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Revolta Praieira – O que foi
Em 1842, províncias como Minas Gerais e São Paulo reclamaram das mudanças que centralizariam a justiça e a administração do país, em Pernambuco as manifestações se tornaram mais graves.
Lá o comércio estava nas mãos de portugueses e os pernambucanos queriam a nacionalização do comércio, também a família Cavalcanti dominava a Província sendo dona de 1/3 dos engenhos!
Tanto que em Pernambuco surgiu a frase “Ou você nasce Cavalcanti, ou é cavalgado”.
Em 1848 a substituição do governo Liberal por um Conservador, levou o Partido da Praia ( isto porque seus líderes eram donos do jornal, O Diário Novo, que ficava na rua da Praia em Recife) a mobilizar o povo insatisfeito, comerciantes brasileiros revoltados com os comerciantes estrangeiros e escravos de engenho que acreditavam lutar pela emancipação de Pernambuco na tentativa de ganharem a liberdade.
Pedro Ivo líder dos praieiros, mais Antônio Borges da Fonseca e Nunes Machado comandaram as lutas em Olinda no ano de 1848, os revoltosos foram se dividindo e se enfraquecendo, mas mesmo assim investiram contra Recife em fevereiro de 1849.
Os rebeldes foram derrotados em razão da má formação militar de seus comandantes e integrantes. Morreram 800 pessoas entre eles seus líderes.
Pedro Ivo fugiu para o sertão nordestino e nunca mais se teve notícia dele. Dom Pedro II depois perdoou os prisioneiros desta revolta.
Revolta Praieira – Movimento
Revolta Praieira
Pernambuco era uma das províncias mais importantes do império, inclusive tendo a sua capital um alto nível de urbanização. Contudo, a decadência da sua economia, baseada na produção do açúcar e cultivo de algodão, gerou tensões sociais na região. O monopólio da terra, do comércio e da política por um reduzido número de famílias deixava poucas oportunidades para a população pernambucana.
Seus líderes foram influenciados por ideais liberais e socialistas divulgadas por vários meios de comunicação.
Os Praieiros se colocavam politicamente em oposição à oligarquia latifundiária e aos comerciantes portugueses monopolistas.
Em 1845, os conservadores pernambucanos perderam o controle do governo provincial. Foi nomeado para a presidência da província o liberal Antônio Chichorro da Silva, político da confiança dos praieiros. Contudo, três anos depois, Chichorro foi exonerado, sendo nomeado para o seu lugar um conservador. Os ânimos se acirraram e iniciou-se o movimento armado em Olinda que se espalhou por toda a província.
Então, foi criado o Manifesto ao Mundo, e as reivindicações eram:
Voto livre e universal;
Liberdade total de imprensa;
Direito ao trabalho;
Inteira e efetiva autonomia dos poderes constituídos;
Nacionalização do comércio varejista;
Adoção do Federalismo;
Reforma do Poder Judiciário;
Extinção dos juros;
Abolição do sistema de recrutamento;
Abolição do Poder Moderador;
Supressão da vitaliciedade do Senado;
Expulsão dos Portugueses;
Com a dominação dos Praieiros, o medo e a insegurança por parte dos latifundiários e portugueses, pois eram atacados constantemente pelos praieiros.
Derrota
A derrota dessa revolução ocorreu como consequência da falta de recursos materiais. Os líderes, como Pedro Ivo, foram presos até o ano de 1852 com a anistia.
Insurreição ou Revolta Praieira
Revolta Praieira
A Insurreição ou Revolta Praieira foi um movimento liberal e federalista formado no Estado de Pernambuco, entre 1848 e 1852.
Está ligado às lutas político-partidárias restantes do período da Regência brasileira.
Sua derrota é uma demonstração de força do governo central.
Em abril de 1848, os setores radicais do Partido Liberal pernambucano, reunidos em torno do jornal Diário Novo, na Rua da Praia, no Recife, e conhecidos como praieiros condenam a destituição do governador da província Antônio Chichorro da Gama.
Em seus quatro anos à frente do poder, ele combate os guabirus, os grupos mais poderosos da aristocracia proprietária e mercantil, ligados ao Partido Conservador.
Em outubro, liderados pelo general Abreu e Lima, pelo capitão de Artilharia Pedro Ivo Veloso da Silveira, pelo militante da ala radical do Partido Liberal, Antônio Borges da Fonseca, e pelo deputado Joaquim Nunes Machado, os “praieiros” iniciam em Olinda uma rebelião contra o novo governo da província. O movimento espalha-se rapidamente por toda a Zona da Mata de Pernambuco.
Em janeiro de 1849, os revoltosos lançam o Manifesto ao Mundo.
Defendem o voto livre e universal, a liberdade de imprensa, a independência dos poderes constituídos, a extinção do poder moderador, o federalismo e a nacionalização do comércio varejista.
Depois de receber a adesão da população urbana que vivia em extrema pobreza, pequenos arrendatários, boiadeiros, mascates e negros libertos, os praieiros atacam o Recife em fevereiro de 1849 com quase 2.500 combatentes, mas são rechaçados.
A rebelião é derrotada definitivamente no início de 1852.
Revolta Praieira – Insurreição
Insurreição ocorrida em Pernambuco, entre 1848-1849, que, no entender do jornalista Paulo Francis, “foi um movimento que buscou confusamente, pelas armas, uma solução que não a monárquica para os problemas institucionais do país”. Segundo o historiador Amaro Quintas, “foi um movimento mais social do que político, onde predominou a insatisfação da massa explorada pelo feudalismo territorial”.
No momento em que os praieiros iniciaram a revolta, Pernambuco vivia uma situação social tensa, com um reduzido número de proprietários rurais monopolizando quase toda a riqueza (só a família Cavalcanti era dona de um terço de todos os engenhos pernambucanos), enquanto que, na área urbana, principalmente na capital, uma burguesia comercial rica e poderosa, formada por portugueses, mandava em tudo.
Daí, a PRAIA ser considerada por alguns como uma revolta social, mesmo sabendo-se que a sua causa imediata foi a derrubada de um praieiro da presidência da província (Antônio Chichorro da Gama) e a nomeação do conservador Herculano Ferreira Pena para o seu lugar.
A Revolta do Partido da Praia (a denominação deve-se ao endereço do principal ponto de reunião dos líderes, que ficava na Rua da Praia, Recife) teve início em Olinda e, comandados pelo líder Nunes Machado, os revoltosos derrubaram Ferreira pena do governo, mas quando tentaram tomar o Recife de assalto, os praieiros foram derrotados e Nunes Machado morto. Os combates duraram cinco meses.
O “Manifesto ao Mundo”, de 01 de janeiro de 1849, elaborado por Borges da Fonseca e publicado com a assinatura dos chefes militares como plataforma política da Revolta da Praia, defendia:
“Voto livre e universal para o povo brasileiro; plena e absoluta liberdade de comunicar os pensamentos por meio da imprensa; o trabalho como garantia de vida para o cidadão brasileiro; o comércio a retalho só para os cidadãos brasileiros; a inteira e efetiva independência dos poderes constituídos; a extinção do poder moderador e do direito de agraciar; o elemento federal na nova organização; completa reforma do poder judicial, em ordem a assegurar as garantias dos direitos individuais dos cidadãos; extinção da lei do juro convencional; extinção do atual sistema de recrutamento”.
Revolta Praieira – Objetivo
Insurreição Praieira
A Revolta Praieira ou Revolução Praieira, foi a ultima manifestação do período em que conhecemos como rebeliões províncias.
Durante o final do período regencial e começo do 2º reinado eclodiu em Pernambuco uma revolta batizada de Revolução Praieira, que inspirada nos ideais franceses de revolução, pregava a Liberdade, Igualdade e “Solidariedade”.
A principio foi uma manifestação pernambucana, porém durante o período em que se concretizou alcançou outros estados nordestinos, como Paraíba, Rio Grande do Norte e outros.
Foi uma revolta de caráter nacionalista, patriótico.
Seus revoltosos a principio se queixavam da não autonomia da província, tendo que ceder todas as riquezas à corte, condenava o sistema de monarquia, queriam os revoltosos, com a republica a tão sonhada independência financeira.
Foi um movimento também de caráter popular, pois condenava o latifúndio, que nada mais é que uma grande quantidade de terras nos domínios de uma só pessoa ou de uma só família.
Um de seus objetivos era combater o latifúndio exercido pelo grupo dos “Gabirus” que não por coincidência eram ligados ao partido conservador.
A revolta é muito influenciada pela Revolução Francesa e começa com o declínio da economia açucareira da região de Pernambuco e só tem o estopim dessa revolta com a troca do presidente liberal da província Antônio por um presidente conservador.
Os rebeldes tinham como plano alterar a constituição brasileira de 1824, dando assim mais liberdade de imprensa, como também o fim do cargo vitalício de senador e a extinção do 4º poder, o poder moderador, onde o rei tinha poder sobre todos os outros 3 poderes.
No mês de Abril de 1848, os praieiros, como eram chamados os revoltosos, se uniram na rua da Praia, através do jornal Diário Novo e condenaram o ato da troca do presidente da província pernambucana.
A revolta tomou corpo e entrou em conflito pela primeira vez na cidade de Olinda-PE em 7 de novembro de 1848, sobre a liderança de José Inácio de Abreu e Lima, Pedro Ivo Veloso da Silveira, Joaquim Nunes Machado e Antônio Borges da Fonseca.
O então presidente Herculano Ferreira foi afastado e o movimento espalhou-se rapidamente por toda a Zona da Mata pernambucana. Sua 1ª batalha foi travada na cidade que hoje é conhecida como Abreu e Lima, na época chamada de Maricota.
No ano de 1º de Janeiro de 1849, é lançado por Borges da Fonseca um manifesto intitulado “Manifesto ao Mundo”, onde havia algumas reivindicações como: o voto livre para todos os brasileiros, a liberdade de imprensa de publicar o que bem entendesse, a extinção do sistema de recrutamento e o fim imediato do quarto poder.
Uma coisa que é interessante frisar é a de que apesar de seu cunho liberal e reivindicar reformas políticas e sociais, não vemos nenhum artigo do manifesto em que cita o fim da escravidão!
Depois de receber a adesão da população da área urbana que vivia em extrema pobreza, pequenos arrendatários, boiadeiros, mascates e negros libertos, os praieiros marcharam sobre a cidade do Recife em fevereiro de 1949 com quase 2.500 combatentes, dispostos a darem suas vidas por futuros dias melhores.
Porém as forças rebeldes foram derrotadas nos combates de Água Preta e de Iguaraçu.
Com o fim da Praieira no início de 1850, iniciou-se a segunda fase do 2º reinado, um período de tranqüilidade e de prosperidade trazida pelo café.
Revolta Praieira – Resumo
De inspiração liberal e federalista, esse movimento aconteceu em Pernambuco entre 1848 e 1852, ligado às lutas político-partidárias remanescentes do período da Regência e da consolidação do império.
O motivo principal, que deu nome à revolta, ocorreu em torno do jornal “Diário Novo”, localizado na rua da Praia em Recife. Lá se reuniam os “praieiros”, setores radicais do Partido Liberal daquele Estado, após a destituição do governador de Província Antônio Chichorro da Gama, acirrado inimigo dos “guabirus” – grupos poderosos da aristocracia pernambucana ligados ao Partido Conservador.
Os praieiros iniciaram em Olinda uma rebelião contra o novo governo provincial, que se espalhou rapidamente por toda a zona da mata pernambucana.
No ano seguinte, lançaram o “Manifesto ao Mundo”, onde defendiam o voto livre e universal, a liberdade de imprensa, o federalismo e a extinção do Poder Moderador.
Mas, apesar de reunir quase 2500 combatentes, o movimento acabou sendo sufocado e desarticulado pelas forças legalistas.
Fonte: Frederico Czar(Professor de História)/www.memorialpernambuco.com.br/br.geocities.com/www.conhecimentosgerais.com.br
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