Guerra dos Farrapos

O que foi a Guerra dos Farrapos?

O Rio Grande do Sul vivia da exportação do charque (carne-de-sol), sebo e couro para as outras províncias, e os estancieiros queriam pagar menos impostos sobre estes produtos e queriam um aumento das taxas alfandegárias sobre estes produtos que vinham do Uruguai e da Argentina, pois faziam concorrência.

Os estancieiros gaúchos se irritaram por pagar mais impostos do que os estrangeiros e muitos destes fazendeiros de gado eram liberais exaltados e passaram a desejar separar o Rio Grande do Sul do resto do país. Mas o fato que mais os levou para a guerra contra o Império foi a nomeação para o governo da província de um conservador que encheu as prisões de liberais e exaltados em 1834.

Os gaúchos liderados pelo rico estancieiro Bento Gonçalves tomam a capital Porto Alegre, futuramente ele será preso e enviado a uma prisão na Bahia, mas foge de forma heroica, atirando-se ao mar e nadando. Retorna ao Rio Grande do Sul para continuar comandando as batalhas, junto com o italiano Giuseppe Garibaldi (futuro herói da unificação da Itália) que era casado com a brasileira Anita Garibaldi, conseguiram impor pesadas derrotas nas tropas do Império. Chegaram a tomar Santa Catarina que também queria se separar do Brasil.

Guerra dos Farrapos

Mas a divisão de interesses entre os fazendeiros, pois alguns eram contra a separação das províncias, pois perderiam mercados consumidores e a chegada de Luís Alves de Lima e Silva (futuro Duque de Caxias). Que passou a comandar o exército do Império, enfraqueceu os farrapos (nome dado não por causa da roupa e sim um apelido pejorativo dado pelos conservadores aos exaltados).

Após dez anos de guerra (foi a maior da História do Brasil), os gaúchos foram derrotados, mas não humilhados, eles não conseguiram se separar do Brasil, mas tiveram seus impostos sobre seus produtos reduzidos.

Por Frederico Czar
Professor de História