História
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Afrodite era a deusa do amor, desejo e beleza. Além de sua beleza natural, ela também tinha um cinto mágico que obrigou todos a desejá-la.
Há duas versões de seu nascimento.
Segundo uma delas, ela era a filha de Zeus e Dione, a deusa mãe adorado nos Oracls de Dodona.
No entanto, a outra conta, o que é mais prevalente, nos informa que ela surgiu do mar em uma vieira gigante, depois de Cronos castrou Urano e lançou seus genitais decepados para o mar.
Aphrodite, em seguida, caminhou até a costa de Chipre.
Em uma versão diferente do mito, ela nasceu perto da ilha de Citera, daí seu epíteto “Cytherea”.
Afrodite foi casada com Hefesto; no entanto, ela teve um caso com seu irmão Ares, deus da guerra.
Quando Hefesto descobriu sobre o assunto, ele concebeu um plano e conseguiu humilhar a mulher e seu amante para os outros atletas olímpicos. Seu santo árvore era a murta, enquanto seus santos pássaros eram a pomba, o cisne, e o pardal.
Afrodite representa sexo, afeição, e a atração que une as pessoas.
Afrodite
Afrodite – Mitologia Grega
Afrodite, na mitologia grega, era a deusa da beleza e da paixão sexual. Originário de Chipre, seu culto estendeu-se a Esparta, Corinto e Atenas.
Seus símbolos eram a pomba, a romã, o cisne e a murta.
No panteão romano, Afrodite foi identificada com Vênus.
A mitologia oferecia duas versões de seu nascimento: segundo Hesíodo, na Teogonia, Cronos, filho de Urano, mutilou o pai e atirou ao mar seus órgãos genitais, e Afrodite teria nascido da espuma (em grego, aphros) assim formada; para Homero, ela seria filha de Zeus e Dione, sua consorte em Dodona.
Por ordem de Zeus, Afrodite casou-se com Hefesto, o coxo deus do fogo e o mais feio dos imortais. Foi-lhe muitas vezes infiel, sobretudo com Ares, divindade da guerra, com quem teve, entre outros filhos, Eros e Harmonia.
Outros de seus filhos foram Hermafrodito, com Hermes, e Príapo, com Dioniso. Entre seus amantes mortais, destacaram-se o pastor troiano Anquises, com quem teve Enéias, e o jovem Adônis, célebre por sua beleza.
Afrodite possuía um cinturão mágico de grande poder sedutor e os efeitos de sua paixão eram irresistíveis.
As lendas freqüentemente a mostram ajudando os amantes a superar todos os obstáculos.
À medida que seu culto se estendia pelas cidades gregas, também aumentava o número de seus atributos, quase sempre relacionados com o erotismo e a fertilidade.
Afrodite (Vênus), deusa do amor. Museu Arqueológico de Nápoles
Fonte: www.greekmythology.com/www.nomismatike.hpg.ig.com.br
Afrodite
Filhos com Hermes: Hermafrodito – Eros (em algumas versões)
Filhos com Dioniso: Príapo
Filho com Ares: Fobos (Medo) – Deimos (Terror) – Harmonia
Etimologia
Em grego (Aphodíte), de etimologia desconhecida.
O grego (aphrós), “espuma”, teve evidentemente influência na criação do mito da deusa nascida das “espumas” do mar.
Do ponto de vista etimológico, no entanto, Afrodite nenhuma relação possui com aphrós. Trata-se de uma divindade obviamente importada do Oriente.
Afrodite é a forma grega da deusa semítica da fecundidade e das águas fertilizantes, Astarté.
Na Ilíada, a deusa é filha de Zeus e Dione, daí seu epíteto de Dionéia.
Existe todavia, uma Afrodite muito mais atiga,cujo nascimento é descrito na Teogonia, consoantes o tema de procedência oriental da mutilação de Urano. Com o epíteto de Anadiômene, a saber, “a que surge” das ondas do mar, de um famoso quadro do grande pintor grego Apeles (Sec. IV a.e.c.), tão logo nasceu, a deusa foi levada pelas ondas ou pelo vento Zéfiro para Cítera e, em seguida, para Chipre, dái seus dois outros epítetos de Citeréia e Cípris.
Essa origem dupla da deusa do amor não é estranha à diferenciação que se estabeleceu entre Afrodite Urânia e Pandêmia, significando esta última, etimologicamente, “a venerada” por todo o povo”, Pándemos, e posteriormente, com discriminação filosófica e moral, “a popular, a vulgar”. Platão, no Banquete, estabelece uma distinção rígida entre a Pandêmia, a inspiradora dos amores comuns, vulgares, carnais e a Urânia, a deusa que não tem mãe, (amétor) e que, sendo Urânia, é ipso fato, a Celeste, a inspiradora de um amor etéreo, superior, imaterial, através do qual se atinge o amor supremo, como Diotima revelou a Sócrates. Este “amor urânico”, desligando-se da beleza em si, que é partícipe do eterno.
Deusa importada
Em Chipre, a deusa foi acolhida pelas Horas, vestida e ornamentada e, em seguida conduzida à mansão dos Olímpicos.
Apesar dos esforços dos mitógrafos, no sentido de helenizar Afrodite, esta sempre traiu sua procedência asiática.
Com efeito, Hesíodo não é o único que estampa as origens orientais da deusa. Já na Ilíada a coisa é bem perceptível. Sua proteção e predileção pelos troianos e particularmente por Enéias, fruto de seus amores com Anquises, denotam claramente que Afrodite é o menos grega possível.
No Hino Homérico à Afrodite o caráter asiático da deusa ainda é mais claro: apaixonada pelo herói troiano Anquises, avança em direção a Tróia, em demanda do nome Ida, acompanhada de ursos, leões e panteras. Pois bem, sua hierofania voluptuosa transforma até os animais, que se recolhem à sombra dos vales, para se unirem no amor que transborda de Afrodite. Essa marcha amorosa da grande deusa em direção a ìlion mostra nitidamente que ela é uma Grande Mãe do monte Ida.
Entre os troianos, seu grande protegido é Páris. E os Cantos Cíprios reletam como a deusa, para recompensá-lo por lhe ter ele outorgado o título de a mais bela das deusas, o auxiliou na viagem marítima a Esparta e no rapto de Helena.
Seu amante divino Adônis nos leva igualmente à Asia, uma vez que Adônis é mera transposição do babilônico Tamuz, o favorito de Istar-Astarté, de que os gregos modelaram sua Afrodite.
Como se pode observar, desde seu nascimento até suas características e mitos mais importantes, Afrodite nos aponta para a Asia. Deusa tipicamente oriental, nunca se encaixou bem no mito grego, parece uma estranha no ninho.
Em torno da mãe de Enéias se amalgaram mitos de origens diversas e que, por isso mesmo, não formam um relato coerente, mas episódios por vezes bem disconexos. O grande casamento “grego” da deusa do amor doi com Hefesto, o deus dos nós, o deus ferreiro e coxo da ilha de Lemnos.
Os Amantes de Afrodite
Ares, nas prolongadas ausências de Hefesto, que instalara suas forjas no monte Etna, na Sicília, partilhava constantemente o leito de Afrodite. Fazia-o tranquilo, porque sempre deixava à porta dos aposentos da deusa uma sentinela, um jovem chamado Aléctrion, que deveria avisá-lo da aproximação da luz do dia, isto é, do nascimento so Sol, conhecedor profundo de todas as mazelas deste mundo. Um dia, o incansável vigia dormiu e Hélio, o sol, que tudo vê e que não perde ahora, surpreendeu os amantes e avisou Hefesto. Este, deus que sabe ater e desatari, preparou uma rede mágica e prendeu o casal ao leito. Convocou os deuses para testemunharem o adultério e estes se divertiram tanto com a picante situação, que a abóbada celeste reboava com as gargalhadas. Após insistentes pedidos de Posídon, o deus coxo consentiu em retirar a rede.
Envergonhada, Afrodite fugiu para Chipre e Ares para a Trácia. Desses amores nasceram Fobos (o medo), Deimos (o terror) e Harmonia, que foi mais tarde mulher de Cadmo, rei de tebas.
No que tange à preferência da deusa do amor pelo deus da guerra, o que trai uma complexio appositorum, uma conjugação dos opostos, Hefesto sempre a atribuiu ao fato de ser aleijado e Ares ser belo e de membros perfeitos. Claro está que o deus das forjas não poderia compreeender que Afrodite é antes de tudo uma deusa da vegetação, que precisa ser fecundada, seja qual for a origem da semente e a identidade do fecundador.
Quanto ao jovem Aléction, sofreu exemplar punição: por haver permitido, com seu sono, que Hélio denunciasse a Hefesto tão flagrante adultério, foi metamorfoseado em Galo (alektyón) em grego é galo e obrigado a cantar toda madrugada, antes do nascimento do sol.
Ares não foi, no entanto, o único amor extraconjugal de Afrodite. Sua paixão por Adônis ficou famosa. O mito, todavia, começa bem mais longe. Téias, Rei da Síria, tinha uma filha, Mirra ou Esmirna, que, desejando competir em belza com a deusa do amor, foi por esta terrivelmente castigada, concebendo uma paixão incestuosa pelo próprio pai. Com auxílio de sua aia, Hipólita, conseguiu enganar Téias unindo-se a ele durante doze noites consecutivas. Na derradeira noite, o rei percebeu o engodo e perseguiu a filha com a intenção de matá-la. Mirra colocou-se sob a proteção dos deuses, que a transformaram na árvore que tem seu nome. Meses depois, a casca da “mirra” começou a inchar e no décimo mês se abriu, nascendo Adônis.
Tocada pela beleza da criança, Afrodite recolheu-a e confiou secretamente a Perséfone. Esta, encantada com o menino, negou-se a devolvê-lo à esposa de Hefesto.
A luta entre as duas deusas foi arbitrada por Zeus e ficou estipulado que Adônis passaria um terço do ano com Perséfone, outro com Afrodite e os restantes quatro meses onde quisesse. Mas, na verdade, o lindíssimo filho de Mirra sempre passou oito meses do ano com a deusa do amor.
Afrodite e Ares
Mais tarde, não se sabe bem o motivo, a colérica Artemis lançou contra Adônis adolescente a fúria de um javali, que, no decurso de uma caçada, o matou.
A pedido de Afrodite, foi o seu grande amor transoformado por Zeus em anêmona, flor da primavera, e o mesmo Zeus consentiu que o belo jovem ressurgisse quatro meses por ano e vivesse ao lado da amante. Efetivamente, passados os quatro meses primaveris, a flor anêmona fenece e morre.
O mito, evidentemente, prende-se aos ritos simbólicos da vegetão, como demonstra a luta pela criança entre Afrodite (a “vida” da planta) e Perséfone (“a morte” da mesma nas entranhas da terra), bem como o sentido ritual dos Jardins de Adônis, Há uma variante do mito que faz de Adônis filho não de Téias, mas do rei do Chipre, o qual era de origem fenícia, Cíniras, casado com Cencréia.
Esta ofendera gravemente afrodite, dizendo que sua filha Mirra era mais bela que a deusa, que despertou na rival uma paixão violenta pelo pai. Apavorada com o caráter incestuoso de sua paixão. Mirra quis enforcar-se, mas a aia Hipólita interveio e facilitou a satisfação do amor criminoso.
Consumado o incesto, a filha e amante de Cíniras refugiou-se na floresta, mas Afrodite, compadecia com o sofrimento da jovem princesa, metamorfoseou-a na Árvore de Mirra. Foi o próprio rei quem abriu a casca da árvore para de lá retirar o filho e neto ou, segundo outros, teria sido um javali que, com seus dents poderosos, despedaçara a mirra, para fazer nascer a criança.
Nesta variante há duas causas para a morte de Adônis: ou a cólera do deus Ares, enciumado com a predileção de Afrodite pelo jovem oriental ou a vingança de Apolo contra a deusa, que lhe teria cegado o filho Erimanto, por Tê-la visto nua, enquanto banhava.
De qualquer forma, a morte de Adônis, deus oriental da vegetação, do ciclo da semente, que morre e ressuscita, daí sua katábasis para junto de Perséfone e a consequente anábasis em busca de Afrodite, era solenemente comemorada no Ocidente e no Oriente. Na Grécia da época Helenística deitava-se Adônis morto num leito de prata, coberto de púrpura. As oferendas sagradas eram frutas, rosas, anêmonas, perfumes e folhagens, apresentados em cestas de prata. Gritavam, soluçavam e descabelavam-se as mulheres. No dia seguinte atiravam-no ao mar com todas as oferendas. Ecoavam, dessa feita, cantos alegres, uma vez ue Adônis, com as chuvas da próxima estação, deveria ressuscitar.
Morte de Adonis
Pintura sobre Tela
Nascimento de Afrodite – Pintura sobre tela – Eugène Emmanuel 1808-1895
Nicolas Poussin 1591-1665Foi exatamente para perpetuar a memória de seu grande amor oriental, que Afrodite insituiu na Síria uma festa fúnebre, que as mulheres celebravam anualmente, na entrada da primavera. Para simbolizar “o tão pouco” que viveu Adônis, plantavam-se mudas de roseiras em vasos e caixotes e regavam-nas com água morna, para que crescessem mais depressa.
Os amores de afrodite não terminam em Adônis. Disfarçada na filha de Otreu, rei da Frígia, amou apaixonamente o herói troiano Anquises, quando este pastoreava seus rebanhos no monte Ida da Tróada. Desse enlace Nasceu Enéias, que a deusa tanto protegeu durante o cerco de Ílion pelos gregos, como nos atesta a Ilíada. Bem mais tarde, do primeiro ao décimo segundo canto da Eneida de Vergílio, Enéias a teve novamente por escudo e por bússola. É desse Enéias, diga-se de passagem, que, através de Iulus, filho do herói troiano, pretendia descender a gens iulia,, a família dos Júlios, como César e Otaviano, o futuro imperador Augusto. Falsas aproximações etimológicas geraram muitos deuses, heróis e imperadores.
De sua União com Hermes nasceu Hermafrodito, etimologicamente (filho) de Hermes e Afrodite. Criado pelas ninfas do monte Ida, o jovem era de extraórdinaria beleza. Tão grande como a de Narciso.
Com sua eternamente insatisfeita “enérgeia” erótica, Afrodite amou ainda o deus do Êxtase e do entusiasmo. De sua união com Dioniso nasceu a grande divindade da cidade asiática de Lâmpsaco, Priapo. Trata-se de um deus itifálico, guardião das videiras e dos jardins. Seus atributo essencial era “desviar” o mau-olhado e proteger as colheitas contra os sortilégios dos que desejavam destruí-las. Deus de poderes apotropaicos, sempre foi considerado como um excelente exemplo de magia simpática, tanto “homeopática”, pela lei da similaridade, quanto pela de “contágio, pela lei do contato, em defesa dos vinhedos, pomares e jardins, em cuja entrada figurava sua estátua.
Ficaram também célebres na mitologia as explosões de ódio e as maldições de Afrodite. Quando se tratava de satisfazer a seus caprichos ou vingar-se de uma ofensa, fazia do amor uma arma e um veneno mortal. Pelo simples fato de Eos ter-se enamorado de Ares, a deusa fê-la apaixonar-se violentamente pelo gigante Oríon, a ponto de arrebatá-lo e escondê-lo, com grande desgosto dos deuses, uma vez que o gigante, como Héracles, limpava os campos e as cidades de feras e monstros. O jovem Hipólito, que lhe desprezava o culto, por ter-se dedicado a Artemis, foi terrivelmente castigado. Inspirou a Fedra, sua madrasta, uma paixão incontrolável pelo enteado. Repelida por este, Fedra se matou, mas deixou uma mensagem mentirosa a Teseu, sua marido, e pai de Hipólito, acusando a este último de tentar violentá-la, o que lhe explicava o suicídio. Desconhecendo a inocência do filho, Teseu expulsou-o de casa e invocou ocntra o mesmo a cólera de Posídon. O deus enviou contra Hiólito um monstro marinho que lhe espantou os cavalos da veloz carruagem e o jovem, tendo caído, foi arrastado e morreu despedaçado.
Puniu severamente todas as mulheres da ilha de Lemnos, por que se negaram a prestar-lhe culto. Castigou-as com um odor tão insuportável, que os esposos as abandonaram pelas escravas da Trácia.
A própria Helena, que, por artimanhas da deusa e para premiar Páris, fugiu com ela para Tróia, deplorava como se fora uma “áte”, uma loucura, uma cegueira da razão, o amor que lhe infundira Afrodite e a fizera abandonar a pátria e os deuses.
Puniu severamente todas as mulheres da ilha de Lemnos, por que se negaram a prestar-lhe culto. Castigou-as com um odor tão insuportável, que os esposos as abandonaram pelas escravas da Trácia.
A própria Helena, que, por artimanhas da deusa e para premiar Páris, fugiu com ela para Tróia, deplorava como se fora uma “áte”, uma loucura, uma cegueira da razão, o amor que lhe infundira Afrodite e a fizera abandonar a pátria e os deuses.
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Afrodite – Mitologia Grega
A esta divindade do prazer pelo prazer, do amor universal que circula nas veias de toras as criaturas, porque, antes de tudo, Afrodite é a dusa das “sementes”, da vegetação, estavam ligadas, à maneira oriental, As célebres hierodulas, as impropriamente denominadas prostitutas sagradas. Essas verdadeiras sacersotisas entregavam-se nos templos da deusa aos visitantes, com o fito, primeiro de promover e provocar a vegetação e, depois, para arrecadar dinheiro para os próprios templos.
No riquíssimo (graças às hierodulas) santuário de Afrodite no monte Érix, na Sicília, e, em Craníon, nos bosques de ciprestes de um famoso Ginásio, chamado Craníon, a deusa era cercada por mais de mil hierodulas, que à custa dos visitantes, lhe enriqueciam o santuário. Personagens principais das famosas Afrodísias de Corinto, todas as noites elas saíam às ruas em alegres cortejos e procissões rituais. Embora alguns poetas cômicos, como Aléxis e Eubulo, ambos do Século IV a.e.c., tivessem escrito a esse respeito alguns versos maliciosos, nos momentos sérios e graves, como nas invasões persas de Dario (490 a.e.c.) e Xerxes (480 a.e.c.), se pedia às hierodulas que dirigissem preces públicas a Afrodite. Píndaro, talvez o mais religioso dos poetas gregos, celbrou com um (skólion), isto é, com uma canção convival, um grande número de jovens hierodulas que Xenofonte de Corinto ofertou a Afrodite, em agradecimento por uma dupla vitória nos Jogos Olímpicos.
Em Atenas, um dos epítetos da deusa era (Hetaíra), hetera “companheira, amantes, cortesã, concubina”, abstração feita de qualquer conotação de prostituta. Tal epíteto certamente se deve a um outro de Afrodite, a Pandêmia.
Afrodite é o símbolo das forças irrefreáveis da fecundidade, não propriamente em seus frutos, mas em função do desejo ardente que essas mesmas forças irresistíveis ateiam nas entranhas de todas as criaturas. Eis aí o motivo por que a deusa é frequentemente representada entre animais ferozes, que a escoltam.
O mito da deusa do amor poderia, assim, permanecer por um longo tempo ainda a imagem de uma perversão, a perversão da alegria de vivar e das forças vitais, não mais porque o desejo de transmitir a vida estivesse alijado do ato de amor, mas porque o amor em si mesmo não seria humanizado. Permaneceria apenas como satisfação dos instintos, digno de animais ferozes que formavam o corteja da deusa. Ao término de tal evolução, no entanto, Afrodite poderia reaparecer como a deusa que sublima o amor selvagem, integrando-o numa vida relamente humana.
Bibliografia
BRANDÃO, Junito de Souza. Mitologia Greva Vol I. Petrópolis, Vozes, 2004
Odsson Ferreira
Fonte: www.templodeapolo.net
Afrodite
Afrodite foi a deusa do amor e da beleza.
Na lenda de Homero, ela é dita como sendo a filha de Zeus e Dione, uma de suas consortes, mas na Teogonia de Hesíodo, ela é descrita como nascida da espuma do mar e, etimologicamente, seu nome quer dizer “erguida da espuma”.
De acordo com Homero, Afrodite é a esposa de Hefaístos, o deus das artes manuais.
Seus amantes incluem Ares, deus da guerra, que posteriormente foi representado como seu marido.
Era a rival de Perséfone, rainha do mundo subterrâneo, pelo o amor do belo jovem Adônis.
Talvez a lenda mais famosa sobre Afrodite diga respeito à causa da Guerra de Tróia. Eris, a personificação da discórdia – a única deusa que não foi convidada ao casamento de Peleu e da ninfa Tétis – ressentida com os deuses, arremessou uma maçã dourada no corredor onde se realizava o banquete, sendo que na fruta estavam gravadas as palavras “à mais bela”.
Quando Zeus se recusou a julgar entre Hera, Atena, e Afrodite, as três deusas que reivindicaram a maçã pediram à Páris, príncipe de Tróia, para fazer a premiação.
Cada deusa ofereceu à Paris um suborno: Hera, prometeu-lhe que seria um poderoso governante; Atena que ele alcançaria grande fama militar; e Afrodite que ele teria a mulher humana mais linda do mundo.
Páris declarou Afrodite como a mais bela e escolheu como prêmio Helena, a esposa do rei grego Menelau.
O rapto de Helena por Páris foi a causa da Guerra de Tróia.
Deusa da beleza
Deusa grega da beleza, da fertilidade e do amor, correspondente à romana Venus, porém, ao contrário da última, não representava apenas o amor sexual, mas também a afeição que sustenta a vida social.
É uma deusa de origem provavelmente oriental, sendo primordialmente identificada como Astarte (Ishtar babilônica / Inanna sumeriana). O epíteto “Cipriota” talvez indique que os gregos tomaram conhecimento da divindade em Chipre.
É certo que ela recebia um maior culto nessa e em outras ilhas gregas. Pode-se inferir que seu culto chegou à Grécia por mar.
De acordo com Hesiodo, ela nasceu dos genitais cortados de Urano, enquanto Homero nos relata ser ela filha de Zeus e Dione, e esposa de Hefesto.
Era comumente separada por escritores e filósofos em Afrodite Celestial (Urania, nascida de Urano) e Afrodite mundana (Aphrodite Pandemus).
Seu caráter celestial é ligado à origem descrita em Hesíodo, e ressalta o seu aspecto de divindade oriental, de fertilidade (veja abaixo a passagem que ilustra o nascimento de grama sob seus pés). Já seu caráter mundano aparece mais ligado a Homero, que a mostra como deusa volúvel do amor sexual e mesquinho.
Ainda ressaltando seu caráter como deusa da fertilidade, ela recebia em Creta o epíteto de Antheia, deusa das flores, o que revela sua conexão com a mágica das plantas. Também era a responsável pelo orvalho da manhã.
Afrodite – Mitologia Grega
Afrodite – Mitologia Grega
Uma das doze divindade gregas do Olimpo, deusa da beleza e do amor correspondente à romana Venus, porém, ao contrário da última, não representava apenas o amor sexual, mas também a afeição que sustenta a vida social.
De acordo com as crenças mitológicas, foi nascida da espuma do mar gerada quando o pai dos titãs Urano foi castrado por seu filho Cronos.
Este atirou os genitais cortados do pai ao mar, que começou a ferver e a espumar e promoveu a fecundação em Tálassa, deusa do mar.
A mais antiga dos deuses olímpicos ergueu-se da espuma e foi levada pelas ondas até chegar a ilha de Chipre e assim Kypris (= cipriota) foi um dos vários adjetivos que lhe foram atribuídos.
Em outra versão seria filha de Zeus com Dione, filha de Urano e Tálassa. Criada e educada pelas ninfas do mar em suas cavernas, a deusa da beleza e do amor foi levada pelo mar, de ilha em ilha, encantando a todos com sua beleza e graça.
Era acompanhada pelas três Cárites, ou Graças como eram também conhecidas, Aglae, Tália e Eufrosina, que faziam grinaldas para os seus cabelos e teciam vestidos com as mais belas cores.
Essas fatiotas enchiam o ar com as mais inebriantes fragrâncias florais.
Chegando ao Monte Olimpo, onde um trono a esperava e os deuses aguardavam-na, seu enorme poder sedutor fez com que Zeus e os demais deuses disputassem o tempo todo os encantos dela, porém ela recusou suas propostas de casamento.
Zeus, para recompensar Hefaístos (Vulcano), que lhe havia fabricado o trovão, e também ressentidos como vingança e punição pela rejeição, deu-a em casamento ao feio e deformado deus do fogo.
Entre ela e Hera, a esposa de Zeus, não havia muita simpatia, especialmente pelo fato de que ela ter sido indicada mais bela do Olimpo.
Para não ser traído pela mulher, Hefesto dava-lhe as melhores jóias do mundo, inclusive um cinto mágico do mais fino ouro, entrelaçado com filigranas mágicas.
Então ela usava o cinto, para aumentar seus já irresistíveis encantos e conquistar mais amantes.
Amou e foi amada por muitos deuses e mortais e dentre seus amantes mortais, os mais famosos foram Anquises e Adônis.
Teve filhos com vários deles como Hermafrodito com Hermes, Eros, o deus do amor e da paixão, com Zeus, Anteros com Adônis, Fobos, Deimos e Harmonia com Ares, Himeneu com Apolo, Príapo com Dionísio e Enéias com Anquises.
Também não admitia que nenhuma outra mulher mortal tivesse uma beleza comparável com a sua, punindo todas que possuíssem tal beleza ou mesmo que se atrevessem em comparar a beleza com a sua, como aconteceu com Psiquê e Andrômeda.
Foi provavelmente uma das divindades mais veneradas por parte de todos os povos gregos e romanos, suas festas eram chamadas de afrodisíacas e eram celebradas por toda a Grécia, especialmente em Atenas e Corinto.
Com o passar do tempo e com o crescimento da religiosidade patriarcal, a deusa não perdeu sua mensagem de sexualidade liberal e passou a ser vista como frívola e promíscua.
Era representada como uma mulher com uma coroa de flores, um ramo de oliva em uma das mãos e um símbolo da abundância na outra.
Um dos mais belos e importantes templos de todo o Império Romano, situado na Vía Sacra de Roma, era consagrado a essa deusa.
Sua construção foi iniciada por Agripina e terminada por Vespasiano, e lá depositaram-se todas as riquezas saqueadas do grande templo de Jerusalém.
Originário de Chipre, o seu culto estendeu-se a Esparta, Corinto e Atenas.
Ela tinha o poder de inspirar amor nos corações humanos ou destruí-los e encarnava a perfeição da beleza feminina.
A famosa estátua, a Vênus de Milo, é a mais conhecida e apreciada peça da escultura mundial, hoje, se encontra no Museu de Louvre, em Paris.
Fonte: geocities.yahoo.com.br/www.dec.ufcg.edu.br
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