Egípcios

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Como assinalou o historiador grego Heródoto, no século V a.C., “O Egito é uma dádiva do Nilo.”

Desde os primeiros momentos de sua história, os egípcios criaram uma sociedade baseada no aproveitamento das águas do Nilo para a agricultura, mediante a construção de obras hidráulicas capazes de regular sua vazão anual. No plano institucional, configuraram um rígido e hierárquico sistema político que se manteve, com pequenas mudanças, durante cerca de três mil anos.

Origem

Os muitos estudos de egiptologia revelaram que o povo egípcio antigo resultou da fusão de vários grupos de origem africana e asiática, e permitiram distinguir três tipos principais: um semítico dolicocéfalo, de estatura mediana; outro semítico-líbio, braquicéfalo, de nariz recurvado; e um terceiro, mediterrâneo, braquicéfalo, de nariz reto e curto. Da mistura desses grupos resultou um povo de lavradores, no vale do Nilo, que absorveu progressivamente os estrangeiros invasores.

Até o século XIX, as únicas fontes utilizáveis sobre as dinastias do Egito eram os relatos dos autores clássicos, de épocas posteriores aos acontecimentos por eles descritos. Somente em 1821, com a decifração da escrita hieroglífica, por Champollion, é que se pôde proceder à leitura de inscrições, que iluminaram mais de três mil anos da história da humanidade.

O período histórico da civilização egípcia começou por volta de 4000 a.C. Os primitivos clãs haviam sido transformados em províncias ou nomos, e seus chefes elevados à dignidade real.

Mais tarde foram agrupados em dois grandes reinos: um ao norte, cujo primeiro rei-deus foi Horus, e outro ao sul, que teve Set como primeiro rei-deus. Por volta do ano 3300 a.C., segundo a tradição, o reino do sul venceu o do norte. Quando as dinastias humanas sucederam às dinastias divinas, Menés, personagem lendário e apontado como unificador do Egito, se tornou o primeiro faraó. A capital era, segundo alguns autores, Mênfis, e segundo outros, Tinis, nas proximidades de Abidos. Menés é identificado como Narmeza (Narmer), representado, num relevo de Hieracômpolis, com as duas coroas dos reinos unificados.

Dinastias

As escavações realizadas em Abidos, Saqqara e localidades próximas trouxeram informações sobre as primeiras dinastias, denominadas tinitas por terem a capital em Tinis. Neste período houve um aumento da prosperidade econômica do país, incrementado pelas expedições à costa do mar Vermelho e às minas de cobre e turquesa do Sinai.

Com a III dinastia, iniciada em 2650 a.C., a capital foi trasladada para Mênfis e os faraós iniciaram a construção das pirâmides, grandes túmulos reais. Inicia-se então o chamado Antigo Império, que vai até a VIII dinastia. Erguem-se as pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos, faraós da IV dinastia, e a esfinge de Gizé. A arte egípcia já se apresentava com todas as suas características, nessa época de maior esplendor da civilização egípcia. O território se estendeu até a segunda catarata do Nilo, e realizaram-se expedições à Núbia e à Líbia. Aumentou o comércio marítimo no Mediterrâneo oriental e se iniciou a exploração das minas de cobre do Sinai, das pedreiras de Assuã e do deserto núbio.

A VI dinastia realizou expedições à península do Sinai e sob Pepi II multiplicaram-se as imunidades concedidas aos nobres. Os chefes dos nomos se tornaram mais independentes e desapareceu o poder centralizador do faraó. Após longa fase de lutas internas, que marcaram o fim do Antigo Império, o Egito entrou em decadência. No século XXII a.C., os príncipes de Tebas afirmaram sua independência e fundaram a XI dinastia, dos Mentuhoep, dando início ao Médio Império, que durou de 1938 a c. 1600 a.C., com capital em Tebas.

Restaurou-se e consolidou-se o poder real

Sobressaíram na XII dinastia, também tebana, Amenemés I, Sesóstris I e Amenemés III, que colonizaram a Núbia e o Sudão, intensificaram o comércio e as relações diplomáticas e fizeram respeitar as fronteiras egípcias. O segundo período intermediário, que abrange da XIII à XVII dinastia, entre c. 1630 e 1540 a.C., é de história obscura. Por falta de fontes é impossível analisar o conjunto de causas determinantes da decadência do estado tebano. Sob a XIV dinastia ocorreu a invasão dos hicsos. Os monarcas da XVII dinastia abriram luta contra eles e ferimentos encontrados na múmia de Seqenenre parecem indicar sua morte em combate.

Ahmés ou Ahmose I assumiu o comando, expulsou definitivamente os hicsos e fundou a XVIII dinastia. Iniciou-se então o mais brilhante período da história egípcia, o chamado Novo Império, entre 1539 e 1075 a.C., que abrange também a XIX, a XX e a XXI dinastias. Como grandes conquistadores, sobressaíram Tutmés I e III, da XVIII dinastia, Ramsés II (XIX dinastia), Ramsés III (XX dinastia) e Iknaton, Akenaton ou Amenhotep IV (XVIII dinastia), por sua reforma religiosa.

Após cerca de trinta anos de paz interna, o Egito, rico e forte, pôde entregar-se s novas tendências imperialistas. Tornou-se um estado essencialmente militar e por 200 anos dominou o mundo então conhecido. Alargaram-se as fronteiras do país, da Núbia até o Eufrates. Os príncipes da Síria, Palestina, Fenícia, Arábia e Etiópia pagaram-lhe tributos. O tratado firmado em 1278 a.C. com Hattusilis III terminou com a secular guerra com os hititas. O luxo e o poder econômico refletiram-se nas grandes construções desse período. Com Ramsés XI findou o Novo Império. Rebentaram guerras civis e o Egito entrou em decadência, perdeu territórios e sofreu invasões.

Por volta de 722-715 a.C., uma dinastia etiópica, com capital em Napata, restaurou parcialmente a unidade nacional. Em 667 a.C., Assaradão invadiu o Egito e ocupou Mênfis. Em 664 a.C., Assurbanipal tomou e saqueou Tebas. Os egípcios, comandados pelos chefes do delta, reagiram e em 660 a.C., Psamético I, fundador da XXVI dinastia, expulsou os assírios. O Egito voltou a conhecer nova fase de esplendor, chamada de renascimento saítico, devido ao nome de sua capital, Saís. Em 605 a.C., Necau II tentou conquistar a Síria, mas foi derrotado por Nabucodonosor. Em seu governo concluiu-se o canal de ligação entre o Mediterrâneo e o mar Vermelho e, sob seus auspícios, marinheiros fenícios contornaram a África.

Em 525 a.C., o último soberano nacional egípcio, Psamético III, foi derrotado e morto por Cambises, rei dos persas, em Pelusa. O Egito foi incorporado ao império persa como uma de suas províncias (satrapia). A partir de então, até Artaxerxes II, reinou a XXVII dinastia persa. A organização social e religiosa foi mantida e registrou-se certo desenvolvimento econômico. A libertação do Egito se deu em 404 a.C. Com Armiteu, único faraó da XXVIII dinastia, a aristocracia militar do delta subiu ao poder. As instituições e a cultura revigoraram-se sob as XXIX e XXX dinastias. Depois de saquear o país, Artaxerxes III restaurou a soberania persa, em 343 a.C. O segundo período da dominação persa terminou em 332 a.C., quando Alexandre o Grande da Macedônia, vitorioso, entrou no Egito, após derrotar Dario III.

Período macedônio ou ptolomaico

Nesse período, que vai até o ano 30 a.C., Alexandre foi recebido como libertador e fez-se reconhecer como “filho de Amon”, sucessor dos faraós, prometendo respeitar as instituições e restaurar a paz, a ordem e a economia. Lançou as fundações da cidade de Alexandria. Com sua morte em 323 a.C., o controle do Egito passou a um de seus generais, Ptolomeu, que a partir de 305 a.C. iniciou a dinastia dos lágidas. Dentre seus herdeiros destacaram-se, inicialmente, Ptolomeu Filadelfo, cujo reinado durou de 285 a 246 a.C. e se notabilizou pela expansão comercial, a construção de cidades, e a criação de um museu e da biblioteca de Alexandria; sucedeu-lhe Ptolomeu Evérgetes, que reinou de 246 a 222 a.C. e impulsionou as letras e a arquitetura; e finalmente Ptolomeu Epífano, coroado em 196 a.C., que foi homenageado com a redação do decreto da pedra de Rosetta, em 204 a.C.

Atacado por reinos helenísticos, o Egito colocou-se sob proteção romana, com submissão cada vez maior. Seguiram-se vários e cruéis reinados dos lágidas, até Ptolomeu Auletes que, com apoio romano, permaneceu no poder até 51 a.C., quando foi expulso pelos egípcios. Sua filha Cleópatra VII desfez-se, sucessivamente, de dois irmãos e apoiou-se no imperador romano Júlio César. Com a morte deste, em 44 a.C., ligou-se a Marco Antônio, mas diante da derrota frente às esquadras romanas, e do assassinato, ordenado por Otávio, do jovem Ptolomeu César, filho que tivera com César, suicidou-se em 30 a.C. O Egito foi então transformado em província romana. Soberanos de direito divino e culto imperial, os lágidas restauraram os templos, honraram a classe sacerdotal e entregaram a administração aos gregos. Alexandria, cidade grega por suas origens, comércio e cultura, foi o centro intelectual e comercial do mundo helenístico.

Período romano-bizantino

Em 30 a.C., iniciou-se o período romano-bizantino. A minoria romana conservou a organização da época helenística, com base nos nomos (províncias). O camponês era esmagado por altos impostos e requisições. A indústria e o comércio, que deixaram de ser monopólio estatal, ganharam impulso e atingiram as mais distantes regiões. A passagem dos romanos foi marcada ainda pela construção de estradas, templos, teatros, cisternas, obras de irrigação e cidades. Uma destas foi Antinópolis, construída por Adriano.

No final do século II da era cristã generalizaram-se os ataques nômades s fronteiras (Líbia, Etiópia, Palmira) e as perseguições ligadas à expansão do cristianismo.

Após Constantino, começam as disputas religiosas. Em 451 a adesão da igreja alexandrina ao monofisismo levou à formação de uma igreja copta, distinta da grega, e dessa forma o que era tido como heresia, por força das perseguições imperiais, transformou-se na religião nacional egípcia.

Com a divisão do Império Romano verificou-se uma progressiva substituição de Alexandria por Constantinopla em importância cultural e econômica. No século VI o declínio econômico era generalizado em todos os setores. E no início do século VII os árabes foram recebidos como autênticos libertadores.

Período medieval

Época árabe. No ano 640, com a conquista do Egito pelos árabes, começou a era medieval, que durou até 1798. O período árabe caracterizou-se por lutas internas e constante troca de emires. A difusão do árabe e do islamismo transformou a invasão muçulmana na mais importante de todas as que o Egito sofreu.

De sua história restou o copta, designação apenas religiosa. A princípio o Egito foi transformado em uma província do califado dos omíadas, de Damasco, que transferiram a capital para al-Fustat, construída nas imediações da fortaleza da Babilônia, erguida pelos romanos, no lugar hoje ocupado pela cidade velha do Cairo. Os omíadas conservaram o sistema administrativo egípcio e seus funcionários, mas o governo era exercido por um emir, auxiliado por um amil, ou diretor de finanças. O processo de islamização reacelerou com os abássidas, de Bagdá, cujo poder, no entanto, enfraqueceu ao longo do século IX.

Época independente

Este período corresponde a quatro dinastias, entre 868 e 1517: os tulúnidas, os ikhchiditas, os fatímidas e os aiúbidas. Compreende ainda um domínio por parte dos mamelucos.

A dinastia dos tulúnidas dominou de 868 a 905 e foi fundada pelo oficial turco Ahmad ibn Tulun, que proclamou a independência do país em relação a Bagdá.

Os ikhchiditas governaram independentemente entre 939 e 968, depois de um breve retorno a Bagdá. Entretanto, um novo poder militar agressivo, oriundo da Tunísia, se apoderou do Egito, sob a família dos fatímidas, que se consideravam descendentes do califa Ali e de Fátima, filha de Maomé. Adeptos da doutrina xiita, governaram entre 969 e 1171. Uma nova capital foi fundada, al-Qahira (Cairo) em 988, e o Egito, organizado como califado, passou a usufruir de notável desenvolvimento econômico e cultural. Foi fundada a mesquita e a universidade de al-Azhar, em 970, e o tesouro dos califas passou a incluir a mais valiosa biblioteca do mundo muçulmano da época.

As disputas internas possibilitaram a intervenção do sultão de Damasco, Nur-al-Din, por intermédio do general Shirgu e de seu sobrinho Saladino (Sala al-Din Yusuf ibn Ayyub). Este, feito vizir em 1169, proclamou-se sultão do Egito logo após a morte do califa, dando início à dinastia dos aiúbidas, que reinaram de 1171 a 1250, e destacaram-se como grandes administradores. Reconstituíram um grande estado, da Tripolitânia à Mesopotâmia, dedicaram-se à agricultura de irrigação, ao comércio, às obras militares, à construção de escolas, hospitais e mesquitas. Lutaram contra os cruzados na Palestina, porém lutas internas minaram o poder. A crescente influência de oficiais mamelucos (conjunto de diferentes etnias, tais como turcos, mongóis, curdos etc.), tornou-se preponderante.

Uma milícia de mamelucos bahri, isto é, “do rio”, tomou o poder em 1250 sob o comando de Izz al-Din Ayback. Os sultões mamelucos imperaram no Egito até 1517. Embora o período fosse de paz e prosperidade econômica, ocorreram tremendas perseguições a judeus e cristãos. Com os mamelucos, cessou qualquer sucessão hereditária e o sultão passou a ser eleito pelos emires, o que caracterizou uma verdadeira oligarquia feudal-militar.

Domínio otomano. Em 1517 Selim I derrotou o último sultão mameluco, Tuman-bei, e iniciou o período de domínio turco, caracterizado por tirania e instabilidade. No século XVIII o paxá era figura decorativa e sucediam-se as lutas pelo poder entre os beis. Foi nessas condições que Napoleão Bonaparte conquistou o Egito, em 1798, na batalha das Pirâmides.

Religião do Egito

Até a unificação dos povos do vale do rio Nilo e o surgimento das dinastias dos faraós (3.000 a.C.), existem no Egito vários grupos autônomos, com seus próprios deuses e cultos. Durante o período dinástico (até 332 a.C.) os egípcios são politeístas. Os faraós são considerados personificações de deuses e os sacerdotes constituem uma casta culta e de grande poder político. O monoteísmo acontece apenas durante o reinado do faraó Amenofis IV, que muda seu nome para Akenaton, em homenagem ao deus-sol. As pirâmides e os templos são alguns dos registros da religiosidade do povo egípcio, da multiplicidade de seus deuses e do esplendor de seus cultos.

Divindades egípcias

A principal divindade é o deus-sol (Rá).

Ele tem vários nomes e é representado por diferentes símbolos: Atom, o disco solar; Horus, o Sol nascente. Os antigos deuses locais permanecem, mas em segundo plano, e as diferentes cidades mantêm suas divindades protetoras. Várias divindades egípcias são simbolizadas por animais: Anúbis, deus dos mortos, é o chacal; Hator, deusa do amor e da alegria, é a vaca; Khnum, deus das fontes do Nilo, é o carneiro e Sekmet, deusa da violência e das epidemias, é a leoa.

Nas últimas dinastias difunde-se o culto a Ísis, deusa da fecundidade da natureza, e Osíris, deus da agricultura, que ensina as leis aos homens.

Fonte: www.libanoshow.com

Egípcios

Por volta de 5000 anos atrás, os antigos egípcios estabeleceram uma civilização extraordinária e duradoura.

Com mais de cinco mil anos, a história do Egito é o maior do mundo e documentados. Considere os marcos que marcaram esta civilização.

Os primeiros habitantes se estabeleceram no Egito ao longo do deserto fugindo Nilo. Esses índios são isoladas e sem inimigos próximos primeiro, foram governados por seres “divinos” que seguiram dinastias semi heróico “, os descendentes de Horus”.

Essas pessoas foram organizados em províncias (chamados de Nomos) e unificação dois reinos surgiram: o Alto eo Baixo Egito.

Escultura egípcia

Denomina-se escultura não somente a arte de modelar o barro, a cera, esculpir madeira, pedra, fundir metal, ou construir em metal ou plástico estátuas, relevos, estruturas, mas também aos produtos finais de tal arte, uma das mais antigas praticadas pelo homem e uma das mais disseminadas pelo mundo, desde épocas bastante recuadas. Em sua forma mais simples, consiste a escultura em argila que o homem plasma com as mãos, segundo a finalidade a que a destina – recipientes para seus alimentos, ídolos para o culto, etc. Mais tarde, para fazer estátuas mais duradouras de seus deuses, de seus soberanos ou de seus heróis, o escultor lança mão da pedra, que corta e adapta aos fins que tem em mente atingir.

Plasmar ou modelar a argila, cortar ou esculpir a pedra ou a madeira: eis dois métodos postos em uso desde a Pré-Historia pelo homem. 0 primeiro é o chamado método plástico; o segundo, o método glíptico. Pelo método plástico, a forma desejada é obtida pela adição sucessiva de material – argila, cimento, cera; pelo glíptico, com a diminuição lenta mas constante de material – pedra, madeira, a partir de um bloco íntegro que pouco a pouco vai-se adaptando aos desígnios do escultor.

Esses dois métodos são a maneira especial pela qual o escultor se comunica com o mundo exterior, pouco tendo variado através de milênios. E mesmo certa escultura do séc. XX, cada vez mais próxima da arquitetura (Tatlin, “Projeto de Monumento à III Internacional”, 1920; Vantongerloo, “Construção de Relações de Volumes que Derivam da Elípsdide”, 1926; Gabo, “Projeto de Monumento ao Prisioneiro Politico Desconhecido”, 1953; Schöffer, Cysp 2, 1956), a ponto de merecer de preferência a denominação de construção, já não mais de escultura, mesmo essa escultura do séc. XX tem de utilizar, em certos momentos, um dos dois métodos acima descritos, quando não os combina num terceiro procedimento. Tal como a música é a arte do sentido auditivo, a escultura é a que se destina especialmente ao sentido do tato. Michelangelo, quase cego e já ao fim da vida, pedia a amigos que o conduzissem junto ao Apolo do Belvedere, a fim de que, tocando-o, pudesse sentí-lo, vê-lo; cega, Helen Keller freqiientava o atelier de escultores seus amigos, já que a escultura era a única das artes visuais de que podia ainda fruir; Constantin Brancusi, enfim, compreendeu perfeitamente esse aspecto da escultura, ao denominar uma de suas obras de “Escultura para Cegos”.

Toda a escultura da Antiguidade Clássica obedece a esse princípio, segundo o qual o olho se acha sempre subordinado e subjugado ao tato; princípio, aliás, que norteará a arte escultórica de tendência tradicional, em todas as épocas e mesmo nos dias que correm.

Para serem tocados, os objetos devem possuir forma.

Duas são as formas básicas da escultura: em redondo e em relevo.

Uma escultura executada em redondo pode ser contornada: o espaço envolve-a inteiramente, limitando-a por todos os lados. 0 já citado “Apolo do Belvedere” é uma escultura em redondo, como são igualmente “Victor Hugo”, de Rodin, o “Habacuc” de Antônio Francisco Lisboa.

Quanto à escultura em relevo, pelo contrário, não é envolvida totalmente pelo espaço, mas se desenrola, algo a maneira de uma pintura, contra uma superficie lisa, que pode ser trabalhada em alto -, ou em baixo-relevo. A mais rudimentar de todas as esculturas em relevo é a incisão, tão aparentada com o desenho que não raro com o mesmo se confunde. 0 artista simplesmente delimita os contornos de uma figura em qualquer material sólido. Ao contrário do que acontece com a escultura em redondo, a em relevo somente pode ser observada desde um ponto de vista, tal como acontece com o desenho ou a pintura.

Certas esculturas antigas, como as egípcias, muito embora possam ser classificadas como esculturas em redondo, somente transmitem toda a sua carga estética quando observadas frontalmente, o que as aparenta excepcionalmente às esculturas em relevo, de que parecem derivar. A escultura é a arte da expressão em volumes de massas só1idas. Esses volumes obedecem lei da gravidade, acham-se em oposição a outros volumes, alternam-se com vazios, são dinâmicos ou estáticos, conforme a vontade e o talento do escultor. Toda a escultura tradicional prescinde do movimento real, o qual foi contudo introduzido na arte escultórica no séc. XX pelo artista norte-americano Alexander ( alder. Lalder é o inventor do genero a que ele mesmo denominou de mobile, e que consiste em chapas metálicas, dispostas entre si segundo um critério matemático, interligadas por fios também metálicos. Impelido pelo vento, ou pela mão, o mobile movimenta-se, como uma vegetação tocada pela brisa, anima-se, hurnaniza-se, assume as mais diversas aparências, até que pouco a pouco, vencido pela lei da inércia, retorna ao repouso inicial. Na direção aberta por Calder trabalham hoje em dia diversos escultores, entre eles Anthoons, Tinguély (que ainda acrescentou ao rnovimento o som), Peyrissac. Igualmente afim da escultura dotada de movimento de Calder ou de Peyrissac é a escultura plurivalente da brasileira Lygia Clark, capaz de assumir as mais diferentes aparências, e passível de manipulação por parte do espectador, o qual colabora assim intimamente na elaboração da obra de arte.

0 monólito abstrato, menhir, é mais antigo que o totem esculpido mais antigo, o que prova que a escultura monumental, a princípio, não tinha a norteá.-la a intenção de imitar ou copiar a natureza. Não-representativos são igualmente os obeliscos egípcios, as stelae do Peru, as stambkas indianas, as pedras druidas e assim por diante. Só quando o homem teve à sua disposição meios expressivos mais amplos, voltou-se para o corpo humano como fonte principal de inspiração.

Para isso concorreram diversos fatores, desde os psicológicos – o natural orgulho da auto-representação – aos puramente técnicos, de vez que o corpo humano oferece em verdade excelente oportunidade ao escultor, mais que qualquer outro objeto, mais que o corpo de qualquer animal. A princípio, o corpo humano foi representado desnudo; sempre que determinado periodo dá maior ênfase ao lado espiritual da vida humana, contudo, a figura desnuda cede lugar à vestida.

Assim, a escultura gótica e toda a escultura medieval, de modo geral, emprestou todo o relevo à representação das dobras e pregueados das vestimentas, cabendo à Renascença redescobrir as possibilidades do nu – exploradas em todos os seus detalhes ainda no século passado por artistas como Aristide Maillol. A escultura moderna abandonou quase totalmente a representação naturalística da forma humana, e em obras como “Figura Reclinada”, do britanico Henry Moore, o que se tem é não a reprodução de formas naturais, mas um comentário, uma interpretação livre do artista a essas mesmas formas, traduzidas com o máximo aproveitamento de suas potencialidades plásticas. Observa-se, assim, que a escultura vem sofrendo no séc. XX uma transformação radical, passando de estática que era, concebidadentro de um esquema em que reinavam a calma e a serenidade, a dramática, cheia de vitalidade e não raro produzindo violento impacto a quem a espreita.

Breve História da Escultura

0 homem paleolítico modelou animais e mesmo a forma humana (as diversas “Vênus” : de Lespugue, de Willendorf), mas a verdadeira escultura aparece pela primeira vez no Oriente Próximo.

A escultura egípcia é norteada pelo sentido de perenidade, de eternidade: convencional e monótona, mostra todas as figuras dominadas pelo que se chamou de lei da frontalidade. Uma simetria absoluta rege essa escultura egípcia, de que emana uma calma e imperturbável monumentalidade.

A escultura egípcia nunca é verdadeiramente tridimensional, sendo antes resultado da justaposição de quatro relevos, os quais formam um verdadeiro cubo. Os baixos-relevos e as pequenas figuras mesopotâmicas, bastante estilizadas, são cheios de vitalidade. 0 escultor mesopotâmio, ao contrário do egípcio, dá, grande realce ao detalhe naturalístico, acentuando músculos e membros, num modo característico, inconfundível. Os povos do Egeu somente cultivaram a escultura de pequenas dimensões; os gregos, contudo, tiveram na escultura sua arte mais importante, e criaram dessa arte uma concepção que ainda hoje subsiste, na obra de artistas mais ou menos tradicionais.

A história da escultura grega abrange três períodos: o arcaico, o helênico e o helenístico – período de formação, o primeiro, de apogeu, o segundo, e de declínio, o último.

Os etruscos trabalharam, de preferência em argila, dentro da tradição grega, assemelhando-se suas esculturas às gregas do período arcaico. Energia e vitalidade são qualidades típicas da escultura etrusca, que influenciou aliás mais de um escultor contemporâneo, entre eles Marino Marini.

Os romanos seguiram igualmente a tradição helênica, mas com suas esculturas-retrato criaram um genero inconfundivelmente nacional dominado pelo detalhe naturalista. Com o advento do Cristianismo a escultura de imagens restringiu-se grandemente, pois a estátua veio a ser considerada um resquício do paganismo moribundo. 0 material favorito é entao o marfim, no qual são feitas delicadas imagens sacras.

A escultura começa reviver em Bizâncio, ganha força no período românico e desenvolve-se notavelmente no gótico, quase sempre unida à decoração arquitetônica.

A Renascença marca o retorno à cena da escultura clássica, de origem grega: o realismo passa a nortear a produção de escultores como Donatello, Verrocchio, Michelangelo. Segue-se o período barroco, destacando-se Bernini, cuja arte é dominada pelo movimento e pela liberdade de concepção.

Rodin, Daumier, Medardo Rosso e outros sugerem novos caminhos e perspectivas. Mencione-se, finalmente, a grande escultura dos povos africanos e oceânicos, das civilizações americanas, da Índia, China e Japão.

Fonte: www.disfrutaegipto.com/www.thorns.com.br

Egípcios

Egípcios
Egípcios fazendo a colheita

O povo egípcio desenvolveu uma cultura avançada em matemática, medicina e no estudo das estrelas. Essa cultura mais tarde influenciou os gregos e romanos, formando a base do que hoje conhecemos por “Civilização Ocidental”.

A maior parte dos antigos egípcios eram fazendeiros ou artesãos. Eles faziam brinquedos para os seus filhos, tinham gatos de estimação, usavam maquilagem (tanto homens quanto mulheres) e viam a mágica à sua volta.

Os egípcios de classe alta incluíam escribas, sacerdotes e a família real. Seu governo era fortemente centralizado na pessoa do monarca, chamado faraó, a palavra “faraó” era um tratamento de respeito que significava “casa grande”, o palácio onde o rei vivia. Também chefe religioso supremo, como sumo-sacerdote dos muitos deuses em que acreditavam. O Estado controlava todas as atividades econômicas.

Os egípcios consideravam seu faraó um deus. Eles sentiam que só ele poderia pedir aos outros deuses que o Nilo pudesse transbordar, para que as plantações crescessem e que o país tivesse comida o bastante. Eles também esperavam que o rei liderasse o exército e protegesse o país das invasões estrangeiras.

Muitos sacerdotes ajudavam o faraó para manter a “ordem cósmica” pela realização de rituais para agradar aos deuses.

Os sacerdotes trabalhavam em templos em todo o país, e geralmente nasciam numa família de sacerdotes. Um outro trabalho importante no Antigo Egito era dos escribas.

Os escribas eram poderosos porque sabiam ler e escrever. Toda cidade tinha um escriba para escrever as estatísticas, recolher os impostos, resolver assuntos legais e recrutar homens para o exército. Alguns escribas copiavam textos religiosos nas paredes dos templos e nos rolos de papiros.

Os escribas escreviam numa linguagem que usava figuras, chamadas hieróglifos, para representar os sons e as idéias. Mais de 700 figuras diferentes eram usadas para escrever os hieróglifos. Eram complicados, propositadamente, para que os escribas pudessem manter o seu poder.

Escribas

Os escribas eram uma classe muito importante no Egito Antigo. Somente eles tinham oportunidade de seguir carreira no serviço público ou como administrador de uma grande propriedade, pois a escrita fazia parte da profissão especializada. Eram tantas as exigências para a carreira de um escriba, quanto honrosas e lucrativas as compensações para quem a seguia.

Um jovem que tivesse a sorte de ter passado pela importante escola de escribas de Mênfis, ou mais tarde, de Tebas, devia não só saber ler, escrever e desenhar com o máximo de habilidade, como também dominar perfeitamente o idioma, a literatura e a história do seu país. Além disso, devia ter amplos conhecimentos de matemática, contabilidade, processos administrativos gerais e até mesmo de mecânica, agrimensura e desenho arquitetônico. Quando um homem se qualificava como escriba, automaticamente se candidatava a membro da classe oficial culta, o que o isentava de qualquer espécie de trabalho servil e facilitava-lhe galgar uma série de estágios conhecidos para chegar aos cargos mais elevados do país.

Egípcios
Escribas

No cumprimento de suas funções, o escriba sentava-se de pernas cruzadas e improvisava com a parte dianteira do seu saiote de linho, bem esticado, uma espécie de mesa. Empunhando a pena ou o pincel de junco e com um rolo de papiro estendido sobre o saiote que lhe cobria os joelhos, ele estava pronto para tomar o ditado.

Os pigmentos para escrever, em geral vermelho ou preto, estavam em tigelas de alabastro, no chão, ao lado. O escriba escrevia da direita para a esquerda, adotando a chamada escrita hierática, em geral com um pincel fino feito de junco, tendo a ponta cuidadosamente desfiada e aparada. O papel era feito de tiras estreitas de papiro, cruzadas em duas direções, comprimidas juntas e depois lustradas.

Casas dos Egípcios

As casas dos egípcios são bem menos conhecidos que seus tempos e túmulos, destinados, por definição, a desafiar a eternidade. As casas são sempre construídas com tijolos crus, bons isolantes térmicos, mas muito perecíveis. São conhecidos mais freqüentemente em fase nivelamentos de terreno. Alguns modelos reduzidos de casas simples ou luxuosas e algumas representações feitas segundo as convenções habituais do desenho egípcio, que não conhece nossa perspectiva (e por isso difíceis de ler), nos dão uma vaga do arranjo das casas.

Os egípcios usam ferrolhos e uma espécie de chave. Na cidade dos operários, ao sair de casa puxa-se um cordinha do lado de fora, o ferrolho é deslocado de seu alojamento na parede e bloqueia o batente da porta. Mas como abrir? Retira-se do bolso uma pequena cravelha que se enfia na cordinha.

Pelo buraco da porta é posicionada no prolongamento do ferrolho e, tocando nas cordinhas, puxa-se o ferrolho. Soltando, então, as cordinhas já é possível puxar o batente da porta, entrar em casa e… apanhar a pequena cravelha.

O hábito dos egípcios serem freqüentemente enterrados com todo seu mobiliário constitui uma grande oportunidade de estudo para os arqueólogos.

Sabe-se que este mobiliário é limitado e fácil de transportar: a numerosas esteiras, fazendas e almofadas, somam-se tamboretes e cadeiras. Não se come à mesa, mas em suportes em que são colocados taças ou pratos. Os pertences são arrumados em cofres ou cestos e os alimentos, sólidos ou líquidos, conservados em pequenos ou grandes vasos. Dorme-se em leitos baixos, até mesmo no chão, com a cabeça apodas na cabeceira, como ainda se faz em alguns países da África e Ásia.

Os egípcios iluminam os recintos com candeeiros a óleo – sempre confeccionado simplesmente em cerâmica – embebido em uma mecha de linho torcido.

Quanto mais óleo é purificado e envelhecido, menos ele fumega. Outra receita para evitar a fumaça, ainda conhecida de nossas tataravós antes da eletricidade se tornar comum, é saturar as mechas de sal e deixá-las secar bem. Estas mechas em salmoura evitam a fumaça. Na cidade dos operários, as mechas são contadas e guardadas à chave. Nos túmulos reais, a iluminação é feita com velas de gordura salgada colocadas em vasos.

Escrita e Pintura

A escrita egípcia, uma das mais antigas do mundo, não utiliza um alfabeto, mas centenas de pequenos desenhos combinados de diferentes maneiras: os hieróglifos. Aprendia-se nas escolas ou nas casa de aprendizagem dos templos, que eram centos intelectuais completos. O escriba servia-se de uma paleta com duas pastilhas de tinta e canas adaptadas para pincéis, assim como de um godé de água. Em algumas épocas, os numerosos textos relativos aos problemas cotidianos provam que muitas pessoas sabiam ler e escrever. Quanto aos desenhistas, chamam-se “escribas das formas”.

Cada desenho é utilizado seja por seu valor de imagem, seja pelo som que representa – e que, junto a outros signos-sons, compõem uma palavra mais complicada – ou então de maneira abstrata para enquadrar uma palavra em uma categoria dos sentidos. Na escrita dita “hieroglífica”, os signos (cerca de 700 na época clássica) são perfeitamente desenhados com todos seus detalhes e cores. Os egípcios serviram-se desta escrita muito decorativa durante quase 3.500 anos sobre as paredes dos templos e túmulos, sobre as estrelas e estátuas e às vezes sobre os papiros.

Desde o Antigo Império, para escrever muito rápido ou em um suporte impróprio ao hieróglifo tratado (papiro, óstraco, tábua untada de cera, gesso, couro…), simplifica-se a escrita, é a “hierática”. Às vezes, o perfil do conjunto do hieróglifo é reconhecível, outras vezes, só a direção geral do traçado é identificável.

Escreve-se, normalmente, da direita para a esquerda e horizontalmente. Mais tarde nasceu a demótica, tão simplificada que parece nossa estenografia. É a escrita da administração e da vida diária a partir de, aproximadamente, 700 a.C.

Um óstraco (do grego “concha”) é uma caco de olaria, um fragmento de pedra no qual anota-se o que não merece o suporte nobre e oneroso do papiro ou da parede de um monumento: rascunhos, recibos contábeis, exercícios de alunos, prescrições médico-mágicas.

Quando não há mais lugar nos arquivos, são jogados fora: milhares foram encontrados no poço ptolomaico, com 52 m de profundidade, cavado em Deir el-Medineh na esperança (desiludida) de encontrar água. Os stracos são uma fonte incomparável de conhecimento da vida cotidiana dos egípcios.

Com a ajuda de ferramentas simples e manejáveis (bastões, cordéis e fragmentos de carvão), os desenhistas traçam na parede um quadriculado baseado na medida linear usual (côvado de aproximadamente 50 cm) e suas subdivisões. Nas representações, respeitam as proporções convenientes. Os olhos de frente em um rosto de perfil, os ombros de frente e as pernas de perfil, uma perspectiva traduzida pela justificação do desenho egípcio, identificáveis pelo público, que já está habituado. A imagem deve falar a todos os que não sabem ler.

A pintura egípcia teve seu apogeu durante o império novo, uma das etapas históricas mais brilhantes dessa cultura. Entretanto, é preciso esclarecer que, devido à função religiosa dessa arte, os princípios pictóricos evoluíram muito pouco de um período para outro. Contudo, eles se mantiveram sempre dentro do mesmo naturalismo original. Os temas eram normalmente representação da vida cotidiana e de batalhas, quando não de lendas religiosas ou de motivos de natureza escatológica.

As figuras típicas dos muros egípcios, de perfil mas com os braços e o corpo de frente são produtos da utilização da perspectiva da aparência.

Os egípcios não representaram as partes no real, mas sim levando em consideração a posição de onde melhor se observasse cada uma das partes: nariz e o toucado aparecem de perfil, que é a posição em que eles mais se destacavam, os olhos , braços e tronco são mostrados de frente. Essa estética manteve-se até meados do império novo, manifestando-se depois a preferencia pela representação frontal.

Um capítulo à parte na arte egípcia é representado pela escrita. Um sistema de mais de 600 símbolos gráficos, denominados hieróglifos, desenvolveu-se a partir do ano 3.300 a.C. e seu estudo e fixação foi tarefa dos escribas. O suporte dos escritos era papel fabricado com base na planta do papiro. A escrita e a pintura estavam estreitamente vinculados por sua função religiosa. As pinturas murais dos hipogeus e as pirâmides eram acompanhadas de textos e fórmulas mágicas dirigidas às divindades e aos mortos.

É curioso observar que a evolução da escrita em hieróglifos mais simples, a chamada escrita hierática, determinou na pintura uma evolução semelhante, traduzida em um processo de abstração. Esse obras menos naturalistas, pela sua correspondência estilística com a escrita, foram chamadas, por sua vez, de Pinturas Hieráticas. Do império antigo conservam-se as famosas pinturas Ocas de Meidun e do império novo merecem menção os murais da tumba da rainha Nefertari no Vale das Rainhas, em Tebas.

Um símbolo hieróglifico popular era a cártula. quando escrito em hieróglifos, o nome do faraó era circunscrito numa corda oval com um nó embaixo. Este círculo representava a eternidade, e colocando seu nome dentro dele, o faraó esperava viver para sempre. Hoje, os muitos turistas que visitam o Egito têm seus nomes escritos em hieróglifos dentro de uma cártula de ouro.

Escultura egípcia

A escultura egípcia foi antes de tudo animista, encontrando sua razão de ser na eternização do homem após a morte. Foi uma estatuária principalmente religiosa.

A representação de um faraó ou um nobre era o substituto físico da morte, sua cópia em caso de decomposição do corpo mumificado. Isso talvez pudesse justificar o exacerbado naturalismo alcançado pelos escultores egípcios principalmente no Império Antigo. Com a passar do tempo, à exemplo da pintura, a escultura acabou se estilizando.

As estatuetas de barro eram peças concebidas como partes complementares do conjunto de objetos no ritual funerário. Já a estatuária monumental de templos e palácios surgiu a partir da 18ª dinastia, como parte da nova arquitetura imperial, de caráter representativo. Paulatinamente, as formas foram se complicando e passaram do realismo ideal para o grande amaneiramento completo. Com os reis ptolomaicos, a influência da Grécia revelou-se na pureza das formas e no aperfeiçoamento das técnicas.

A princípio, o retrato tridimensional foi privilégio de faraós e sacerdotes. Com o tempo estendeu-se a certos membros da sociedade, como os escribas. Dos retratos reais mais populares merecem menção os dois bustos da rainha Nefertite, que, de acordo com eles, é considerada uma das mulheres mais belas da história universal. Ambos são de autoria de um dos poucos artistas egípcios conhecidos, o escultor Thutmosis, e encontram-se hoje nos museus do Cairo e de Berlim.

Igualmente importantes foram as obras de ourivesaria, cuja maestria e beleza são suficientes para testemunhar a elegância e a ostentação das cortes egípcias. Os materiais mais utilizados eram o ouro, a prata e pedras. As jóias sempre tinham uma função específica (talismãs), a exemplo dos objetos elaborados para os templos e as tumbas. Os ourives também colaboraram na decoração de templos e palácios, revestindo muros com lâminas de ouro e prata lavrados contendo inscrições, dos quais restaram apenas testemunhos.

Morte para os Egípcios

Egípcios
Múmia

Para os egípcios, assim como hoje em dia, a morte era considerada uma coisa horrível e temível. Todos dissiam quando um egípcio morria ele iria ser julgado por Anúbis, Thot e Osiris e que ninguém deixava de entrar no além. Mas a verdade é que ninguém tinha certeza do que acontecia depois da morte.

Por isso eles se enterravam com suas coisas, como bebidas, comida, objetos pessoais, etc. Dizem que alguns mortos são poderosos, principalmente aqueles que não tiveram tumba. E são capazes de voltar para perseguir os vivos.

Segundo a religião do Egito quando alguém morria era julgado pelo tribunal de Osiris. Lá seu coração é colocado em uma parte da balança e na outra uma pluma de avestruz de Maát, representando a justiça. A pesagem era registrada pelo escriba dos deuses, o deus Thot. Se a balança se equilibrar o morto é conduzido por Osíris para o além. Se isso não acontecer o morto é devorado por um crocodilo, mas parece que o tribunal de Osiris não condenava ninguém ao crocodilo.

Todos os egípcios tinham que ser aprovados pelo tribunal de Osiris, até mesmo os reis.

O corpo do morto demorava 70 dias para ser embalsamado, nesse tempo de embasamento os egípcios entravam em um visível luto. As mulheres e os homens paravam de cuidar de sua beleza, entre outras coisa.

O Enterro do Faraó no Antigo Egito

Um enterro egípcio era a uma só tempo lúgubre e pitoresco. Os membros da família davam um espetáculo ao soluçar e gesticular durante todo o trajeto. Além disso, para demostrar bastante dor, alugavam carpideiros e carpideiras profissionais. Estas últimas, sobretudo, eram infatigáveis. Com o rosto lambuzado de lama, o seio descoberto, o vestido rasgado, não cessavam de gemer e de bater na cabeça. As pessoas sérias que faziam parte do cortejo não se entregavam a gestos tão excessivos, mas, enquanto caminhavam, relembravam os méritos do defunto.

Assim, o cortejo chegava lentamente às margens do Nilo, onde era esperado por toda uma flotilha

(Pierre Montet. O Egito no tempo de Ramsés, pp. 328-329 texto adaptado)

A cidade dos Mortos

Logo que subia ao trono, o novo rei ordenava a um arquiteto que começasse imediatamente a construção de seu túmulo.

A terra dos mortos ficaria a oeste, onde o sol se põe. A pirâmide devia estar alinhada com a estrela polar do norte. Um sacerdote observaria num cercado a posição da estrela quando ela surgia acima do muro e quando ela se põem atrás do muro. Dividido ao meio o ângulo entre ele e ao pontos do nascimento e do acaso da estrela, estabelecendo o norte com exatidão.

Depois da escolha do local, eram escolhidos os funcionários para trabalhar na pirâmide. Em cada dez homens, 1 era convocado para o trabalho. Eles eram pagos com alimentos, cerveja, óleo e linho.

Esses operários arrastavam os enormes blocos de pedra, que chegavam a pesar 3 toneladas cada um. Também incluíam fiscais, operários que trabalhavam com metais, pedreiros, carpinteiro, além dos pintores e escultores, que decoravam os templos.

Para contarem as pedras, eles abriam uma finda estreita com cunhas de madeira fixando-a com um macete e encharcando-a com água, dilatando a madeira e separando a rocha.

Festa dos Mortos

Poucos egípcios realizavam oferendas cotidianas a seus mortos. Eram ocasiões alegres, onde as pessoas iam aos túmulos dos parentes e faziam piqueniques, convidando os espíritos a participar. Em Tebas, a grande celebração era a festa do Vale.

A Construção das Pirâmides

A partir da IV dinastia, todas as pirâmides foram construídas com faces lisas. Os textos das Pirâmides prometiam ao rei que raios de sol seriam estendidos para que, subi-se por eles até se encontrar com Rá.

Talvez essas rampas simbolizassem os raios solares.

Os egípcios não possuíam guindastes, para construir as pirâmides erguiam uma rampa e arrastavam os blocos de pedra para cima em trenós.

Algumas das ruínas de construções inacabadas mostram as rampas que eram construídas em direção reta. De acordo com a necessidade da construção, a rampa era construída mais longa ou mais alta.

O templo mortuário era construído encostado à pirâmide, onde os sacerdotes faziam oferendas ao espírito do rei todos os dias.

A rainha também possuía uma pirâmide que era construída separadamente e era bem menor que a do seu rei.

Os pertences dos reis eram enterrados numa câmara debaixo da pirâmide.

A maioria das pirâmides eram construídas de calcário, que era extraído perto do local. Para o polimento final, utilizavam calcário branco vindo da Turá.

Depois que a pirâmide alcançava a altura desejada, eram colocadas as pedras de revestimento, começando pelo topo, onde ficava uma torre em forma de pirâmide. Os encaixes eram tão perfeitos que que não passava nem uma faca entre eles. A pirâmide de Quéfren é a única que ainda possui no seu topo parte do revestimento.

Sepultura dos Barcos

Muitos reis tinham um ou mais barcos enterrados perto de suas pirâmides. Os maiores barcos encontrados até hoje no Egito, foram o do rei Quéops, que estão em bom estado de conservação. Um está exposto num museu ao lado da pirâmide de Gizé e o outro ainda se encontra enterrado.

Os obeliscos ficavam do lado de fora dos templos e representavam o benben, símbolo sagrado do sol. Tinham pequenas pirâmides no topo, quase sempre revestidas de ouro. Quando o sol iluminava a pirâmide, o deus entrava em seu templo.

A Cerimônia de Fundação

O rei acompanhado por uma sacerdotisa vestida como a deusa Sechat, marcavam um contorno com postes de madeira ligados por cordas.

Em épocas posteriores, esse ritual era realizado para o início da construção de templos.

O Fim da Construção

Os templos e os túmulos eram construídos ao mesmo tempo. A proporção que as paredes eram erguidas, os operários enchiam o interior de areia para que os blocos ficassem bem assentados. Depois que toda pirâmide estava pronta, a areia era removida. Os entalhos e a pintura eram feitos usando a areia como andaime. As colunas de pedra seguravam os telhados dos templos e colunatas. Também eram construídas estátuas do rei colocadas no vale ou em seus templos mortuários.

Os egípcios davam muita importância pirâmides, porque elas faziam com que se sentissem importantes e mágicos. A pirâmide é uma rampa para o céu, mas também representava uma colina que foi a primeira terra. Outrora o mundo era coberto de água e, então surgiu uma colina. O deus-sol ficou em pé sobre está colina para cria o mundo. Além disso, a pirâmide é o benben a pedra consagrada a Rá, que caiu do céu. Todos esses lugares considerados mágicos para os egípcios é excelente para um espírito renascer no outro mundo.

Dentro de um Túmulo

Os túmulos do Vale dos Reis variavam em tamanho e traçado. A entrada do túmulo era lacrada para toda a eternidade. Um poço servia como obstáculo para ladrões e curiosos, com as raras tempestades, o poço escova a água da chuva. Todo o túmulo tinha vestíbulos e câmaras laterais, além das câmara mortuária.

Todas as paredes eram cobertas de baixo relevo mostrando o curso do Sol no Além. Com os raios solares, o rei renascia todos os dias.

Os homens que contruiam seus túmulos reais no Vale dos Reis moravam no povoado de Deir el-Medina na margem ocidental de Tebas. Esses túmulos eram construídos acima do povoado nos rochedos perto do local. Em cima do telhado, eram esculpida uma mini-pirâmide.

Múmias

Egípcios
Múmias

Os egípcios acreditavam na vida após a morte, mas se quisessem gozar o outro mundo, seus corpos teriam de sobreviver. A técnica de preservar corpos é chamada de embalsamente.

Os embalsamadores eram bastante habilidosos. Pra se preparar um corpo, levava-se setenta dias.

Os embalsadores primeiramente removiam o cérebro. Depois faziam uma incisão no lado esquerdo e tiravam o fígado, pulmões, estômago e os intestinos, que eram preservados em natrão e resina, e depois colocadas em canopos, que tinham cabeças de deuses guardiões.

Depois ficavam num banho embalsamador e coberto por natrão durante 40 dias, eliminando os fluídos do corpo do morto. Depois era lavado e esfregado com óleo e ervas. O inteiro era recheado com resina e natrão, envolvido em panos de linhos. Seu rosto era pintado para parecer natural, e o cabelo arrumado.

Para enfaixar o corpo, primeiro enrolavam os dedos dos pés e das mãos, as pernas e os braços eram enrolados separadamente, depois se envolviam todas as partes do corpo. Após todos esses preparos a múmia era colocada em um caixão de madeira.

Os sacerdotes faziam orações para ajudar o morto em sua viagem ao outro mundo. O chefe dos embalsamadores, abençoam a múmia depois de pronta.

Múmias do Povo

Em 1994, arqueólogos da Inspetoria de Antigüidades do Egito descobriram no oásis de Kharga dentro de grutas na montanha encontraram 450 múmias, a necrópole de Labakha.

Ain Labakha era um posto da fronteira do sul do Império romano. Além da necrópole na encosta da montanha, restaram as ruínas do forte romano, dois templos e um poço.

Entre os séculos I a.C. e III. A técnica de mumificação já havia sido englobada na cultura há milênios.

No V, Teodósio I, o imperador cristão da seita copta, proibiu as práticas pagãs, inclusive a mumificação, mas, essa técnica continuou até a dominação árabe no século VII.

Na aldeia de Ain Labakha, morria-se cedo, aos 50 anos e a mortalidade infantil era muito alta, várias mulheres morriam de parto.

A base da alimentação era de cereais, uvas e azeitonas, havia muita carência de proteínas, sua dieta tinha mais açúcar.

Todas as múmias encontradas eram brancas e tinham cabelos pretos, a atura média era de 1,65m. Eram homens, mulheres, crianças, soldados, fazendeiros e etc…

Livro dos Mortos

“Glória ti, Senhor da Verdade e da Justiça ! Glória a ti, Grande Deus, Senhor da Verdade e da Justiça ! A ti vim, me apresento para contemplar as tuas perfeições. Porque te conheço, conheço o teu nome e os nomes das quarenta e duas divindades que estão contigo na sala da Verdade e da Justiça, vivendo dos despojos dos pecadores e fartando-se do seu sangue, no dia em que se pesam as palavras perante Osíris, o da voz justa: Duplo Espírito, Senhor da Verdade e da justiça é o teu nome. Em verdade eu conheço-vos, senhores da Verdade e da Justiça; trouxe-vos a verdade e destruí, por vós, a mentira. Não cometi qualquer fraude contra os homens; não atormentei as viuvas; não menti no em tribunal; não sei o que é a má fé; nada fiz de proibido; não obriguei o capataz de trabalhadores a fazer diariamente mais que o trabalho devido; não fui negligente; não estive ocioso; nada fiz de abominável aos deuses, não prejudiquei o escravo perante o seu senhor; não fiz padecer de fome; não fiz chorar; não matei; não ordenei morte a traição; não defraudei ninguém; não tirei os pães do templo; não subtraí as oferendas dos deuses; não roubei nem as provisões nem as ligaduras dos mortos; não auferi lucros fraudulentos; não alterei as medidas dos cereais; não usurpei terras; não tive ganhos ilegítimos por meio dos pesos do prato de da balança; não tirei o leite da boca dos meninos; não cacei com rede as aves divina; não pesquei os peixes sagrados nos seus tanques; não cortei a água na sua passagem; não apaguei o fogo sagrado na sua hora; não violei o divino céu nas suas oferendas escolhidas; não escorracei os bois das propriedades divinas; não afastei qualquer deus ao passar. Sou puro ! Sou puro ! Sou puro !”

Achados e Descobertas

Os egípcios tinham uma mentalidade bastante influenciada pelas preocupações com a vida após a morte. Isso levou os egípcios a darem mais importância às casas dos mortos do que a dos vivos. Suas casas eram feitas de tijolos muito frágeis, já a construção da casa dos mortos, eles ultilizavam pedras, metais e madeira.

A maioria das casas e palácios não resistiram a três mil anos de história egípcia: só restaram ruínas dos templos, tumbas e pirâmides.

Dentro das tumbas e pirâmides, eram encontradas pinturas representando cenas do contidiano dos antigos egípcios: como guerras, recpeção de visitantes estrangeiros, cenas familiares, higiene pessoal, trabalho e festas religiosas.

Também poderiam ser encontrados documentos escritos pelo povo, com registros de estoque de armazém, antações dos escribas, correspondência particular dos homens ricos e etc…

A morte no Egito sempre foi um assunto importante tratado com respeito e sabedoria entre o seu povo. Fato que explica a construção de tantos templos e pirâmides.

Deuses Egípcios

Os Antigos Egípcios acreditavam que os Deuses tinham as mesmas necessidades e desejos comum aos homens.

Os Deuses eram representados na forma humana, na forma animal e numa mistura de homem e animal. Haviam inúmeros Deuses, sendo inevitável as rivalidades e as contradições.

Doze dos principais Deuses são apresentados abaixo:

Egípcios
Isis

Ísis, esposa e irmã de Osíris, era dotada de grandes poderes mágicos. Protegia as crianças o que fazia dela a mais popular das Deusas.

Egípcios

, Deus-sol de Heliópolis, tronou-se uma divindade do estado na Quinta Dinastia. Era o criador dos homens e os egípcios denominavam-se “O Rebanho de Rá”.

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Anúbis

Anúbis, Deus-chacal da mumificação, assistia os ritos com os quais um morto era admitido no além-túmulo. Empunha o cetro divino usado pelos Deuses e pelos Reis.

Egípcios
Hátor

Hátor, Deusa do amor, da felicidade, da dança e da música. Simbolizada pela vaca. Quando nascia uma criança, sete Hátores decidiam sobre o seu futuro.

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Seth

Seth, o Senhor do Alto Egito. Representado por um imaginário animal como um burro. Associado ao deserto e às tempestades.

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Tote

Tote, Deus da sabedoria representado por um íbis ou por um babuíno. Associado com a lua. Ao desaparecer o sol, tentava dissipar as trevas com a sua luz.

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Néftis

Néftis, irmã de Ísis e Osíris. Seu nome significa “Senhora do Castelo”. Néftis auxiliou seu irmão a retornar à vida.

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Hórus

Hórus, o Deus com cabeça de falcão que segura na mão direita o ankh, símbolo da vida. Os reis do Egito identificavam-se com esse Deus, filho de Ísis e Osíris.

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Osíris

Osíris, Deus da terra e da vegetação. Simbolizava na sua morte a estiagem anual e no seu renascimento, a cheia periódica do Nilo e o desabrochar do trigo.

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Ftás

Ftás, Deus de Mênfis. Patrono dos artesões. Algumas lendas dizem que ele pronunciara os nomes de todas as coisas do mundo e com isso fizera existir.

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Sobeque

Sobeque, Deus-crocodilo venerado em cidades que dependiam da água, como Crocodilópolis, onde os sáurios eram criados em tanques e adornados com jóias.

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Âmon

Âmon, Deus de Tebas. Representado na maioria das vezes como homem, mas também simbolizavam-no em forma de carneiro ou de ganso.

Fonte: www.geocities.com

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A evolução dos numerais

Os Egípcios inventaram uma escrita e um sistema de numeração escrita.

Essa escrita foi autóctone e desprovida de qualquer influência estrangeira. “Não apenas os sinais hieroglíficos que ela utiliza são todos tirados da fauna e da flora nilótica.

O que prova que a escrita foi desenvolvida no local, mas ainda instrumentos e utensílios que figuram nela eram empregados no Egipto desde o eneolítico antigo (inicio do IV milénio a.C.), o que é a prova de que a escrita (hieroglífica) é certamente o produto da civilização egípcia apenas e que ela nasceu nas margens do Nilo.” (J. Vercoutter)

Egípcios

A origem do algarismo 1 foi “natural”: a barra é o sinal gráfico mais elementar que o ser humano possa imaginar para a representação da unidade.

A dezena constituiu o desenho de um cordão que, outrora, deve ter servido para unir os bastonetes num pacote de dez unidades.

Os inventores dos algarismos 100 e 1000 recorreram a “empréstimos fonéticos”, isto porque, originalmente, as palavras egípcias para dizer “espiral” e “flor do lótus” correspondiam respectivamente aos mesmos sons que “cem” e “mil”.

O hieróglifo de dez milhares constituiu uma sobrevivência da contagem manual que permitia contar até 9999, graças a diversas posições dos dedos.

O algarismo para cem milhares tem a sua origem puramente simbólica, oriunda da “saparia” de girinos no Nilo e na grande fecundidade primaveril desses batráquios.

O hieróglifo que designa o valor do milhão possuía o sentido do “milhão de anos” ou da “eternidade” e representava aos olhos dos egípcios um génio sustentando a abóbada celeste.

A numeração escrita egípcia foi fundada numa base rigorosamente decimal.

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Mais tarde, os egípcios inventaram um sistema de numerais, sem usar hieróglifos, que registavam da direita para a esquerda.

Egípcios

Os egípcios reproduziram os seus algarismos e os seus hieróglifos gravando-os ou esculpindo-os mediante o cinzel e o martelo em monumentos de pedra, ou ainda mediante um caniço com planta achatada, molhado numa matéria colorida, traçando-os em pedaços de rocha, cacos de cerâmica ou na fibra frágil de folhas de papiro.

Fonte: www.prof2000.pt

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Deuses Egípcios

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Osíris

Osíris: Um dos deuses mais antigo do Panteão Egípcio, pois era adorado já nas primeiras dinastias. Plutarco relata que nos primórdios do Egito OSÍRIS governava com extrema benevolência. Sua chegada propiciou o ensino da agricultura, organização social, do estabelecimento das leis, e também da instituição dos princípios espirituais e religiosos.

O maldoso deus SETI e outros conspiradores trancaram Osíris em um cofre extremamente selado e jogando-o no mar, perdendo-se nas profundezas.

Diz também a lenda que os pedaços de seu corpo foram dispersos por vários lugares (?).

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Ísis

Ísis: A esposa de Osíris, a rainha da magia e senhora das poderosas radiações, é a segunda pessoa mais antiga da tríade egípcia. Diz a lenda, que Isis através de um trabalho paciente ficou encarregada de reunir os pedaços dispersos de Osíris, ficando, todavia prisioneira após a morte do esposo.

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Horus

Horus: O deus falcão era filho de Osíris e Isis. Certo dia foi envenenado por uma serpente, fazendo com que sua mãe, atendendo ao conselho de outros deuses, apelasse para o auxílio do BARCO DO CÉU, o qual por sua vez mandou o deus TOTH em seu socorro.

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Toth

Toth: Era representado por uma Íbis, que se tornou o símbolo da sabedoria para os egípcios. Diz a tradição que foi por seu intermédio que aquele povo conheceu as artes, a arquitetura, a escrita hieroglífica, a medicina, a astronomia, a matemática e ainda outras ciências mais avançadas relativas ao espírito e à alma.

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Ptah

Ptah: Era representado por um estranhíssimo homem mumificado trazendo nas mãos o símbolo da vida, ANKH, e ainda outro exótico aparelho não identificado, talvez um captador de raios telúricos. No Antigo Egito seu nome significava “aquele que abre” e era também considerado como o mestre e patrono absoluto da arquitetura. Representava por vezes os poderes infernais das trevas e da magia, forças muito conjuradas em certas épocas por alguns segmentos da civilização do Nilo.

Egípcios
Anúbis

Anúbis: Anúbis ou Anpu, o guardião das tumbas, era dotado de cabeça de chacal. Segundo Sérgio O Russo, representa a extensão do formidável conhecimento espiritual Atlante. Um antigo texto pesquisado pelos Rosa-Cruzes, anterior a 2000 AC., diz que ” Anúbis é aquele que significa o oculto mistério de Osíris no Sagrado Vale dos Mestres da Vida”.

Sua missão de mostrar a trilha aos que partiam desta vida lhe valeu o título de “guia dos caminhos”

Egípcios
Imoteph

Imoteph: Sabe-se com certeza que essa divindade foi na verdade um homem: um grande sábio que apareceu misteriosamente no reinado do Faraó Djozer. Graças a ele foram introduzidos notáveis avanços no campo da arquitetura e principalmente nas ciências medicas, a ponto de os próprios gregos mais tarde o reverenciá-lo sob o nome de ESCULÁPIO, o pai da medicina!

Em egípcio arcaico significa “aquele que veio em paz”.

Ainda mais curioso, é que, assim como chegou, desapareceu misteriosamente.

Encontrar a sua tumba – se é que ela existe! – é o sonho dourado de todos os egiptólogos.

As antigas tradições dizem que aquele deus após cumprir sua missão na TERRA, retornou à companhia dos deuses.

Nut: A deusa que representava o céu, era significativamente invocada como ” A MÃE DOS DEUSES”. Era representada por uma belíssima mulher, trazendo o disco solar orlando sua cabeça.

No túmulo de TUTANCAMON foi encontrado junto a sua múmia um peitoral no qual era invocado a proteção desta deusa: “Nut minha divina mãe, abre tuas asas sobre mim enquanto brilharem nos céus as imorredouras estrelas”

Egípcios
Bast

Bast: A estranhíssima deusa-mulher com rosto de gato. De acordo com a tradição ela era a personificação da alma de ISIS e protetora da sua magia.

Egípcios
Maat

Maat: A deusa da verdade-justiça. Era simbolizada por uma linda mulher ostentando à cabeça uma pena de avestruz. Personificava por excelência um conjunto de severas leis impostas aos egípcios e mais ainda aos seus governantes desde tempos imemoriais.

Egípcios
Hator

Hator: A CASA DA REGIÃO SUPERIOR. Ela era a deusa mais antiga do Egito, associada a OSÍRIS e também ao CÉU. Foi adorada como uma divindade CÓSMICA e também identificada com a estrela SIRIUS!.

As lendas relatam que RA, furioso certo dia com a incontinência dos homens, reuniu o CONSELHO DOS DEUSES e estes deliberaram que fossem castigados por HATOR, a qual numa fúria sem par massacrou todos os habitantes da Terra!

Fonte: www.abbra.eng.br

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