poderiam ser pintados à mão, abrindo novo mercado para pintores de miniaturas. Mas, pouco tempo depois a fotografia em cores passou a ser realidade.
Em 1861, o matemático, físico e filósofo natural escocês James Clerk Maxwell, iniciou as mais importantes investigações relativas à percepção da cor.
Demonstrou as bases importantes da fotografia em cores. Seu método consistia em fotografar um elemento colorido três vezes, mantendo a máquina imóvel, utilizando cada filtro de cor fundamental (vermelho, verde e azul).
Através deste processo, conseguia-se três negativos monocromáticos – em preto e branco -distintos, porem cada um com diferentes gradações de cinza. Estes três negativos eram convertidos em slides, sendo projetados cada um dos seus respectivos filtros sobre uma tela branca, de modo que coincidisse exatamente um sobre o outro, reproduzindo-se assim as cores de elemento original. As cores neutras, como o branco, apareciam onde as três cores (vermelho, verde, azul), se misturavam e o preto aonde a luz não chegava.
Este método, apesar dos resultados, teve que ser abandonado em pouco tempo, pois não permita fotos de objetos em movimento, além de fornecer alguns inconvenientes, pois a fotografia em cores positivas originava grande perda de luz, devido a cada filtro permitir a passagem de 1/3 dela.
Em 1873, o químico alemão Hermann Vogel descobriu o processo de sensibilização por corantes, por meio de placas de colódio estabelecendo as bases da fotografia ortocromática, pancromática (utilizadas nos filmes P&B atuais) e a fotografia tricolor.
Em 1876 alguns fotógrafos alemães, utilizando baixa tecnologia, conseguiram suas primeiras imagens impressas em papel, conforme ilustração ao lado.
Em 1869 Louis Ducos du Hauron publicava seu livro apresentando outro método: o Subtrativo, pelo meio do qual as cores poderiam ser recriadas. Uma de suas sugestões era, ao contrário de misturar as cores aditivas, vermelhas, verdes e azuis, poderíamos utilizar suas cores contrarias ou subtrativas, cian, magenta e amarelo.
Este processo resume-se em fotografar o objeto três vezes sendo em que cada uma delas utiliza-se em fotografar o objeto três vezes sendo em que cada uma delas utiliza-se um filtro positivo diferente: Azul, Verde, Vermelho. Em cada negativo, como o processo empregado anteriormente, as cores eram representadas pôr diferentes tons e densidade de cinza.
Esses três negativos eram tingidos com a cor complementar do filme na hora de fotografar. Finalmente, por meio de um branqueador eliminava-se a prata de modo que ficasse só a cor. Em seguida, estes slides eram superpostos e projetados de uma só vez no mesmo aparelho sem a utilização de qualquer filtro adicional. Quando as cores subtrativas se misturavam sobre a tela, obtinha-se as cores originais do objeto fotográfico.
Mas até então todos os métodos pesquisados eram artesanais e relativamente onerosos, não permitindo sua ?eventual? industrialização. Com o último solucionou-se o problema dos três projetores, filtros de proteção e da prata, mas a questão do movimento ainda permanência em pauta.
Pensou-se então em reunir as três fotos em uma só e o único meio viável seria um material sensível com três camadas diferentes – três emulsões sendo que cada um seria sensível a uma só e a única cor, evitando assim o problema dos filtros na hora de fotografar.
A emulsão sensível ao azul não apresentou nenhum problema na sua construção, pois até então todos os materiais sensíveis impressionavam esta cor. Isso constituía porem, a maior dificuldades para que as outras camadas fossem sensíveis somente ao verde e vermelho, devido ao fato de serem compostas pôr partes de brometo de prata, eram também sensíveis ao azul.
O único meio encontrado foi de introduzir entre a primeira emulsão sensível ao azul e as duas outras sensíveis ao verde e ao vermelho respectivamente, um filtro amarelo. Este filtro tem pôr função básica absorver o azul, deixando passar somente as cores verdes e vermelhas.
E assim aos poucos se chegou a construção do filme em cores usado nos dias de hoje, os quais são revestidas de três camadas de emulsão cada uma delas sensível a uma unida cor. Devemos contudo salientar que estas possuem latitude do que os filmes em branco e preto. Devido a essa baixa latitude, a exposição dos filmes em cores, deve ser a mais correta possível.
Em meados de 1930, a Kodak passou a produzir filmes baseados no principio de Maxwell, lançando os primeiros Kodakchrome.
Quando em 1906, os filmes Pretos & Branco Pancromáticos, sensível a todas as cores, começaram a ser industrializados, alguns fotógrafos começaram a aplicar a técnica de separação de cores, de Hauron.
Em 1903 os irmãos franceses Auguste e Louis Lumiere desenvolveram novas chapas denominadas Auto Chrome, passando a ser comercializada em 1907. foram os primeiros a trabalharem com filme perfurado 35mm e câmeras cinematográficas, introduzindo no mercado o cinema em cores.
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