Atena

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Etimologia

Em grego (Athenâ), cuja etimologia ainda é desconhecida, sobretudo por tratar-se de uma divindade “importada” do mundo mediterrâneo ou, mais precisamente, da civilização minóica.

Talvez se pudesse, segundo Carnoy, quanto ao primeiro elemento de seu nome, Ath-, fazer uma aproximação com o indo-europeu attã, “mãe”, epíteto que caberia bem a uma deusa da vegetação da ilha de Creta, a uma Grande Mãe, que recebeu dos próprios Gregos o qualificativo de awaiã, “mãe”, na forma (Athenaíe), depois reduzida a (Athenáa), fonte da forma ática (Athenâ), que já aparece em inscrições do séc. VI a.e.c.

Atena
Atena – Deusa Grega

O local de nascimento da deusa foi às margens do Lago Tritônio, na Líbia, o que explicaria um dos múltiplos epítetos da filha querida de Zeus: (Tritoguéneia) que é interpretado modernamente como nascida no mar ou na água.

Tão logo saiu da cabeça do pai, soltou um grito de guerra e se engajou ao lado do mesmo na luta contra os Gigantes, matando a Palas e Encélado. O primeiro foi por ela escorchado e da pele do mesmo foi feita uma couraça; quanto ao segundo, a deusa o esmagou, lançado-lhe em cima a ilha da Sicília.

O epíteto ritual, Palas Atena, não se deve ao Gigante, mas a uma jovem amiga da deusa, sua companheira na juventude e que foi morta acidentalmente pela mesma.

Daí por diante, Atena adotou o epíteto de Palas e fabricou, consoante uma variante tardia, em nome da morta, o Paládio, cujo mito é deveras complicado, porque se enriqueceu com elementos diversos, desde as Epopeia Ciclias até a época romana. Homero o desconhece. Na Ilíada só se faz menção de uma estátua cultual da deusa, honrada em Tróia, mas sentada, enquanto o Paládio é uma pequena estátua, mas de pé, com a rigidez de um ksóanon, isto é, de um ídolo arcaico de madeira. Seja como for, o importante é que se saiba ser o Paládio grandemente apotropaico, pois tinha a virtude de garantir a integridade da cidade que o possuísse e que lhe prestasse uma culto.

Desse modo, toda e qualquer pólis se vangloriava de possuir um Paládio, sobre juca origem miraculosa se terciam as mais variadas e incríveis narrativas.

O de Tróia, conta-se, caíra do céu e era tão poderoso que, durante dez anos, defendeu a cidadela contra as investida dos aqueus.

Foi preciso que Ulisses e Diomedes o subtraíssem. Tróia, sem sua defesa mágica, foi facilmente vencida e destruída.

O mais famoso e sacrossanto dos Paládios, porém, era o de Atenas, que, noite e dia, lá do alto da Acrópole, o lar de Atena, vigiava Atenas, a cidade querida da “deusa de olhos garços”.

Preterida por Páris no célebre concurso de beleza no monte Ida, pôs-se inteira, na Guerra de Tróia, ao lado dos aqueus, entre os quais seus favoritos foram Aquiles, Diomedes e Ulisses. na Odisséia, diga-se de passagam, a deusa augusta se transformará na bússola do nóstos, do retorno de Ulisses a Ítaca, e, quando o herói finalmente chegou à pátria, Palas Atena esteve a seu lado até o massacre total dos pretendents e a decretação de paz, por inspiração sua, no seio das famílias da ilha de Ítaca. Sua valentia e coragem comparam-se às de Ares, mas a filha de Zeus detestava a sede de sangue e a volúpia de carnificina de seu irmão, ao qual, aliás, enfrentou vitoriosamente.

Sua bravura, como a de Ulisses, é calma e refletida: Atena é, antes de tudo, a guardiã das Acrópoles das cidades, onde la reina e cujo espaço físico defende, merecendo ser chamada Polías, a “Protetora”, como ilustra o mito do Paládio. É sobretudo por essa proteção que é ainda cognominada Nike, a vitoriosa. Uma tabuinha da Linear B, datando de mais ou menos 1500 a.e.c., faz menção de uma A-ta-na po-ti-ni-ja, antecipando-se, assim, de sete séculos à (Pótnia Athenaíe) de Homero e demonstrando que a “Atena Soberana” era realmente a senhora das cidades, em cuja Acrópole figurasse o seu Paládio.

Sem se esquecer de suas antigas funções de Grande Mãe, deixando inteiramente de lado seu denodo bélico, Atena Apatúria, além de presidir nas Apatúrias à inscrição das crianças atenienses em sua respectiva fratria, favorecia, enquanto (Hyguíeia), Higiia, enquanto deusa das “boas condições de saúde”, a fertilidade dos campos, em benfício de uma população a princípio sobretudo agrícola. É com esse epíteto que a protetora de Atenas se associava a Demeter e a Core/Perséfone numa festa denominada (Prokharistéria), que se poderia traduzir por “agradecimentos antecipados”, porque tais solenidades se celebravam nos fins do inverno, quando recomeçavam a brotar os grãos de trigo.

Estava também ligada a Dionisio nas (Oskhophória), quando solenemente se levavam a Atena ramos de videira carregados de uvas. Uma longa procissão dirigia-se, cantando, de um antigo santuário do deus do vinho, em Atenas, até Falero (nome de um porto da cidade), onde havia um nicho da deusa.

Dois jovens, com longas vestes femininas, o que trai um rito de passagem, encabeçavam a procissão, transportando um ramo de videira com as melhores uvas da safra.

É bom não se esquecer ainda que na disputa com Posídon pelo domínio da Ática e, particularmente, de Atenas, Atena fez brotar da terra a oliveira, sendo, por isso mesmo, considerada como a inventora do “óleo sagrado da azeitona”.

Deusa guerreira, na medida em que defende “suas Acrópoles”, deusa da fertilidade do solo, enquanto Grande Mãe, Atena é antes do mais a deusa da inteligência, da razão, do equilíbrio apolíneo, do espírito criativo e, como tal, preside às artes, à literatura e à filosofia de modo particular, à música e a toda e qualquer atividade do espírito. Deusa da paz, é a boa conselheira do povo e de seus dirigents e, como Têmis, é a garante da justiça, tendo-lhe sido mesmo atribuída a instituição do Areópago. Mentora do Estado, ela é também no domínio das atividades práticas a guia das artes e da vida especulativa.

E é como deusa dessas atividades, com o título de (Ergáne), “Obreira”, que ela preside aos trabalhos femininos da fiação, tecelagem e bordado. E foi precisamente a arte da tecelagem e do bordado que pôs a perder uma vaidosa rival de Atena. filha de Ídmon, um rico tintureiro de Cólofon, Aracne era uma bela jovem da Lídia, onde o pai exercia sua profissão.

Ainda como (Ergáne), “Obreira”, a grande deusa presidia aos trabalhos das mulheres na confecção de suas próprias indumentária, pois que ela própria dera o exemplo, tecendo sua túnica flexível e bordada. E na festa das (Khaikeia), festas dos “trabalhadores em metais”, deuas ou quatro meninas, denominadas Arréforas, com auxílio das “Obreiras” de Atena, iniciavam a confecção do peplo sagrado, que, nove meses depois, nas Panatenéias, deveria cobrir a estátua da deusa, substituindo o do ano anterior.

Associada ainda a Hefesto e Prometeu, no Ceramico de Atenas, ainda por ocasião das (Khalkeia), era invocada como a protetora dos artesãos. Foi seu espírito inventivo que ideou o carro de guerra e a quadriga, bem como a construção do navio Argo, em que velejaram os heróis em busca do Velocino de Ouro.

A maior e mais solene das festas de Atena eram as Panatenéias, em grego (Panathénaia), solenidade de que partiticipava Atenas Inteira, e cuja instituição se fazia remontar a um dos três maiores heróis míticos de Atenas: Erictônio, Erecteu ou Teseu, este último Atena e Crono – Pintura sobre telarealizador mítico do sinecismo.A comemoração era primitivamente anual, mas, a partir de 566-565 a.e.c. as Panatenéias tornaram-se um festival pentetérico, a saber, que se realizava de cinco em cinco anos e que congregava a cidade inteira. Um banquete público, que “re-unia” e unia todos os membros da pólis, dava início à grande festa.

Seguiam se jogos agonísticos, cujos vencedores recebiam como prêmio ânforas cheias de azeite, proveniente das oliveiras sagradas de Atena. Havia ainda corrida de quadrigas e um grande concurso de pirricas, danças guerreiras, cuja introdução em Atenas passava por ter sido da filha querida de Zeus. Precedendo a solenidade maior, realizava-se a (Lampadedromía), “corrida com fachos acesos”, uma verdadeira course aux flambeaux, quando se transportava o fogo sagrado de Atena, dos jardins de Academo até um altar na Acrópole. As dez tribos atenienses participavam com seus atletas.

Atena
Atena – Deusa Grega

Atena teve um nascimento no mínimo diferente. Métis, primeira esposa de Zeus, a deusa da Prudência, quando estava grávida Urano profetizou que teria ela uma criança mais poderosa que o pai. Zeus desesperado com a profecia engoliu sua esposa.

Algum tempo depois, foi acometido de uma terrível dor de cabeça e pediu que Hefesto, o deus guerreiro, desse uma machadada em sua cabeça.

Logo o machado encostou, nasceu Atena, adulta, vestida, com muita sabedoria e armada da cabeça de Zeus, dançando uma dança de guerra e soltou um grito de guerra triunfante.

Deusa da Justiça, é uma das três deusas virgens, protetora do lar e também guerreira. Muito racional, elabora estratégias e táticas de guerra.

Padroeira da cidade de Atena, possui um lindo templo Partenon em que os relevos a representam como uma guerreira com capacete, lança, escudo e couraça.

Animal: coruja.

Planta: oliveira.

Origem

Surgiu toda armada do cérebro de Zeus, depois de ele ter engolido sua primeira esposa Métis.

Era o símbolo da inteligência, da guerra justa, da casta mocidade e das artes domésticas e uma das divindades mais veneradas.

Um esplêndido templo, o Partenon, surgia em sua honra na Acrópole de Atenas, a cidade que lhe era particularmente consagrada.

Obra maravilhosa de Ictino e de Calícrates, o Partenon continha uma colossal estátua de ouro dessa deusa, de autoria do famoso escultor Fídias.

Fonte: br.geocities.com

Atena

Atena (Minerva)

Uma das deusas de maior projeção e de sentido mais espiritual da mitologia grega, Atena (Minerva, para os romanos) teria nascido da seguinte maneira: Zeus (Júpiter), seu pai, um dos mais importantes deuses míticos da antiga Grécia, fora avisado de que a criança que deveria nascer dele e de Metis, sua primeira esposa, acabaria sendo mais forte que ele e o destronaria. Então, querendo evitar que esse mau agouro se realizasse, Zeus engoliu sua mulher, já então grávida de Atena.

Pouco mais tarde, Hefesto (Vulcano) partiu a cabeça de Zeus com um machado, ou porrete, e da fenda aberta surgiu Atena, já mulher feita e completamente armada.

Em poemas de Homero, poeta grego que teria vivido no século 8 a.C., Atena aparece como deusa do bom conselho, ou da sabedoria na guerra, bem como na qualidade de senhora das artes e das prendas femininas.

Além disso, era também considerada protetora das cidades gregas, quando então, e ao mesmo tempo, exercia as funções de deusa da guerra e da paz: da guerra, para defender-lhes as populações e as riquezas; e da paz, para assegurar-lhes prosperidade através da agricultura e do comércio.

Em Hinos, o poeta louva a deusa da seguinte forma: “Canto agora a Palas Atena, protetora das cidades, / a terrível deusa que com Ares se dedica / aos trabalhos da guerra, à pilhagem das cidades / e aos clamores guerreiros. / Protege os soldados quando partem e quando tornam. / Saúde, Deusa! Dá-nos sorte e felicidade”.

Em “Mitologia Greco-Romana”, Márcio Pugliese revela que uma das lendas mais famosas sobre Atena, ou Minerva, é a sua desavença com Posseidon (Netuno), para dar nome a uma nova cidade. Os doze deuses que funcionaram como juízes nesse conflito de interesses divinos, haviam deliberado que os dois postulantes deveriam produzir alguma coisa que fosse útil à localidade, sendo declarado vencedor aquele cuja criação fosse considerada como de importância mais relevante para os humanos moradores da mesma. Netuno foi o primeiro a se apresentar aos árbitros, quando então, com um só golpe de seu tridente, fez sair da terra um belo e fogoso cavalo; logo depois foi a vez de Minerva, que produziu a oliveira, e com ela o direito de batizar a nova povoação. Indicou, então, o nome Atenas, que permanece até hoje.

Atena permaneceu virgem, tendo recebido muitas prerrogativas de Zeus. Segundo o mesmo autor, era ela que, entre outras coisas, “concedia o espírito da profecia; prolongava os dias dos mortais; obtinha a felicidade depois da morte; tudo o que autorizava com um sinal de cabeça tornava-se irrevogável, pois a sua promessa era infalível”. .Foi ela, também, que fez construir o navio dos argonautas segundo o seu desenho, colocando na proa o carvalho falante que dirigia a rota, apontando os perigos aos navegantes e indicando os meios de evitá-los.

Pugliesi diz, ainda, que “Nas suas estátuas e imagens, a beleza de Minerva é simples, descuidada, modesta, com um ar grave pleno de nobreza, de força e de majestade. Representam-na, geralmente, com um capacete na cabeça, lança em uma das mãos, um escudo redondo e a égide (couraça) sobre o peito. A maior parte das vezes está sentada, mas quando de pé mantém atitude resoluta de uma guerreira, ar meditativo e olhar volvido para altas conjecturas. O animais consagrados a Minerva eram o mocho e a coruja. Algumas versões pretendem, ainda, o hipotético dragão”.

Entre os principais feitos de Atena, no capítulo das utilidades tendentes a beneficiar de uma ou outra maneira a criatura humana, figuram a invenção do arado, da flauta e dos barcos de guerra; a formação de parelhas de bois para trabalho no campo; a produção da primeira árvore de oliveira, na Acrópole, em Atenas; as artes da forja, de fazer sandálias e a da tecelagem. Quanto aos principais episódios em que ela é mencionada, estão o da ajuda que prestou a Beloforonte para dominar o cavalo Pégaso, e também a Perseu, no seu ataque às Górgonas e subseqüente decapitação da Medusa. Quanto aos nomes pelos quais Atena foi venerada no mundo mitológico grego, figuram o de Palas (a Virgem) e Areia (a Guerreira) em Atenas;. O seu mito passou da Grécia à Itália, onde passou a ter a denominação de Minerva.

Certa feita uma mortal, Aracne, se atreveu a concorrer com a deusa. Era uma donzela que atingira tal perfeição na arte de tecer e bordar, que um dia resolveu desafiar Atena.

Esta, tomando a forma de uma velha, procurou a moça e a aconselhou: “Desafia os mortais como tu, mas não te atrevas a competir com uma deusa. Ao contrário, aconselho-te a pedir-lhe perdão pelo que disseste, e como a deusa é misericordiosa, talvez te perdoe”.

Mas Aracne respondeu irritada: “Trata de dar conselho a tuas filhas e servas. Quanto a mim, sei o que dizer e o que fazer. Não tenho medo da deusa. Que ela mostre sua habilidade, se se atrever.

Na mesma hora, livrando-se do disfarce, Minerva respondeu: “Ela está aqui”.

E assim as duas iniciaram a competição. Bordaram o tempo necessário, e quando terminaram, os quatro cantos do trabalho de Atena mostravam incidentes em que mortais presunçosos haviam descontentado os deuses ao pretenderam concorrer com eles, uma advertência à sua rival no sentido de que desistisse, antes que fosse demasiadamente tarde.

Por sua vez, o de Aracne procurava mostrar, em várias cenas, os enganos e erros das divindades, e eram tão bem feitos que Atena não pôde deixar de admirá-los. Mas também se sentiu indignada com o insulto, agravado pela presunção demonstrada pela autora, e por isso investiu contra o tecido, rasgou-o em pedaços, e em seguida, encostando a mão na fronte da moça, fê-la sentir o peso da sua culpa, e de tal forma que ela, não suportando a vergonha, enforcou-se.

Compadecida por vê-la morta, Minerva ordenou: “Viva, mulher culpada! E para que seja conservada a lembrança dessa lição, continuarás pendente, tu e toda a tua descendência, por todos os tempos futuros”..Aspergiu-a com o suco do acônito, uma erva venenosa, e imediatamente seus cabelos caíram, desapareceram o nariz e as orelhas, seu corpo encolheu-se e sua cabeça tornou-se ainda menor, os dedos colaram-se aos flancos, transformando-se em patas.

Todo o restante dela mudou-se no corpo, do qual ela tece seu fio, suspensa na mesma posição em que se encontrava quando Atena a tocou e a metamorfoseou em aranha.

Fernando Dannemann

Fonte: www.fernandodannemann.recantodasletras.com.br

Atena

Atena
Atena – Deusa Grega

Atena era a Deusa grega da sabedoria e das artes conhecida como Minerva pelos romanos.

Atena era uma Deusa virgem, dedicada a castidade e celibato. Era majestosa e uma linda Deusa guerreira, protetora de seus heróis escolhidos e de sua cidade homônima Atenas. Única Deusa retrata usando couraça, com pala de seu capacete voltada para trás para deixar a vista sua beleza, um escudo no braço e uma lança na mão.

Era protetora das cidades das cidades, das forças militares, e Deusa das tecelãs, ourives, oleiras e costureiras.

Atena foi creditada pelos gregos ao dar à humanidade as rédeas para amansar o cavalo, ao inspirar os construtores de navios em sua habilidade, e ao ensinar as pessoas a fazerem o arado, ancinho, canga de boi e carro de guerra. A oliveira foi seu presente especial a Atenas, um presente que produziu o cultivo das azeitonas.

Quando Atena era retratada com outro indivíduo, esse sempre era do sexo masculino. Por exemplo, era vista perto de Zeus na atitude de um guerreiro de sentinela para seu rei. Ou era reconhecida atrás ou ao lado de Aquiles ou de Odisseu, os principais heróis gregos de Ilíada e da Odisséia.Atena era a filha predileta de Zeus, que lhe concedeu muitas das suas prerrogativas. Ela tinha o dom da profecia e tudo que autorizava com um simples sinal de cabeça era irrevogável. Ora conduz Ulisses em suas viagens, ora ensina as mulheres a arte de tapeçaria. Foi ela que faz construir o navio dos Argonautas, segundo seu desenho e coloca à popa o pau falante, cortado na floresta de Dodona, o qual dirigia a rota, advertindo perigos e indicando os meios de os evitar.

A Deusa não conheceu sua mãe, Métis.

Nesse primeiro relato do mito, o ato de engolir a esposa grávida e a filha nascer da cabeça do pai, nos faz lembrar do nascimento de Eva da costela de Adão.

É bem sugestivo que tanto Atena como Eva se associem com a serpente: as vezes a serpente inclusive podia aparecer no lugar de Atena, e na Gênesis a serpente tem, as vezes, o rosto de Eva, enquanto que o significado que são dadas as essas imagens são muito diferentes. Porém, em ambos os mitos a Mãe Natureza perde força e o macho se apropria de seus poderes como doadora de vida.

Habitualmente, considerava-se Atena e Palas como o mesma divindade.

Os gregos até juntaram os dois nomes: Palas-Atena.

Entretanto, muitos poetas afirmaram que essas duas divindades não poderiam ser confundidas. Palas, chamada Tritônia, de olhos verdes, filha de Tritão, fora encarregada da educação de Atena. Ambas se apraziam nos exercícios das armas.

Certa vez, conta-se que elas se desafiaram. Atena teria saído ferida se Zeus não tivesse colocado a égide diante de sua filha; Palas ao ver tal ficou aterrorizada, e enquanto recuava olhando para a égide, Atena feriu-a mortalmente. Veio-lhe depois um profundo sentimento de culpa e para se consolar fez esculpir uma imagem de Palas, tendo a égide sobre o peito. Consta que é essa imagem ou estátua que mais tarde ficou sendo o famoso Paládio de Tróia.

Atena e Zeus

Zeus, na mitologia grega, repete os padrões de comportamento de seu pai Cronos e de seu avô Urano. Como eles, destinatários de um oráculo segundo o qual um filho os destronará, Zeus teme por sua autoridade. Quando Métis engravida, ingere-a, imitando assim o procedimento do pai Cronos, que engolia os filhos. Se a estratégia defensiva de Cronos era cooptação das novas possibilidades de vida, já Zeus é bem mais eficiente, pois tenta incorporar o elemento feminino propriamente dito, a mãe de novas possibilidades. O que pode até parecer um ato de integração, é na verdade um inteligente golpe com a intenção de privar o inconsciente de seu poder criativo. Zeus pensava em integrar os desafios e as resistências inconscientes compondo-os em uma aliança com a atitude dominante, utilizando inclusive o inconsciente para suas metas.

Logicamente fracassa, pois não contava com a implacável hostilidade das “mães” da consciência lunar e dá à luz a Atena: o “justo equilíbrio”.

Diferentemente de Zeus, Atena tem um ativo interesse pelas questões da humanidade e é ela que intervém no trágico destino de Orestes, perseguido pelas Erínias, que acabou sendo julgado por ter praticado matricídio:

“Orestes, uma vez já o salvei
Quando fui árbitro das colinas de Ares
E rompi o nó votando em seu favor.
Que agora seja lei: aquele que obtém
Um veredito igualmente repartido ganha
Sem causa.”
(Eurípedes, “Ifigênia em Taurus”, 1471-1475)

A nota de misericórdia nessa fala indica sua propensão a favorecer a manutenção das possibilidades de vida e a deixar transpirar a inclinação de Atena para a adoção prática da função de consciência lunar nos assuntos atinentes à justiça.

Entretanto, a Deusa Atena dentro do mundo do Olimpo é profundamente influenciada por sua inquestionável aliança com o pai.

Atena pertence ao pai, Zeus.

Por conseguinte, Atena é uma Deusa que representa uma versão pouco expressiva da consciência matriarcal. Ela representa, na realidade, uma tentativa de fazer com que a consciência solar (animus) incorpore alguns aspectos da consciência lunar (anima).

Atena amplia os horizontes de Zeus, interioriza e suaviza o cosmo patriarcal, mas não desafia de maneira fundamental os pressupostos olímpicos. Em vez disso, ela lhe oferece apoio e introduz no seu mundo da consciência um pouco de reflexão estratégica e momentos de interioridade.

Atena – Mitologia Grega

Atena
Atena – Mitologia Grega

Atena, na mitologia grega, era a deusa dos combates militares, da sabedoria, das artes, das ciências e da indústria.

Ao nascer, segundo a lenda, pulou já crescida e vestida de armadura da testa de Zeus, o rei dos deuses.

A deusa romana Minerva se assemelhava bastante a Atena.

Essa deusa representava o aspecto intelectual da guerra. Os gregos também a cultuavam como protetora das artes e ofícios. Suas principais habilidades eram fiar e tecer. Em uma ocasião, uma mortal chamada Aracne a desafiou para ver quem tecia melhor. Os vários mitos discordam sobre quem venceu a competição.

Após a disputa, de acordo com um mito, Atena transformou Aracne em uma aranha para que tivesse de passar a vida fiando.

Atena nunca se casou.

Os gregos a chamavam Palas ou Pártenos.

O mais famoso templo dedicado a Atena é chamado de Partenão e fica na Acrópole, em Atenas. Algumas lendas contam como a cidade de Atenas recebeu esse nome.

Os gregos do território de Ática queriam que sua cidade principal se chamasse Posêidon, nome do deus do mar, ou Atena, dependendo de qual dos dois lhes oferecesse o presente mais útil. Um mito diz que Posêidon criou o cavalo; outro, que criou uma fonte.

Atena criou a oliveira.

Os deuses julgaram que o presente de Atena era mais útil e assim a cidade recebeu o nome de Atenas, com a deusa como protetora.

Os artistas da Antiguidade geralmente representavam Atena com um elmo e um escudo mágico chamado égide. O principal símbolo de Atena era a coruja.

Oração a Deusa Atena

Deusa Atena, ouça a prece
De sua seguidora mais humilde
Gloria Deusa Atena
Busco seu amor, sua força, sua sabedoria
Ajoelho-me aos teus pés, Atena, Deusa-Virgem
Eu a venero e a respeito
Sou tua seguidora mais fiel
Abençoe minha casa e meus familiares
Ajude-me com meu trabalho, meus relacionamentos, minha vida.
“Athena, Hilathi!”

Fonte: no.comunidades.net

Atena

Atena
Atena – Deusa Grega

Atena era a deusa virgem grega da razão, atividade inteligente, artes e literatura.

Ela era a filha de Zeus; seu nascimento é único em que ela não tem uma mãe.

Em vez disso, saltou completamente crescido e vestida com armadura da testa de Zeus.

Ela era feroz e corajoso no campo de batalha; no entanto, ela só participou de guerras que defenderam o estado e casa de inimigos externos.

Ela era a padroeira da cidade, artesanato e agricultura.

Ela inventou o freio, o que permitiu que o homem domar cavalos, a trombeta, a flauta, o pote, o ancinho, o arado, o jugo, o navio, ea carruagem.

Ela era a personificação da sabedoria, razão e pureza.

Ela era a criança favorita de Zeus e foi autorizado a usar suas armas, incluindo seu raio. Seu santo árvore era a oliveira e ela foi muitas vezes simbolizada como uma coruja.

Ela se tornou a deusa padroeira de Atenas, depois de vencer um concurso de contra Poseidon, oferecendo a oliveira aos atenienses.

É evidente que Athena e Atenas derivam da mesma raiz; Athene (ou Athena) está na forma plural, porque representa a irmandade da deusa que existia lá.

Da mesma forma, Athena foi chamado Mykene na cidade de Micenas (também um plural após a respectiva irmandade), e Tebe na cidade de Tebas (ou Thebae, tanto formas plurais).

Fonte: www.greekmythology.com

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