Governo Artur Bernardes

Arthur da Silva Bernardes – Vida

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Estadista Mineiro, Arthur da Silva Bernardes nasceu em 8 de agosto de 1875 em Viçosa.

Diplomou-se em direito pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1900. No ano de 1907 começou sua carreira política, sendo eleito deputado estadual, e dois anos depois deputado federal. Em 1910, Arthur Bernardes ocupou a Secretaria das Finanças de Minas Gerais.

Foi eleito Presidente do Estado de Minas Gerais em 1918, e em 1921 assumiu a presidência da República para o quadriênio 1922/1926, derrotando Nilo Peçanha. Enfrentou uma grande oposição por parte da chamada Reação Republicana e começou o governo com impopularidade entre povo e exército.

Durante seu governo eclodiram diversas revoltas, como a do Forte de Copacabana e a Coluna Prestes.

Um dos fatos mais importantes de seu governo, no âmbito da política externa, foi o rompimento com a Liga das Nações em 1926.

Ao fim deste mesmo ano, Arthur Bernardes passou a presidência para Washington Luís.

Arthur Bernardes participou da Revolução de 1930, apoiando a Aliança Liberal.

Aderiu à Revolução Constitucionalista de 1932, apoiando São Paulo, o que lhe valeu a prisão, o exílio em Portugal e a perda de seus direitos políticos por três anos.

Voltando do exílio, elegeu-se deputado federal em 1935, perdendo o mandato em 1937, devido ao golpe do Estado Novo.

Em 1945 voltou à atividade política, ligando-se à UDN. Logo depois, passou a chefiar o Partido Republicano que ajudara a fundar.

Em 1954, como deputado federal, participou intensamente de campanhas nacionalistas, como a da Petrobrás.

Lutou também contra a criação do Instituto da Hiléia Amazônica.

Arthur Bernardes faleceu em 23 de março de 1955 no Rio de Janeiro.

Arthur da Silva Bernardes – Biografia

 

Governo Artur Bernardes
Arthur da Silva Bernardes

O governo de Artur Bernardes sofreu a oposição das revoltas tenentistas e do movimento operário.

O Brasil ficou em estado de sítio durante os quatro anos de seu mandato. Artur da Silva Bernardes nasceu dia 8 de agosto de 1875, na cidade de Viçosa (MG).

Ele começou a trabalhar aos 14 anos devido às dificuldades financeiras da família. Foi comerciante e guarda-livros. Em 1894, abandonou o emprego, se mudou para Ouro Preto e fez o curso secundário. Em 1896, se matriculou na Faculdade Livre de Direito. Em 1899, se transferiu para a Faculdade de Direito de São Paulo, onde se formou advogado em dezembro de 1900.

Em São Paulo, trabalhou como revisor no jornal Correio Paulistano e professor de latim e português no Instituto de Ciências e Letras de São Paulo. Artur Bernardes tinha 28 anos quando se casou com Clélia Vaz de Melo, em 15 de julho de 1903. O casal teve oito filhos.

Depois de formado, Artur Bernardes retornou a terra natal e montou seu escritório de advocacia. Ingressou na política como vereador e presidente da Câmara de Viçosa em 1906. Cumpriu dois mandatos como deputado federal pelo Partido Republicano Mineiro (1909-1910 e 1915-1917). Foi presidente de Minas Gerais (1918-1922), época em que construiu a Escola Superior de Agricultura de Viçosa.

Pelo sistema de rodízio da “política café-com-leite” era a vez de Minas Gerais indicar um nome para presidente nas eleições de 1922. O escolhido foi Artur Bernardes. Mas, as oligarquias do Rio Grande do Sul, de Pernambuco, do Rio de Janeiro, da Bahia e os militares aliados a Hermes da Fonseca foram contra.

Eles formaram a “Reação Republicana” e lançaram a candidatura do fluminense Nilo Peçanha.

Cartas falsas publicadas pelo jornal Correio da Manhã e atribuídas a Artur Bernardes, ofendendo o ex-presidente Hermes da Fonseca e o Exército, deixaram o clima tenso. Por meio de eleição direta, com 56% dos votos válidos, Artur Bernardes assumiu a presidência da República em 15 de novembro de 1922.

O período presidencial de Bernardes ficou conhecido pela repressão e violência aos opositores. O estado de sitio permanente e a criação da Casa de Detenção de Clevelândia, em plena Amazônia, apontada como “o mais tétrico dos campos de concentração da época” são exemplos disto. Ganhou o apelido de “O Calamitoso”.

Artur Bernardes enfrentou muitas crises e revoltas durante a presidência. Uma delas veio com a eleição em 1923, pela quinta vez, de Borges de Medeiros para presidente do Rio Grande do Sul. Começou uma guerra civil envolvendo a oposição liderada pelo candidato derrotado Assis Brasil, que contava com o apoio federal, e o grupo de Borges de Medeiros.

Após meses de confrontos, foi assinado um acordo no qual o governo federal reconheceu Borges de Medeiros como presidente do Rio Grande do Sul, mas não permitiu uma nova reeleição.

O descontentamento com o presidente Bernardes e as oligarquias dominantes teve o ponto mais alto no movimento tenentista, que se iniciou no Rio Grande do Sul e repercutiu em todo país. Em 5 de julho de 1924, a revolta tenentista contra o presidente Artur Bernardes chegou em São Paulo. A rebelião foi planejada pelo tenente Eduardo Gomes, um dos sobreviventes dos “18 do Forte” e comandada pelo general reformado Isidoro Dias Lopes.

Depois de vários dias de combate, a cidade de São Paulo foi dominada pelos rebeldes. O governador Carlos Campos foi obrigado a fugir. Artur Bernardes ordenou o bombardeio da cidade a partir do dia 11 de julho. O saldo do ataque foi de 503 mortos e cerca de 4.800 feridos.

Sem condições de resistir, os revoltosos paulistas se retiraram de trem para o sul, ao encontro das tropas rebeldes gaúchas, lideradas por Luís Carlos Prestes e Mário Fagundes Varela. Formaram a Coluna Prestes, que percorreu o interior do país durante dois anos procurando derrubar o governo e as oligarquias dominantes. A Coluna Prestes se refugiou na Bolívia em 1927 e depois se dispersou.

Artur Bernardes foi até o fim do mandato presidencial em 1926. Anos depois, participou da “Revolução de 32”. Foi preso e depois exilado. Na saída para o exílio houve tumulto e tentativa de agressão. A família teve que seguir correndo para o navio. Cumpriu exílio em Lisboa.

Ele recebeu anistia e retornou ao Brasil para participar da Assembléia Constituinte em 1934.

Após o golpe de Getúlio Vargas, perdeu o mandato e ficou afastado da vida política. Retornou como deputado na Constituinte de 1946 e passou a defender projetos nacionalistas em relação ao petróleo e a Amazônia. Foi eleito para a Câmara em 1950 e em 1954.

Arthur Bernardes faleceu em sua residência, no Rio de Janeiro, no dia 23 de março de 1955, de infarto, aos 79 anos.

Arthur da Silva Bernardes – Presidente

1922 – 1926

 

Governo Artur Bernardes
Arthur da Silva Bernardes

Na eleição de 1o. de março de 1922 foram escolhidos Presidente e Vice-presidente da República, Arthur Bernardes e Estácio Coimbra, ex-governadores de Minas Gerais e Pernambuco, respectivamente.

Estado de Sítio Permanente – O quadriênio do novo Presidente transcorreu inteiramente sob “estado de sítio”. Efervescência política, revoltas e perturbações da ordem foram as causas do ininterrupto estado de sítio.

As forças políticas que fizeram oposição a Arthur Bernardes na campanha presidencial reagruparam-se no início de seu governo, formando um partido de luta ostensiva, denominado Aliança Libertadora. Conseguiu o presidente, entretanto, fortalecer o poder executivo por intermédio de uma reforma da Constituição de 1891. Limitou-se o habeas corpus, instituiu-se o direito de veto parcial do Presidente da República e regulou-se a expulsão dos estrangeiros considerados perigosos.

Revolta Paulista de 1924 – Em 1923 conseguiu o ministro da Guerra, general Setembrino de Carvalho, pacificar o Rio Grande do Sul, conturbado pela revolução contra o governo Borges de Medeiros. No ano seguinte (5 de julho de 1924) rebentaria uma revolução em São Paulo sob a chefia do general reformado Isidoro Lopes.

Embora contassem com a opinião pública paulista, não conseguiram as tropas revolucionárias oferecer eficiente resistência às forças do governo. A revolução paulista repercutira, entretanto, sob a forma de motins no Rio Grande do Sul, Pernambuco, Pará, Amazonas e Sergipe. Identifica-se, habitualmente, a revolta paulista com o movimento tenentista, considerando-se, destarte, o Segundo Levante Tenentista. Dela se originou a Coluna Prestes.

Nasce a Coluna Prestes – Reunindo revoltosos de São Paulo e do Rio Grande do Sul, formou-se uma coluna revolucionária que percorreria 25 000 quilômetros nos sertões brasileiros, durante dois anos e meio de aventuras e sofrimentos, na esperança de contribuir para a deposição do regime que condenara.

Ficaria conhecida pelo nome de Coluna Prestes. Seu comandante, Luís Carlos Prestes, iniciara sua marcha em Alegrete, no Rio Grande do Sul, tendo alcançado o Piauí e o Maranhão. Somente nos primeiros meses do governo de Washington Luís seria dissolvida a coluna, internando-se na Bolívia seus remanescentes.

Com muita razão diria o historiador José Maria Bello que Arthur Bernardes governou o Brasil como se estivesse dentro de uma fortaleza, sob a constante pressão do sítio, realizando, no entanto, frequentes ataques vitoriosos.

É, ainda, de se destacar do quadriênio de Artur Bernardes a formação do B.O.C. (Bloco Operário Camponês), realizada em 1925.

Arthur da Silva Bernardes – Governo

Governo Artur Bernardes
Arthur da Silva Bernardes

Recebeu um país em crise, ameaçado pelas constantes rebeliões.

Sendo assim, seu governo ficou marcado pela decretação e pela constante renovação do estado de sítio.

Nascimento: Viçosa – MG, em 08.08.1875
Falecimento: Rio de Janeiro – RJ, em 23.03.1955
Profissão: Advogado
Período de Governo: 15.11.1922 a 15.11.1926 (04a)
Idade ao assumir: 47 anos
Tipo de eleição: direta
Votos recebidos: 466.877 (quatrocentos e sessenta e seis mil oitocentos e setenta e sete)
Posse: em 15.11.1922, em sessão solene do Congresso Nacional, presidida pelo Senador Antônio Franscisco de Azeredo

Observação: Tomou posse legalmente em pleno estado de sítio.

Governo Artur da Silva Bernardes ( Artur Bernardes ) 1922 – 1926

Nasceu em Viçosa, Minas Gerais, em 8 de agosto de 1875.

Em 15 de novembro de 1922, Artur Bernardes foi eleito com o apoio de São Paulo e Minas para a Presidência da República depois de acirrada campanha, cujo candidato oposicionista era Nilo Peçanha, que contava com o apoio da “Reação Republicana”, formada pelos estados da Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro e o Partido Republicano do Rio Grande do Sul.

O governo de Artur Bernardes foi marcado por vários movimentos revoltosos, como: a Revolta no Rio Grande do Sul contra a continuidade de Borges de Medeiros no Governo do Estado; a Revolta em São Paulo, chefiada por Isidoro Dias Lopes e promovida pelos “Tenentes”; a coluna Prestes – Miguel Costa – União das Duas Colunas Revolucionárias de Paulistas e Gaúchos; o Motim de Couraçado São Paulo, que ameaçava bombardear o Palácio do Catete.

Enfrentou a Revolta do Forte de Copacabana, conseqüência direta dos problemas com os militares.

Teve início o movimento Tenentista. No final de seu mandato, em 1926, o Presidente conseguiu fortalecer o Poder Executivo através de uma reforma na Constituição de 1891.Governou sob Estado de Sítio durante 44 meses.

Faleceu no Rio de Janeiro em 23 de março de 1955

Arthur da Silva Bernardes – História

Resumo

Governo Artur Bernardes
Arthur da Silva Bernardes

Advogado, nascido na cidade de Viçosa, estado de Minas Gerais, em 8 de agosto de 1875, formou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1900.

Foi colaborador e diretor do jornal A Cidade de Viçosa (1903-1905).

Vereador em Viçosa (MG) pelo Partido Republicano Mineiro (PRM) de 1905 a 1906, neste último ano chegou à presidência da Câmara Municipal, acumulando o cargo de prefeito da cidade.

Pelo mesmo partido, foi deputado estadual (1907-1909), e cumpriu dois mandatos como deputado federal (1909-1910 e 1915-1917).

Nomeado secretário das finanças do estado de Minas Gerais (1910-1914), criou a Caixa Beneficente dos Funcionários do Estado em 1912, que dez anos depois se transformou em Providência dos Funcionários do Estado, além de contribuir para a instalação do Banco Hipotecário Agrícola, hoje Banco do Estado de Minas Gerais.

Foi presidente de Minas Gerais (1918-1922). Por meio de eleição direta, assumiu a presidência da República em 15 de novembro de 1922.

Eleito senador em 1927, viaja para a Europa no dia seguinte à posse, devido à pressão popular relativa a acusações de fraude, somente participando dos trabalhos em maio de 1929. Um dos articuladores da Revolução de 1930 em Minas Gerais, torna-se um dos líderes da Revolução Constitucionalista de 1932 naquele estado, sendo preso e exilando-se em Lisboa.

Anistiado em 1934, elege-se deputado estadual. Torna-se então deputado constituinte e depois federal (1935-1937). Decretado o Estado Novo (1937), tem sua liberdade de locomoção restrita ao Rio de Janeiro e a Viçosa, até ser confinado em sua fazenda nesta última cidade (1939).

Líder do PRM (1918-1932), chegou a ser membro da comissão diretora do Partido Social Nacionalista (PSN) em 1932, mas acabou retornando ao seu antigo partido, onde foi eleito presidente de honra (1933-1936).

Um dos signatários do Manifesto dos Mineiros (1943), foi um dos articuladores da candidatura do major-brigadeiro Eduardo Gomes à presidência da República (1944-1945). Torna-se membro da comissão diretora provisória da União Democrática Nacional (UDN) em 1945, mas no mesmo ano foi um dos fundadores do Partido Republicano (PR), do qual foi inclusive seu primeiro presidente.

Foi um dos presidentes de honra do Centro de Estudos e Defesa do Petróleo e Economia Nacional (1948). Eleito deputado constituinte pelo PR mineiro em 1946, tornou-se depois deputado federal de 1946 a 1955, quando foi reeleito mas não chegou a participar dos trabalhos, devido ao seu falecimento, no Rio de Janeiro, em 23 de março de 1955.

Período presidencial

O governo de Artur Bernardes sofreu forte instabilidade política gerada pelas revoltas tenentistas contra as oligarquias dominantes e pelo avanço do movimento operário, o que o levou a governar permanentemente em estado de sítio.

A candidatura pela quinta vez de Borges de Medeiros, líder do Partido Republicano Rio-grandense, à presidência do estado deflagrou uma guerra civil envolvendo a oposição no Rio Grande do Sul. A oligarquia dissidente gaúcha, agrupada na Aliança Libertadora, contava com o apoio federal ao candidato Assis Brasil.

Borges de Medeiros, para defender sua posição, organizou os Corpos Provisórios sob o comando de Flores da Cunha, Oswaldo Aranha e Getúlio Vargas, entre outros, além de contratar mercenários uruguaios. Após meses de confrontos, foi assinado um acordo entre Borges de Medeiros e Assis Brasil, em 14 de dezembro de 1923, no qual o governo federal reconheceu Borges de Medeiros como presidente do Rio Grande do Sul, não permitindo, entretanto, uma nova reeleição.

O movimento tenentista eclodiu, no Rio Grande do Sul, em 1923, com o apoio da Aliança Libetadora, atingindo também Santa Catarina e Paraná.

No ano seguinte, foi a vez de parte das guarnições militares paulistas aderir ao movimento. Depois de vários dias de combate, a cidade de São Paulo ficou sob seu controle, após a fuga do governador Carlos Campos. A rebelião foi planejada por militares envolvidos no golpe fracassado de 1922, entre eles o tenente Eduardo Gomes, um dos sobreviventes dos “18 do Forte”.

Artur Bernardes ordenou o bombardeio da cidade, a partir do dia 11 de julho de 1924. A população paulista abandonou a cidade e o saldo do ataque foi de 503 mortos e cerca de 4.800 feridos. Sem condições de resistir às pressões das tropas legalistas, aproximadamente 3.500 revoltosos dirigiram-se ao encontro das tropas gaúchas, lideradas por Luís Carlos Prestes e Mário Fagundes Varela.

O presidente Artur Bernardes ainda enfrentou a Coluna Prestes, formada em 1925, sob o comando do tenente Luís Carlos Prestes, que percorreu o interior do país durante dois anos procurando sublevar as populações contra o seu governo e as oligarquias dominantes.

Fonte: www.agbcuritiba.hpg.ig.com.br/www.presidencia.gov.br/www.planalto.gov.br/elogica.br.inter.net

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