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Anarquismo – O que é
Dentre as principais vertentes políticas surgidas no Ocidente, o anarquismo é uma das mais importantes – ainda hoje desperta o interesse de muitos estudiosos e até mesmo de pessoas que pregam seus preceitos.
Seu nome advém do grego anarkia cujo significado é “ausência de governo”, ponto de partida inicial do anarquismo, ideário de esquerda que se opõe totalmente a todo e qualquer tipo de hierarquia e dominação, seja ela política, social, econômica. Ou seja, além do embate contra sistema econômico capitalista, o anarquismo combate também as formas de poder institucionalizadas como o Estado (governo) passando por críticas de viés cultural à religião e o patriarcalismo.
Anarquismo – Teoria
Anarquismo é o conjunto de doutrinas que preconiza a organização de uma sociedade sem nenhuma forma de autoridade imposta.
Considera o Estado uma força coercitiva que impede os indivíduos de usufruir liberdade plena.
A concepção moderna de anarquismo nasce com as revoluções Industrial e Francesa.
Em fins do século XVIII, William Godwin (1756-1836) desenvolve o pensamento anárquico na obra Enquiry Concerning Political Justice.
No século XIX surgem duas correntes principais.
A primeira, encabeçada pelo francês Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865), afirma que a sociedade deve estruturar sua produção e seu consumo em pequenas associações baseadas no auxílio mútuo entre as pessoas.
Segundo essa teoria, as mudanças sociais são feitas com base na fraternidade e na cooperação. O russo Mikhail Bakúnin (1814-1876) é um dos principais pensadores da outra corrente, também chamada de coletivismo.
Defende a utilização de meios mais violentos nos processos de transformação da sociedade e propõe a revolução universal sustentada pelo campesinato.
Afirma que as reformas só podem ocorrer depois que o sistema social existente for destruído.
Os trabalhadores espanhóis e italianos são bastante influenciados por Bakúnin, mas o movimento anarquista nesses países é esmagado pelo surgimento do fascismo.
O russo Peter Kropótkin (1842-1876) é considerado o sucessor de Bakúnin.
Sua tese é conhecida como anarco-comunismo e se fundamenta na abolição de todas as formas de governo em favor de uma sociedade comunista regulada pela ajuda mútua e cooperação, em vez de instituições governamentais.
Enquanto movimento social, o anarquismo não sobrevive à II Guerra Mundial.
Anarquismo – Origem
Seu nascimento se deu no século XVIII, estando diretamente ligado ao advento do capitalismo clássico, cujas contradições e a exploração social eram extremamente evidentes naquele momento.
Um dos pioneiros do pensamento anarquista foi William Gowin (1756-1836) que propunha um novo tipo de sociedade na qual os indivíduos não se submetessem à força dos governos e das leis, bem como da influência religiosa. Gowin pregava ainda o fim da propriedade privada para que assim houvesse bens coletivos, ou seja, as riquezas e produtos sociais deveriam ser compartilhadas pela comunidade social.
Para tanto, seria necessária uma comunhão entre os membros de determinada sociedade, em um esforço conjunto para que se pudessem resolver os problemas de maneira horizontal. Essa autogestão, por assim dizer, dependeria de um elevado grau de consciência e racionalidade, em que as pessoas poderiam ponderar quais as suas reais necessidades sociais.
Já no século posterior surgiriam os dois principais nomes do anarquismo: Mikhail Bakunin (1814-1876) e Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865).
Foi a partir do pensamento desses dois intelectuais que o anarquismo passou a se consolidar teoricamente e se estruturar no que ficou conhecido como o anarquismo clássico.
Imagens de Mikail Bakunin e Pierre-Joseph Proudhon, respectivamente
Assim, em sua busca por igualdade social, seus defensores passam a advogar por uma forma de ordem social que se baseasse na igualdade plena de seus cidadãos que, em um grau elevado de consciência social, tomariam das decisões coletivas de maneira não hierárquica, a partir de decisões coletivas, eliminando assim o Estado.
Economicamente, os meios capitalistas de produção seriam coletivizados tanto em termos de trabalho quanto em distribuição das riquezas, o que proporcionaria o bem estar de todas as pessoas daquele grupo, acabando com a exploração econômica característica do sistema capitalista.
Uma coisa interesse é notar que os anarquistas divergiriam em um ponto crucial tanto dos comunistas quanto dos socialistas.
Enquanto ambos pregavam alterações no Estado para que houvesse a ascensão da classe trabalhadora, os anarquistas enxergavam o Estado como provedor de uma forte hierarquia social; portanto, a transição para o anarquismo deveria ser feita diretamente, sem a divisão por estágios.
Foi graças a essas duras críticas que o anarquismo angariou diversos inimigos poderosos, que conseguiram associar seu nome à bagunça e desordem, causando repulsa em grande parte da população.
Símbolo do Anarquismo
Círculo A – Símbolo do Anarquismo
É um monograma que consiste da letra capital “A” cercada pela letra “O”.
A letra “A” é derivado da primeira letra de “anarquia” ou “anarquismo” na maioria dos idiomas europeus e é o mesmo em ambos os roteiros Latin e cirílicos.
O “O” significa ordem.
Juntos, eles representam a “anarquia é ordem”.
Anarquia – O que é
Anarquia é uma palavra confusa para definir, uma vez que tem várias definições possíveis.
A palavra vem da palavra grega anarchia, que se traduz simplesmente como sem ou sem autoridade. No sentido moderno, pode ser usado negativamente ou positivamente, mas na maioria das vezes, a palavra é usada em um sentido negativo para implicar uma falta completa de ordem.
Em outro sentido, o anarquismo pode se referir à ideia de que as pessoas lucrariam melhor sem um governo de qualquer tipo.
Os anarquistas acreditam que muitas pessoas podem governar a si mesmas e seriam mais felizes fazendo isso. Dentro dessa ideia de autogoverno, em oposição ao governo pelo estado, encontram-se muitas teorias de como a falta de um governo poderia funcionar. Há dúvidas se as pessoas, por exemplo, têm a mesma moeda, são solicitadas a cumprir as mesmas leis ou têm algum tipo de assistência organizada.
Seria difícil argumentar que todos os indivíduos são capazes de fazer isso. Por exemplo, em uma sociedade que é deliberadamente anarquista, há a questão ou o que seria feito com uma pessoa gravemente incapacitada por retardo mental. A pessoa pode não ser capaz de agir em seu próprio interesse ou para o bem-estar da sociedade.
Se essa pessoa não tivesse zeladores, não fica claro quais disposições em uma sociedade sem governo haveria para cuidar de tal pessoa.
O bom senso pode indicar o estabelecimento de instituições para essas pessoas ou pelo menos alguma forma de ajuda, mas não está claro como o dinheiro será obtido para isso.
Certamente foi o caso de programas anteriormente administrados pelo governo para ajudar essas pessoas, que agora são administrados com base na caridade, muitas vezes precisam de mais dinheiro do que conseguem por meio de doações individuais.
Não haveria nenhuma garantia em uma sociedade anarquista de que pessoas que requerem cuidado extraordinário algum dia o receberiam.
Esses tipos de questões levaram a muitas sociedades anarquistas – as próprias palavras são quase oximorônicas, dadas as filosofias do anarquismo – cada uma com diferentes maneiras de sugerir como a anarquia poderia funcionar com sucesso. Alguns acreditam que os indivíduos usariam seu bom senso para ajudar os menos capazes de trabalhar no mundo e acreditam em manter algum senso de regras e estrutura social sem uma grande estrutura governamental supervisionando o processo.
Outros acreditam na anarquia total, apoiando absolutamente nenhuma regra acordada, com cada pessoa agindo em seu próprio interesse. Todos os atos comunitários seriam voluntários, mas tal sociedade ainda seria baseada nos interesses da vizinhança de ajudar os outros para o bem de toda uma comunidade.
Isso inclui coisas como um acordo voluntário para consertar estradas ou manter hospitais abertos.
A maioria das filosofias anarquistas enfatiza que as comunidades teriam que ser relativamente pequenas e bem unidas para funcionar.
Algumas pequenas comunidades mantiveram o anarquismo por vários anos sem maiores dificuldades. O principal deles foi o Território Livre na Ucrânia, que prosperou no início do século 20 sem um governo.
Outro tipo de anarquia, que se relaciona mais claramente com a definição negativa, ocorre quando uma revolução deixa um país em um estado temporário sem lei. Por exemplo, o Reinado do Terror após a Revolução Francesa foi anarquista e assustador. Era caracterizado por uma falta básica de certos direitos que a maioria dos países democráticos e republicanos consideram garantidos.
A violência pode ser cometida a qualquer momento, sem muitos motivos, e o número de mortes resultante foi enorme. Outros países passaram por períodos de caos e, muitas vezes, as pessoas procuram alguém que irá restaurar a ordem. Isso geralmente leva à ditadura.
A anarquia é um conceito incomum e talvez expresse o desejo em sua forma mais ambiciosa de verdadeira liberdade. Não é necessariamente negativo, mas pode ser um tanto ingênuo.
É difícil imaginar como isso poderia funcionar por um longo período de tempo no mundo moderno, especialmente porque tantas pessoas parecem querer liderança, regras e algum senso de apoio governamental.
Fonte: Vinicius Carlos da Silva
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